O Twitter anunciou nesta segunda-feira (17/1) que incluiu o Brasil na lista de países com acesso a uma ferramenta que permite a denúncia de fake news sobre a Covid-19 na plataforma. A opção, ainda em versão de testes, também foi adicionada na Espanha e nas Filipinas.
Anteriormente, a ferramenta só estava disponível em Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul. Segundo o Twitter, o objetivo da inclusão de outros países é “colher aprendizados de uma pequena, porém geograficamente diversificada, gama de regiões”, para então poder liberá-la para o mundo todo.
A novidade chega após duas semanas de protestos nas redes sociais contra as fake news sobre a pandemia de Covid-19 que circulam na plataforma. No último domingo (16/1), o movimento Sleeping Giants Brasil cobrou providências contra posts enganosos sobre a doença, levantando a hashtag#FakeNewsMata, que chegou aos tópicos mais comentados da rede.
No começo do mês, em 6/1, o Ministério Público Federal enviou um ofício ao Twitter no qual questionava justamente a falta de opção para denunciar fake news sobre a Covid-19 no Brasil. O documento pedia também explicações sobre os critérios utilizados para verificação de contas. A hashtag#TwitterApoiaFakeNews teve grande engajamento e foi compartilhada por personalidades do jornalismo, da ciência e da saúde.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios rejeitou nesse domingo (16/1) o pedido de prisão contra o âncora da TV Globo William Bonner por incentivar a vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19.
A ação, movida pelo advogado Wilson Issao Koressawa, acusa Bonner de participar de uma suposta organização criminosa, composta também por outros profissionais da Globo, que teria o objetivo de falar sobre os impactos positivos da vacina contra o coronavírus. Sem provas, Koressawa afirmou que o âncora cometeu os crimes de indução de pessoas ao suicídio, de causar epidemia e de “envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo”. Ele pediu também que Bonner fosse proibido de incentivar a vacinação de crianças e adolescentes e a exigência de passaporte sanitário.
A juíza Gláucia Falsarella Pereira Foley classificou o pedido como descabido, e que a ação se assemelha a panfletagem política ao reproduzir teorias da conspiração sem embasamento científico e jurídico: “O Poder Judiciário não pode afagar delírios negacionistas, reproduzidos pela conivência ativa − quando não incendiados − por parte das instituições, sejam elas públicas ou não”.
“Vivemos tempos obscuros traçados por uma confluência de fatores. (…) Os inúmeros mecanismos de pesos e contrapesos da democracia nos colocaram na presente situação, mas será somente por meio dela que o Poder Judiciário, trincheira do Estado democrático de Direito, poderá colaborar para que ensaiemos a superação da cegueira dos nossos tempos”, conclui a juíza, que destaca também que o exercício da liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito de proferir críticas.
Wilson Issao Koressawa, que se apresenta como promotor de Justiça aposentado, concorreu a deputado distrital do DF em 2002, pelo PSD, e teve sua candidatura indeferida para o mesmo cargo em 2006, quando estava filiado ao PSOL. Em 2020, entrou com um pedido de prisão contra 40 autoridades junto ao Superior Tribunal Militar (STM). Segundo o Metrópoles, o protocolo da ação foi acompanhado por manifestantes do grupo armado de extrema-direita Os 300 do Brasil, composto por integrantes pró-Bolsonaro.
Divaldo Pereira Lara, prefeito de Bagé, município do Rio Grande do Sul, publicou um vídeo no qual revela a identidade visual do repórter investigativo da RBS TV Giovani Grizotti, o Repórter Sem Rosto. A publicação do vídeo seria uma resposta a uma reportagem sobre um suposto esquema de pagamento de propina ao político em troca de contratos com a prefeitura, revelado por delação premiada.
Além de revelar a identidade visual, o prefeito atacou a honra e o trabalho do jornalista. Grizotti, por trabalhar cobrindo casos de corrupção, evita mostrar seu rosto para preservar sua integridade física. A coordenadora de Comunicação da prefeitura Roberta Mércio também aparece no vídeo, atacando o jornalista e dizendo que o prefeito é vítima de “assassinato de reputação”. Ela, inclusive, chegou a trabalhar com Grizotti. O repórter registrou boletim de ocorrência e disse que tomará as medidas cabíveis.
Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas do RS repudiaram a ação do prefeito, destacando que a publicação ataca o jornalista durante o exercício de sua profissão e também a liberdade de imprensa, além de colocar em risco a integridade física do profissional: “Não se avalia, aqui, o direito de o denunciado sentir-se injuriado. O que se questiona, com esta nota, é a forma como o fez o prefeito de Bagé, colocando em risco, deliberadamente, a integridade do jornalista, numa tentativa de censura a todo aquele que venha a investigar supostas irregularidades de personas públicas”.
“Um jornalista investigativo é especializado em desvendar e dar publicidade a fatos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção ou irregularidades. Por esta razão, o profissional mantém preservada a sua identidade visual, uma vez que corre risco de represálias que podem ser de extrema violência”, esclarecem as entidades.
A reportagem em questão estava censurada desde agosto do ano passado, mas a RBS TV recorreu ao Supremo Tribunal Federal e o ministro Gilmar Mendes suspendeu a proibição.
O Brasil é o país com o maior número de jornalistas mortos por Covid-19 desde o começo da pandemia, com 295 óbitos no total. A Índia vem em segundo lugar, com 279 mortes, seguida, respectivamente, por Peru (199), México (122) e Colômbia (79). As informações são de um levantamento da ONG Press Emblem Campaign (PEC), que luta pela segurança e proteção legal de jornalistas ao redor do globo.
O relatório, publicado em 7 de janeiro, mostrou que, em 2021, um total de 1.400 comunicadores morreram em decorrência do coronavírus, o que representa a média de 116 óbitos por mês, ou quatro por dia. Desde março de 2020, quando a PEC iniciou o levantamento, 1.945 jornalistas perderam a vida para a Covid-19 no mundo todo.
A América Latina sozinha concentra quase metade de todas essas mortes. Desde 2020, a região teve pelo menos 954 óbitos de jornalistas por causa da doença. A Ásia é o segundo continente com mais mortes, um total de 556. Em seguida aparecem Europa (263), África (98) e América do Norte (69).
O relatório destaca ainda que o número de jornalistas mortos pela Covid-19 deve ser ainda maior, já que em alguns países não há informações confiáveis sobre o tema ou os óbitos não são registrados. Nos primeiros dias de 2022, três comunicadores perderam a vida para a doença, um deles na América Latina, o uruguaio Carlos Guerra.
O portal SBT News estreou nesta sexta-feira (14/1) o programa De Malas Prontas, com apresentação de Renata Cordeiro, focado no turismo, que leva o internauta a viagens por lugares paradisíacos e cheios de cultura, com vídeos produzidos por jornalistas que vivem no Brasil e no exterior.
A equipe do programa é composta por Renata, com 27 anos de carreira e passagens por SporTV, Record e Fox Sports, que atualmente mora em Portugal; Adriana Levis, ex-repórter da Rede Brasil antes de se radicar em Barcelona, que comanda o quadro Holla Espanha, com dicas de viagens pela Espanha e pelo Mediterrâneo; Ana Paula Cardoso, que se mudou para Paris como correspondente do Caderno Ela, do jornal O Globo, e decidiu ficar por lá – ela apresenta o Crônicas de Paris, com dicas de passeios pela cidade; Mirella Bergamo, com 15 anos como repórter e apresentadora de TV, comanda o MI Leva, que mostra destinos turísticos no litoral e interior de São Paulo; e Claudia Almeida, ex-repórter e apresentadora de afiliadas da Globo, que apresenta o quadro Na pegada da Cacau, com informações sobre turismo ecológico e cultural no litoral brasileiro.
No primeiro episódio, Mirella Bergamo mostrou como conhecer Ilhabela de caiaque e canoa e Claudia Almeida visitou Arraial do Cabo. Na Europa, Ana Paula Cardoso mostrou diferentes ângulos da Torre Eiffel, em Paris, e Adriana Levis foi a Tarragona, nos arredores de Barcelona, mostrando ruínas do império romano.
De Malas Prontas é fruto da parceria do SBT News com a Ageimagem Comunicação, agência que será responsável pela gestão editorial e gerenciamento de produção de conteúdo para o canal.
Um daqueles telefonemas que põem um repórter a correr. A redação informava que Tubarão, cidade catarinense ao sul de Florianópolis, fora devastada por uma enchente colossal. Era maio de 1974, manhã. Peguei a máquina de escrever portátil e alguma roupa, chamei um táxi, e parti para o Campo de Marte, o aeroporto para aviões de pequeno porte, na zona norte paulistana. Logo estava na companhia de Inajar de Souza, de texto, e Alfredo Rizzutti, com suas câmeras e o aparelho de transmitir telefotos.
Um avião bimotor, alugado, nos esperava. Daqui seguiríamos para uma pista nos arredores de Florianópolis. Embarcamos. O avião correu na pista e… sofreu uma pane séria. Uma vibração forte, que chacoalhava sua estrutura e a nós passageiros. Por sorte, ainda houve tempo de o comandante abortar a decolagem.
Algum tempo depois, embarcamos em outro bimotor, mas este não era um esquife voador, como, por chacota, chamávamos os aviões velhos. Ao cabo de longa viagem, nos preparamos para o pouso. Pista de terra, molhada. Quando tocou o solo, o avião deu uma derrapada, mas o comandante conseguiu controlá-lo.
Prosaica dúvida nos acometia. Como chegar à cidade inundada? Por terra, sabíamos, não havia meios. Tubarão estava isolada. Ora, os jornalistas devem ter um santo forte, que os ajuda. A pequena pista estava servindo aos helicópteros das equipes de socorro da FAB. Conversamos com os militares, e conseguimos uma carona. Era um helicóptero grande, viajava-se em pé.
Bebê na pia batismal foi capa do JT (Crédito: Alfredo Rizzutti/Jonal da Tarde)
Uma vez em Tubarão, começamos a levantar dados, o que não era tão difícil, sem contar a dificuldade de andar na lama e em escombros. O resultado da catástrofe estava à nossa frente, onde quer que fossemos. Via-se um boi pendurado nos galhos de uma árvore. Havia sido levado pelas águas da enchente. Quando elas baixaram, sobrou o animal lá em cima.
Alfredo Rizzutti vê-se diante de uma igreja. Entra e encontra um grupo de flagelados. Ouve o choro de um bebê, de onde…? Descobre o bebê na pia batismal, onde fora deixado. Alfredo faz fotos e se angustia; tem medo de que o bebê caia de lá. Mas uma mulher entra na igreja e vai para a pia batismal. O bebê está seguro.
O Jornal da Tarde abriu a foto na primeira página. A imagem foi reproduzida, e colada em postes de cidades de Santa Catarina, com pedido de ajuda humanitária − alimentos, remédios, roupas. O que salvou os jornalistas (Ricardo Kotscho e Claudinê Petrolli haviam chegado e cobriam pelo Estadão) foi que a rede de energia elétrica se manteve intacta. Assim, pudemos mandar nossos textos pelo telex, e as fotos por telefotos.
O número oficial de mortos na enchente de Tubarão é de 199. Mas restou suspeita de que tenha sido muito maior.
Como o período é de excesso de chuvas, Valdir Sanches mandou-nos esta colaboração que rememora a enchente que assolou Tubarão (SC) há quase 48 anos. Foto dele vamos ficar devendo e ele mesmo explica: “Este texto na primeira pessoa é bossa recentíssima, passei a vida driblando a prática com ‘o repórter fez isto e aquilo’ etc. Agora, foto minha não tenho condições, mesmo”. Sanches foi um dos mais importantes repórteres dos anos áureos do Jornal da Tarde, onde publicou matérias históricas, como a que descreve neste texto.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o presidente Jair Bolsonaro bloqueou 82 jornalistas no Twitter até 12 de janeiro deste ano, sendo a autoridade que mais bloqueou profissionais de imprensa até então.
A pesquisa, que detectou 315 jornalistas bloqueados na rede social, mostrou que, do total, 291 foram por Bolsonaro, por seus filhos que também ocupam mandatos eletivos, ministros, secretários especiais de Estado, e parlamentares que compõem a base de apoio ao governo.
Profissionais ouvidos pela Abraji disseram que foram bloqueados por fazer críticas ao governo, ou por seu trabalho como jornalistas, ou às vezes nem sequer sabiam o motivo pelo qual o bloqueio havia sido feito. Gustavo Ribeiro, da Brazilian Report, disse à entidade que quase não usa o Twitter e não se recorda de ter marcado Bolsonaro em alguma publicação e, mesmo assim, foi bloqueado pelo presidente. Segundo o levantamento da Abraji, 153 jornalistas foram bloqueados por 41 autoridades do Estado.
Depois de Bolsonaro, quem mais bloqueou jornalistas foi Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, com 40 bloqueios, seguido por Mario Frias, secretário especial de Cultura (30), e os filhos do presidente Carlos Bolsonaro (22) e Eduardo Bolsonaro (20).
Em relação a veículos de imprensa, políticos com alguma relação com o governo vigente bloquearam 16 empresas jornalísticas. O líder da lista de bloqueadores é o presidente Bolsonaro. Em ordem cronológica, ele bloqueou The Intercept Brasil, DCM, Aos Fatos, Congresso em Foco, Repórter Brasil, O Antagonista e Brasil de Fato, totalizando sete veículos impedidos de acompanhar as postagens do presidente no Twitter.
Hugo Rodriguez Nicolat, diretor de Políticas Públicas do Twitter na América Latina, disse ao Núcleo Jornalismo que a rede social não precisa interferir no bloqueio de usuários por autoridade públicas, “já que o recurso é prerrogativa de quem usa a rede social e é uma situação que não se desenrola pelo Twitter, mas sim por pessoas que utilizam a plataforma”.
Christian Perrone, head de direitos e tecnologia do Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio), explicou à Abraji que, “em uma visão pessoal, a conta dessas autoridades é em princípio pessoal, mas a partir do uso pode se tornar pública”. Em setembro do ano passado, outra pesquisa da entidade mostrou que 98% dos tuítes de Bolsonaro são de interesse público.
O Matinal Jornalismo, de Porto Alegre, anunciou a contratação de Juremir Machado. A partir da próxima segunda-feira (17/1), ele terá uma coluna no grupo de comunicação, em que vai escrever diariamente, de segunda a sexta-feira, com conteúdos distribuídos também na Matinal News, na revista Parêntese e no site rogerlerina.com.
Para o lançamento do projeto, o Matinal promoverá uma live na própria segunda-feira, às 16h, com as presenças de Juremir, Marcela Donini, editora-chefe do Matinal, e Luís Augusto Fischer, editor da revista Parêntese. O papo será aberto a público e pode ser acessado neste link.
“O Matinal representa uma nova etapa em minha vida”, disse Juremir. “Depois de 35 anos de jornalismo, um recomeço. Entro cheio de entusiasmo, alegre, com o frio na barriga das primeiras experiências. Acho o projeto bonito, consistente, bacana. Enfim, estou contente, apesar dos tombos recentes. Jornalismo é esporte de alto risco. Mas, o meu entusiasmo é grande: ‘Avante, pois’”.
No começo do mês, ele informou ter sido demitido do Correio do Povo, onde atuava desde 2000, por divergências político-ideológicas.
O comentarista Raphael Rezende, que estava na Globo desde 2006, deixou a emissora para assumir imediatamente o cargo de head scout do Botafogo, sendo responsável pela análise de jogadores no mercado.
Raphael entrou na Globo como estagiário do SporTV em fevereiro de 2006. Foi contratado um ano depois e estreou como comentarista em 2009, num jogo entre Deportivo Quito e Estudiantes, pela Libertadores.
Formado em Jornalismo, completou o curso da CBF que permite ser técnico das divisões e base, e, no primeiro semestre de 2018, realizou um estágio no próprio Botafogo. Por estar na Globo há 16 anos, Raphael disse que a decisão foi muito difícil, mas que o momento foi propício para a mudança.
“Está alinhado com o que era a minha função anterior, por mais que mudem responsabilidade e demanda. (…) A conjuntura eu acho que é muito favorável para fazer essa escolha, mesmo com vários questionamentos que fiz nos últimos tempos sobre mudar ou não. São questões que todo mundo coloca, como vida profissional e pessoal. Com relação à função em si, acho que está superalinhada com o que sempre foi minha busca de trabalho mesmo antes de imaginar essa mudança”.
Mais de 80 organizações de checagem de fatos de 46 países enviaram carta a Susan Wojcicki, presidente-executiva do YouTube, na qual cobram ações efetivas para combater a desinformação que circula na plataforma. No documento, os checadores solicitam uma reunião com ela para discutir as sugestões.
Uma das sugestões é que o YouTube estabeleça parcerias com checadores de fatos e assuma a responsabilidade de investir sistematicamente em iniciativas independentes de verificação de informações. Além disso, as organizações pedem prioridade para tópicos como transparência em relação a como as fake news chegam e se espalham pela plataforma, tomar providências contra violadores reiterados e estender esforços para idiomas que não o inglês.
Entre as 80 organizações da América Latina que assinam a carta estão as brasileiras Aos Fatos e Agência Lupa, e veículos de Argentina, Bolívia, Colômbia, entre outros. Também integram o grupo de checadores empresas americanas, como o jornal The Washington Post, e de nações como Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido, Nigéria, Etiópia, África do Sul, Índia, Mianmar, Filipinas e Austrália.
“A questão não é prioritariamente financeira, é prioritariamente discutir o modo de operação do YouTube que privilegia a disseminação de conteúdos desinformativos e que é totalmente contraditório com o discurso de que existe uma parceria com checadores de fatos”, disse Natália Leal, diretora-executiva da Agência Lupa.
Diferentemente do Meta, por exemplo, grupo do qual o Facebook faz parte, o YouTube, que pertence ao Google, não tem um programa de parcerias com agências de checagem.
Em nota, o YouTube escreveu que investiu em políticas e produtos em todos os países e que opera “para conectar as pessoas a conteúdo qualificado, reduzir a disseminação de informação limítrofe e remover vídeos que violam as políticas da plataforma”. A empresa afirmou também que “mantém o consumo de desinformação limítrofe recomendada significativamente abaixo de 1% de todas as visualizações no YouTube”.