Morreu no último sábado (8/1) o repórter britânico Andrew Jennings, autor de livros que abordam a corrupção na FIFA, na CBF e em outras entidades esportivas. A causa da morte não foi informada.

Nascido em 1942, na Escócia, Jennings trabalhou no Sunday Times e na BBC. Em 1992, seu livro Os Senhores dos Anéis: Poder, Dinheiro e Drogas nas Olimpíadas Modernas abriu uma crise e gerou uma reforma profunda no Comitê Olímpico Internacional (COI). Em 1997, investigou o caso de doping na equipe olímpica de natação britânica.

Tornou-se referência no jornalismo investigativo nos esportes, denunciando escândalos de corrupção envolvendo as principais entidades do setor. Graças a uma de suas investigações, o esquema de corrupção montado pelo ex-presidente da FIFA João Havelange ganhou atenção internacional. Segundo o jornalista, Horst Dassler, ex-diretor da Adidas, comprou votos de dirigentes na primeira eleição de Havelange, e, dois anos depois, o brasileiro privilegiou a empresa em acordos comerciais nos principais torneios de futebol.

Jennings também investigou a gestão de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, Nicolas Leóz, ex-presidente da Conmebol, além de outros cartolas. Na CPI do Futebol, em 2015, declarou que “a Fifa e a CBF são entidades podres e que precisam urgentemente de um novo estatuto para que elas não tomem mais o dinheiro das pessoas”. Em entrevistas, Jennings chegou a dizer que teve seu telefone grampeado por pessoas ligadas ao COI.

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