A biografia Raymundo Souza Dantas: o primeiro embaixador brasileiro negro, foi escrita pelo historiador e professor Fábio Koifman para a Sagga Editora. 

Nascido no interior de Sergipe, Souza Dantas começou a trabalhar em oficinas de jornais em Aracaju, até transferir-se para o Rio, então Capital Federal. Aí completou sua alfabetização e conheceu Joel Silveira, que o indicou para trabalhar como contínuo. Galgou postos em jornais, colaborou com diversas publicações, aprendeu francês, escreveu cinco livros. Foi nomeado por Jânio Quadros embaixador do Brasil em Gana, o que lhe rendeu preconceito e oposição. Foi mais tarde embaixador na Argentina e publicou ainda outros dois livros.

O autor pesquisou a carreira de Raymundo Souza Dantas e, em entrevista ao site Café História, descreve: “Tentei trazer para os leitores um pouco do que o público que acompanhava a imprensa sabia a respeito de Souza Dantas, o contexto relacionado ao momento em que o primeiro brasileiro negro foi nomeado embaixador e as estratégias daqueles que se opuseram à nomeação e a utilizaram para desmerecê-lo e atacá-lo”.

Koifman entrevistou ainda parentes para retratar o lado humano do diplomata. Entre as memórias afetivas, a neta e também jornalista Íris Faria comentou que o avô precisava manter uma imagem pública rígida, por causa do racismo, mas, em família, na informalidade, era meigo e adoçou sua infância. Íris trabalha na assessoria do Tribunal de Justiça do Rio e é filha de Paulinho da Viola, genro de Souza Dantas.

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