A defesa do repórter fotográfico Lula Marques (EBC) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de mandado de segurança para tentar suspender decisão do deputado Arthur Maia, presidente da CPMI do 8 de janeiro, que descredenciou o jornalista e o impediu de circular nas sessões da comissão.
Marques está impedido de participar das reuniões da CPMI desde 24 de agosto, quando Maia assinou um ato normativo que proibiu sua entrada e revogou sua credencial para a cobertura da comissão. O presidente da CPMI justificou a decisão afirmando que o fotojornalista havia violado a Lei Geral de Proteção de Dados ao fotografar a tela do celular do senador Jorge Seif, enquanto respondia a uma mensagem.
Para a defesa de Marques, a fotografia não viola a LGPD, pois “não se aplica ao tratamento de dados pessoais (…) realizado para fins exclusivamente jornalísticos e artísticos”. Os advogados também destacaram que a foto foi tirada “local público destinado à realização de debates e à tomada de decisões de interesse público por agentes políticos de viés representativo”.
Os advogados enfatizaram ainda que o conteúdo da mensagem fotografada seria de interesse público. Jorge Seif estava respondendo a uma jornalista sobre as investigações contra Jair Renan Bolsonaro, filho mais jovem do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o mandado de segurança “é uma defesa da liberdade profissional, mas, especialmente, da liberdade de imprensa e de expressão. A tese defendida interessa não só a todos os profissionais de imprensa, mas, e sobretudo, à sociedade brasileira e ao fortalecimento do estado democrático de direito. Como pensar em debate público sem liberdade de imprensa e de expressão?”.
Morreu na madrugada desta segunda-feira (4/9), aos 57 anos, o jornalista Wilson Toume. Um dos mais respeitados e experientes profissionais na cobertura da indústria automotiva, ele havia feito duas semanas atrás uma operação pra corrigir uma hérnia de intestino.
Já em alta, na segunda-feira passada (28/8) passou em uma consulta com um pneumologista por causa uma intensa tosse. Foi então internado novamente com um quadro de infecção que se espalhou, passando por diálise e sendo intubado na sexta-feira.
“Nosso querido amigo Wilson Toume, excelente jornalista automotivo, nos deixou nesta madrugada”, destacou pelas redes sociais Sergio Quintanilha, criador do Guia do Carro e que por muitos anos trabalhou com Toume. “Wilson foi um brilhante editor-chefe da revista Carro na época da Motorpress. E há mais de um ano cuidava diariamente da atualização vespertina do Guia do Carro, no portal Terra. É uma notícia devastadora, muito triste para todos nós”.
Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, Toume passou por algumas das principais publicações impressas e digitais especializadas em automóveis do Brasil. Foi repórter de Autoesporte, Quatro Rodas, e Automóvel e Requinte, e por 12 anos integrou o time da revista Carro, onde chegou a ocupar o cargo de editor-chefe.
Nos últimos anos vinha atuando como freelancer, em especial para publicações como Guia do Carro/Terra e revista AutoData, onde recentemente foi um dos autores dos textos da edição comemorativa de 30 anos da publicação.
Além dos automóveis, nutria uma paixão por esportes internacionais, em especial as ligas norte-americanas de futebol americano (NFL), beisebol (MLB) e hóquei no gelo (NHL). Curiosamente, era torcedor do time de hóquei Detroit Red Wings, representante da cidade que é um dos berços da indústria automotiva mundial.
Seu velório acontecerá nesta terça-feira (5/9), das 16h às 19h, no Memorial Ossel (Av. Goias, 459), em São Caetano do Sul.
O Radar +55 é um estudo produzido pela área de Business Intelligence (BI) do Grupo BCW Brasil, que traz uma análise da reputação externa da economia brasileira, mostrando como a imprensa de outros países enxerga o mercado do Brasil. O estudo é divulgado pelo Poder 360, de forma exclusiva, em formato trimestral.
Rosa Vanzella
A parceria entre o veículo e o Grupo BCW Brasil é inédita no Brasil, e mostra a importância de acordos do tipo entre uma empresa jornalística e uma agência de comunicação. Sobre a iniciativa, Jornalistas&Cia conversou com Anna Rangel, diretora-executiva adjunta do Poder360; e Rosa Vanzella e Simone Iwasso, copresidentes do Grupo BCW Brasil.
Rosa e Simone explicaram como surgiu o Radar+55. Segundo elas, o Grupo BCW Brasil identificou a necessidade de saber qual era a percepção da imprensa estrangeira sobre a realidade econômica do Brasil. O grupo já tinha o Índice de Desempenho de Mídia (IDM), que ajuda as empresas a entenderem sua reputação através das notícias da imprensa, e o aplicou para as notícias de fora. Isso possibilitou a elaboração de um estudo para saber como outros países enxergam a economia brasileira.
Simone Iwasso
“Uma vez que a gente já tinha a metodologia proprietária do IDM, por que não ampliar o uso para ajudar as companhias na leitura do cenário internacional? As decisões tomadas pelas companhias precisam ser baseadas em insights extraídos de dados. Com esses dois indicadores nas mãos, conseguimos entender as principais fortalezas que a imprensa estrangeira enxerga na economia do País, aprofundar os diversos desafios retratados, como interferência política, questões ambientais e de políticas governamentais, como a Fiscal e a Tributária”, explicaram as copresidentes.
Para a diretora do Poder360, a parceria entre o veículo e a agência surgiu quando a empresa detectou a relevância das informações obtidas pelo Radar +55. “São informações superinteressantes para os leitores do Drive e do Poder 360 que acompanham assuntos relacionados à mídia, um dos principais pilares de cobertura do jornal digital”, explicou Rangel. “É uma forma de fazer chegar aos nossos leitores uma bem fundamentada aferição dos humores da pauta pública global acerca do Brasil, e como forma de turbinar a cobertura do jornal sobre o que se diz a respeito do Brasil nos principais veículos de mídia estrangeiros (por exemplo, Financial Times, La Nación, Wall Street Journal, El Universal, entre outros). A possibilidade de observar a pontuação de temas da política e da economia locais (de relações bilaterais com EUA e China a estatais ou política monetária, para citar alguns exemplos) ajuda o leitor a ter uma visão bem completa a respeito da imagem brasileira lá fora”.
Anna Rangel
Sobre a importância de parcerias do tipo entre agências de comunicação e veículos jornalísticos, Rosa e Simone destacaram a evolução do mercado de comunicação: “É uma parceria muito importante e bastante simbólica, mostrando como a evolução da comunicação e do jornalismo já passa por uma convergência maior na integração de plataformas e na forma de comunicar, informar e atingir os públicos-alvo. A forma de as pessoas se informarem muda à medida que surgem novos canais. Tanto o jornalismo como a comunicação corporativa precisam se adaptar a esse novo mundo mais segmentado, multiplataforma e diverso. No mundo de hoje, as decisões devem ser embasadas em dados e cenários, e os resultados devem ser mensurados com métricas e indicadores e contextualizados para melhor entendimento. Esse é o futuro”.
Já Rangel destaca os novos caminhos abertos pela parceria, que possibilitam novos meios de se obter informações de qualidade: “As informações contidas nos relatórios são valiosas, indicando o status da confiança de atores externos no Brasil e quais são os principais temas pelos quais nosso país é lembrado lá fora. Parcerias que possam qualificar nossa cobertura com dados de boa qualidade, e sempre em alinhamento aos cânones do bom jornalismo profissional e dos nossos princípios editoriais, além de políticas de compliance e de conduta, são de interesse do Poder360”.
Lana Pinheiro despede-se de IstoÉ Dinheiro e lança plataforma própria
Lana Pinheiro está de saída da IstoÉ Dinheiro, onde é editora de ESG e da coluna de Sustentabilidade. Em anúncio nas redes sociais, ela informou que irá tocar seu próprio projeto, a plataforma ESG por Lana Pinheiro.
Segundo ela, o novo serviço contará com três frentes de atuação: ESG por Lana Pinheiro, que será a plataforma de conteúdo em site e redes sociais; ESG Content, destinada a palestras, workshops, artigos e cursos sobre a agenda; e ESGpr, uma microbutique de consultoria de comunicação para apenas três clientes que tenham propósitos alinhados ao da economia verde, criativa, social e colaborativa.
Um levantamento do Intercept Brasil apontou que a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Paulo repassou à Folha de S.Paulo quase R$ 3 milhões em matérias pagas nos últimos dois anos. Apesar de ser uma prática bastante comum, as ações de branded content produzidas pelo Estúdio Folha chamaram a atenção pela intensidade e pela falta de aviso claro aos leitores sobre a natureza do conteúdo.
Em sua coluna do último sábado (26/8), o ombudsman José Henrique Mariante reconheceu o conflito e lembrou que, um mês atrás, um leitor já havia avisado que não era possível distinguir o conteúdo pago pela prefeitura das demais reportagens do jornal. “Alertei a Redação de que não havia indicação clara sobre ser um produto patrocinado”, afirmou Mariante. Ele acrescentou ainda, sobre a reportagem do Intercept, que ela “faz inferências, mas não apresenta nada de concreto além, é claro, da falta de um marcador mais explícito de conteúdo não editorial”.
Como resposta, o Intercept publicou nessa terça-feira (29/8) mais uma matéria com documentos que mostram os valores pagos pelo prefeito Ricardo Nunes e como a ação aumentou no último ano. Confira!
Aberje cria Centro de Estudos e Análises Econômicas Aplicadas à Comunicação
A Aberje acaba de criar o seu Centro de Estudos e Análises Econômicas Aplicadas à Comunicação e convidou, para o cargo de economista-chefe do núcleo, o economistaLeonardo André Paes Müller, autor do livro Imaginação e moral em Adam Smith (Alameda Editorial, 2022), que será responsável por supervisionar e fornecer análises especializadas e insights relacionados a tendências, questões e políticas econômicas.
Desempenhará, ainda, o papel de agregar, qualificar e disseminar o conhecimento científico gerado pela entidade e de aprimorar a interlocução científica e retomar e criar parcerias acadêmicas.
“O ponto de partida é a experiência e o know-how já existentes na Aberje. Minha primeira tarefa é mapear o que já é produzido pela associação em relação a conhecimentos científicos, pesquisas, relatórios e indicadores para, a partir daí, pensar em aprimoramentos e novidades para os associados”, destaca o economista.
Leonardo é economista e doutor em Filosofia pela USP, e tem doutorado pela Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne. Atualmente é doutorando em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atuou na área de Pesquisa, Produção e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro da Fipe. Na academia, é professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFABC (PPGEco UFABC), também foi professor visitante no bacharelado em Ciência Econômicas da UFABC e ministrou diversos cursos de extensão na FFLCH-USP.
Com o objetivo de trazer informação apurada em tempo real, análise e os principais destaques do noticiário, o SBTNews estreou em 24/8, no canal do YouTube, o Brasil Agora, jornal matinal ancorado direto de Brasília por Isabel Mega, em parceria ao vivo com o repórter Murilo Fagundes.
O programa conta ainda com conteúdos produzidos pela equipe do SBT na capital federal, comentaristas, repórteres e correspondentes internacionais da emissora. “O Brasil Agora é jornalismo de excelência, um passo audacioso e comprometido com a melhor informação”, diz Leonardo Cavalcanti, editor-chefe do SBT News. O programa é veiculado de segunda a sexta-feira, das 6h às 8h, no https://www.youtube.com/sbtnews.
Com pouco mais de meio ano sob nova gestão, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) mudou de perfil e anuncia que novas mudanças, principalmente na grade de programação, devem acontecer a partir de setembro.
O presidente da EBC, jornalista Hélio Doyle, disse à coluna que a principal mudança já foi realizada, com a separação da comunicação pública da governamental. O processo foi concluído com o lançamento do canal Gov e da Agência Gov, no final de julho. O novo canal é voltado à transmissão das informações de interesse público sobre políticas, atos, programas e serviços do governo federal, com ênfase nas transmissões ao vivo e cobertura do dia a dia do Executivo federal.
Segundo Doyle, “agora, estamos trabalhando para retomar a participação da sociedade civil nas decisões referentes à comunicação pública e levar para os nossos veículos de televisão, rádio e agência de notícias conteúdos voltados para informação, arte, cultura, educação, ciência”. Uma iniciativa relevante nesta direção será a realização de uma conferência nacional sobre comunicação pública, que deve ser realizada no próximo ano. “Esse é um passo muito importante para que o conceito da comunicação pública seja mais disseminado”, completou.
Doyle registra como um dos principais avanços a transmissão do sinal da TV Brasil para todas as capitais do País, graças à parceria firmada com a Universidade Federal do Acre para implantação, transmissão e operação do canal público de televisão na capital, Rio Branco. Ele disse também que entre as principais metas para o próximo ano está a expansão da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), que hoje conta com 66 emissoras de televisão e 36 de rádio. Uma nova programação para a TV Brasil e a criação da TV Brasil Internacional são outros objetivos para 2024.
No entanto, nem tudo são flores no novo caminho da EBC. Com o orçamento herdado da gestão passada, a empresa está praticamente deficitária e vai precisar de uma suplementação de recursos este ano. Caso contrário, o presidente disse que terá que fazer mais restrições, num contexto no qual os equipamentos precisam ser atualizados, são necessários investimentos em tecnologia e a sequência com os planos de reformulação da programação da TV Brasil.
Promovido por um consórcio integrado por Abracom – Associação Brasileira das Agências de Comunicação, Gecom – Grupo Empresarial de Comunicação e por Jornalistas&Cia e Mega Brasil, o novo Censo Brasileiro das Agências de Comunicação, lançado oficialmente em 25/8, será iniciado em setembro pela equipe de pesquisa do Instituto Corda – Rede de Pesquisas e Projetos, sob a liderança de seu diretor Maurício Bandeira.
O projeto pesquisará um universo de aproximadamente 1.500 organizações, buscando identificar, entre elas, as que de fato operam como empresas, com estruturas e equipes, as que se perfilam como consultorias, sem atuação operacional, e as que são fruto do trabalho individual de profissionais autônomos ou freelancers.
O trabalho de campo será realizado entre os meses de setembro e outubro e consolidado em novembro. Segundo os organizadores, todas as agências de comunicação do País, de todos os portes e especialidades, desde que da área de PR, serão procuradas para participar do projeto e, desse modo, contribuir para que a atividade seja ainda mais conhecida.
O evento de lançamento, aberto por Marco Rossi, diretor da Mega Brasil e do Gecom, e mediado por Sheila Magri, diretora-executiva da Abracom, contou com as participações de Daniel Bruin (presidente da Abracom), Eduardo Ribeiro (diretor de J&Cia, Mega Brasil e Gecom), Helio Garcia (diretor do Gecom) e Maurício Bandeira (diretor do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas). Aqui o link com a íntegra do evento de lançamento.
O apresentador e repórter Clayton Conservani foi demitido da Globo após 27 anos de casa. Ele mesmo anunciou a saída na última quinta-feira (31/9). Na emissora, o profissional teve passagens por Fantástico, Esporte Espetacular e Planeta Extremo.
No Instagram, Clayton publicou um texto de despedida contando que a partir de 2024 seu trabalho com o canal será por obra. Na publicação ele também relembrou momentos marcantes da carreira e revelou que está aberto a novos projetos.
“Durante os 27 anos no grupo Globo conheci todos os continentes. Cruzei desertos em ultramaratonas, mergulhei em cavernas, escalei algumas das maiores montanhas do mundo, sobrevivi a um terremoto no Nepal, me arrisquei um bocado pra fazer o que eu amo, levar o telespectador pra lugares incríveis e isolados do nosso planeta. Conheci diferentes culturas, acumulei conhecimento e histórias”, disse o repórter. “Agora estou livre pra seguir novos caminhos, me conectar com marcas, fazer parcerias comerciais, produzir novos conteúdos e renovar meus conhecimentos”.
A O Globo, Clayton contou que vai integrar o time da Play9, mediatech de Felipe Neto e João Pedro Paes Leme.