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quinta-feira, julho 10, 2025

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Leandro Demori é ameaçado durante férias com a família

Leandro Demori deixa o Intercept Brasil

Leandro Demori, editor executivo do Intercept Brasil, foi ameaçado durante suas férias em Balneário Camboriú (SC), ao lado da esposa e do filho de apenas três anos. O jornalista lamentou o ocorrido em seu Twitter.

A ameaça ocorreu no domingo (9/1), quando Demori e sua família saiam de uma mercearia, na Avenida Brasil. Um homem, que também fazia compras no local, aproximou-se do jornalista, tocou em seu ombro e disse “se liga que a vida do teu filho depende de ti”. Logo em seguida, deu a volta e entrou em outra rua.

“O meliante, um clássico ‘cidadão de bem’, achou por bem perseguir e intimidar um pai e uma mãe que passeavam distraídos com uma criança de 3 anos em um carrinho de bebê. Estamos bem, depois do susto”, escreveu Demori no Twitter.

O jornalista do Intercept Brasil registrou um Boletim de Ocorrência online e afirmou que serão tomadas as medidas cabíveis. Nessa segunda-feira (10/1), a polícia identificou o autor das ameaças.

Esta não é a primeira vez que Demori sofre ameaças. Ele coordenou a série de reportagens sobre os arquivos da Vaza Jato, e, após a publicação do material, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou ao governo brasileiro que oferecesse a ele medidas protetivas, o que não aconteceu. Desde 2019, Demori anda com seguranças.

Vale lembrar que, em 2021, o Brasil ficou em 111º lugar entre 180 países no Ranking de Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras. O País entrou na zona vermelha do levantamento, formada pelas nações onde a situação da liberdade de imprensa é considerada “difícil”.

Disney muda nomes de canais ESPN e Fox Sports no Brasil

Disney muda nomes de canais ESPN e Fox Sports no Brasil

O Grupo Disney, dono de ESPN e Fox Sports, anunciou mudanças nos nomes dos canais esportivos, que passarão a valer a partir da próxima segunda-feira (17/1). Os números dos canais permanecerão os mesmos.

A ESPN Brasil será renomeada para apenas ESPN. Já a ESPN passará a ser ESPN 2, e a ESPN 2 será a ESPN 3. A Fox Sports, será chamada de ESPN 4. A Fox Sports 2 permanecerá com o mesmo nome. As informações são de Leonardo Bertozzi, comentarista do Grupo Disney, que divulgou as mudanças em seu Twitter.

As trocas seguem o padrão da marca na América Latina, que sempre utilizou o “ESPN” sozinho, sem ser acompanhado do nome do país. Segundo Bertozzi, a decisão de manter o Fox Sports 2, mesmo com a saída do nome Fox Sports, é para “cumprir compromissos firmados”.

Em 2019, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) indicou que a aquisição da 21st Century Fox pelo Grupo Disney significaria monopólio do mercado de canais esportivos, pois a Disney já era dona dos canais ESPN. A compra foi aprovada apenas em maio de 2020, após acordo de controle de concentração, no qual a Disney comprometeu-se a manter a Fox Sports no ar durante três anos ou até o término dos contratos de eventos esportivos distribuídos pelo canal.

Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros abre inscrições

Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros abre inscrições

Estão abertas até 31 de maio as inscrições para o VI Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros, realizado pela Escola de Negócios e Seguros (ENS), que valoriza trabalhos jornalísticos sobre temas relacionados ao setor.

Cinco categorias estão em disputa: Mídia Impressa, Audiovisual, Webjornalismo e Imprensa Especializada do Mercado de Seguros, além da nova categoria Inovação, que premia reportagens com foco em ideias originais e criativas de empresas que agregaram novas tecnologias ou ferramentas para gerar melhorias para a área de seguros.

Cada categoria terá cinco finalistas, que serão escolhidos por uma Comissão de Seleção. Os três melhores trabalhos serão premiados da seguinte maneira: R$ 15 mil para o primeiro colocado, R$ 6 mil para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro. Podem ser inscritos trabalhos veiculados de 16 de novembro de 2020 a 30 de maio de 2022, em mídia impressa, rádio, TV, websites e na imprensa especializada.

A cerimônia de premiação ainda será marcada para o período entre junho e setembro, em formato online. Inscrições e regulamento completo no site do prêmio.


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Morre Andrew Jennings, repórter que denunciou corrupção na FIFA

Morre Andrew Jennings, repórter que denunciou corrupção na FIFA

Morreu no último sábado (8/1) o repórter britânico Andrew Jennings, autor de livros que abordam a corrupção na FIFA, na CBF e em outras entidades esportivas. A causa da morte não foi informada.

Nascido em 1942, na Escócia, Jennings trabalhou no Sunday Times e na BBC. Em 1992, seu livro Os Senhores dos Anéis: Poder, Dinheiro e Drogas nas Olimpíadas Modernas abriu uma crise e gerou uma reforma profunda no Comitê Olímpico Internacional (COI). Em 1997, investigou o caso de doping na equipe olímpica de natação britânica.

Tornou-se referência no jornalismo investigativo nos esportes, denunciando escândalos de corrupção envolvendo as principais entidades do setor. Graças a uma de suas investigações, o esquema de corrupção montado pelo ex-presidente da FIFA João Havelange ganhou atenção internacional. Segundo o jornalista, Horst Dassler, ex-diretor da Adidas, comprou votos de dirigentes na primeira eleição de Havelange, e, dois anos depois, o brasileiro privilegiou a empresa em acordos comerciais nos principais torneios de futebol.

Jennings também investigou a gestão de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, Nicolas Leóz, ex-presidente da Conmebol, além de outros cartolas. Na CPI do Futebol, em 2015, declarou que “a Fifa e a CBF são entidades podres e que precisam urgentemente de um novo estatuto para que elas não tomem mais o dinheiro das pessoas”. Em entrevistas, Jennings chegou a dizer que teve seu telefone grampeado por pessoas ligadas ao COI.

Plataforma Mina traz conteúdo sobre bem-estar e autoconhecimento

Estreia oficialmente nesta terça-feira (11/1) a plataforma Mina, que reúne conteúdo, produtos e cursos voltados ao bem-estar, ao autoconhecimento e ao autocuidado. O projeto é liderado pelo jornalista Fernando Luna, cofundador e CEO da Mina, que anteriormente ocupou cargos de direção em Globo, Trip e Abril.

“Queremos ajudar as pessoas a se descobrirem e a se reinventarem, oferecendo informação de qualidade e também, a partir de fevereiro, produtos de beleza, casa, chás e sexcare, além de cursos online sobre bem-estar”, explicou Fernando.

O site é dividido em cinco grandes editorias: Seu Corpo, Suas Emoções, Seus Relacionamentos, Seu Trabalho e Nosso Mundo. No time de colunistas do projeto estão nomes como o da apresentadora Angélica, a cantora Preta Gil, a arquiteta e apresentadora do GNT Stephanie Ribeiro, entre outras.

Os primeiros conteúdos da Mina são uma entrevista com a filósofa e jornalista Djamila Ribeiro sobre a importância do bem-estar para todos, um texto da novelista Manuela Dias que traz uma visão bem-humorada sobre a ansiedade, e uma sátira da jornalista Fabiana Moraes em que ela imagina como seria o Brasil de hoje se os homens menstruassem.

Confira o site do projeto aqui.

Apenas 21% dos brasileiros confiam muito na imprensa, diz Poder360

O PoderData, divisão de pesquisas de opinião do Poder360, divulgou os resultados de uma pesquisa sobre a confiança dos brasileiros nas informações veiculadas pela imprensa. A pesquisa entrevistou 3.000 pessoas de 501 municípios dos 26 estados, mais o Distrito Federal.

O estudo, realizado de 2 a 4 de janeiro deste ano, mostrou que apenas 21% confiam muito na imprensa; 43% classificaram as informações trazidas pela mídia como “mais ou menos” confiáveis; 23% como “pouco”; e 8% como “nem um pouco” confiáveis.

A pesquisa perguntou também como os participantes avaliavam o governo Bolsonaro, e cruzou os dados obtidos com os da confiança na imprensa: cerca de 32% dos que avaliam a gestão do presidente Jair Bolsonaro como “ótima ou boa” classificaram as informações da imprensa como “pouco confiáveis”; 27% deles disseram que a imprensa não é “nem um pouco confiável”.

Para os que classificaram o governo Bolsonaro como “regular”, as notícias da mídia são “mais ou menos” confiáveis (64%), ou “pouco confiáveis” (24%). E cerca de 26% dos que acreditam que o governo é “ruim ou péssimo”, disseram que as informações da imprensa são “muito confiáveis”; e 48% disseram as classificaram como “mais ou menos” confiáveis.

Para efeito de comparação, no último levantamento sobre o assunto, feito pelo PoderData em dezembro de 2020, a taxa de bolsonaristas que não confiava nem um pouco na imprensa foi de 11%, contra os 27% detectados na pesquisa atual.

Confira mais informações sobre o estudo aqui.

Com Camila Mattoso, Folha terá pela 1ª vez uma mulher no comando da sucursal em Brasília

Com Camila Mattoso, Folha terá pela 1ª vez uma mulher no comando da sucursal em Brasília

Sérgio Dávila, diretor de redação da Folha de S.Paulo, informou ao Portal dos Jornalistas que Camila Mattoso, até então editora da coluna Painel, será diretora da sucursal da Folha em Brasília. Ela substitui a Leandro Colon, que deixou a publicação em 7/1 para assumir a direção da área de conteúdo corporativo do banco Nubank. Fábio Zanini será o novo editor da coluna Painel.

Eduardo Ribeiro, diretor deste Portal dos Jornalistas, chama a atenção para o fato de que é a primeira vez na história centenária do jornal que uma mulher assume o cargo: “uma mulher comandará a sucursal em Brasília, palco das maiores agressões do presidente Jair Bolsonaro às mulheres jornalistas. Se foi pensado ou não, não deixa de ser um recado de que as agressões não intimidarão o jornal a seguir o seu curso na cobertura do poder”.

Formada em Jornalismo pela Cásper Líbero, Camila foi repórter da ESPN de 2013 a 2015, e também teve passagem pelo Lance!. Em agosto de 2015, entrou na Folha, atuando como repórter na sucursal de Brasília até 2019. Cobriu as Copas do Mundo de 2014, no Brasil, e de 2018, na Rússia, e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

É autora do livro perfil Tite, que conta a trajetória e detalhes da vida pessoal de Adenor Leonardo Bachi, atual treinador da seleção brasileira de futebol.

Rodrigo Raposo deixa a Globo após 15 anos de casa

Rodrigo Raposo deixa a Globo após 15 anos de casa

A Globo Nordeste dispensou Rodrigo Raposo da equipe de esportes após 15 anos de casa. Em suas redes sociais, ele comentou a saída: “É duro. Triste. Difícil”. O jornalista recebeu o apoio de colegas de profissão na postagem.

Raposo iniciou a trajetória na Globo em 2007, como estagiário. Posteriormente, foi repórter, apresentador, editor e narrador na emissora. Já apresentou a versão local do Globo Esporte em algumas ocasiões, e narrava jogos de futebol para o SporTV.

Um pouco antes, a Globo havia dispensado o comentarista Bob Faria, da equipe esportiva em Minas Gerais, depois de 18 anos de casa. Ele iniciou sua carreira no jornalismo na própria Globo, em 1993.

As demissões dos dois profissionais somam-se à lista de comunicadores dispensados pela empresa nos últimos meses. Levantamento do Poder360, no final do ano passado, indicou que o grupo demitiu em seis meses 12 jornalistas que tinham entre 15 e 46 anos de casa. Nomes como Francisco José (46 anos de Globo), José Hamilton Ribeiro (41 anos) e Isabela Assumpção (41 anos), Renato Machado (39), Alberto Gaspar (39 anos) e Ari Peixoto (34 anos) deixaram a emissora. Segundo o Poder360, as demissões são resultado de um processo de corte de gastos da empresa, que afetou os jornalistas mais experientes do grupo.

Lembrando um grande repórter

Lembrando um grande repórter Gay Talese

Por Luiz Roberto de Souza Queiroz

“Os novaiorquinhos bebem diariamente 460 mil galões de cerveja, devoram 3,5 milhões de libras de carne e gastam 34 quilômetros de fio dental na cidade, onde morrem a cada dia 250 pessoas, nascem 460, mas várias deficientes visuais, tanto que 150 mil moradores de New York usam olho de vidro.

Entre as esquisitices de New York, diariamente um mendigo chega de táxi a seu ‘ponto’, em Manhattan, onde pede esmolas perto da placa de uma ‘clarividente, clariauditiva e clarisensual’. Também a cada dia uma senhora espera seu motorista abrir a porta do Rolls-Royce 1948 e desce em Times Square com uma Bíblia e o cartaz anunciando ‘Os condenados irão todos perecer’, com o qual fica passeando frente aos teatros, até que o motorista vá busca-la ao entardecer.”

Essa apresentação de New York, cidades de coisas inadvertidas, do genial repórter Gay Talese, só consegui encontrar em espanhol, Gay Talese – retratos y encuentros, mas, apesar de uma ou outra expressão difícil de compreender, vale muito a pena. É que a obra inclui a famosa matéria Frank Sinatra está resfriado, a entrevista que ele NÃO FEZ com Sinatra, que não o recebeu por estar de cama, mas que é a mais completa jamais escrita sobre o cantor, ao lado dos textos sobre Peter O´Toole, Ernest Hemingway, Joe Louis e muitos outros.

Mas este textinho é para lamentar que não se façam mais repórteres desse naipe, dispostos a pesquisar meses para fechar uma matéria. Afinal, se é fácil contar que na porta de um hotel de Park Avenue há um porteiro com três fragmentos de balas incrustados na cabeça e quantos metros de fio dental se vende diariamente em New York, imagino a dificuldade de descobrir que os gatos-vampiros que vivem a 35 metros sob o solo – sem jamais chegarem à superfície −, na estação Grand Central, vivem em média dois anos, contra dez anos de um “gato de madame”. Ou como diabos garantir que os clientes da Macy´s piscam 28 vezes por minuto, mas passam a piscar 40 vezes quando vão descer uma escada-rolante, e que os torcedores no Yankee Stadium param de mastigar chiclete alguns segundos cada vez que há uma jogada importante.

Só mesmo Gay Talese para me empurrar a cultura inútil mas cativante de que o atelier de Louis Feder, na 5ª avenida, recebe 500 quilos de cabelo ruivo de alemãs, castanhos de francesas e italianas, mas nem um fio de cabelo norte-americano, pois como são tratados com xampu demais não servem para fazer peruca.

E só mesmo Gay Talese para descrever em oito páginas os manequins da Lord & Tailor, da Saks, da Bergdorf´s, tão perfeitos que uma lei municipal proíbe que sejam expostos sem roupa. Afinal, tiveram como modelo Susy Parker, Brigitte Bardot e parecem tão humanos que já houve vitrinistas precisando da ajuda de psicólogos, pois passavam horas conversando com “seus manequins”.

E para terminar, dá para imaginar a dificuldade e o tempo gasto pelo repórter para conseguir uma fonte (não identificada, por supuesto), para contar que, infestada de ratos, a biblioteca da ONU pediu e recebeu dois gatos, um dos quais só consegue dormir à vontade sobre um alentado dicionário de chinês.

Só mesmo um grande repórter para contar essa história e, mais, para nos encantar com ela e ensinar a nós, seguidores de Talese e de Hemingay, como escrever e principalmente… como reportariar, como dizia Moacyr Castro, na Chefia da Reportagem do Estadão.


A história desta semana é novamente de Luiz Roberto de Souza Queiroz, o Bebeto, assíduo colaborador deste espaço, que esteve por muitos anos no Estadão e hoje atua em sua própria empresa de comunicação.

Nosso estoque do Memórias da Redação continua baixo. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br.

MPF oficia Twitter por falta de opção para denunciar fake news sobre a Covid-19

O Ministério Público Federal (MPF) enviou nesta quinta-feira (6/1) ao Twitter um ofício em que o questiona sobre a falta de um canal para denunciar notícias e informações falsas sobre a pandemia de Covid-19 que circulam na rede.

O documento, assinado por Yuri Corrêa da Luz, procurador da República em São Paulo, cita que, em outros países, existe uma ferramenta para denunciar fake news sobre o coronavírus, e questiona o motivo pelo qual ela não está disponível também no Brasil. Desde agosto de 2021, a ferramenta, ainda em fase de testes, pode ser utilizada por usuários em Estados Unidos, Coreia do Sul e Austrália.

O ofício pede também que o Twitter “informe se estão sendo adotadas providências para que tal funcionalidade de denúncia seja disponibilizada também a usuários brasileiros e, em caso positivo, qual o prazo previsto para sua implementação na plataforma”.

Além disso, o documento solicita que a rede social informe quais são os critérios para verificação de contas no Brasil, que faz o perfil ficar com um selo azul, “e se, entre os critérios usados para negar tal status de verificação, está ou não o eventual envolvimento do usuário na veiculação de conteúdo desinformativo sobre temas de saúde pública”.

Nas redes sociais, a hashtag #TwitterApoiaFakenews teve grande engajamento e foi compartilhada por personalidades do jornalismo, da ciência e da saúde. Andreia Sadi, do Grupo Globo, questionou: “Não basta essa quantidade de notícia fraudulenta que ninguém aguenta mais desmentir, checar e corrigir, o Twitter Brasil, que pode apoiar o combate às fake news, não faz: sem ferramenta para denunciar publicação falsa sobre a Covid. Como faz?”

Tai Nalon, de Aos Fatos, escreveu que “basta uma varredura simples no Twitter pra saber que a ação coordenada antivacina tem vocabulário próprio para desinformar. ’Vacina experimental‘, indivíduos ’picados‘, freestyle de substâncias como ’proteína spike‘ e ’grafeno‘. Não é novidade. O Twitter sabe”, junto de prints com informações falsas sobre a vacina.

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