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sábado, junho 21, 2025

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CNN volta a operar no Rio de Janeiro

Por Cristina Vaz de Carvalho, editora do Portal dos Jornalistas no Rio

A CNN Brasil comunicou em 2/6 que voltará a ter um estúdio próprio no Rio de Janeiro, depois de ter-se retirado da cidade no final de 2022. Aparentemente, a emissora não volta apenas à cidade do Rio, mas a todo o Estado. Foi o que ficou claro quando João Camargo, presidente do Conselho da CNN, anunciou a nova fase em conjunto com o governador do Estado, Cláudio Castro. Nada foi divulgado ainda sobre o local e a estrutura da nova sucursal.

Ao iniciar as atividades no Brasil, o canal mantinha uma área de 400 m2 no Centro do Rio, com vista privilegiada para o Pão de Açúcar, e empregava 60 pessoas. Devido a dificuldades financeiras, em agosto de 2022 demitiu cerca de 30% dos colaboradores. Em dezembro daquele ano, fechou o estúdio no Rio. Manteve apenas quatro repórteres e um cinegrafista, trabalhando em um escritório de coworking, sem muito apoio da estrutura editorial da sede em São Paulo.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: O cego na História (8)

Graciliano Ramos

Por Assis Ângelo

Há um tempo que nunca acaba. Esse tempo é o tempo de ontem, mas também pode ser o tempo de hoje. Em tese. Tempo, tempo, tempo…

Há quem diga que o Nordeste brasileiro é um nordeste violento, carregado de coisas piores herdadas da Idade Média.

Pois, pois!

Tanto ontem quanto hoje, a violência carregada de absurdos grassou e grassa mundo afora.

Jesus, o JC, nasceu nas bandas do Oriente Médio pregando a paz e o bom viver.

Bom, o judeu é um povo historicamente sabido. E lá atrás, bem lá atrás, judeus botaram pra quebrar levando JC a se explicar ao bambambã Pilatos. Esse lavou as mãos e… Os romanos fizeram o que não deveriam ter feito: mataram o Salvador.

Voltemos, voltemos…

Pais, principalmente pai, no tempo d’antonte, descarregavam no lombo dos filhos a insatisfação e frustração que tinham consigo. Na verdade, até hoje.

O escritor Graciliano Ramos (1892-1953) comeu na mão da mãe e do pai o pão que o diabo amassou. Dos dois, pai e mãe, o bom Graça chegou a levar chicotadas e não foram poucas.

Graciliano Ramos

Como eu disse, a violência não é marca registrada do Brasil, tampouco do nosso Nordeste.

Lá longe, no século 19, um caboco chamado Franz Kafka sofreu na mão do pai. E na mão do pai, a mãe também sofreu.

Não vou concluir aqui tema tão absurdo, porém normalizado no correr dos séculos e séculos.

Antes disso, não custa dizer ou lembrar que Graciliano Ramos de Oliveira começou a sofrer profundamente quando perdeu a luz dos seus olhos. Sua infância foi a de um menino cego, que vivia o tempo todo escondido num quarto com os olhos em sangue.

No livro Infância, de 1945, Graciliano lembra terríveis momentos que viveu, no capítulo Cegueira:

 

“Afastou-me da escola, atrasou-me, enquanto os filhos de Seu José Galvão se internavam em grandes volumes coloridos, a doença de olhos que me perseguiu na meninice. Torturava-me semanas e semanas, eu vivia na treva, o rosto oculto num pano escuro, tropeçando nos móveis, guiando-me às apalpadelas, ao longo das paredes. As pálpebras inflamadas colavam-se. Para descerrá-las, eu ficava tempo sem fim mergulhando a cara na bacia de água, lavando-me vagarosamente, pois o contato dos dedos era doloroso em excesso. Finda a operação extensa, o espelho da sala de visitas mostrava-me dois bugalhos sangrentos, que se molharam depressa e queriam esconder-se. Os objetos surgiam empastados e brumosos. Voltava a abrigar-me sob o pano escuro, mas isto não atenuava o padecimento. Qualquer luz me deslumbrava, feria-me como pontas de agulhas. E as lágrimas corriam, engrossavam, solidificavam-se na pele vermelha e crestada. Necessário mexer-me à toa, em busca da bacia de água”.

A crueldade praticada pelo pai e pela mãe deixou marcas profundas no corpo e na alma do escritor.

Antes e depois de escrever Infância, Graciliano não deixou de lembrar os sofrimentos e aperreios provocados pelos pais. A mãe o ignorava e dele só se lembrava quando estava por aqui de irritação.

As dores de infância que nunca abandonaram Graciliano aparecem sem pieguice em Memórias do Cárcere, obra de 1953, em quatro volumes.

Em 1934, Graciliano publicou São Bernardo. Escrita incrível, como os personagens e, particularmente, Paulo Honório.

Honório foi criado por uma vendedora de cocadas, pois órfão que era. E por esse tempo, meninote ainda, foi guia de cego, como sabe o bom leitor.

Em 1944, um ano antes de Infância, o mestre alagoano publicou um livro praticamente esquecido até hoje. Título: Histórias de Alexandre.

Alexandre é um senhor loroteiro. A mulher dele, Cesário, é conivente com suas mentiras. A plateia é basicamente formada por cego preto Firmino, o cantador de viola Libório, o curandeiro Mestre Gaudêncio e a beata rezadeira das Dores.

Não sei não, mas acho que o humorista Chico Anísio se inspirou na mulher de Alexandre pra criar Terta. Lembra? “É mentira, Terta?”.


Contatos pelos assisangelo@uol.com.br, http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

100 anos de Rádio no Brasil: A luta das emissoras locais pela sobrevivência

(Crédito: Acaert)

Por Álvaro Bufarah (*)

O dial já não é mais território apenas de DJs, notícias comunitárias e velhos jingles. É também campo de batalha − entre gigantes da tecnologia, reguladores estatais e as vozes que ainda tentam se manter vivas no ar.

Nos Estados Unidos, uma coalizão formada por organizações multiculturais − como a National Hispanic Foundation for the Arts, a MANA (A National Latina Organization), a National Urban League e a Hispanic Federation − resolveu subir o tom. Enviaram uma carta contundente à Federal Communications Commission (FCC) pedindo a revisão urgente das regras de propriedade de emissoras de rádio e televisão, que ainda se baseiam em modelos regulatórios da década de 1940. O argumento é direto: se nada mudar, as rádios e TVs locais correm risco de desaparecer diante da concorrência desleal das big techs, que operam sem amarras regulatórias e devoram audiência e verba publicitária como se estivessem sozinhas no jogo (FCC, 2025).

A carta, assinada por lideranças latinas e afro-americanas, afirma que a restrição que limita a cobertura nacional de redes de TV a 39% da população precisa ser revogada. Segundo os signatários, essa barreira “engessa” o crescimento das emissoras locais e dificulta a produção de conteúdos voltados à diversidade cultural. E vão além: alertam que a radiodifusão local é a última trincheira da pluralidade informativa. Sem ela, o ecossistema midiático perde o fio da comunidade.

Esse movimento ganha apoio institucional. Em março, 73 parlamentares norte-americanos, de diferentes partidos, enviaram uma carta semelhante à FCC, pedindo a revisão dos limites de propriedade e controle. No mesmo mês, a poderosa National Association of Broadcasters (NAB) entrou na justiça contra os regulamentos atuais, alegando que eles sufocam a competitividade das emissoras regionais.

Do lado de cá do continente, a situação não é menos complexa − apenas menos visível. O sistema brasileiro de radiodifusão, oficialmente dividido entre emissoras comerciais, educativas, públicas e comunitárias, também enfrenta o cerco de um ambiente digital assimétrico, onde plataformas como YouTube, Spotify e TikTok competem por atenção sem nenhuma das obrigações legais impostas às rádios tradicionais.

As emissoras comerciais, ainda majoritárias no País, enfrentam queda nas receitas publicitárias e têm buscado consolidação: grupos como Jovem Pan, Bandeirantes e Globo centralizam operações, reduzem praças locais e investem em formatos híbridos, como videocasts e transmissões em multiplataformas. Ainda assim, operam sob regras da Lei nº 4.117/1962 (Código Brasileiro de Telecomunicações), que impõe limites de outorgas e obrigações mínimas de conteúdo jornalístico local − obrigações que as big techs não são obrigadas a seguir.

(Crédito: Acaert)

As rádios educativas e públicas, como as vinculadas a universidades ou ao poder legislativo, sofrem com orçamentos reduzidos, falta de pessoal técnico e descontinuidade de políticas públicas. Emissoras como a Rádio MEC, no Rio de Janeiro, ou a Rádio Senado, em Brasília, resistem com qualidade, mas enfrentam dificuldades estruturais crônicas.

Já as rádios comunitárias, que somam mais de 4.800 outorgas no Brasil, operam com potência limitada (no máximo 25 watts) e só podem atingir um raio de 1 km, conforme estabelecido pela Lei nº 9.612/1998. Não podem ter fins lucrativos, recebem escasso apoio técnico e não têm permissão para publicidade comercial − apenas apoios culturais com restrições. Apesar disso, são essenciais em favelas, aldeias indígenas, áreas rurais e periferias, oferecendo programação local, notícias da comunidade e acesso à cultura.

E, como nos EUA, o campo regulatório nacional também é objeto de disputas: o PL 2630/2020, conhecido como “PL das Fake News”, prevê a regulamentação de plataformas digitais, o que, segundo algumas entidades, poderia abrir caminho para equilíbrio competitivo entre mídia tradicional e big techs. A Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) defende maior isonomia regulatória, enquanto entidades como a Amarc Brasil (associação de rádios comunitárias) pedem menos burocracia e mais apoio público para a comunicação popular (Abert, 2024).

Voltando aos EUA, a iniciativa dos grupos multiculturais é mais do que um apelo técnico − é uma chamada de socorro por representatividade e permanência. Em tempos de concentração de capital e desinformação galopante, perder as vozes locais é mais do que perder frequência no dial: é perder conexão com a realidade de milhões de cidadãos.

No Brasil, o desafio é semelhante, com o agravante da desigualdade regional, da limitação tecnológica e da ausência de uma política robusta de fortalecimento da mídia local. Entre satélites, apps e IA, o rádio continua pulsando. Mas precisa de espaço justo no espectro e no mercado para seguir sendo aquilo que sempre foi: uma das vozes mais confiáveis do Brasil profundo e do mundo invisível à mídia centralizada.

Fontes consultadas:

FCC – Federal Communications Commission. Media Ownership Rules Review 2025. https://www.fcc.gov/

NAB – National Association of Broadcasters. Press Releases and Legal Actions. https://www.nab.org/

Pew Research Center. Local News in America, 2024. https://www.pewresearch.org

CPB – Corporation for Public Broadcasting. Funding Report, 2024. https://www.cpb.org

Abert. Panorama da Radiodifusão Brasileira. 2024. https://www.abert.org.br

Amarc Brasil. Manifestações sobre o Marco Legal das Rádios Comunitárias. https://www.amarcbrasil.org

Ministério das Comunicações. Painel de Rádios, atualizado em abril de 2025. https://www.gov.br/mcom


Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

ABCPública promove Ciclo de Boas Práticas em Comunicação Pública com foco em estratégias inovadoras nas redes sociais

A Regional São Paulo da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública) lança, a partir de junho, o Ciclo de Boas Práticas em Comunicação Pública, uma série de encontros virtuais mensais gratuitos que irá apresentar experiências bem-sucedidas na comunicação de instituições públicas. O foco do Ciclo estará em estratégias inovadoras de uso das redes sociais, fundamentais para aproximar o serviço público da sociedade em um cenário cada vez mais digital e multimidiático.

O primeiro encontro acontece no dia 9 de junho, às 19h30, e trará o case da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que vem se destacando por sua atuação criativa e eficaz no Instagram, TikTok e YouTube. A apresentação será conduzida por Eduardo Ghirardelli, responsável pela equipe de redes sociais da companhia, formada exclusivamente por servidores públicos. O case mostrará como o uso estratégico das plataformas digitais têm fortalecido o relacionamento com os usuários e ampliado a visibilidade institucional.

A proposta da ABCPública com o Ciclo é fortalecer as capacidades dos comunicadores públicos, divulgando boas práticas e sendo um “esquenta” para o III Congresso Brasileiro de Comunicação Pública 2025, que acontece em outubro deste ano. Os encontros do Ciclo terão até 90 minutos de duração e ocorrerão sempre na primeira segunda-feira de cada mês, em formato virtual e com acesso gratuito.

Entre os destaques da programação também estão o case da Câmara Municipal de Barueri, que aumentou sua presença espontânea na imprensa regional ao adotar uma abordagem voltada à comunicação pública, e a experiência da Defesa Civil do Estado de São Paulo, que tem utilizado o TikTok como ferramenta para alertas, orientações e prevenção de riscos em situações de emergência.

Associados da ABCPública terão direito a certificado de participação, mediante inscrição prévia e presença confirmada nos encontros.

A ABCPública convida profissionais da comunicação, gestores públicos e demais interessados a acompanhar o ciclo e conhecer exemplos práticos de como a comunicação pública pode ser transformadora, estratégica e alinhada às demandas da sociedade atual.

ABCPública dá as boas vindas ao coordenador adjunto na diretoria do Paraná

O relações públicas Aluísio Silva Júnior assume o cargo de coordenador adjunto na Seção da ABCPública no Paraná, onde vai atuar ao lado da coordenadora Tathiana Bueno.

Aluísio Silva Júnior atualmente é Relações Públicas do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de São Paulo, onde exerce as atividades de relações institucionais e governamentais. Já foi presidente do Conselho de Profissionais de Relações Públicas de São Paulo e Paraná (Conrerp SP/PR –  2° Região); já foi relações-públicas na Prefeitura de São Paulo e Assessor Parlamentar na Câmara Municipal de São Paulo.

“A nomeação de um coordenador adjunto é, sem dúvida, um apoio fundamental para as diretorias regionais. Aqui no Paraná, a chegada do Aluísio vem para somar, pois nos ajudará a apresentar a ABCPública no interior do Estado. Nosso intuito é ampliar o alcance da Comunicação Pública como estratégia e política pública, e somos uma dupla com formações complementares, o que já nas primeiras interações revela visões ainda mais abrangentes da nossa atuação como comunicadores”, afirma Thatiana Bueno, diretora regional da ABCPública no Paraná.

“Para mim é um privilégio enorme contribuir com a ABCPública aqui no estado do Paraná. Como ex-presidente do Conselho de Relações Públicas a gente construiu uma aproximação institucional com a Associação, e representar os profissionais de Relações Públicas, além dos jornalistas e comunicadores organizacionais, me deixa muito feliz. Que possamos enxergar a Comunicação Pública como algo que traz transformação, transparência e aproxima a população dos órgãos”, destacou Aluísio Silva Júnior.

Acho que o trabalho é aumentar o número de sócios, trazer para dentro da entidade profissionais que já estão na esfera pública e ainda não conhecem a Associação e atuar na capacitação. Queremos criar um canal de comunicação baseado na ética e na verdade, num momento em que sofremos uma crise de comunicação.”

O vice-presidente da coordenação regional, Armando Medeiros de Faria, exaltou a importância das adições às coordenações regionais para a Associação: “A ABCPública dá um passo para consolidar sua presença em todo o território nacional. Estamos incentivando que as coordenações tenham trabalho em dupla, com um coordenador e um coordenador adjunto. Isso permite uma troca maior, um movimento maior nos desafios de cada estado, de criar uma rede local, de atuar localmente.”

Além da longa atuação na área de Relações Públicas,  Aluísio vem participando do debate sobre regulamentação do Lobby e das Relações Governamentais para que haja transparência e valorização dos profissionais que desejam atuar nesta área. É membro da Rede Latinoamericana de Gestão Pública, Governabilidade e Gerência Política, uma parceria entre a FGV SP e a CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina – que capacita lideranças políticas anualmente por meio de seu programa de formação com professores internacionais.

A ABCPública dá boas vindas ao novo coordenador adjunto e deseja sucesso à nova diretoria no Paraná. Conheça todas as diretorias da ABCPública nos estados clicando aqui.

Seção Sergipe da ABCPública recebe o coordenador adjunto Pábulo Henrique dos Santos

Seção Sergipe da ABCPública recebe o coordenador adjunto Pábulo Henrique dos Santos

Pábulo Henrique dos Santos atua como representante da ABCPública em Sergipe na comissão organizadora do III Congresso Brasileiro de Comunicação Pública (III ComPública). Agora, assume a posição de coordenador adjunto no estado, ao lado da atual diretora regional Aline Braga. Pábulo Henrique é jornalista e pesquisador. Mestrando em Comunicação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde investiga os impactos da ausência dos princípios que norteiam a comunicação pública na cobertura de programas sociais, especialmente no que tange à transparência, à participação social, à impessoalidade e ao foco no cidadão. Tem uma trajetória consolidada na comunicação de órgãos públicos, no parlamento e na iniciativa privada. É associado da ABC Pública e defensor de uma comunicação que transforma realidades, combate desigualdades e fortalece a democracia.

“É muito oportuno que a ABCPública aumente a representação nas unidades regionais. Isso reflete o crescimento da entidade e também o compromisso com a comunicação pública em suas diversas esferas. No caso de Sergipe, termos o jornalista Pábulo Henrique como representante adjunto é um ganho excepcional. Pábulo tem visão de comunicação no serviço público e entende a importancia de pensar o público desse serviço como cidadão, com suas diversas especificidades inerentes à sociedade brasileira, com diferenças de acesso ao serviço público como um todo. Além de tudo, tem sido um agente importante para o Congresso de Comunicação Pública deste ano que será em Sergipe e que começamos a construir de forma tão dedicada. Sucesso a Pábulo e a nós da ABCPública”, destaca Aline Braga

Para o vice-presidente da coordenação regional, Armando Medeiros de Faria, a chegada de coordenadores adjuntos marca o início de uma etapa importante de fortalecimento da atuação regional: “estamos incentivando que as coordenações tenham trabalho em dupla, com um coordenador e um coordenador adjunto. Isso permite uma troca maior, um movimento maior nos desafios de cada estado, de criar uma rede local, de atuar localmente. A ABCPública dá um passo para consolidar sua presença em todo o território nacional.”

Sobre o desafio de assumir a coordenação adjunta em Sergipe, Pábulo destacou que “é uma grande honra assumir o desafio de representar junto à diretoria nacional, a Regional Sergipe da ABCPública. Nosso desafio é grande. Temos que tirar a comunicação pública da invisibilidade e colocá-la no centro das políticas públicas, onde ela deve estar, como ferramenta de cidadania, de acesso a direitos e de fortalecimento da democracia.”

Na avaliação de Pábulo, a comunicação pública em Sergipe requer muitos avanços, principalmente, “no que diz respeito ao despertamento de consciência, especialmente entre profissionais da comunicação, sobre a importância, os princípios e os efeitos da comunicação pública na vida da população”.

Destacando o direito constitucional do cidadão ao acesso pleno à informação necessária para o exercício da cidadania, Pábulo enfatiza que é por meio da comunicação pública que o cidadão deve ter acesso a informações de qualidade, com acessibilidade, transparência, impessoalidade e participação. E é também por meio dela que o Estado deve construir plataformas de diálogo com a sociedade.”

A ABCPública dá boas vindas ao novo coordenador adjunto e deseja sucesso à nova diretoria no Paraná. Conheça todas as diretorias da ABCPública nos estados clicando aqui.

Rafael Ihara deixa o Times Brasil CNBC

Rafael Ihara deixa o Times Brasil CNBC
Crédito: Instagram

O apresentador Rafael Ihara está de saída do Times Brasil CNBC. Ele atuou como âncora do telejornal Agora, focado na cobertura de economia e finanças nacionais e internacionais, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, no período matutino. Rafael confirmou as informações a este Portal dos Jornalistas.

Rafael chegou ao canal em setembro do ano passado. Foi âncora do Agora até março passado, quando foi substituído por Paula Monteiro. Antes, foi repórter do Grupo Globo durante seis anos, cobrindo o dia a dia da região metropolitana de São Paulo. Fez reportagens e entradas ao vivo para os telejornais Jornal NacionalJornal HojeBom Dia Brasil, entre outros. Trabalhou também na FSB Holding como editor-chefe da Bússola Exame, plataforma de produção de conteúdo sobre economia, negócios e reputação. É diretor-geral e fundador da plataforma de educação Oriente Educação.

Outro que deixou a emissora foi o editor de texto Airton Salles Jr, que rompeu com o Times Brasil CNBC no mês passado. Ele assinou contrato com a Band News TV, atuando na edição de textos da emissora. Antes, trabalhou como repórter, apresentador e editor em SBT, Grupo RBS e TV TEM (afiliada da Globo em Itapetininga, no interior de São Paulo).

Rafael e Airton se juntam à lista de profissionais que deixaram o Times Brasil CNBC em cerca de seis meses, desde a estreia da emissora no Brasil, em novembro do ano passado. Foram ao menos 11 profissionais, entre eles os editores-chefes Aline Rocha Soares e Caio Piccolo; a coordenadora de redação Fernanda Lima; os editores Alexandre Imperatrice, Leonardo Romano e Thiago Mantovani; os repórteres Diego Mendes, Fabricio Julião, Juliana Tourinho e Poliana Santos; e o produtor André Luiz Rosa.

Procurada para falar sobre a saída dos profissionais, a assessoria do Times Brasil CNBC não respondeu ao nosso contato até a publicação deste texto.

Regina Helena de Paiva Ramos lança romance que homenageia memória caiçara do litoral paulista

Regina Helena de Paiva Ramos, jornalista há mais de sete décadas, lançou o romance Vento Endiabrado (Minotauro), livro sobre a história de amor entre uma artista renomada e um jovem caiçara entre os anos 1970 e 2000, que tem como pano de fundo temas como avanços tecnológicos no litoral paulista, desigualdade social, gentrificação, religiosidade popular e memória coletiva. 

A história, que se passa na praia fictícia Jacurici, mostra como Veridiana e Venâncio se apaixonaram em meio à chegada do “progresso” tecnológico e turístico na cidade, o avanço da especulação imobiliária e as tensões entre caiçaras, veranistas e aventureiros. A obra reúne, em diferentes capítulos, narrativas tensas, cheias de ação, brigas e mortes, e ao mesmo tempo, textos em cadernos de notas, trechos de diário e recortes jornalísticos.

No romance, a autora busca homenagear a memória caiçara do litoral paulista, dando destaque à oralidade da região e à história do Brasil praiano e suas transformações ao longo dos anos.

Regina tem mais de sete décadas de carreira como jornalista. Formada pela Faculdade Cásper Líbero, foi repórter e crítica em O Tempo, A Gazeta, Popular da Tarde e nas revistas Manchete e Visão. Na TV, trabalhou em Excelsior e Bandeirantes. É autora de obras como O ensaio histórico Mulheres Jornalistas – A Grande Invasão (2010), Mata Atlântica: 20 Razões para Amá-la (2005) e Isso é Definitivo? (1979).

3º Prêmio Mercantil de Jornalismo abre inscrições

3º Prêmio Mercantil de Jornalismo abre inscrições

Estão abertas até 30 de setembro as inscrições para a terceira edição do Prêmio Mercantil de Jornalismo, organizado pelo Banco Mercantil, que incentiva e valoriza trabalhos jornalísticos sobre longevidade e população 50+. Neste ano, o tema do prêmio é Longevidade e equilíbrio — construindo um futuro financeiro, mental e emocional sustentável.

O prêmio concederá o total de R$ 80 mil em premiações, divididas nas categorias Mídia Impressa, Mídia Online e Mídia Eletrônica, com subdivisões entre capitais, regiões metropolitanas e o interior do país. Podem ser inscritos trabalhos entre 1º de janeiro e 30 de setembro de 2025.

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão Julgadora, que analisará as reportagens com base nos seguintes critérios: relevância da notícia, qualidade técnica, qualidade do conteúdo, originalidade e criatividade. Os vencedores serão anunciados em 3 de novembro.

Confira o regulamento completo e inscreva-se aqui.

O que a Casa Branca e a mídia sabiam? Livro de jornalistas da CNN e do Axios expõe bastidores sobre saúde de Biden

Por Luciana Gurgel

Um novo livro sobre o ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden está gerando forte repercussão no país ao revelar não apenas bastidores do governo, mas também possíveis esforços coordenados entre a Casa Branca e familiares para ocultar problemas de saúde do líder democrata.

Luciana Gurgel

Intitulado Original Sin: President Biden’s Decline, Its Cover-Up, and His Disastrous Choice to Run Again (Pecado original: o declínio do presidente Biden, sua ocultação e sua desastrosa escolha de concorrer novamente, em tradução livre), a obra traz à tona relatos de declínio cognitivo e físico, reforçados por episódios como a dificuldade de Biden em reconhecer o ator George Clooney durante um evento.

Mais do que isso, o livro sugere que parte da grande imprensa norte-americana pode ter suavizado ou ignorado os sinais de alerta, num possível esforço para evitar um mal maior: a reeleição de Donald Trump.

Conivência ou cautela? O papel da imprensa sob escrutínio

Escrito pelos jornalistas Jake Tapper (CNN) e Alex Thompson (Axios), o livro é resultado de uma apuração que ouviu mais de 200 fontes e atualmente figura entre os mais vendidos nos EUA.

Após o recente anúncio de que Biden enfrenta um câncer de próstata agressivo, as revelações ganharam nova gravidade.

Críticos apontam que os indícios de comprometimento de saúde já estavam presentes há tempos, mas teriam sido abafados ou subestimados tanto pela comunicação oficial quanto por veículos de imprensa influentes.

A suspeita é de que houve um tipo de “pacto de silêncio” entre governo e jornalistas, em nome da estabilidade política.

A repercussão tem sido intensa. Enquanto apoiadores de Biden acusam os autores de oportunismo, opositores questionam como o estado de saúde do ex-presidente passou despercebido por tanto tempo − inclusive durante a campanha eleitoral.

Divisão política e dilemas éticos no jornalismo

A neta de Biden, Naomi, reagiu duramente, chamando o livro de “lixo político fantasioso”. Já Donald Trump aproveitou para criticar duramente a cobertura da imprensa, insinuando conivência deliberada.

A polêmica reacende discussões sobre os limites entre privacidade, responsabilidade pública e o dever da imprensa em escrutinar lideranças políticas.

Para críticos, a mídia teria falhado em um de seus papéis centrais: investigar com rigor e informar com transparência.

Pecado original coloca sob holofotes uma questão incômoda: até que ponto a imprensa pode − ou deve − proteger a imagem de um líder em nome da democracia?

Leia em MediaTalks as 10 principais revelações do livro.


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