Com pouco mais de meio ano sob nova gestão, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) mudou de perfil e anuncia que novas mudanças, principalmente na grade de programação, devem acontecer a partir de setembro. 

O presidente da EBC, jornalista Hélio Doyle, disse à coluna que a principal mudança já foi realizada, com a separação da comunicação pública da governamental. O processo foi concluído com o lançamento do canal Gov e da Agência Gov, no final de julho. O novo canal é voltado à transmissão das informações de interesse público sobre políticas, atos, programas e serviços do governo federal, com ênfase nas transmissões ao vivo e cobertura do dia a dia do Executivo federal. 

Segundo Doyle, “agora, estamos trabalhando para retomar a participação da sociedade civil nas decisões referentes à comunicação pública e levar para os nossos veículos de televisão, rádio e agência de notícias conteúdos voltados para informação, arte, cultura, educação, ciência”. Uma iniciativa relevante nesta direção será a realização de uma conferência nacional sobre comunicação pública, que deve ser realizada no próximo ano. “Esse é um passo muito importante para que o conceito da comunicação pública seja mais disseminado”, completou. 

Doyle registra como um dos principais avanços a transmissão do sinal da TV Brasil para todas as capitais do País, graças à parceria firmada com a Universidade Federal do Acre para implantação, transmissão e operação do canal público de televisão na capital, Rio Branco. Ele disse também que entre as principais metas para o próximo ano está a expansão da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), que hoje conta com 66 emissoras de televisão e 36 de rádio. Uma nova programação para a TV Brasil e a criação da TV Brasil Internacional são outros objetivos para 2024. 

No entanto, nem tudo são flores no novo caminho da EBC. Com o orçamento herdado da gestão passada, a empresa está praticamente deficitária e vai precisar de uma suplementação de recursos este ano. Caso contrário, o presidente disse que terá que fazer mais restrições, num contexto no qual os equipamentos precisam ser atualizados, são necessários investimentos em tecnologia e a sequência com os planos de reformulação da programação da TV Brasil.

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