Em comunicado, o Grupo Record anunciou que fez mudanças no Código de Conduta no Ambiente de Trabalho, com diretrizes voltadas especificamente aos profissionais da Vice-Presidência de Jornalismo. As mudanças incluem um novo documento de orientação aos profissionais sobre padrões de conduta nas mídias sociais.

A ideia é estabelecer parâmetros de exposição em ambientes digitais dos profissionais direta ou indiretamente ligados ao Jornalismo da emissora, seja no Brasil ou no exterior.

“O jornalismo deve se pautar na busca pela divulgação de informações de forma correta, com isenção, agilidade e credibilidade”, destaca o manual. “Todos os profissionais do jornalismo do Grupo, sem distinção, têm a responsabilidade de se portar de maneira ética e íntegra em todas as relações, além de reforçar e difundir essa cultura”.

Antonio Guerreiro, vice-presidente de Jornalismo da Record TV, disse que o manual “não foi criado para limitar as ações de quem atua direta ou indiretamente com o Jornalismo do Grupo Record, mas para apontar comportamentos esperados de um profissional qualificado e responsável, e alertar sobre alguns riscos aos quais todos estamos sujeitos”.

A alteração no manual ocorre após o caso envolvendo a âncora Mariana Godoy. Em 30/7, a apresentadora do programa Fala Brasil classificou como “bizarra” uma live de Bolsonaro sobre voto impresso. Max Guilherme Machado, assessor especial do presidente, respondeu nas redes sociais que Godoy era “bizarra” e que ela propagava um “jornalismo totalmente comunista”.

O ocorrido repercutiu negativamente nos bastidores da Record TV. Segundo Ricardo Feltrin, a Record deu um aviso a seus jornalistas e âncoras, ordenando que ninguém deveria comentar notícias, exceto comentaristas pagos para esse fim.

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