A biografia Raymundo Souza Dantas: o primeiro embaixador brasileiro negro, foi escrita pelo historiador e professor Fábio Koifman para a Sagga Editora.
Nascido no interior de Sergipe, Souza Dantas começou a trabalhar em oficinas de jornais em Aracaju, até transferir-se para o Rio, então Capital Federal. Aí completou sua alfabetização e conheceu Joel Silveira, queo indicou para trabalhar como contínuo. Galgou postos em jornais, colaborou com diversas publicações, aprendeu francês, escreveu cinco livros. Foi nomeado por Jânio Quadros embaixador do Brasil em Gana, o que lhe rendeu preconceito e oposição. Foi mais tarde embaixador na Argentina e publicou ainda outros dois livros.
O autor pesquisou a carreira de Raymundo Souza Dantas e, em entrevista ao site Café História, descreve: “Tentei trazer para os leitores um pouco do que o público que acompanhava a imprensa sabia a respeito de Souza Dantas, o contexto relacionado ao momento em que o primeiro brasileiro negro foi nomeado embaixador e as estratégias daqueles que se opuseram à nomeação e a utilizaram para desmerecê-lo e atacá-lo”.
Koifman entrevistou ainda parentes para retratar o lado humano do diplomata. Entre as memórias afetivas, a neta e também jornalista Íris Faria comentou que o avô precisava manter uma imagem pública rígida, por causa do racismo, mas, em família, na informalidade, era meigo e adoçou sua infância. Íris trabalha na assessoria do Tribunal de Justiça do Rio e é filha de Paulinho da Viola, genro de Souza Dantas.
Da esquerda para a direita: Gustavo Drummond, Diogo Gonçalves, Rubens Menin, Carlos Rubens Doné e João Vítor Xavier. (Crédito: Divulgação/Rádio Itatiaia)
O empresário Rubens Menin, dono da CNN Brasil, que em 13/5 anunciou a compra da rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, esteve na sede da empresa nessa segunda-feira (17/5), junto do radialista Emanuel Carneiro, que desde 1994 comandava a emissora, para apresentar a composição da nova diretoria.
Da esquerda para a direita: Gustavo Drummond, Diogo Gonçalves, Rubens Menin, Carlos Rubens Doné e João Vítor Xavier. (Crédito: Divulgação/Rádio Itatiaia)
O novo presidente é o executivo Diogo Dias Gonçalves, que acumula passagens na assessoria da Presidência da Federação das Indústrias de Minas e em relações com investidores na Usiminas e na LOG CP, empresa do Grupo MRV. Especialista em finanças, Diogo é também comunicador, palestrante e escritor. Carlos Rubens Doné permanece na diretoria, que conta ainda com João Vitor Xavier.
Renata Afonso assume oficialmente a CNN Brasil
Renata Afonso (Crédito: Kelly Queiroz)
Também na segunda-feira, Renata Afonso, anunciada em 13 de abril como a nova CEO da CNN Brasil, assumiu oficialmente a CNN Brasil. Em comunicado, a empresa declarou que a programação jornalística seguirá sendo o carro-chefe, e que Renata terá o objetivo de expandir a marca da emissora e focar na ampliação de soft news, como viagens, economia, diversidade, saúde e documentários.
Ao lado de Renata, estarão a COO Jercineide Castro e cinco vice-presidentes: Américo Martins (Conteúdo); Anthony Doyle (Distribuição), Leandro Cipoloni (Jornalismo), Marcus Vinícius Chisco (Comercial) e Virgílio Abranches (Programação).
A primeira-dama Michelle Bolsonaro perdeu no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) um pedido de indenização da revista IstoÉ por danos morais. No recurso, que já havia sido negado em primeira instância, Michelle afirmou que a matéria O esforço de Bolsonaro para vigiar a mulher de perto, publicada em fevereiro de 2020, retratou-a de maneira machista.
Na decisão, os magistrados declararam que o texto não pode ser considerado ofensivo ou difamatório. O desembargador J.B. Paulo Lima, relator do processo, afirmou que, “na posição que ocupa, (Michelle Bolsonaro) está permanentemente sujeita a ter a vida esmiuçada porque suas atividades são, em geral, de interesse público, até porque muitas vezes pagas com dinheiro público”.
O tribunal determinou também que a primeira-dama pague R$ 15 mil em honorários à advogada da revista Lucimara Ferro Melhado. Cabe recurso da decisão.
Na ação, Michelle pedia indenização de R$ 100 mil além de uma retratação, pois, segundo ela, a IstoÉ insinuou que estaria tendo um caso extraconjugal com o então ministro Osmar Terra. Os advogados da primeira-dama disseram que a revista baseou-se em informações mentirosas e tratou Michelle “de maneira machista, como se a primeira-dama fosse um objeto ou coisa a ser ‘vigiada’ por alguém”.
Em sua defesa, IstoÉ negou as acusações, declarou que não se pautou em inverdades, não fez qualquer insinuação de caso extraconjugal, e que apenas “narrou questão pessoal da primeira-dama e do seu marido que tinha repercussão política e interesse público dadas as movimentações realizadas pelo presidente Bolsonaro na troca do ministro da Cidadania”.
Em dezembro, a juíza Adriana Basso, da 3ª Vara Cível de São Paulo, considerou que a publicação ficou “no limite da liberdade de imprensa e de informação”. E, agora, o TJ-SP manteve a decisão de absolvição.
José Henrique Mariante - Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress
José Henrique Mariante assumiu em 10/5 o cargo de ombudsman da Folha de S.Paulo. Ele substituiu a Flávia Lima, que na mesma data se tornou editora de Diversidade do jornal. Com mandato de um ano, renovável, Mariante será o 14º profissional a exercer a função, criada 1989. A primeira coluna dominical do novo ombudsman será publicada em 30 de maio.
Na Folha desde 1991, Mariante entrou no jornal por meio do programa de trainee. Em 30 anos, exerceu diversos cargos, entre eles os de repórter, editor de Esporte e secretário-assistente de Redação (em dois períodos diferentes). Ultimamente, era o responsável pela edição da versão impressa do jornal.
“Sempre li a Folha, e ao ver um anúncio no jornal um dia eu me inscrevi no programa de treinamento”, relembra Mariante, que curiosamente não era formado em Jornalismo quando foi aprovado no processo seletivo, mas sim em Engenharia de Produção, pela FEI. “A Folha sempre deu oportunidade para quem não tinha a formação tradicional de jornalismo”.
José Henrique Mariante – Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress
Entre seus principais desafios, será responsável por analisar e criticar o trabalho da Folha em um momento de profunda transição pela qual passa o jornalismo no Brasil e no mundo. “Passamos por uma transformação de negócio e por uma rápida mudança tecnológica, tudo muito abrupto. Não só nós, a Folha, ou mesmo o jornalismo. É o mundo todo passando por isso. Temos milhões de pessoas que se acham jornalistas, e que têm direito a isso, mas ao mesmo tempo não querem seguir os manuais, as regras, as leis do bom jornalismo”, diz.
Ele prevê ainda que o cenário para os profissionais de imprensa seguirá tenso nos próximos meses. “Hoje em dia o puro exercício do jornalismo assemelha-se a um conflito. Você sai para a rua com receio do que possa acontecer. Temos vários exemplos de assédio e abuso. Batemos recorde de jornalistas agredidos, física ou moralmente”, afirma.
Antes de Mariante e Flavia Lima, atuaram como representantes dos leitores Caio Túlio Costa, Mario Vitor Santos, Junia Nogueira de Sá, Marcelo Leite, Renata Lo Prete, Bernardo Ajzenberg, Marcelo Beraba, Mário Magalhães, Carlos Eduardo Lins da Silva, Suzana Singer, Vera Guimarães e Paula Cesarino Costa.
A Abraji e o Congresso em Foco identificaram que Bolsonaro é a autoridade que mais bloqueia usuários no Twitter.
A Abraji e o Congresso em Foco identificaram através da campanha Bolos AntiBlock que o presidente Jair Bolsonaro é a autoridade que mais bloqueia usuários no Twitter. Lançada em abril deste ano, a plataforma, que monitora mais de 600 perfis de autoridades na rede social, verificou que a conta do presidente é responsável por 20% dos bloqueios realizados.
A iniciativa é um protesto virtual contra bloqueio de jornalistas, influenciadores e outros profissionais por autoridades públicas no Twitter. De acordo com os dados mais recentes, Bolsonaro bloqueia em média 240vezes mais do que um deputado federal. Além disso, não foram identificados bloqueios por parte do vice-presidente Hamilton Mourão, sendo Bolsonaro o único responsável pelo percentual, que corresponde a 82bloqueios.
Os mais de 500deputados federais são responsáveis por 43%dos blocks.
Os motivos que mais geram bloqueio no Twitter, de acordo com o levantamento, é fazer críticas à conduta ou à administração da autoridade, 15%. Manifestar opinião contrária, ironizar ato, figura pública ou apoiadores e levantar questionamento sobre a veracidade da informação divulgada estão empatados com 14%.
Para Artur Pericles Lima Monteiro, advogado e coordenador de pesquisa na área de liberdade de expressão do InternetLab, os bloqueios de Bolsonaro limitam a liberdade de expressão dos usuários: “Quando o presidente bloqueia alguém na sua conta do Twitter, onde ele anuncia decisões importantes de sua atividade, o Estado está manifestando a rejeição de determinado ponto de vista. É uma censura ideológica do usuário”.
Desenvolvido pelo FCB Studio, o levantamento é inspirado nas receitas de bolo publicadas nas páginas de jornais censurados no período da ditadura militar. Ao conectar o perfil do Twitter no site, a ferramenta rastreia se o usuário foi bloqueado por alguém no exercício do mandato e gera um bolo único em cryptoarte. Ao todo, foram identificados 409bloqueios na rede social realizados por autoridades públicas.
Publicação também destaca que o setor empregou quase 15.300 profissionais no mesmo período
O setor das agências de comunicação, hoje integrado, no Brasil, por cerca de 1,500 empresas, faturou R$ 3 bilhões em 2020, total ligeiramente inferior ao faturamento de 2019, que foi de R$ 3,02 bilhões. E empregou, no mesmo período, 15.228 profissionais, a maioria jornalistas. A informação é da edição 2021 do Anuário de Comunicação Corporativa, que acaba de ser lançado, e está baseada na Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação, que reuniu a participação de 229 agências de todo o País.
A publicação, com 172 páginas, traz também o novo Ranking das Agências de Comunicação, liderado mais uma vez pela FSB Comunicações, tendo, na segunda colocação, o Grupo In Press. Ela faz ainda um mergulho no universo ESG, que trata dos fatores ambientais, sociais e de governança nas corporações; entra de forma profunda no universo das métricas e mensuração da reputação; e ressalta as novas tendências da comunicação corporativa no pós-pandemia.
A versão digital já está disponível no site da Mega Brasil e seu acesso é livre e grátis. A impressa poderá ser adquirida na Mega Brasil por R$ 100 (mais R$ 20 de postagem/remessa) a partir de 15 de maio. Outras informações com Célia Radzvilaviez, pelo [email protected].
A Oboré aceita até 20/5 inscrições para a 14º edição do Descobrir São Paulo, que integra o Descobrir-se Repórter.
A Oboré, em parceria com a Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo aceita até 20/5 inscrições para a 14º edição do curso Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter. Um dos módulos mais tradicionais do Projeto Repórter do Futuro, o treinamento abordará a cobertura jornalística da cidade sob o tema São Paulo tem jeito? Em pauta, o plano diretor estratégico da cidade.
As aulas acontecerão via Zoom com 30 vagas − sendo dez delas destinadas a estagiários de comunicação dos gabinetes legislativos e outros setores da Câmara Municipal.
O curso, gratuito, que conta com o apoio da Abraji e do Instituto de Pesquisa, Formação e Difusão em Políticas Públicas e Sociais, receberá Aldo Quiroga, editor-chefe da TV Cultura, e representantes da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal. A coordenação será do professor e jornalista André Deak.
A carga horária é de 90 horas, divididas em atividades presenciais, pesquisa e leituras, e atividades práticas. O critério de certificação é ter presença em pelo menos 75% dos encontros e no mínimo uma produção jornalística ao final do módulo. A reunião para seleção acontecerá no sábado (22/5), às 9h30, em formato remoto.
Mais Conteúdo, a mais recente editoria de O Tempo, foi desenvolvida exclusivamente para a produção de reportagens de fôlego, com materiais em diferentes formatos. Além do impresso, a nova editoria leva conteúdo aprofundado também para a Rádio Super e para o portal. Junto com ela, nasceram Mais Doc e Mais Entrevista.
A novidade é que algumas reportagens serão transformadas em documentários e, ao fim de cada matéria, haverá um programa de entrevistas que poderá ser acompanhado pelas plataformas digitais de O Tempo. A equipe é composta por Renata Nunes, Queila Ariadne, Tatiana Lagôa, Rafael Rocha e Izabela Ferreira Alves.
O conteúdo poderá ser acessado por extensa audiência. Os jornais impressos do grupo têm uma circulação de 233,4 mil exemplares; as lives feitas em todas as plataformas chegam à média de 75,6 mil pessoas; o portal tem acesso de 71 milhões de internautas e as redes sociais, de 46,2 milhões. Ao todo, o grupo alcança cerca de 117,5 milhões de pessoas.
Com três meses de casa, Carla Cecato deixou a Jovem Pan na última terça-feira (20) por divergências no veículo e aumento na carga de trabalho
A apresentadora Carla Cecato foi demitida da Record TV na quinta-feira (13/5) após 16 anos de casa. Segundo o Notícias da TV, do UOL, ela recebeu um e-mail que comunicava seu desligamento da empresa e ta suspensão de sua conta corporativa. Carla compareceu à Record, onde foi notificada presencialmente por sua chefia imediata, sobre a interrupção do vínculo. Ela comandava a edição de sábado do telejornal Fala Brasil.
Carla começou a carreira na Record em 2005, como repórter do Jornal da Record. Passou por telejornais locais do Rio de Janeiro e de rede nacional, como o Domingo Espetacular. Estreou como apresentadora em 2008, na revista eletrônica Tudo a Ver, e estava no Fala Brasil desde 2009.
Em publicação no Instagram, declarou que está “disponível para trabalhos, parcerias comerciais, apresentações, palestras, tudo que fiz e faço há muito tempo, e nos últimos 16 anos na Record TV. Uma nova fase começa agora! E eu conto com você mais do que nunca!”.
Carla Cecato indicou que pretende produzir conteúdo no Instagram e em seu canal no YouTube: “Creio que a internet é o novo meio de comunicação e eu quero muito trazer minhas senhorinhas, minhas amigas, amigos, para o meu canal aqui e no YouTube”.
Foi confirmada nesta semana a nomeação de Fernão Silveira para o posto de diretor Global de Estratégia, Planejamento e Monitoramento de Performance da área de Comunicação Corporativa da Stellantis.
O próprio executivo havia adiantado a notícia no final de abril, durante live de lançamento do novo Jeep Compass. Após um período de transição, em que suas atribuições como diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade para América Latina foram repassadas a Fabrício Biondo, novo responsável pelo setor, a mudança pôde finalmente ser oficializada.
Em sua nova posição, Fernão atuará ao lado de outros sete diretores globais, responsáveis por diferentes áreas e atribuições, todos respondendo diretamente a Bertrand Blaise, VP Executivo e Chief Communication & CSR Officer da Stellantis.
“Terei como uma de minhas missões auxiliar na estruturação do novo time global de Comunicação Corporativa, trabalhando em estreita parceria com as marcas, regiões e funções do grupo, além do RH”, comenta o executivo.
Fruto da fusão de dois grandes grupos automotivos – FCA e PSA –, a Stellantis vem promovendo, desde o início oficial de suas operações, em janeiro, um grande esforço para realocar e aproveitar o máximo possível de executivos dos dois grupos dentro da nova estrutura.
“Essa movimentação não é diferente na Comunicação global do grupo, que foi dividida em quatro pilares capazes de atender a todas as necessidades da operação”, explica Fernão. “O primeiro pilar, global, é o que eu passei a integrar, e que responde diretamente a Bertrand. O segundo engloba os profissionais que cuidam das operações locais, seis no total, entre elas a da América Latina. Depois vem o pilar de brands, que engloba todas as marcas do grupo. E por fim o de profissionais de Comunicação ligados às variadas áreas do grupo, como RH, Engenharia e Tecnologia. Algumas dessas estruturas já estão bem adiantadas, mas outras ainda precisam ser reforçadas ou passar por ajustes. É um momento muito dinâmico, de muitas movimentações, e coordenar isso será justamente um dos meus principais desafios”.
Apesar da nova posição global, em princípio Fernão seguirá atuando remotamente a partir do Brasil, mesmo que sem relação direta com o dia a dia da operação latino-americana. “Claro que sempre terei uma visão mais próxima da nossa realidade, e eventualmente posso até auxiliar em alguma demanda específica, mas meu desafio será formular e liderar a estratégia global de Comunicação Corporativa da Stellantis, atuando também no monitoramento de performance e definição de KPIs da área em todo o mundo”.
Fernão Silveira / Leo Lara/Studio Cerri
Jornalista com pós-graduação em Relações Públicas e especialização em Assuntos Corporativos, Fernão Silveira iniciou a carreira como redator, repórter e mais tarde editor nas redações do Diário do Grande ABC e do portal Terra. Na área corporativa, trabalhou nas consultorias CASE Consulting e Thomas Case & Associados, na Catho Online e na Dow, onde liderou projetos regionais e globais de comunicação corporativa e de negócios, incluindo uma experiência de quatro anos e meio na sede global da companhia, em Michigan. Chegou ao mercado automotivo em abril de 2017, quando assumiu a Comunicação da Ford, e no ano seguinte transferiu-se para a FCA.
“Ao longo de minha carreira, acumulei experiência atuando tanto na comunicação local quanto global de grandes marcas. Acredito que essa experiência tenha sido fundamental para que eu recebesse o convite para esse novo desafio, onde será importante conhecer e entender os dois lados dessa moeda”, conclui o executivo.