O setor de comunicação corporativa está mobilizado contra as alterações tributárias previstas pelo PL 2337/12.
A Abracom já tem um novo Conselho de Ética, para o mandato que se estenderá até 2023. Presidido por Gisele Lorenzetti, da LVBA, ele passou a ser integrado por Leila Loria, presidente-executiva do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa; Ligia Maura Costa, professora e coordenadora do FGV Ethics; Sandra Martinelli, presidente-executiva da ABA – Associação Brasileira de Anunciantes; Tom Mendes, diretor financeiro do Instituto Identidades do Brasil – ID_BR; Paulo Nassar, diretor-geral da Aberje; Carlos Eduardo Lins da Silva, coordenador do Centro Celso Pinto de estudos de jornalismo econômico do Insper; e Vitor Morais de Andrade, advogado especializado em relações de consumo e proteção de dados, recém-nomeado representante da indústria da comunicação no Conselho Nacional de Proteção de Dados.
Diverso e com nomes de prestígio, terá a missão, segundo Gisele, de “promover e difundir reflexão sobre práticas de compliance, governança e integridade, ajudando a Abracom e seus associados a definirem parâmetros para boas práticas setoriais, promoção da diversidade, da inclusão e da ética concorrencial”.
Ao longo dos primeiros meses do mandato os conselheiros participarão individualmente de reuniões com a diretoria, trazendo seu conhecimento profissional para promover essa reflexão. Também serão realizados encontros semestrais abertos ao mercado. O Conselho de Ética da Abracom foi criado já no primeiro ano de existência da entidade e elaborou a Carta de Princípios publicada no site da entidade e divulgada ao mercado em 2016.
Houve uma época em que na redação do Jornal da Tarde tinha mais pares de mãos do que teclados de Olivetti. Na verdade, bem mais – e era uma briga, uma batalha.
Havia quem amarrasse a Olivetti que chamava de sua à mesa. Amarravam mesmo, com grossos barbantes. Faz tempo demais – isso foi ainda na Major Quedinho, no então glorioso, maravilhoso Centro da cidade, e portanto antes de 1976, o ano em que a S.A. se mudou para o longínquo Bairro do Limão, do outro lado do Rio Tietê. Assim, não consigo me lembrar de quem tinha esse costume de amarrar a Olivetti à mesa; creio que o Randáu Marques era um deles, mas não tenho certeza.
Não importa.
Lembro é que havia os que se divertiam em cortar os barbantes dos que se diziam donos das Olivettis em que trabalhavam. Tinha neguinho que, ao contrário, gostava de lembrar a todos que as Olivettis não eram de fulano ou sicrano ou de outro – eram dos Mesquitas, diabo, e não do repórter fulano, do copydesk sicrano.
Por essa época eu era copydesk – e me lembro vagamente de que, quando chegava para trabalhar, tinha que sair à cata de uma Olivetti.
Mas isso tudo até aqui foi um grande nariz de cera. O que eu pretendia contar é que havia uma Olivetti que ninguém queria saber de roubar. A do Lenildo Tabosa Pessoa.
Seria preciso falar um pouquinho que fosse de Lenildo Tabosa Pessoa.
Lenildo Tabosa Pessoa
Lenildo era articulista e editorialista. Pernambucano, sotaque arretado – a rigor, creio que ele treinava em casa para não perder o sotaque, e até mesmo para exacerbá-lo. Um tanto mais velho que a imensa maioria das pessoas na redação – se não me engano, Lenildo tinha ali uns 40 e poucos quando a média girava em torno dos 30.
Mas a idade não era o principal diferencial do Lenildo em relação a, digamos, 97,8% da redação.
Lenildo era um direitista. Conservador. Um danado de um reaça.
Inteligentíssimo.
***
Faço aqui um rápido parênteses.
Cheguei ao JT com 20 anos de idade. A quantidade de pessoas inteligentes, brilhantes mesmo, naquela redação era um absurdo. Um absoluto absurdo.
Mesmo levando isso em consideração, Lenildo era um exagero. A inteligência do cara soltava faíscas – o que era uma merda para a gente aceitar, porque, cacete, nego de direita, reaça, em geral é burro! (Era o que a gente pensava, jovens demais…)
***
O apelido de Lenildo Tabosa Pessoa na redação era Lenildo Babosa Pessoa.
Era um católico sério, seroiíssimo. Acho que era o católico mais devotado de todos os jornalistas que conheci – mais até do que o José Maria Mayrink. Mais que o Melchíades Cunha Júnior.
Pré-concílio, evidentemente. Para o Lenildo, o papa João XXIII era um diabo de um comunista.
***
Mas não é isso que importa.
A historinha da redação é apenas que ninguém jamais roubava a Olivetti do Lenildo.
Não porque ela estivesse amarrada.
Lenildo, com o cuidado de um jesuíta, havia trocado todas, todas, absolutamente todas as teclas de plástico da sua Olivetti. Na tecla do a estava lá, digamos, a identificação do z. Na tecla do z, a identificação do m. Na tecla do P, o pedacinho de plástico que dizia X.
Para usar a Olivetti do Lenildo, só os mais exímios datilógrafos. Os neguinhos que haviam feito curso de datilografia. Que eram capazes de digitar olhando para a lauda, e não para o teclado.
***
Às vezes me lembro da Olivetti do Lenildo porque há um fenômeno recorrente nos teclados que uso: é comum que as letras vão desaparecendo das teclas. Sei lá porque isso acontece comigo e não com todo mundo, mas é o que acontece.
Mary reclama quando tem que usar meu teclado – mesmo sendo filha da Dona Lúcia, que deu aula de datilografia pra um monte de gente em Belo Horizonte. Mas essa, definitivamente, é outra história.
Sérgio Vaz
A história desta semana é uma das que Sérgio Vaz publica em seu site 50 Anos de Textos (é de janeiro de 2021). Ex-Jornal da Tarde, Afinal, Agência Estado, Marie Claire e Estadão, entre outros, Sérgio também edita o site 50 Anos de Filmes.
Nosso estoque do Memórias da Redação acabou. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para [email protected].
Agência de notícias para rádios Radioweb celebra 20 anos de fundação com nova logomarca e programação especial.
Agência de notícias para rádiosRadioweb celebra 20 anos de fundação com nova logomarca e programação especial. Há spots comemorativos para as emissoras associadas, depoimentos de repórteres e das rádios clientes, e mais reportagens e entrevistas especiais para serem veiculadas durante o mês sobre temas como fome, espiritualidade, envelhecimento, cultura e direito da mulher.
Criada durante o Fórum Social Mundial para oferecer cobertura jornalística a emissoras de rádio sem estrutura jornalística, a agência começou a produzir e distribuir matérias para 80 delas, no Rio Grande do Sul. A transmissão, inicialmente por telefone, passou à entrega de conteúdo MP3 via web, até chegar ao formato atual.
Hoje são mais de 280 mil downloads mensais, dos mais de 50 boletins por dia, que abordam temas como política, economia, esporte, cultura, internacional, entre outros. A quantidade de emissoras de rádio cadastradas também cresceu, saltando de 80 para mais de 2 mil. Desse total, 84% são FM, sendo 47% comerciais, 46% comunitárias e 7% educativas e/ou estatais, atendendo a quase 1.450 municípios brasileiros e uma população total de mais de 120 milhões de habitantes.
Desde 2005, a Radioweb trabalha também com a gestão de rádios corporativas online, em serviços que englobam projeto, tecnologia, conteúdo e distribuição, e a criação de aplicativos para smartphones. A agência administra 13 rádios de clientes, de instituições públicas e privadas.
Paulo Gilvane Borges, diretor-geral da Radioweb, e a sócia Daniela Madeira estão à frente de uma equipe de mais de 60 profissionais e repórteres em todo o País, além das sedes em Porto Alegre, São Paulo e Brasília. A agência conquistou 76 prêmios de jornalismo ao longo de seus 20 anos.
Ao longo do ano passado 26 empresas abriram capital na B3. Em 2021, apenas até agosto, já foram 34 IPOs. O ritmo frenético da jornada destinada a listar ações na bolsa muitas vezes deixa de dar o devido peso a outras três letras fundamentais. Afinal, não há IPO sem ESG.
Empresas de capital aberto precisam ter à sua disposição uma narrativa precisa, capaz de demonstrar a efetiva integração do compromisso de performance do negócio com as dimensões ambiental, social e de governança.
Não se pode esquecer que os critérios ESG estão diretamente relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável indicados pela Agenda 2030 da ONU. Assim, é preciso falar não apenas a língua que o mercado entende, mas também os dialetos de alguns públicos de interesse específicos. Por exemplo: alguns desses podem ter especial proximidade com temas relacionados a educação (ODS 4); outros estarão mais focados em energia limpa (ODS 7); outros ainda, em igualdade de gênero (ODS 5).
Existem hoje 39 empresas listadas na B3 que fazem parte do seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Nesse grupo, evidentemente, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são referências que ajudam a guiar decisões destinadas a integrar a sustentabilidade aos negócios. Mas aquelas 39 empresas representam menos de 10% dos nomes listados na B3.
O sucesso em ESG depende da efetiva integração de equipes de perfis diferentes dentro das empresas, tais como Comunicação, RH, RI, Saúde e Segurança, Relações Institucionais. Só assim, alinhando internamente abordagens e iniciativas, é possível levar a empresa toda a olhar na mesma direção e entregar os resultados desejados.
(*) Ciro Dias Reis é fundador e presidente da Imagem Corporativa, Global Chair da PROI Worldwide, board member da International Communications Consultancy Organisation (ICCO) e ex-presidente da Abracom
O artista gráfico Elifas Andreato recebeu em mãos, de modo delivery, a estatueta que simboliza o Prêmio Personalidade da Comunicação 2021. A entrega domiciliar, em sua residência, em Ibiúna, foi feita por Eduardo Ribeiro, diretor deste Portal e também da Mega Brasil, como parte da homenagem que será a ele prestada nesta sexta-feira, 20 de agosto, na abertura do 24º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas. Elifas concedeu uma entrevista de uma hora a Marco Rossi e Eduardo Ribeiro, diretores da Mega Brasil, e a íntegra do programa e a entrega do troféu serão transmitidas pelo canal no Youtube da Mega Brasil Comunicação, das 19 às 20 horas.
Emocionado, Elifas diz que uma premiação como essa, que o coloca na galeria ao lado de nomes como Octavio Frias de Oliveira, Laurentino Gomes, Roberto Civita, Mino Carta, Audálio Dantas, entre outros, é “histórica para sua carreira e representa um alento para a continuidade de sua luta pela arte, pela justiça social e pela democracia”.
Primeiro artista gráfico a ser distinguido com este prêmio, Elifas é, nas palavras de Eduardo Ribeiro e Marco Rossi, “o mago da criatividade gráfica, o artista que eleva a arte ao seu patamar mais alto e significativo, o homem que coloca o sentimento nas pontas do dedo e no coração”.
Para acompanhar a homenagem a Elifas, é só entrar no Canal da Mega Brasil no Youtube. Aqui o link.
A CNN Brasil desmentiu o comentarista Alexandre Garcia após uma fala sobre vacinas contra a Covid-19 no quadro Liberdade de Opinião. Ele disse que não havia necessidade de pessoas jovens tomarem a vacina contra a doença, “segundo as estatísticas”.
No programa CNN Novo Dia, Elisa Veeck disse que, “para esclarecer esse tema, nós da CNN Brasil procuramos o infectologista e também diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri. Segundo o médico, com a medida que previne mortes em adultos e idosos, os casos de hospitalização com formas graves serão entre os não vacinados”.
A apresentadora declarou também que, segundo o especialista, a taxa de hospitalização de crianças, que era de 0,35%, pode chegar até 15% sem vacina. “Acrescentamos que o registro para este ano de mortes por Covid-19 entre crianças e jovens é de 1.581. Isso mesmo. 1.581 pessoas entre 10 e 19 morreram por Covid-19 apenas em 2021”, disse Eliza.
Por fim, a jornalista explicou que a “opinião emitida pelos comentaristas do quadro não refletem, necessariamente, a posição da CNN”. Confira a fala de Elisa Veeck:
A CNN Brasil desmentiu ao vivo uma fake news sobre vacina do comentarista Bolsonarista Alexandre Garcia. pic.twitter.com/zyXiVo0S8H
O Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem-Estar entrou na última semana de votação. Só será aceito um voto por pessoa.
Iniciativa busca valorizar o excelente e gigantesco trabalho da imprensa e dos jornalistas brasileiros ao longo da maior crise sanitária mundial dos últimos cem anos
Foi anunciado nesta quinta-feira (19/8) o resultado do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem-Estar, que elegeu os jornalistas TOP 25 Brasil, TOP 3 veículos e jornalistas das cinco regiões do País.
Realizado por Jornalistas&Cia e Portal dos Jornalistas em parceria com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, referência em saúde no País e no mundo, a eleição permite que o Brasil e os próprios jornalistas conheçam mais a fundo quais foram os veículos e os profissionais que mais se dedicaram e se destacaram na cobertura da Crise da Covid-19. A escolha foi por votação direta junto aos jornalistas e profissionais de comunicação e áreas afins, em dois turnos.
O evento de premiação online está marcado para 9 de setembro, quando serão conhecidos os veículos e os jornalistas campeões das cinco regiões; e os TOP 5 Brasil, entre os jornalistas.
“Se sempre contou com um significativo e talentoso grupo de profissionais e veículos dedicados à cobertura jornalística, ao longo desse último ano e meio a área de saúde e bem-estar aplicou os melhores e mais intensos recursos de toda a imprensa brasileira, fazendo aflorar uma nova legião de jornalistas especializados”, afirma Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora, responsável por J&Cia e Portal dos Jornalistas. “O prêmio é um reconhecimento a todos e também ao jornalismo de excelência”.
“A cobertura de saúde sempre teve um papel fundamental na conscientização da população e no debate sobre os caminhos para promover o acesso e a melhor saúde no País”, afirma Débora Pratali, diretora de Comunicação do Einstein, organização que patrocina a iniciativa. “Em tempos de pandemia, essa missão tornou-se ainda mais evidente e necessária. Com muita coragem e sacrifício pessoal, os jornalistas atuaram em um ambiente polarizado e agressivo, apurando a verdade e disseminando informações que, certamente, ajudaram a salvar vidas. O Einstein é testemunha desse esforço e dedicação, e o prêmio é um reconhecimento a esse trabalho, que ficará marcado na história do jornalismo”.
Pratas da casa – Theo Ruprecht, ex-editor de Veja Saúde, e Fabiana Cambricoli, ex-repórter de Saúde do Estadão, foram contemplados nas votações do prêmio, mas deixaram de ser elegíveis por terem passado a integrar o time de Comunicação do Einstein. Dessa forma, achamos importante informar a todos para maior transparência e valorização desses profissionais, que foram reconhecidos e admirados pelos colegas.
Confira na edição desta semana de Jornalistas&Cia os TOP 3 veículos e jornalistas regionais e os TOP 25 Brasil.
A tomada de poder no Afeganistão assustou o mundo pela rapidez com que se consumou, expondo ao ridículo a inteligência militar das maiores potências globais.
Mas os acontecimentos dos últimos dias mostram que o Talibã aprimorou também suas habilidades de comunicação.
Após assumir o controle do país, o grupo colocou em marcha uma operação de relações públicas destinada a transmitir ao mundo uma imagem diferente da que construiu em duas décadas.
Mesmo tendo tomado o poder sem oposição, uma boa reputação é importante para enfraquecer a ideia de novas intervenções. E pode facilitar acordos e financiamentos externos.
O primeiro movimento nesse sentido aconteceu no dia em que a capital Cabul foi ocupada, com uma ação de assessoria de imprensa de tirar o chapéu.
Ao ligar para o telefone de uma apresentadora da BBC que estava no ar e conceder uma longa entrevista, o porta-voz do Talibã em língua inglesa, Suhail Shaneen, deu mostras do preparo do grupo.
Ele foi evasivo em algumas respostas. Mas falou em tom sereno e reforçou durante toda a conversa sua mensagem-chave: tranquilizar. A palavra reassurance foi usada seguidas vezes. A entrevista foi uma boa ideia bem executada.
No mesmo dia, o principal homem de RP do grupo, Zabihullah Mujahid, dialogou com a organização Repórteres Sem Fronteiras, que em julho tinha ido ao país para avaliar a dramática situação dos jornalistas locais.
A coletiva foi o momento máximo do plano. Os líderes estavam impecáveis, transmitindo imagem distante daquele estereótipo de guerrilheiros sujos e descabelados, de armas em punho em um deserto empoeirado.
Âncora do Tolo News
Futuro incerto
A sessão foi bem organizada, conduzida por Muhahid, uma figura que saiu das sombras depois de ter passado anos falando com a imprensa sem mostrar o rosto − e levantando dúvidas sobre se seria a mesma pessoa ou várias que se revezaram sob pseudônimo.
Pode soar estranho comparar a coletiva de um grupo extremista que tomou um país à força com entrevistas de presidentes da maior democracia do mundo. Mas, por incrível que pareça, algumas comparações com episódios recentes nos Estados Unidos são favoráveis ao Talibã.
Para começar, houve espaço para perguntas, diferentemente da coletiva de Joe Biden na segunda-feira (16/8). O presidente americano leu um pronunciamento defendendo a retirada das tropas e saiu sem responder aos jornalistas, podendo-se ouvir ao fundo um coro de reclamações.
A animosidade das coletivas de Donald Trump também não se repetiu. Muhahid não demonstrou irritação ou usou palavras duras, embora tenha evitado questões de repórteres afegãos.
Isso não quer dizer que a liberdade de imprensa e de expressão no Afeganistão seja maior do que nos Estados Unidos.
E apesar do notável esforço para reverter a má reputação, as dúvidas ainda são maiores do que as certezas.
Que direitos terão as mulheres, incluindo jornalistas? Será a mídia independente instada a transmitir programação religiosa, como aconteceu em várias cidades durante a marcha para Cabul? Jornalistas continuarão a ser assassinados e encarcerados?
Se o Talibã conseguir deixar para trás a imagem de movimento terrorista violento e opressor, terá sido o maior sucesso da história da comunicação. Mas para isso, a narrativa moderada dos primeiros dias precisará ser comprovada na prática.
Como disse o primeiro-ministro britânico Boris Johnson no Parlamento, nesta quarta-feira, o Talibã será julgado por atos, não por palavras.
Inscreva-se em [email protected] para receber as newsletters MediaTalks trazendo notícias, pesquisas e tendências globais em jornalismo e mídias sociais.
Abraji registra 100 jornalistas bloqueados por autoridades públicas no Twitter
Segundo relatório da ONG Human Rights Watch, o presidente Jair Bolsonaro bloqueou 176 contas em suas redes, a grande maioria no Twitter. Os perfis bloqueados incluem jornalistas, congressistas, influenciadores, veículos de imprensa e ONGs. O número de bloqueios, porém, deve ser ainda maior, destaca o estudo.
Para a organização, as ações de Bolsonaro “impedem que pessoas bloqueadas participem do debate público, violam a liberdade de expressão e as discriminam com base em suas opiniões”.
Além das informações relacionadas a Bolsonaro, a ONG fez também um levantamento sobre o número de pessoas bloqueadas por membros do gabinete do presidente. Os ministros da Cidadania e da Casa Civil disseram que não bloquearam ninguém até julho de 2021.
O vice-presidente Hamilton Mourão informou que bloqueou 28 pessoas, apenas no Twitter. Outros ministros recusaram-se a fornecer informações, dizendo que não tinham contas ou que estas eram privadas; a Secretaria de Comunicação da Presidência da República e os ministérios bloquearam 182 pessoas em contas institucionais; e os ministérios da Educação e da Justiça foram responsáveis por 85% dos bloqueios nas contas institucionais do governo.
Vale lembrar que, segundo monitoramento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Bolsonaro é a autoridade que mais bloqueia usuários no Twitter. A entidade, inclusive, entrou com ação no STF para impedir que o presidente bloqueie jornalistas, além do cancelamento dos bloqueios já realizados a comunicadores.
Adalberto Diniz morreu no final da tarde de 17/8, aos 80 anos, de infarto. Sentiu-se mal e foi à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Tamoios, em Cabo Frio – cidade onde morava desde que se aposentou –, mas não resistiu. O sepultamento ocorreu no dia seguinte, no cemitério Jardim dos Eucaliptos, na mesma cidade.
Mineiro de Sete Lagoas, começou como fotojornalista no Rio. Trabalhou no Jornal dos Sports, em O Dia, na Última Hora e no Correio da Manhã, ainda na década de 1960. Atuou depois na Tribuna da Imprensa e O Globo, em coberturas internacionais, e em revistas da Abril. Em 1990 teve a última passagem pelo fotojornalismo, no Diário Popular, de São Paulo.
Adalberto Diniz
Em meados dos anos 1970, aproximou-se do sindicalismo. Participou da fundação da Arfoc-Rio (Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos RJ), em 1978, de que foi mais tarde diretor. Dirigiu também o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, e foi diretor da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas).
Destacou-se como incansável defensor dos direitos autorais dos jornalistas. Nessa área, realizou palestras para jornalistas, advogados autorais e juízes; prestou consultoria e levou suas ideias aos eventos sindicais, nos congressos da Fenaj e regionais, e na ABI.
Adalberto Diniz foi um dos fundadores da Associação de Propriedade Intelectual dos Jornalistas Brasileiros. Nos anos 2000, como conselheiro da entidade, participou da consolidação da Associação Brasileira de Direitos Autorais (APIJor). Em 1996, publicou pela Fenaj uma cartilha que serviu de base para seu livro Direito autoral na comunicação social, editado em 2014.