Portal dos Jornalistas é um dos apoiadores do evento
A XCOM realiza em 19 de agosto, às 17h, um webinar gratuito sobre gerenciamento de reputação em tempos de crise. O Portal de Jornalistas e a newsletter Jornalistas&Cia estão entre os apoiadores do debate.
Em release sobre o evento, a agência destaca que a pandemia fez com que as empresas enfrentassem, além da crise sanitária, um cenário de crise econômica e outros processos corporativos, como a adaptação ao trabalho remoto, saída de clientes e preocupação com a saúde mental de funcionários e colaboradores. Nesse contexto, discutir gerenciamento de crise torna-se ainda mais importante.
Participam Melissa Agnes, fundadora e CEO do Crisis Ready Institute, dos Estados Unidos; e Valéria Café, diretora de vocalização e influência do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). A mediação é do escritor David Cohen.
Sobre o debate, Viviana Toletti, sócia-diretora da XCOM, declarou que “toda empresa, independente do porte ou gestão organizacional, pode enfrentar imprevistos, conflitos internos e externos ou até mesmo problemas de operação, que se não forem bem administrados podem causar danos irreversíveis. Estar preparado para a crise é cuidar da governança e da reputação da empresa. Nossa expectativa é muito positiva, teremos profissionais qualificados debatendo, em alto nível, um tema em constante transformação. Além disso, será uma oportunidade de conhecer a fundo o mercado de comunicação e estreitar relacionamentos com todos os participantes”.
Eduardo Ribeiro, publisher deste Portal, da newslettter Jornalistas&Cia e do site MediaTalks, participa da série TV Senado 25 anos.
Eduardo Ribeiro, deste Portal dos Jornalistas, participa de especial da emissora
Com o tema Jornalismo x Opinião, Eduardo Ribeiro, publisher deste Portal dos Jornalistas, da newslettter Jornalistas&Cia e do site MediaTalks, participa de um dos programas da série TV Senado 25 anos, que vai ao ar nesta sexta-feira (23/7), às 20 horas. Ele e Ricardo Fabrino Mendonça, doutor em Comunicação Social e professor do Departamento de Ciência Política da UFMG, com mediação de Sylvio Guedes, da TV Senado, analisam a editorialização do jornalismo atual e falam sobre as fronteiras entre jornalismo, jornalismo de opinião e a opinião expressa em blogs e outros canais digitais.
E mais…
22/7 (quinta-feira) – O programa Iluminuras, da TV Justiça, reprisa, às 22h30, a entrevista com Wagner Willian, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria História em Quadrinhos. Formado em Propaganda e Marketing, pintor, ilustrador, desenhista e escultor, Wagner vem se consagrando no mercado dos quadrinhos. No ano passado, venceu os principais prêmios nacionais de Literatura e da indústria dos HQs: o Jabuti e o troféu HQMIX. Em conversa com a jornalista Rafaela Vivas, ele apresenta Silvestre, seu livro mais recente.
22 e 23/7 (quinta e sexta-feiras) – Sessão de abertura e simulações de sessões plenárias do Politeia 2021, projeto de ensino, pesquisa e formação política da UnB em parceria com a Câmara dos Deputados, que consiste na preparação de estudantes universitários para uma simulação das atividades legislativas. A edição deste ano será virtual, transmitida ao vivo pelo canal da Câmara no YouTube. O evento contará com a participação de 135 estudantes, 115 dos quais simularão o trabalho de deputados federais e os outros 20 farão o papel da imprensa, em atividades de assessoria ou de reportagem. A edição virtual deste ano possibilitou a reunião de 36 cursos universitários de 44 instituições diferentes, localizadas em 16 estados e no DF. Na quinta, às 13h, e na sexta, às 9h30 e às 13 horas.
O Diário Campineiro é o novo veículo de comunicação impresso de Campinas, lançado em comemoração aos 247 anos da cidade, celebrados em 14/7.
O Diário Campineiroé o novo veículo de comunicação impresso de Campinas, lançado em comemoração aos 247 anos da cidade, celebrados em 14 de julho. Com circulação aos sábados, nasce com a pretensão de ser uma nova fonte de informações para a cidade, prezando pela qualidade editorial e abordando temas diferenciados que vão além do noticiário.
Com edição executiva de Helio Paschoal, a equipe é composta por Cláudio Liza Jr., Rodrigo de Moraes, Jorge Massarolo, Eunice Gomes, Carlo Carcani Filho, Márcia Marcon, Marita Siqueira e o fotógrafo Matheus Pereira.
Também participam do projeto as colunistas fixas Cris Soutelo, arquitetura e decoração; e Bianca Massafera, gastronomia. A parte social fica a cargo de Guilherme Gongra.
A publicação é uma aposta do CEO Donizete Ribeiro e tem parceria de conteúdo com o portal de notícias RadarC.
Eliane Brum e Adriana Zehbrauskas, vencedoras do Maria Moors Cabot 2021
Pela primeira vez premiação homenageia apenas jornalistas mulheres
A repórter Eliane Brum e a fotojornalista Adriana Zehbrauskas estão entre as premiadas do Maria Moors Cabot 2021. A iniciativa é uma das mais tradicionais e antigas distinções do jornalismo mundial e é oferecida anualmente pela Columbia University School of Journalism, de Nova York.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (21/7) e além das representantes brasileiras, foram homenageadas a mexicana Adela Navarro Bello e a norte-americana Mary Beth Sheridan. É a primeira vez, desde que o prêmio foi criado em 1938, que todos os vencedores são mulheres. A cerimônia de premiação está marcada para 12 de outubro e os vencedores receberão, além de medalha, um prêmio em dinheiro de US$ 5 mil.
Gaúcha de Ijuí, Eliane é a +Premiada Jornalista da História Brasileira, segundo a última edição do Ranking dos +Premiados da Imprensa do Brasil, levantamento promovido anualmente por este Portal dos Jornalistas. São mais de 30 prêmios, entre reconhecimentos nacionais e internacionais, entre eles os prêmios Jabuti, Esso e SIP (duas vezes cada), Vladimir Herzog e Comunique-se (cinco vezes cada) e Mulher Imprensa (em seis oportunidades). “È uma das vozes mais respeitadas do jornalismo brasileiro“, destacou o comunicado da premiação sobre Eliane, que desde 2013 é colunista do El País Brasil.
Já sobre Zehbrauskas, o texto afirmou que “seu trabalho contribui muito para a compreensão das Américas“. Brasileira radicada nos Estados Unidos, Adriana é especializada em Comunicação e em Linguística e Fonética pela Sorbonne, em Paris. Durante sua carreira profissional, trabalhou na Folha de S.Paulo e atualmente contribui regularmente para importantes veículos de comunicação internacionais, como The Guardian e The New York Times.
Histórico
Com o resultado deste ano, Eliane e Adriana entram para um seleto grupo de jornalistas brasileiros laureados com o Maria Moors Cabot. No ano passado, entre os vencedores, estava Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, mas também já receberam a medalha nomes como Fernando Rodrigues, Carlos Castello Branco, Clóvis Rossi, Dorrit Harazim, José Hamilton Ribeiro, João Antonio Barros, Mauri König, Merval Pereira e Miriam Leitão.
O Google News Iniciative anunciou nesta quarta-feira (21/7) os 21 projetos selecionados para o Desafio da Inovação GNI na América Latina, que receberão apoio financeiro por meio de um fundo de US$ 2 milhões para desenvolver novos produtos de notícias e modelos de negócio. Oito dos selecionados são brasileiros.
Os projetos do Brasil são de Associação Fiquem Sabendo, Folha de S.Paulo, Estado de Minas, AppCívico, Rede Gazeta, Revista AzMina, Marco Zero Conteúdo e Projeto #Colabora. Também foram selecionados projetos de Argentina, Peru, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e El Salvador.
A Associação Fiquem Sabendo vai criar a plataforma Agenda Transparente, que monitora em tempo real as agendas de autoridades e agentes públicos brasileiros, a partir de informações disponibilizadas de modo disperso e não padronizado na internet.
A Folha pretende usar o auxílio financeiro para o Voz Delas, ferramenta de monitoramento que vai apontar em tempo real aos jornalistas a representatividade de mulheres nos diversos conteúdos em produção do jornal. Por meio de machine learning e inteligência artificial, os profissionais receberão sugestões de mulheres especialistas que podem ser entrevistadas para cada tema.
O Estado de Minas vai criar a plataforma Scoop, baseada em inteligência artificial, para identificar pautas e tendências por meio do monitoramento de redes sociais, gerando alertas personalizados para os jornalistas na redação.
O projeto do AppCívico é o Facts-NFT, que cria um novo modelo de negócios para o jornalismo, convertendo conteúdos jornalísticos históricos em produtos digitais exclusivos, os NFTs (non-fungible token), que poderão ser comprados, colecionados e revendidos.
A Rede Gazeta planeja investir no Gazeta SDK, pacote de soluções digitais voltadas à otimização da produção, edição e gerenciamento de conteúdo multimídia
A revista AzMina vai criar o Amplifica, ferramenta que visa a facilitar a participação da comunidade em sites de notícias, usando ferramentas de monitoramento de redes para organizar um fluxo orgânico de conteúdo, aproximando as pessoas e enriquecendo discussões importantes.
O Marco Zero Conteúdo, em colaboração com outros nove sites jornalísticos nordestinos e a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), vai lançar um projeto para diagnosticar problemas de acessibilidade em sites jornalísticos e identificar conteúdos de qualidade, acessíveis e inclusivos.
O Projeto #Colabora vai monitorar Diários Oficiais de municípios brasileiros e, por meio de machine learning, extrair informações de atos públicos sobre temas ambientais e disponibilizá-los de modo organizado para jornalistas, empresas e ONGs.
O Projeto Motor Jornalismo, especializado em automobilismo, anunciou a criação do Projeto Esporte, canal voltado ao setor esportivo no YouTube, que seguirá a mesma linha editorial adotada pelo Projeto Motor.
O objetivo é contar grandes histórias, falando sobre a trajetória de personagens interessantes e explicando acontecimentos de forma mais profunda, contextualizada e técnica, mas agora não só de automobilismo, mas de vários esportes.
Bruno Ferreira, sócio e membro do Comitê Editorial da Projeto Motor Jornalismo, declarou que a criação do braço de esportes gerais é um grande marco: “As mais diferentes modalidades esportivas possuem infinitas histórias riquíssimas, sendo que muitas delas transcendem o mundo das competições e se tornaram importantes para a sociedade de uma forma geral. Então, queremos contar estas histórias de maneira acessível, didática e descomplicada, com o mesmo cuidado e capricho que já fazemos com o Projeto Motor”.
Em clima de Olimpíadas, o primeiro vídeo do Projeto Esporte é sobre o maratonista brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, que foi segurado por um invasor nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas.
O Projeto Motor é um site e canal no YouTube independente, especializado em automobilismo, que não foca em notícias do dia a dia, mas em reportagens profundas com explicações técnicas e históricas, além de curiosidades do universo das corridas de carro.
“Nossa missão é descomplicar e explicar este esporte tão fascinante, sempre com conteúdo 100% original”, diz o site do projeto.
O mundo corporativo está cheio de poderosas CEOs liderando grandes organizações. Mas o jornalismo não repete o modelo. A falta de diversidade de gênero na mídia persiste nos altos escalões, a despeito de tantas iniciativas para mudar o quadro.
Por isso, a chegada de Sally Buzbee ao comando do Washington Post, há uma semana, é um fato a ser comemorado. Primeira mulher a dirigir a redação de um dos mais influentes jornais do mundo em 144 anos, ela se tornou notícia não apenas pelo currículo (ocupava cargo semelhante na Associated Press), mas por representar uma virada que muitas organizações globais têm procurado fazer.
Sally Buzbee
Algumas já fizeram. O Financial Times entronizou Roula Khalaf como editora-chefe em 2020, depois de quatro anos como subeditora. Foi a primeira mulher no cargo em 131 anos. A Reuters alçou em abril passado Alessandra Galloni ao comando. A italiana é a primeira mulher em 170 anos a liderar as operações globais da agência de notícias.
São avanços, mas ainda quase exceções em um universo dominado por homens, apesar de as mulheres serem maioria nas redações em vários países.
Um estudo do Instituto Reuters revelou em 2020 que apenas 23% dos chefes de veículos online e off-line em dez mercados, incluindo o Brasil, eram mulheres.
Uma desproporção, considerando que o mesmo estudo mostrou que 40% do conjunto de profissionais de imprensa eram mulheres na época. No Brasil a taxa é superior a 50%.
Com os exemplos de Buzbee, Khalaf e Galloni os números já mudaram. Mas ainda assim há muito a fazer para que o jornalismo seja mais inclusivo para as mulheres, tanto nas redações quanto na cobertura.
A partir do exame de mais de 30 mil reportagens, o estudo mostra que a proporção de mulheres como fontes e personagens aumentou significativamente em cinco anos. Mas ainda está em 25%. E diminuiu na pandemia.
A situação piora com a idade. Apenas 3% das mulheres retratadas em matérias têm mais de 65 anos. Entre os homens, a taxa é de 15%.
Uma das questões destacadas foi o compromisso de garantir que as várias vozes na redação sejam ouvidas, e que o jornal conte histórias que reflitam as experiências de seus leitores diversos.
A mensagem é clara. Mais do que nomear mulheres para liderar redações, o jornalismo tem uma montanha muito maior a escalar para espelhar o conjunto da sociedade.
Livro examina diversidade na América Latina
Um e-book (gratuito) lançado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, dirigido pelo brasileiro Rosental Calmon Alves, demonstra isso.
O livro é dividido em quatro seções abordando a diversidade em gênero, orientação sexual, questões raciais e étnicas e deficiência.
Paula Cesarino Costa, primeira editora de diversidade da Folha de S.Paulo, escreveu sobre inclusão racial: “Em mais de 30 anos de trabalho em redação, me sobram dedos nas mãos para contar o número de jornalistas negros com quem convivi”.
Embora os debates sobre diversidade na mídia se concentrem mais em raça e gênero, há outras áreas que merecem atenção em projetos de inclusão. Uma delas é o tratamento da mídia a pessoas com deficiência.
A chilena Andrea Medina, autora do ensaio no livro sobre o tema, acha que elas devem ser representadas como agentes ativos, protagonistas de suas próprias notícias, pois muitas vezes são as outras pessoas que falam por elas, com uma abordagem assistencialista.
A subida é longa, mas o livro é um ótimo mapa para alcançar o cume da montanha da inclusão.
Inscreva-se em [email protected] para receber as newsletters MediaTalks trazendo notícias, pesquisas e tendências globais em jornalismo e mídias sociais.
Estão abertas as inscrições para o Lab Nexo de Jornalismo Digital, com o tema Primeira Infância e Desigualdades, treinamento online feito em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal,O objetivo é complementar a formação de jovens jornalistas com uma imersão nos principais temas que envolvem as crianças em seus primeiros anos de vida. As inscrições vão até 1º de agosto.
Ao todo, são 30 vagas para estudantes (com formatura prevista entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022) e profissionais recém-formados em Jornalismo ou Comunicação Social (formatura a partir de dezembro de 2019).
As aulas serão de 6 a 17 de setembro. Nesse período, os selecionados participarão de oficinas práticas sobre como produzir diferentes formatos narrativos, como gráficos, podcasts, produções audiovisuais, reportagens, entre outros; palestras sobre os assuntos relativos ao tema Primeira infância e Desigualdades; e reuniões de pauta com os editores do Nexo para a definição de conteúdos a serem produzidos.
Após as atividades, ao longo dos meses seguintes, os participantes serão acompanhados pelos editores do Nexo para produzir os conteúdos escolhidos, que serão publicados no jornal. As reportagens serão feitas em dupla e a que produzir o conteúdo mais bem avaliado por uma Comissão Julgadora receberá duas bolsas de estudos, uma por pessoa, para cursos de educação executiva em Jornalismo do Insper, que apoia o curso.
André Felipe de Lima lançou o e-bookÍdolos & Épocas — O amadorismo no futebol brasileiro (1900 a 1933), de A a F (Approach Editora/Museu da Pelada), primeiro volume de uma obra que aborda a era amadora do futebol brasileiro, com biografias de renomados craques do passado. Os outros dois volumes, de G a O e de P a Z, estão em reta final de edição.
André Felipe de Lima
O livro é fruto de duas décadas de pesquisas e entrevistas que possibilitaram a descoberta de fatos sobre os jogadores do período amador do futebol brasileiro.
Algumas dessas descobertas incluem, por exemplo, o fato de que o ídolo vascaíno Fausto dos Santos, o “Maravilha Negra”, era carioca e não maranhense; que o goleiro Eurico Lara, maior ídolo da história do Grêmio, não morreu durante um Gre-Nal e chegou a atuar como juiz em alguns jogos antes de falecer; e que a gripe espanhola matou vários jogadores do eixo Rio-São Paulo entre 1918 e 1919. O livro aborda também outros nomes, como Amílcar Barbuy, Feitiço e o baiano Popó.
O autor conta que por diversas vezes teve seu trabalho desacreditado: “Alguns até diziam que eu não iria muito longe e que o projeto era coisa de megalomaníaco. Que seja, ora. A história do futebol brasileiro merece todo o nosso esforço em pesquisa e resgate de memória, mesmo que sem apoio cultural ou qualquer tipo de incentivo, que é o meu caso. Gastei até o que não podia comprando acervos, livros, revistas e jornais antigos, daqui e do exterior. Não me intimidei e segui a diante. Valeu muito a pena. A vastíssima pesquisa foi concluída”.
O e-book marca a estreia de André no campo literário. Ele atuou como repórter em Jornal do Commercio, Ediouro (agência de notícias Canal Web) e Globonews.com. Como consultor, trabalhou em RP Consultoria de Comunicação − que organizava o Prêmio Esso de Jornalismo − e Edelman. Foi professor de Jornalismo na Universidade Estácio de Sá durante oito anos. Atualmente, é editor da revista Comunità Italiana e integrante da equipe Ketchum JCM Comunicação.
O juiz Air Marin Junior, do 2º Juizado Cível de Boa Vista (RR), censurou nessa segunda-feira (19/7) uma reportagem sobre venda de ouro extraído ilegalmente de reserva indígena, que integra a série Ouro do Sangue Yanomami, produzida pelas agências de jornalismo investigativo Amazônia Real e Repórter Brasil.
Após pedidos feitos por advogados de uma das personagens da matéria, Marin determinou a retirada do ar de trechos do texto que relatam como o ouro extraído ilegalmente de reservas Yanomami é vendido na capital roraimense.
Com o nome não mencionado, a personagem foi retratada na reportagem como uma espécie de atravessadora dos garimpeiros, vendendo o ouro extraído ilegalmente a pequenas joalherias de Boa Vista.
Em nota, a Repórter Brasil alegou que “a retirada, feita sem decisão transitada em julgado e sem nenhuma audiência para ouvir a Repórter Brasil, é censura, pois fere a liberdade de imprensa, premissa do Estado democrático prevista no artigo 5°, inciso IX da Constituição”. E completou. “Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social”.
Os advogados de defesa da agência André Ferreira e Eloísa Machado, do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos, defenderam, em peça, que a conduta da Repórter Brasil é “perfeitamente lícita e implica o exercício regular do direito de informar” e, por isso “não pode receber nenhuma reprimenda, seja a retirada de conteúdo do ar, seja o pagamento de indenização por supostos danos morais”.
O juiz determinou ainda multa de cinco salários mínimos no caso de descumprimento da liminar e argumentou haver “alta probabilidade” de que a autora da ação tenha razão em seus argumentos. “Toda a documentação juntada e as alegações da autora indicam, pelo menos nesta seara não exaustiva, a alta probabilidade de que a autora tenha razão”.
O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar as possíveis ligações da autora da ação judicial com o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. O resultado poderá ser encaminhado à Polícia Federal com pedido de abertura de inquérito.