O fotojornalista Erno Schneider morreu no Rio em 8/3, aos 85 anos, vítima de uma queda em sua residência. O sepultamento ocorreu à tarde, no cemitério São João Batista, em Botafogo.

Nascido no interior do Rio Grande do Sul, foi ainda jovem para Porto Alegre e começou a trabalhar no jornal O Clarim, de Leonel Brizola. Já no Rio, no Jornal do Brasil, fez a foto que o consagrou – o então presidente Jânio Quadros com as posições dos pés trocados – e lhe valeu o Esso de Fotografia de 1962. Símbolo da indefinição do governo na época, foi uma das muitas imagens que marcaram nossa História.

Entre 1964 e 69, chefiou, com grande repercussão, o departamento fotográfico do Correio da Manhã até o estrangulamento do jornal pelo regime militar. Então, convidado pelo próprio Roberto Marinho, foi ser editor de Fotografia de O Globo, e lá permaneceu por várias décadas.

Alemão, como era carinhosamente chamado pelos colegas e como aparece em seu perfil publicado pela Arfoc, foi responsável pela formação de gerações de fotojornalistas e definia assim a profissão: “Fotografia tem de ser na rua. Sentir as coisas, sentir a vida. Olhar, principalmente olhar. Você tem que observar muito bem. Tem de ser o grande observador. Observar e clicar”.

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