A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) entrou com ação no Supremo Tribunal Federal pedindo que o presidente Jair Bolsonaro seja proibido de bloquear jornalistas no Twitter. A ação vem após divulgação de levantamento elaborado pela própria entidade, que revelou que 133 de 265 bloqueios feitos por autoridades públicas foram contra jornalistas. Bolsonaro foi responsável por 71 deles.

O mandado de segurança coletivo pede também o cancelamento dos bloqueios já realizados por Bolsonaro a jornalistas, comunicadores e colunistas no Twitter.

A Abraji destaca que “o presidente utiliza as redes sociais como canal de diálogo com a sociedade civil, divulgando ações do poder público como construção de obras, processos de desburocratização, monitoramento da pandemia de Covid-19 e até mesmo a nomeação de ministros. O interesse público na conta do presidente reforça que bloqueios a jornalistas configuram restrição de acesso a informações públicas, direito garantido pela Constituição Federal”.

As advogadas Tais Borja Gasparian e Mônica Filgueiras da Silva Galvão representam a Abraji nesse processo, que tem o apoio da organização internacional de direitos humanos Media Defence.

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