Seis capitais brasileiras tiveram nesta sexta-feira (25/2) protestos em favor da libertação do jornalista Julian Assange, fundador do Wikileaks, que tornou públicos documentos secretos sobre violações cometidas pelo governo dos Estados Unidos contra populações e governos, como brutalidade das operações militares em Afeganistão e Iraque. O ativista é perseguido pelos EUA há 12 anos.

As mobilizações ocorreram em São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e em diversos outros países. Em paralelo às mobilizações, jornalistas, políticos e juristas realizarão em Nova York o Tribunal de Belmarsh, inspirado no Tribunal Russell-Sartre, de 1966, para cobrar a libertação de Assange. A mobilização internacional é articulada por Assembleia Internacional dos Povos (AIP) e Internacional Progressista.

Assange está sendo acusado de crimes de conspiração e espionagem pelo governo estadunidense, e poderia pegar até 175 anos de prisão. Em janeiro, a justiça britânica acatou uma ação movida pelo ativista, que poderá recorrer à Suprema Corte do Reino Unido contra sua extradição para os Estados Unidos.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Giovani del Prete, secretaria operativa da AIP, disse que a mobilização “é uma luta anti-imperialista, é uma luta fundamental no que diz respeito a revelações da verdade sobre os crimes de guerra. Imagina só se Assange estivesse revelando crimes de guerra da China, por exemplo? Ele estaria sendo tratado pelos EUA como um herói. Agora, como ele está revelando crimes de guerra dos EUA e seus aliados, tem essa perseguição política”.

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