Jornalistas da Folha de Londrina decretaram estado de greve devido ao atraso de salários, incluindo o 13º de 2021, como forma de protesto à situação. Os profissionais aprovaram paralisação de um dia, cuja data ainda será definida.

Segundo informações da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a própria empresa vem pedindo que os jornalistas fiquem quietos e não façam barulho: “O gestor, Nicolás Mejía, parece mais preocupado em camuflar a forma desastrosa com que conduz a empresa do que realmente com seus trabalhadores, que de vítimas de um ‘calote’ estão virando ‘caloteiros’, por não terem como pagar suas próprias dívidas”.

Os atrasos salariais teriam começado em 2019. Agora em fevereiro, Mejía solicitou em reunião interna que os profissionais tolerem o que tem sido feito na gestão da Folha de Londrina, dizendo frases como “o pior ainda não chegou”, enxergando um futuro com “possibilidades”, apenas, entre outros.

O Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) vem acompanhando o caso e já protocolou denúncias no Ministério Público do Trabalho. A entidade destaca que nem o sindicato nem os jornalistas têm acesso à situação financeira real da Folha de Londrina. Foi distribuída na Justiça uma ação que envolve o atraso e o parcelamentos de salários, com pedidos de obrigação de regularização e danos morais coletivos.

“Ninguém quer que a Folha de Londrina feche, mas Nicolás Mejía precisa parar de ‘confiar’ e ‘acreditar’ que o futuro será melhor, indo além de promessas vazias”, declarou o Sindijor em assembleia extraordinária com os jornalistas, em 10 de fevereiro. “Priorizar resultados ‘a nível de mercado e a nível financeiro’ de verdade, não tornando ainda mais difícil a situação crítica da empresa com a sua gestão”.

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