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domingo, julho 20, 2025

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O racismo que ainda vem dos microfones…

Vinicius Silva e Romes Xavier
Vinicius Silva e Romes Xavier

Na contramão das diversas campanhas contra o racismo no esporte que ganham força pelo mundo, um novo episódio de claro desrespeito e preconceito foi registrado neste final de semana envolvendo o futebol brasileiro. E o ataque não veio das arquibancadas ou das redes sociais, como é de costume, mas sim dos microfones de uma tradicional emissora de rádio.

O caso aconteceu no último sábado (17/7), na partida entre Goiás e Londrina, válida pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O jogo, que terminou em 0x0, chamou a atenção mesmo pelos comentários preconceituosos do narrador Romes Xavier e do comentarista Vinicius Silva, da Rádio Bandeirantes de Goiânia.

Celsinho, do Londrina, foi alvo de ataque racista durante transmissão do jogo contra o Goiás
Celsinho, do Londrina, foi alvo de racismo durante transmissão do jogo contra o Goiás

Após um lance, o narrador reclamou que o atleta Celsinho, do Londrina, estava com dificuldades para se levantar porque o cabelo dele pesava demais. Na sequência, o comentarista fez comparações ao penteado do jogador com uma bandeira de feijão e concluiu dizendo tratar-se de “um negócio imundo”.

O caso logo ganhou destaque negativo nas redes sociais, resultando em pedidos de desculpas por ambos os profissionais:

“Peço desculpas ao Celsinho e ao Londrina Esporte Clube pelo comentário infeliz na transmissão sobre o cabelo do meia”, disse o narrador Romes Xavier. “Colocações erradas que jamais deveriam ter sido ditas. Quem me acompanha sabe o quanto sou crítico sobre condutas como essa. Peço perdão. Quem nunca errou?”.

“Demonstro todo arrependimento pelo comentário infeliz referente ao atleta Celsinho”, completou o comentarista Vinicius Silva. “Peço desculpas a ele e sua família. Entrei em contato com Celsinho demonstrando todo remorso. A Rádio Bandeirantes é completamente contra essa postura e eu particularmente também sou”.

Em nota oficial, a Rádio Bandeirantes de Goiânia repudiou com veemência os ataques proferidos. Segundo a emissora, a transmissão foi feita pela Equipe Feras do Esporte, com que mantém contrato terceirizado. Ainda de acordo com o comunicado, a rescisão de contrato com os comunicadores já foi solicitada.

 

Até quando?

Na ânsia de entreterem como se estivessem em uma mesa de bar, aliada a paixão desmedida pelo time de coração – que vez ou outra transforma o adversário em inimigo –, não é incomum que narradores e comentaristas passem do ponto em ataques a atletas, membros de comissões técnicas ou equipes de arbitragem.

Não são raros os casos em que os comentários apelam para o lado pessoal, tentando diminuir o alvo por causa de sua raça, gênero ou características físicas. Com isso, os microfones, que poderiam servir como ferramentas de conscientização contra o racismo, acabam sendo utilizados como catalizadores para novos ataques.

Foi o que aconteceu, por exemplo, no ano passado durante a transmissão da derrota do Santos para a Ponte Preta. Expulso ainda no primeiro tempo do jogo, o atacante Marinho, da equipe santista, foi alvo de ataques por parte do comentarista Fabio Benedetti, da rádio Energia 97 FM. Revoltado com o cartão vermelho, o comentarista disse que falaria “você está na senzala” ao jogador.

Em resposta, o atleta gravou um vídeo em que aparecia chorando enquanto manifestava repúdio ao comentário. “A justiça não pune esses caras preconceituosos, vermes”, comentou Marinho. Após a repercussão, o comentarista foi demitido da emissora.

Outro caso envolvendo a equipe santista, desta vez em um jogo contra o Grêmio, aconteceu em fevereiro deste ano. Na ocasião o narrador Haroldo de Souza, da Rádio Grenal, usou o termo “criolinho” para se referir ao atleta Lucas Braga, do Santos. Pelo comentário, o Ministério Público Federal chegou a abrir uma investigação contra o comunicador, mas o caso perdeu força e Haroldo segue integrando a grade da emissora.

Eugênio Bucci lança livro sobre a superindústria do imaginário

Eugênio Bucci lançou livro sobre como o capital transformou o olhar em trabalho e se apropriou de tudo que é invisível.
Eugênio Bucci lançou livro sobre como o capital transformou o olhar em trabalho e se apropriou de tudo que é invisível.

Eugênio Bucci lançou o livro A Superindústria do Imaginário: Como o Capital Transformou o Olhar em Trabalho e se Apropriou de Tudo Que É Invisível. A obra já é considerada fundamental para profissionais de comunicação ao teorizar sobre os mecanismos usados pelas redes sociais para fazer com que seus usuários trabalhem de graça e permitam a exploração de suas informações em bases de dados.

Professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, Bucci referiu-se às plataformas sociais como Google e Facebbok “como conglomerados monopolistas globais, cujos algoritmos sabem tudo sobre a intimidade dos frequentadores da internet e esses frequentadores nada sabem sobre os algoritmos”.

O jornalista questionou também o bolsonarismo, alegando ser “uma legião de aproveitadores que se apropriaram de ferramentas da era digital para promover a mentira, o ódio e o culto da violência” e atribuiu ao fenômeno das redes sociais o que chamou de “perda de contato com a razão, com os fatos e com a política orientada para o bem comum”. Nesse contexto, associou o fenômeno ao recrudescimento do ultraconservadorismo.

“Perto disso, o 1984 de George Orwell é uma fábula infantil”, diz ele. “A exploração econômica que esses conglomerados realizam é mais absurda ainda. Pensemos nas plataformas sociais. O modelo de exploração chega às raias da desumanidade. Quem são os digitadores, os fotógrafos, os editores, os locutores, os atores e os modelos de tudo o que aparece nas plataformas? Ora, os ’usuários‘, como aprendemos a chamá-los”.

Lucas Ragazzi é ameaçado em grupo de WhatsApp

Lucas Ragazzi teve acesso a mensagens de ameaças feitas a ele após ter publicado notícia sobre compra de vacinas contra a Covid-19.
Lucas Ragazzi teve acesso a mensagens de ameaças feitas a ele após ter publicado notícia sobre compra de vacinas contra a Covid-19.

Lucas Ragazzi, colunista da webrádio e TV 98 live, teve acesso em 8 de julho a mensagens de ameaças feitas a ele em um grupo de WhatsApp após ter publicado notícia sobre um suposto golpe que envolvia ofertas para a compra de vacinas contra a Covid-19, em 5 de maio. Entre os membros do grupo estão o cabo da PM de Minas Gerais e suposto vendedor de vacinas Luiz Paulo Dominghetti, além de seus dois parceiros comerciais identificados como Alfredo Atas e Rafael Compra Deskarpark.

Ragazzi descobriu as mensagens quando apurava uma notícia para a Folha de S.Paulo sobre uma ONG que atuava como interlocutora na compra de vacinas. Ele teve acesso às mensagens no celular de Dominghetti, que havia sido apreendido pela CPI da Covid em 1/7, onde encontrou uma conversa no grupo sugerindo que ele “levasse um enquadro”. Um homem identificado como Rafael Compra Deskarpark diz “Temos que chegar nesses caras e ver uma forma de enquadrar eles (sic) de forma bem inteligente”.

Durante a apuração da matéria sobre o golpe na compra de vacinas, Ragazzi não havia se apresentado como jornalista e usou um nome fictício. No mesmo dia da publicação da notícia, Dominghetti compartilhou o link da reportagem no grupo e disse: “Olha a lambança”.

O nome e a foto do jornalista foram divulgados no grupo.

A Abraji repudiou as ameaças em nota: “A troca de mensagens revela a intenção de intimidar um jornalista no exercício da profissão. A Abraji repudia a tentativa de prejudicar um jornalista em resposta à publicação de fatos de interesse público, principalmente quando parte de um policial militar, que deveria se guiar pela observação rigorosa da lei. É preciso que as autoridades responsáveis investiguem a extensão do caso e tomem as medidas cabíveis para garantir a segurança do repórter e a punição de eventuais crimes que tenham sido cometidos por Dominghetti e seus interlocutores”.

Campanhas salariais reivindicam mais direitos para as mulheres

O SJSP divulgou em (14/7) as cláusulas garantidas e os direitos reivindicados por jornalistas mulheres nas campanhas salariais em curso.
O SJSP divulgou em (14/7) as cláusulas garantidas e os direitos reivindicados por jornalistas mulheres nas campanhas salariais em curso.

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) divulgou na última quarta-feira (14/7) as cláusulas garantidas e os direitos reivindicados por jornalistas mulheres nas campanhas salariais em curso, dentre elas a de jornais e revistas do interior 2021-2022, que reivindica a cláusula de igualdade salarial. Em todas essas campanhas as jornalistas postulam contratos específicos para garantir, ampliar e resguardar seus direitos.

As reivindicações são:

Direito às mães e defesa da maternidade − garantida por lei, a licença-maternidade, que é de 120 dias, pode ser de 180 dias para as funcionárias de empresas cidadãs. As campanhas salariais 2021-2022 solicitam que jornalistas gestantes e adotantes tenham seis meses de licença-maternidade, segundo os parâmetros estabelecidos no programa Empresa Cidadã. Os jornalistas homens também passariam a ter direito a mais 15 dias de licença-paternidade, totalizando 20 dias corridos após o nascimento do filho ou da adoção.

Igualdade Salarial − que as empresas de comprometam a garantir aos jornalistas, homens e mulheres, que executem as mesmas funções ou exerçam os mesmos cargos, o pagamento do mesmo salário, gratificações e eventuais benefícios remuneratórios, sem discriminação de orientação sexual, identidade de gênero, etnia, opção política partidária ou atuação sindica.

Assédio Moral − a cláusula da CCT de jornais e revistas da Capital estabelece um procedimento de denúncia e investigação. Assim, a jornalista vítima de assédio, entra em contato com o Sindicato e fundamenta sua denúncia.

Assédio Sexual, jornalistas profissionais vítimas de assédio sexual no local de trabalho ou no cumprimento da pauta que realizarem denúncia formal ao poder público terão garantia de que não terão seu nome ou qualquer informação divulgada que possa identificar a vítima, sem anuência. Além disso, a cláusula prevê que o assediador seja punido nos termos da legislação trabalhista. Nas campanhas 2021-2022, as jornalistas pleiteiam a ampliação e aprimoramento da cláusula, garantindo o impedimento da demissão imotivada até a conclusão do inquérito. Caso tenha sido convertido em ação penal, o impedimento durará 12 meses a partir da data do recebimento da denúncia pela Justiça. As jornalistas dos demais segmentos lutam para que tenham os mesmos direitos e as cláusulas de assédio moral e sexual sejam incorporadas nas demais convenções coletivas. As campanhas salariais 2021-2022 reivindicam estabilidade de 180 dias, ampliando o direito das mulheres após o nascimento de seus filhos.

Auxílio-Creche − os valores em cada Convenção Coletiva variam, mas todas têm garantido o auxílio, que geralmente é reajustado na mesma proporção das cláusulas econômicas nas campanhas salariais. A reivindicação é para aumentar os valores, pois em geral são insuficientes para arcar com a mensalidade, e que o auxílio seja pago indiscriminadamente para jornalistas homens e mulheres.

Caso a jornalista sinta falta de algum direito, pode informar ao Sindicato por meio de formulário.

E mais:

 

CNN anuncia mudanças na grade e novo programa com Mari Palma e Phelipe Siani

CNN anuncia mudanças na grade e novo programa com Mari Palma e Phelipe Siani

A CNN Brasil promoverá diversas mudanças em sua grade de programação, sendo a primeira delas um novo programa apresentado pelo casal Mari Palma e Phelipe Siani. O projeto, porém, ainda não tem nome nem data de estreia definidos.

O programa irá ao ar aos finais de semana, e terá como foco a cultura pop. Os apresentadores comentarão sobre as principais produções nos serviços de streaming, vídeo e áudio, além das últimas informações sobre a indústria de produção de conteúdo. A atração marca o retorno de Siani à CNN, afastado desde novembro, quando contraiu a Covid-19. Após se recuperar, ele pediu para deixar o hard news.

A advogada e comentarista Gabriela Prioli também comandará um novo programa de entrevistas no canal, com foco em personalidades do meio artístico. E o filósofo Leandro Karnal terá um programa sobre análise e debates sobre assuntos do cotidiano das pessoas, com dados históricos e reflexões filosóficas.

Com as mudanças, a CNN decidiu encerrar por tempo indeterminado o CNN Tonight, que era apresentado justamente por Prioli, Karnal e Mari Palma. A última edição deve ir ao ar em 23 de julho.

A emissora promoveu também uma dança das cadeiras em outros programas: Fernando Molica será comentarista do quadro Liberdade de Opinião, ao lado de Alexandre Garcia; e Sidney Rezende passou para o time de analistas do canal, atuando nos telejornais vespertinos e noturnos.

Quem manda neste jornal?

Marconi Goes jornal O Norte

Por Eduardo Brito

Se perguntassem a um paraibano médio quem mandava no jornal O Norte, considerado o mais importante de João Pessoa, entre as décadas de 1970 e 1990, ele não teria dúvidas. Citaria o empresário Marconi Goes, pomposo procônsul estadual dos Diários Associados, império que àquela altura ainda controlava grandes veículos como o Correio Braziliense e o Estado de Minas, embora já desse claros sinais de declínio.

Marconi Goes

Além de O Norte, a sesmaria de Marconi Goes incluía o Diário da Borborema, que circulava em Campina Grande, pois Chateaubriand, ex-senador pela Paraíba, não cometeria o erro de esperar que a turma de Campina lesse jornais de João Pessoa e vice-versa. Os dois veículos, atrelados a três emissoras de rádio e duas de televisão, até tinham um faturamento razoável, mas o dinheiro não chegava aos veículos, enquanto Marconi levava uma vida nababesca. Isso, aliás, era do conhecimento dos outros condôminos que controlavam os Diários Associados.

Já quem conhecesse a mídia de João Pessoa responderia de outro jeito à questão. Diria que a pessoa mais influente no que se publicava em O Norte não era Marconi, nem os sucessivos pauteiros ou chefes de reportagem. Era o Cocada, senhor monopolista do único carro do jornal e motorista espertíssimo, como sói acontecer na mídia brasileira. Vivendo sempre à míngua, os mal pagos repórteres de O Norte seguiam para as matérias de ônibus – táxi era proibido e Uber ainda não existia – ou aglomerados no carro conduzido por Cocada.

Era do motorista a última palavra sobre as saídas – e, por conseguinte, das pautas que seriam efetivamente cumpridas pelos repórteres. Fingindo mau humor, ele exercia olimpicamente esse poder.

− Ir para onde? Para o outro lado da cidade? Não dá. Tenho agora de buscar a filha de Doutor Marconi no balé. E levar para casa. Isso se não tiver de buscar também a madame no cabeleireiro. Só se for depois de tudo.

Como os sucessivos chefes de Reportagem sabiam que essas missões parajornalísticas existiam mesmo, ficavam sem argumentos contra Cocada. Os repórteres que corressem para os ônibus… ou para os poucos telefones da Redação.

Baixo, com um olho bem mais baixo que o outro, Cocada provavelmente seria comparado hoje com Nestor Cerveró. Com tez bem morena e um grau todo especial de esperteza.

− Nesse chuvão, ir lá para um bairro pobre como o Cristo? Nem pensar. O carro vai ficar ilhado. Atolado no aguaceiro. Mas ir até lá para quê? Alagamento é alagamento, tudo igual. Só pegar uma foto no arquivo. Tá cheio dessas fotos por lá. E não se preocupe com as pessoas. Pobre é tudo igual também, eu que o diga. Pega uma foto qualquer e pronto. O repórter inventa umas entrevistas, fala que todo o bairro está parado, vai até a janela, descreve o que está vendo e pronto. Não vou tirar o carro, que está bem estacionado, para isso.

Mas não se pense que Cocada era simplesmente refratário a matérias jornalísticas. Pelo contrário, gostava de dar palpites. E gostava mais ainda quando a pauta era entrevista com autoridades. Seguia com os repórteres, estacionava, deixava-os começar a entrevista e então entrava na sala. Instalava-se ao lado do jornalista esperando uma chance. Aparecendo, engatava uma segunda marcha e tocava em frente.

− Seu secretário, vou aproveitar a imprensa aqui e fazer uma recomendação ao senhor. Poderia contratar fulano de tal, rapaz muito competente, amicíssimo de doutor Marconi? Ele ficaria muito bem aqui na sua secretaria, pode ajudar bastante. Qualquer salário serve.

Tendo falado do irmão, ou do primo, Cocada retirava-se triunfalmente. Com o repórter, a quem instruía para fazer uma matéria positiva, que daí talvez o emprego saísse. Doutor Marconi iria gostar muito.

Mas, como nem tudo que é bom dura muito, o reinado de Cocada se acabou. Os demais associados, sempre tolerantes com os colegas procônsules, acharam, até eles, que Marconi Goes tinha abusado demais. Ele foi destituído do cargo e da posição de condômino durante os anos 1990, o que até esse momento só tinha acontecido com dois outros manda-chuvas locais, ambos de São Paulo.

Paulo Cabral, presidente do Condomínio dos Associados mandou uma força-tarefa do Correio Braziliense para colocar ordem em O Norte. Depois, ela deu lugar a um novo diretor, também vindo do Correio. Garantiu-se a sobrevivência, mas por pouco tempo. As emissoras foram vendidas. Em 2012, O Norte e o Diário da Borborema deixaram de circular. Cocada também.


Eduardo Brito

A história desta semana é novamente uma colaboração de Eduardo Brito, ex-Estadão, Jornal do Brasil, Correio Braziliense e Jornal de Brasília.

Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br

STF anula decisão que obrigava exclusão de conteúdo e retratação da Folha

A ministra Cármem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou uma decisão da Justiça do Espírito Santo que determinava a retirada de um texto de checagem de fatos da Folha de S.Paulo, bem como a publicação de uma retratação por parte do jornal.

A decisão vem após reclamação da Folha na Justiça contra sentença do juiz Rodrigo Cardoso Freitas, da 5ª Vara Cível de Vitória, expedida em ação movida pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). Em março, Cármem Lúcia já havia suspendido os efeitos da decisão em primeira instância.

O texto em questão é uma checagem do Projeto Comprova sobre um vídeo considerado enganoso do senador do Marcos do Val, que insinua, em tom irônico, que o médico Drauzio Varella havia minimizado os efeitos da pandemia, sem informar que as falas às quais ele se refere são antigas, de janeiro de 2020, e que o médico já afirmou publicamente ter subestimado a doença.

A juíza do STF declarou que a decisão anterior, do juiz de Vitória, “impôs censura a órgão de imprensa”, e que “essas condutas frustram o direito à liberdade de imprensa, inibindo-se atividade essencial à democracia como é a liberdade jornalística, essencial à informação, expondo a risco a garantia constitucional da liberdade de informar e de ser informado e de não se submeter a imprensa à censura”.

Cármem Lúcia disse também que o senador, sob condição de agente político, está “mais exposto à crítica e sujeito a ter suas ações ou omissões submetidas ao olhar da imprensa e da sociedade”.

SBT News estreia Poder Expresso, programa diário sobre política

O SBT News estreou em 14/7 o Poder Expresso, programa diário sobre política apresentado por Roseann Kennedy, que vai ao ar de segunda a sexta, a partir das 17h30, e pode ser assistido pelo site sbtnews.com.br e pelo canal do SBT Jornalismo no YouTube.

O telejornal destaca as principais notícias do dia no mundo da política, com análises e bastidores de Brasília. Participam do programa jornalistas da emissora e terá entrevistas com protagonistas da política.

Pós-graduada em Ciência Política e Economia, Roseann está há mais de 20 anos em Brasília, e cobriu todas as eleições presidenciais desde 2002. Integra a equipe do SBT desde 2019. Anteriormente, atuou como repórter, colunista e apresentadora em CBN, GloboNews, TV Globo, TV Brasil e Congresso em Foco.

Mário Frias é a terceira autoridade que mais bloqueia jornalistas no Twitter

O secretário especial da Cultura Mário Frias tornou-se a terceira autoridade que mais bloqueou profissionais de imprensa no Twitter, segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Ao todo, foram 19 perfis bloqueados pelo secretário na rede social.

Frias ultrapassou Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República, que bloqueou 17 jornalistas. O secretário da Cultura está agora atrás apenas do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (30) e do presidente Jair Bolsonaro, autoridade que mais bloqueia profissionais de imprensa no Twitter (69).

Em 10/7, após a derrota do Brasil na final Copa América, Frias tuitou #foratiti, e virou alvo de piadas do narrador da TNT Sports André Henning, por ter errado o nome do técnico da seleção, Tite. Depois do tuíte, o secretário bloqueou Henning no Twitter.

Já o repórter Renato Onofre, da Globo, disse à Abraji que nunca interagiu com Frias até perceber que tinha sido bloqueado por ele. Além dos jornalistas, o secretário da Cultura baniu também o caderno de cultura da Folha de S.Paulo.

O monitoramento da Abraji detectou que, ao todo, já são 252 bloqueios a 136 jornalistas e 11 a nove veículos no Twitter. Para efeito de comparação, segundo a entidade, até 2018 apenas 25 jornalistas haviam sido bloqueados por autoridades em cargos públicos.

Grande Prêmio lança página dedicada ao mercado hispânico

Grande Prêmio
Grande Prêmio

Foi ao ar em 13/7 o Gran Premio, novo site sobre automobilismo e motociclismo com conteúdo do Grande Prêmio em espanhol. A página segue a mesma diagramação estética e funcional da publicação brasileira, que servirá como suporte editorial para a composição das notícias e análises, mas também contará com conteúdo próprio multimídia, liderado a partir de Buenos Aires por Esteban Daniel Nieto.

Gran Premio chega para ocupar um lugar transcendental entre os meios de comunicação de língua espanhola especializados em automobilismo, convidando leitores hispanófonos a que se apaixonem da qualidade e variedade de conteúdo do Grande Prêmio”, destaca Esteban. “Estou muito feliz em fazer parte do nascimento do Gran Premio e do crescimento do Grande Prêmio. Não tenho dúvidas de que será um sucesso editorial e um formidável gerador de oportunidades com a chegada a novos públicos”.

Criado por Flavio Gomes em 1994 como Agência Warm Up, o Grande Prêmio ganhou esse nome em 2000, quando passou a ser publicado pelo recém-lançado portal iG. Desde então, passou pelos portais MSN, UOL e Terra, e atualmente é parceiro do Lance! e da Band. Sua estrutura contém, além do site principal, os blogs de Flavio Gomes, Rodrigo Mattar e Victor Martins, o site Grande Premium e perfis nas redes sociais YouTube, Facebook, Twitter, Instagram, Twitch, DailyMotionPinterestKwai e TikTok.

“Criar uma nova estrutura para atender a um mercado diferente daquele a que estamos habituados é provavelmente o maior desafio que o GP tem em toda a sua história”, complementa o diretor executivo Victor Martins. “No entanto, o Gran Premio é um passo absolutamente necessário diante dos objetivos de todo o grupo para atender a cada vez mais fãs do esporte a motor em suas respectivas línguas e costumes. É um projeto que nasce não do zero, por ter a forte pavimentação do Grande Prêmio, mas que traz a emoção do nascimento de um novo filho que precisa de cuidados redobrados e especiais”.

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