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sexta-feira, julho 11, 2025

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Facebook recua e retira proibição de compartilhamento de links de notícias na Austrália

Facebook
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Após semanas de tensão entre Google e Facebook, a empresa e o primeiro-ministro Scott Morrison chegaram a um acordo. Em negociação envolvendo diretamente Mark Zuckerberg, criador do Facebook, a gigante digital decidiu retornar com os links de notícias em suas plataformas. Em tentativa de transmitir um sentimento de paz, Morrison elogiou o envolvimento direto do fundador da empresa nas negociações.

Já o ministro do Tesouro, Josh Frydenberg, enfatizou as concessões feitas pela empresa: “O Facebook comprometeu-se a entrar em negociações de boa-fé com empresas australianas de mídia de notícias e buscar chegar a acordos para pagar pelo conteúdo, como desdobramento de negociações intensas comigo, com o primeiro-ministro e com o chefe do Tesouro. Concordamos em fazer alguns esclarecimentos ao código”.

Em entrevista ao Financial Times, John Kettle, sócio do escritório de advocacia australiano McCullough Robertson, disse que o acordo parecia ser um meio-termo para salvar a face da empresa. Mas entende que o governo havia afirmado sua autoridade e que o Facebook agora teria que fechar acordos com os fornecedores de notícias de maneira semelhante ao Google. 

Segundo Kettle, a década de 2010 foi marcada pela preocupação com privacidade e tecnologia. E a de 2020 será marcada pelo debate envolvendo competição e tecnologia. Os sinais confirmam a tese, com outros países correndo para seguir o caminho da Austrália.

Mais detalhes em MediaTalks by J&Cia.

Microsoft anuncia aliança com veículos da UE por pagamento de conteúdo jornalístico

Microsoft
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Após declarar apoio à nova lei de mídia australiana que obriga gigantes digitais a pagarem pelo uso de conteúdo jornalístico, a Microsoft anunciou uma aliança com veículos da União Europeia para garantir que as empresas de mídia sejam remuneradas pelo uso do conteúdo que produzirem. O objetivo é semelhante à nova regulamentação na Austrália.

Fernando de Yarza, presidente da News Media Europe, uma das entidades aliadas, declarou que “as experiências na França e na Austrália mostraram-nos que existe uma necessidade real de um instrumento vinculativo para abordar os desequilíbrios inerentes ao poder de negociação com as plataformas, que minam o potencial do setor de imprensa da Europa. Estamos ansiosos para trabalhar com a Microsoft e outros em uma solução que permita um ecossistema de mídia de notícias online saudável e diversificado”.

Jean-Pierre de Kerraoul, presidente da European Newspaper Publishers’ Association (ENPA) disse que “o jornalismo independente é vital para a coesão social que é essencial para a democracia. Mas a internet e as mídias sociais não têm sido gentis com a imprensa livre, com muitos veículos sendo atingidos. Um ecossistema totalmente funcional e competitivo fortalecerá o pluralismo da mídia e, em última análise, fortalecerá o discurso democrático. A democracia depende de uma imprensa livre para superar os tempos difíceis. Qualquer proposta legislativa que fortaleça a democracia e apóie uma imprensa livre deve ser promovida pela indústria de tecnologia, que é um produto das mesmas liberdades e valores”.

Confira os detalhes da nova aliança na MediaTalks by J&Cia.

Jornais estampam publicidade com manifesto favorável ao “tratamento precoce”

Campanha publicada em jornais incentiva o tratamento precoce
Campanha publicada em jornais incentiva o tratamento precoce

Alguns dos principais jornais impressos brasileiros publicaram nesta terça-feira (23) um informe publicitário com um manifesto favorável ao “tratamento precoce” contra a Covid-19. A publicação foi assinada pela Associação de Médicos pela Vida, com sede em Recife, e ocupou as páginas de O Globo, Folha de S. Paulo, Estado de Minas, Jornal do Commercio, Zero Hora, Jornal Correio, Correio Braziliense e O Povo.

A campanha foi motivo de muitas críticas ao longo do dia, principalmente porque, como amplamente divulgado não somente pela mídia, mas também em revistas científicas, não existe tratamento precoce cientificamente comprovado para a doença.

Uma das primeiras publicações a alertar sobre a questão, o site Congresso em Foco, destacou o fato de parte desses mesmos veículos ser vítima constante de ataques do governo justamente por negar essa mesma narrativa em suas reportagens.

“A imprensa é um dos setores que mais vêm sofrendo com ataques do governo federal por conta da defesa de Jair Bolsonaro sobre o uso da cloroquina”, destacou a reportagem assinada por Marina Oliveira. “O Ministério da Saúde chegou a mudar a forma e o horário de publicar os dados sobre a doença para não coincidir com os horários dos telejornais noturnos. A partir daí, estes mesmos veículos que hoje publicaram o manifesto se uniram em um consórcio para levantar números sobre a doença”.

Sobre o caso, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou não ter uma posição específica: “mas defendemos, naturalmente, a liberdade de expressão, que vale também para essa nota”.

 
 

Dança das contas: Ultragaz, Tenda e Panini contratam novas agências

  • A FSB Comunicação é a nova agência de comunicação e de relações com a imprensa da Ultragaz. No atendimento, Caroline Novaes (caroline.novaes@fsb.com.br) e Beatriz Bardenn (beatriz.bardenn@), com gerência de Thais Rosa (thais.rosa@) e direção de Paulo Sadalla (paulo.sadalla@). 
  • A Nova PR assumiu o atendimento à imprensa da construtora e incorporadora Tenda. A agência será responsável pelo relacionamento com a imprensa e formadores de opinião, e também pela gestão de temas relacionados a negócios, inovação, tecnologia e lançamento de empreendimentos. No atendimento, Anderson Estevan (anderson.estevan@novapr.com.br), com direção de Marilia Paiotti (marilia.paiotti@).
  • A Communica Brasil cuidará da comunicação da psicóloga e psicopedagoga Karin Kenzler, especializada em orientação de pais e com dez anos de experiência em escolas como orientadora educacional e palestrante. No atendimento, Marcela Martinez, com direção de Andrea Funk (andrea@communicabrasil.com.br).
  • A Ink Comunicação iniciou o atendimento de imprensa à Levee, startup de Inteligência Artificial para Recursos Humanos que tem entre seus clientes empresas das áreas de varejo e serviços. No atendimento, Ana Cunha (ana.cunha@inkcomunicacao.com.br) e Rômulo Madureira (romulo.madureira@), com direção de Aline Chaves (aline.chaves@).
  • A Máindi, liderada por Daniel Miura e Gefferson Eusébio, anuncia a chegada das contas da Panini, editora de publicações e colecionáveis, e da agência de publicidade Possible. Os atendimentos da Panini serão divididos em duas frentes, sendo uma para publicações (a cargo de Daniel Generalli) e outra para colecionáveis (com Gabriela Albach). A Possible terá atendimento de Thomas Ferraz. Ambas as contas terão a liderança de Tércio Silveira (tercio.silveira@maindi.com.br). André Mendes, diretor de diversidade e relacionamento, também atuará nas contas, com um olhar de aproximar um público cada vez mais diverso desses clientes.
  • A Piquini Comunicação Estratégica, de Belo Horizonte, passou a responder pela assessoria de imprensa da CRV, empresa pioneira em genética bovina no Brasil, com sede em Sertãozinho (SP). A agência já faz consultoria estratégica e comunicação interna para a empresa. “O mercado da genética bovina cresceu 30% em 2020 e a perspectiva é de mais expansão em 2021”, diz Marco Piquini, CEO da agência.
  • A CDN conquistou a conta da ONG Artigo 19. Em contato direto com Luana Almeida (comunicacao@artigo19.org), que acaba de assumir a coordenação de Comunicação da organização, a CDN passa a ser responsável pelo relacionamento com a imprensa, sob gerência de Marleide Rocha e atendimento de Larissa Ocampos (artigo19@cdn.com.br ou 11-3643-2790).

Maioria dos canais Fox passa a ter a marca Star Channel

Fox Star
Fox Star

Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro

Nesta segunda-feira (22/2) começou a mudança dos canais de entretenimento da Fox para a marca Star Channel. A intenção foi anunciada em novembro de 2020 e agora se concretiza.

Assim, Fox Channel é Star Channel; Fox Life é Star Life; Fox Premium é Star Premium. No Brasil, o Fox Premium 1 é Star Hits, e o Fox Premium 2 é Star Hits 2. Os canais passam a se chamar Star, mas continuam a oferecer o conteúdo da Fox. Programas de sucesso como Os Simpsons, The Walking Dead e This Is Us continuam na grade de programação dos novos canais. Há a promessa de novas atrações.

Nem tudo mudou. O canal FX, também de filmes e séries como American Dad, mantém o nome original. E por determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) os dois canais Fox Sports permanecem inalterados até 31 de dezembro de 2021, como parte de uma negociação que noticiamos em J&Cia 1.287, no ano passado. A Disney trabalha na integração deles com a ESPN, também sua propriedade.

Em junho, deve estrear na América Latina a plataforma de streaming Star+, com conteúdo voltado para o público-alvo da nova marca – jovens e adultos com idades entre 18 e 49 anos. Além do entretenimento, inclui transmissão de esportes ao vivo, conteúdo da ESPN e contratos da Fox Sports ainda em vigor, entre outros.

The Walt Disney Company Latin America, que adquiriu parte da marca Fox em 2019, realiza um processo de rebranding para toda a América Latina, criando uma nova identidade. Fox Networks Group é hoje uma divisão da Disney. Mas a marca Fox ainda pertence a Rupert Murdoch, que segue no controle da Fox Corp. (conhecida como New Fox), dona dos canais Fox e Fox News, e mesmo Fox Sports apenas nos Estados Unidos.

Danilo Campos, responsável pelo marketing de in-home media da Disney Co. no Brasil, em entrevista ao Meio&Mensagem, afirmou, com base em pesquisas de opinião, que a marca Star foi escolhida por ser um símbolo prontamente associado ao universo de celebridades e entretenimento, e ter qualidades como variedade, diversidade e positividade.

Todos os canais do Grupo Disney já apresentam comerciais sobre a mudança e, durante dois meses, aparecerão na TV aberta, em diferentes veículos e com influenciadores nas mídias digitais. Os anúncios têm filme com Lulu Santos cantando O meu destino é ser Star.

Entidades pedem inclusão de jornalistas em grupos prioritários de vacinação na América Latina

Vacinação

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) declarou apoio às petições de suas afiliadas em Brasil, Peru e Uruguai para que os profissionais de imprensa sejam incluídos nos grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19.

No Brasil, a Federação Internacional dos Jornalistas (Fenaj) justificou a inclusão dos jornalistas pelo fato de que eles seguem na linha de frente, correndo o risco de contaminação para trazer informações sobre a doença: “À semelhança de outras profissões, como profissionais da saúde, professores, policiais ou bombeiros, os profissionais da mídia são obrigados a se colocar em risco, garantindo a todos os cidadãos o acesso a informações de confiança e interesse público”.

No Peru, a Associação Nacional dos Jornalistas (ANP) enviou uma carta à presidente do Conselho de Ministros, Violeta Bermúdez, expressando preocupação com a ausência de jornalistas, fotojornalistas e outros profissionais da mídia entre os grupos prioritários de vacinação. A entidade destaca que 108 jornalistas morreram em todo o país em decorrência do vírus, o maior número de mortes por país na profissão.

No Uruguai, o Conselho de Administração Central da Associação Uruguaia de Imprensa (APU) contatou o ministro da Saúde do país, Daniel Salinas, destacando os riscos que os profissionais de imprensa estão correndo ao realizarem seus trabalhos durante a pandemia.

Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ, destaca que, “desde o início da pandemia, os jornalistas provaram de forma esmagadora o papel essencial que desempenham ao informar seus cidadãos e lutar contra a desinformação sobre a Covid-19. Os jornalistas são trabalhadores essenciais que devem ser tratados como tal nas campanhas nacionais de vacinação contra a Covid-19 em todo o mundo”.

O especial de MediaTalks by J&Cia fala sobre todos os efeitos que a pandemia gerou para a saúde dos profissionais de mídia, incluindo a psicológica/mental e consequências severas para jornalistas mulheres. Leia na íntegra.

Facebook pode passar a pagar por conteúdo jornalístico no Canadá

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O ministro da Economia do Canadá Steven Guilbeault declarou que vai redigir uma nova legislação de mídia para o país semelhante à da Austrália, na qual obriga gigantes de tecnologia a pagarem pelo conteúdo jornalístico publicado em suas plataformas. Ele condenou a ação do Facebook, de proibir o compartilhamento de links de notícias na Austrália, e declarou que “o Canadá está na vanguarda desta batalha. Estamos entre os primeiros países decididos a seguir em frente”.

A ação do Facebook foi recebida como uma declaração de guerra. O primeiro ministro da Austrália Scott Morrison declarou que vai engajar outros líderes mundiais na luta contra a empresa. Logo no primeiro dia da suspensão dos links na Austrália, o tráfego para sites de notícias caiu 13% nas primeiras horas, e em alguns momentos chegou a 20%, segundo a empresa Chartbeat. Apesar do clima tensão, no último sábado (20/2), Morrison deu entrevista coletiva na qual anunciou que o Facebook havia retornado à mesa de negociações.

Entenda em MediaTalks by J&Cia por que a lei da Austrália é tão importante e como ela afeta o futuro do jornalismo e dos usuários de mídias sociais.

Tim Berners-Lee, um dos criadores da internet, teme que lei australiana afete neutralidade da rede

Crédito: Markus Spiske/Unsplash

A nova lei de mídia australiana, que obriga empresas de tecnologia como Google e Facebook a pagarem pelo conteúdo jornalístico publicado em suas plataformas, dividiu opiniões. O respeitado cientista Tim Berners-Lee, um dos criadores da World Wide Web, diz acreditar que a nova regulamentação pode afetar o princípio da neutralidade da rede, um dos fundamentos da internet.

Tim Berners Lee
Tim Berners Lee

Ele enviou uma carta ao Senado australiano declarando apoio à remuneração de empresas jornalísticas pelo conteúdo compartilhado nas plataformas de gigantes digitais. Porém, afirma que as restrições ao uso de links de hipertexto não são a maneira correta de atingir esse objetivo, por prejudicarem o princípio fundamental da capacidade de se conectar livremente na web. E que tal medida pode tornar a rede impraticável em todo o mundo.

Já o professor da Universidade Curtin Tama Leaver vê uma solução para o problema apontado por Tim Berners-Lee. Ele concorda com o risco à neutralidade, mas propõe que a nova lei cubra apenas os links para o conteúdo integral. Para ele, “isso garantiria que o uso de links por si só não pudesse ser monetizado, como sempre foi verdade na web. As plataformas ainda precisariam pagar quando apresentam aos usuários extratos ou visualizações de artigos, mas não quando eles apenas fornecem links para eles”.

Leia mais sobre a nova lei de mídia em MediaTalks by J&Cia.

Sérgio Maurício deixa o Grupo Globo e confirma acerto com a Band

Sérgio Maurício será o narrador da Formula 1 pela TV Bandeirantes
Sérgio Maurício será o narrador da Formula 1 pela TV Bandeirantes

Narrador se juntará à nova equipe de automobilismo da emissora, responsável pelas transmissões da Formula 1 e Stock Car em 2021

A Bandeirantes anunciou em 19/2 a contratação do narrador Sérgio Maurício, que deixa o Grupo Globo após 29 anos para integrar sua equipe de automobilismo. Nova detentora dos direitos de transmissão, entre outras, da Formula 1 e Stock Car, a emissora já havia anunciado em dezembro do ano passado a contratação do comentarista Reginaldo Leme, e em janeiro da repórter Mariana Becker, ambos com carreira também construída na Globo.

Em contato com a coluna de Flavio Ricco, para o Portal R7, Maurício falou sobre a mudança: “29 anos de empresa, num misto de alegria e melancolia. Ajudei a colocar o primeiro tijolinho no SporTV. Estou lá desde que se chamava TopSport. Agora um desafio num canal que é referência no jornalismo e principalmente no esporte. Eu adoro desafios. Muito feliz com essa mudança”.

Em comunicado, a Band confirmou que ele será o narrador oficial das transmissões da Fórmula 1, cujos direitos de transmissão foram adquiridos até 2022. O contrato prevê a exclusividade para a exibição das 23 provas do calendário do circuito na tevê aberta. Já os treinos classificatórios serão transmitidos pelo canal pago BandSports, que também levará ao ar a Fórmula 2 e a Fórmula 3. O início da temporada 2021 do campeonato mundial está marcado para 28/3, no Bahrein.

Vale lembrar que a Band transmitiu a Fórmula 1 pela última vez em 1980. Durante os últimos 41 anos, os direitos foram da Rede Globo.

Sobre Sérgio Maurício

Nascido no Rio de Janeiro, Sérgio Maurício iniciou a carreira como locutor esportivo na Rádio Roquette Pinto. Depois disso, passou pelas rádios Capital, Tamoio, Manchete e CBN. Na televisão, tornou-se especialista na cobertura de automobilismo, jogos olímpicos, vôlei, basquete, lutas do UFC, entre outros. Nos últimos 29 anos, foi um dos principais narradores do Grupo Globo e titular das transmissões da Fórmula 1 no SporTV”.

A verdade nua e crua: Bolsonaro é “garoto-propaganda” em ação da RSF

Jair Bolsonaro é o garoto-propaganda da campanha
Jair Bolsonaro é o garoto-propaganda da campanha "A verdade nua e crua", da RSF

A seção brasileira da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) lançou nesta segunda-feira (22/2) a campanha A verdade nua e crua. A ação tem como objetivo defender o direito à informação confiável no Brasil durante a pandemia de Covid-19. Na peça, produzida pela agência BETC Paris, o presidente Jair Bolsonaro aparece em uma montagem sem roupas, coberto por uma placa que mostra os números de mortos e contaminados no Brasil pela pandemia.

“Essa campanha propositalmente chocante visa despertar as consciências a reagirem aos ataques permanentes do sistema Bolsonaro contra a imprensa”, afirmou Christophe Deloire, Secretário-Geral da RSF. “Os ataques não são apenas moralmente intoleráveis, mas também perigosos para a população brasileira que se vê privada de informações vitais sobre a pandemia. O trabalho dos jornalistas é fundamental para relatar os fatos e informar as pessoas sobre a realidade da crise sanitária. Mais do que nunca, o direito à informação, intimamente ligado ao direito à saúde, deve ser defendido no Brasil.”  

A campanha defende que se mostre “a verdade nua e crua” da realidade dos fatos, para além de alegações fantasiosas ou manipuladoras. Segundo a entidade, essa foi uma forma simbólica de confrontar o chefe de estado brasileiro a realidade dos fatos, contrapondo suas acusações em que responsabiliza a imprensa pelo caos instalado no país para desviar a atenção de sua desastrosa gestão da crise sanitária.

O Brasil é hoje o terceiro país mais afetado no planeta pela Covid-19 e a campanha reforça a importância de conhecer os fatos para compreender a pandemia e poder agir sobre ela. Fatos aos quais a população brasileira não teria acesso sem o trabalho dos jornalistas. 

“O trabalho da imprensa brasileira tornou-se particularmente complexo desde que Jair Bolsonaro assumiu o poder em 2018”, acrescenta o comunicado da entidade. “Insultos, difamação, estigmatização e humilhação de jornalistas passaram a ser a marca registrada do presidente do país. Sempre que informações contrárias aos seus interesses ou aos de sua administração se tornam públicas, ele não hesita em atacá-los com violência. No final de janeiro, por exemplo, Jair Bolsonaro mandou os jornalistas para “a puta que o pariu” e afirmou que a lata de leite condensado era para “enfiar no rabo […] da imprensa”.

Essa declaração delirante faz parte de uma estratégia bem azeitada de ataques contra a imprensa coordenados pelo presidente e seus familiares que ocupam cargos eletivos, conforme apresentado pelo relatório da RSF que lista nada menos que 580 ataques apenas em 2020”.

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