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sábado, junho 21, 2025

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Em novo livro, Amaury Ribeiro Jr. denuncia casos de pedofilia na Amazônia

Amaury Ribeiro Jr. lançou o livro Poderosos pedófilos, que denuncia casos de pedofilia em diferentes regiões da Amazônia nos últimos 20 anos. Em 224 páginas, escreve sobre a impunidade de crimes contra crianças e adolescentes, que acontecem desde 1997 e que, em 2020, seguem acontecendo.

Amaury começou a investigar o tema enquanto trabalhava para O Globo, há mais de 20 anos. A primeira abordagem foi a das chamadas “disneylândias do sexo”, boates-cassino que exploravam crianças e adolescentes no centro de Manaus. Ele e o fotógrafo Sergio Tomisaki fingiram-se de turistas e investigaram os locais. A reportagem causou muita comoção na época, mas Amaury afirma que “o que se vê é que hoje esse assunto já não mobiliza”.

“Eles têm posições de destaque na sociedade. São juízes, delegados, procuradores de Justiça, empresários de sucesso”, destaca a descrição da obra, disponível em versões física e e-book. “Do alto de suas atuações, poderiam estar ajudando diversas pessoas, promovendo o progresso e combatendo bandidos. Mas praticaram um dos mais hediondos crimes: o abuso sexual de menores de idade”.

Com passagens por IstoÉ e Record, Amaury é autor, entre outros, de A privataria tucana (2011) e foi coautor de O lado sujo do futebol (2014).

Após denúncias contra a Universal, Record intensifica cobertura com ataques à Globo

Levantamento feito por Mauricio Stycer e publicado em 21/9 em sua coluna no UOL, apontou que a Record TV dedicou 71 minutos de seus noticiários, durante oito dias seguidos, em reportagens contra a TV Globo.

Os ataques começaram exatamente um dia depois da edição de 12/9 do Jornal Nacional, que divulgou, em uma reportagem de oito minutos, detalhes de uma acusação do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus, da qual Edir Macedo, dono da Record, é fundador e principal líder.

Segundo a denúncia, a igreja tem sido utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro pela administração municipal do Rio de Janeiro. Vale lembrar que o prefeito carioca Marcelo Crivella é bispo licenciado da Iurd.

“De segunda (14) a sábado (19), o ataque se deu no Jornal da Record, que apresentou uma série de reportagens intitulada O lado oculto do império“, escreveu Stycer. “Outros dois torpedos foram disparados nas edições do Domingo Espetacular dos dias 13 e 20: Os 71 minutos gastos com as oito reportagens − uma média de quase 9 minutos por dia − superam, de longe, qualquer outro assunto tratado pelo Jornalismo da Record nesse período”.

As reportagens da Record trataram de acusações de sonegação fiscal, suposto envolvimento com corrupção no futebol, um possível pacto com o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral para transmissão dos Jogos Olímpicos de 2016. Denúncias de importação de cavalos de competição, imóveis de luxo que estariam em situação irregular e negócios com doleiros também foram citadas.

Procurada, a TV Globo não teria respondido à reportagem da Record.

ABI lança campanha de financiamento coletivo

Logo ABI

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) lançou em 21/9 uma campanha nacional para arrecadar fundos e ajudar a garantir a sobrevivência da instituição centenária, sempre comprometida com as lutas em defesa dos direitos democráticos e das liberdades de expressão e imprensa. Sob o mote ABI precisa da sua ajuda, foi idealizada e desenvolvida por Lula Vieira, sem custo, para veiculação em emissoras de TV, rádios, jornais e nas redes sociais.

A ABI criou um site específico para receber doações e fornecer informações detalhadas sobre como fazer o cadastramento e efetuar as contribuições.

Entidade sem fins lucrativos, com 112 anos de história, a ABI enfrenta grave situação financeira. A campanha visa a superar a atual dificuldade. A entidade precisa dessa contribuição para manter funcionando a Casa do Jornalista e possibilitar a regularização dos salários, dos compromissos tributários, além de viabilizar a manutenção e atualização dos auditórios, da biblioteca, dos elevadores e dos sistemas elétrico e de proteção contra incêndios.

A campanha convida a sociedade a ser uma espécie de sócio-torcedor da ABI, com contribuições mensais a partir de R$ 40, durante um período definido pelo assinante. Este apoio será fundamental para a manutenção e o fortalecimento da instituição. Já conta com apoio de artistas – entre músicos, cantores, compositores, atores –, intelectuais, advogados e de profissionais renomados de outras categorias, que deixaram suas mensagens gravadas em vídeo, que podem ser assistidas no site da ABI.

Estudo aponta redações mais jovens e cortes em cargos com salários maiores

Redação da Folha de S. Paulo. ( Foto: Lalo de Almeida/ Folhapress )
Redação da Folha de S. Paulo. (Foto: Lalo de Almeida/ Folhapress)

Pesquisa feita por Camilla Quesada Tavares, da Universidade Federal do Maranhão, e Cintia Xavier e Felipe Simão Pontes, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), analisou a situação do jornalismo brasileiro nos últimos anos. Os resultados indicaram redações mais jovens, muitos trabalhadores deixaram a profissão, as mulheres foram mais impactadas pelas mudanças e cortes em cargos mais altos, de maiores salários.

O estudo avaliou a situação dos jornalistas no Brasil de 2012 a 2017, para entender as características de seu trabalho e identificar como a crise atingiu a profissão nos últimos anos. Segundo os pesquisadores, “é possível demonstrar aproximações entre a literatura sobre crise e os movimentos realizados pelos jornalistas, no decorrer dos cinco anos”. Confira o resultado na íntegra.

Entidades internacionais lançam campanha para apoiar jornalismo impresso

Jornais impressos expostos na banca da rodoviária. 23-01-209. Foto: Sérgio Lima/PODER 360

A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) e a UNI Global Union anunciaram em 18/9 uma iniciativa para pressionar os governos de todo o mundo a ajudarem o setor de impressos do jornalismo praticado em seus países. A campanha pede a adoção de pacotes de resgate de emergência e a introdução de impostos sobre os serviços digitais de empresas de tecnologia como Amazon, Google e Facebook.

O principal objetivo da iniciativa é garantir que os governos nacionais intervenham para proteger os empregos no setor impresso e na imprensa como um todo.

A questão da publicidade foi agravada com a pandemia de coronavírus. As receitas caíram 20% em 2020. E as big techs apropriaram-se de boa parte desse dinheiro. Para efeito de comparação, em 2018 o Google ganhou US$ 4,7 bilhões publicando notícias, lucro que não compartilhou com os jornalistas que as produziram.

Anthony Bellanger, secretário geral da IFJ, afirmou que “a atual crise de saúde global está agravando consideravelmente as grandes dificuldades enfrentadas pela indústria da mídia impressa. Os governos devem reagir com urgência. O setor é um bem público e constitui um pilar fundamental de nossas democracias. Os governos estão cientes disso. Na verdade, durante a crise da Covid identificaram o setor como essencial. Agora não podem contemplar com impassibilidade”.

Com informações da Fenaj.

Trabalhadores da EBC, sindicatos e Fenaj lançam segunda edição de dossiê com casos de censura na empresa

Trabalhadores da EBC, sindicatos e Fenaj denunciaram em live na segunda-feira (21/9) censura no trabalho jornalístico da empresa pública por parte do governo Bolsonaro. Eles apresentaram um segundo dossiê com o levantamento de casos em todos os veículos da EBC. De acordo com o relatório, a censura e o uso de propaganda do governo vêm ocorrendo desde 2016, mas o problema foi agravado na gestão de Bolsonaro.

Esta segunda edição do Dossiê Censura EBC traz como subtítulo Inciso VIII, que se refere ao artigo 2° da Lei nº 11.652, de criação da EBC, que descreve os princípios a serem seguidos pela empresa pública: “VIII – autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão”. O documento destaca casos em que houve cerceamento à liberdade de imprensa na empresa, gerando entraves ao cumprimento do princípio básico da instituição, que é produzir conteúdos de comunicação pública para o interesse da sociedade e que “contribuam para o desenvolvimento da consciência crítica das pessoas”, como consta na própria missão da EBC.

O levantamento, feito por um grupo de trabalho composto por representantes da Comissão de Empregados da EBC e dos sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas de Brasília, SP e RJ, teve como base trabalhos realizados entre janeiro de 2019 e julho de 2020. Ao todo, foram feitas 138 denúncias, o que representa cerca de dois casos de censura ou governismo por semana no período analisado. Esses casos são apenas os que chegaram a ser denunciados. Segundo do documento, as editorias mais censuradas foram Política e Direitos Humanos, com supressão de coberturas, como as repercussões do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes e violação dos direitos indígenas; interdição de fontes para matérias, como Anistia Internacional e Human Rights Watch; e proteção excessiva a ministros e ao próprio presidente da República, com edição de falas para minimizar a gravidade de declarações oficiais.

Leia o relatório na íntegra.

SBT não renova contrato de Roberto Cabrini; mais demissões devem ocorrer em breve

Roberto Cabrini (Crédito: Divulgação/SBT)

O SBT informou nesta segunda-feira (21/9) que não vai renovar o contrato de Roberto Cabrini, apresentador e editor-chefe do Conexão Repórter. O motivo seria o baixo faturamento do programa, que Cabrini comanda há dez anos

Segundo Maurício Stycer (UOL), ainda há esperança de que o destino do apresentador dentro da emissora seja revertido, pois há um prazo entre a notificação de que o contrato não será renovado e a efetiva saída.

O SBT tem pelo menos três episódios do Conexão Repórter gravados. Procurada pelo colunista do UOL, a emissora declarou que não vai comentar o caso. Roberto Cabrini não respondeu aos contatos.

Ainda por lá, cerca de 500 funcionários devem ser demitidos até o final do ano. A crise econômica provocada pela pandemia e o alto investimento na compra de direitos de transmissão de campeonatos esportivos seriam os motivos para o corte. Segundo Daniel Castro (Notícias da TV), o Grupo Silvio Santos tem uma política de enxugar a folha de pagamentos com demissões, para fechar o balanço anual com saldo positivo.

15º Congresso da Abraji bate recorde de público

A 15ª edição do Congresso de Jornalismo Investigativo da Abraji, realizado pela primeira vez em formato online por causa da pandemia de coronavírus, bateu recorde de público com cerca de 10 mil inscrições. O número deve crescer, pois ainda há a possibilidade de inscrição para acesso ao conteúdo, que ficará disponível até 12/10.

O evento contou com 105 painelistas, 17 deles internacionais, vindos de Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Argentina, Colômbia, Venezuela e Bolívia. Entre os temas discutidos, destacam-se os impactos da pandemia ao jornalismo, fake news, crise econômica, saúde mental e ataques a mulheres.

O 15º Congresso da Abraji contou com apoio deste Portal dos Jornalistas e do Jornalistas&Cia.

Investigação com 400 jornalistas revela US$ 2 trilhões em operações suspeitas

Ilustração: Alicia Tatone/BuzzFeed News

Mais de 400 jornalistas, de 110 veículos de comunicação, em 88 países, participaram de uma investigação internacional que revelou que cinco bancos multinacionais movimentaram US$ 2 trilhões em operações suspeitas. A apuração é proveniente do vazamento de documentos secretos do governo dos Estados Unidos, batizados de FinCEN Files.

Os documentos revelam suspeita de lavagem de dinheiro e recursos cuja natureza é de atividades criminosas. Mais de 2.100 relatórios foram analisados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). Do Brasil, participaram da apuração Poder360, Época e piauí.

O ICIJ foi responsável em anos anteriores por outros modelos similares de apuração que resultaram em reportagens especiais, como Panama Papers e Luanda Leaks.

Melhor Agora, com Mariana Godoy, estreia nesta segunda-feira (21/9)

Mariana Godoy

A Band anunciou o Melhor Agora, novo programa de entrevistas comandado por Mariana Godoy, que estreia nesta segunda-feira (21/9), às 22h45.

A atração terá o formato de talk show, semelhante ao que Mariana apresentava na RedeTV, e será gravado antecipadamente. Na estreia, os convidados serão Catia Fonseca e Ronnie Von.

Contratada em junho pelo Grupo Bandeirantes, Mariana estaria à frente de uma versão reformulada do matinal Aqui na Band, que acabou sendo cancelado por dificuldades em encontrar anunciantes.

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