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terça-feira, dezembro 16, 2025

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Rádio Capital (SP) anuncia que José Silvério estreia em clássico paulista

A Rádio Capital (SP) confirmou a estreia do narrador José Silvério para 12/6, na transmissão do clássico paulista entre Palmeiras e Corinthians, no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro.

Conhecido como o “Pai do Gol”, o narrador está afastado do meio radiofônico desde abril de 2020, quando deixou a Rádio Bandeirantes. Milton Neves havia antecipado em seu blog no UOL a contratação de José Silvério pela Rádio Capital.

Com quase 60 anos de atuação no rádio, o narrador passou anteriormente por Rádio Itatiaia AM 610 e Inconfidência AM 880, ambas de Belo Horizonte, Continental AM 1030 (atual Capital AM), do Rio de Janeiro, Rádio Tupi e Jovem Pan AM 620, as duas de São Paulo.

Com nova programação, a Afro.TV está de volta ao ambiente digital

O objetivo da Afro.TV é expandir a representação negra na comunicação e ser um espaço de conteúdo audiovisual para o mercado afro-brasileiro.
O objetivo da Afro.TV é expandir a representação negra na comunicação e ser um espaço de conteúdo audiovisual para o mercado afro-brasileiro.

A Afro.TV estreia nova temporada nesta sexta-feira (4/6), às 16h, no Youtube. Criada em 2020 com intuito de expandir a representação negra na comunicação e ser um espaço qualificado de conteúdo audiovisual e branded content para o mercado afro-brasileiro, de periferia e outros aspectos da diversidade, nessa nova fase o projeto traz programas de entrevistas, bem-estar e outras atrações.

Dentre as novidades da plataforma está o Afro.TV Entrevista, programa de 12 episódios conduzido por Livia Calmon, uma das primeiras apresentadoras de televisão na Bahia. Já tendo atuado na mídia impressa, a jornalista atualmente é coordenadora de Comunicação da Secretaria de Cultura do governo baiano e, na plataforma, será responsável pela condução de entrevistas com personalidades negras de diversos campos de atuação, como política, negócios, tecnologia, cultura, economia e entretenimento

Também integra o time de colaboradores Gerson Assis. Conhecido como Nego Gringo, ele é designer gráfico, videomaker e fundador do portal NordesteuSou. No Instagram, destaca-se por divulgar informações referentes à cultura afro-americana.

Além da programação informativa, a iniciativa traz a massoterapeuta Fabiana dos Santos para comandar o momento de bem-estar do canal no YouTube. Ela será apresentadora do Yoga na Laje. O objetivo é levar a prática para o público da periferia. “A ideia é incentivar outras mulheres negras que já se sentiram intimidadas em praticar o yoga por ser muito frequentado por pessoas brancas, em espaços brancos e a preços inacessíveis, fazendo com que essa prática milenar não pudesse nos alcançar”, disse.

Sulivã Bispo está responsável pelo programa de fofocas sobre o mundo negro. Para isso, o ator dará vida ao personagem Koanza, interpretado por ele desde 2016. Como Koanza, Sulivã promete rir do racismo e entreter o público contando o que ocorre nos bastidores das vidas de celebridades.

Tiago Rocha,  diretor de edição da Afro.TV, também fará as vezes de apresentador. Ele será o rosto à frente do Excelência Negra. O programa terá uma nova edição a cada mês e dará voz a afro-empreendedores que se destacam no meio do empreendedorismo e no mundo dos negócios. Além disso, dará dicas de criatividade.

Estão mantidos na grade programas iniciados em 2020, como Humor Negro de Verdade, com o humorista Alan Miranda, e os materiais da série Momentos Negros − com narração da atriz Sara Barbosa.

Paulo Rogério Nunes, sócio da Afar Ventures LLC, startup de conteúdo criada no Brasil em 2020 e que detém a marca Afro.TV, disse: “Nosso objetivo é ofertar novos conteúdos de qualidade para o público que busca representatividade e um conteúdo autêntico, diverso e original. Queremos produzir novas narrativas, que possam descontruir os estereótipos até hoje associados à comunidade negra e apresentar conteúdos positivos e inspiradores”.

E mais:

Papo de Mãe ganha novo site

 

Brazil Journal estreia boletins diários na Alpha FM

A rádio Alpha FM (101.7 FM), de São Paulo, passou a contar com dois boletins diários produzidos pelo Brazil Journal, de Geraldo Samor. Com foco em notícias sobre mercado financeiro, economia, negócios e tecnologia, o Empresas e Mercados vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 8h e às 17h, e está disponível também no site da emissora.

“Como a taxa de juros abaixou bastante, a pessoas começaram a buscar novas alternativas para investimentos”, explica o diretor da Alpha Neneto Camargo. “Nada mais apropriado para falar de investimentos e negócios que a equipe do Brazil Journal, comandada pelo querido e expert Geraldo Samor. Notícias de primeira mão com conteúdo e credibilidade”.

A produção do conteúdo conta ainda com apoio do repórter Pedro Arbex.

 

Afiliada da TV Globo interrompe operações após surto de Covid-19

A TV Tem, afiliada à Rede Globo no interior de São Paulo, demitiu mais de vinte profissionais em suas sedes.

A TV TEM, rede regional de televisão afiliada à TV Globo no interior paulista, precisou fechar sua sede de Itapetininga para descontaminação do local. A decisão ocorreu após um novo surto de Covid-19 entre funcionários da emissora. Com a interrupção da transmissão local, o grupo passou a transmitir temporariamente o sinal da TV TEM Sorocaba, cabeça de rede da afiliada.

Segundo o Sindicato dos Jornalistas de SP (SJSP), seis funcionários testaram positivo para a doença nos últimos dias, aumentando para nove o número de infectados em apenas dois meses. “Soubemos que os contaminados seguem sob cuidados médicos e que não há informações de casos muito graves”, informou o diretor regional do SJSP Pedro Courbassier.

A direção regional do Sindicato em Sorocaba, de que Itapetininga faz parte, está acompanhando a situação e já solicitou reunião com a empresa para saber mais detalhes dos casos e reafirmar a necessidade da criação do Comitê de Combate à Covid.

Segundo o secretário do interior do SJSP, José Eduardo, foram enviados para todas as empresas, desde o início da pandemia, ofícios solicitando que adotassem os protocolos de segurança e saúde e criassem um comitê de combate à covid, com acompanhamento da entidade. “Infelizmente, a maioria das empresas sequer respondeu e a TV TEM foi uma delas. O resultado está aí, mais uma redação fechada para descontaminação”, completou o diretor.

Em nota, a emissora garantiu que “vem adotando rígidos protocolos de segurança e higienização em suas áreas e equipamentos durante as gravações e transmissões realizadas”. Além disso, informou que vem adotando trabalho remoto para boa parte de seus profissionais, e que para os casos dos que precisam se dirigir à emissora, foi feito um escalonamento dividindo as equipes em núcleos, para evitar aglomerações.

Confira o comunicado na íntegra:

“Desde o início da pandemia da Covid-19, a TV TEM, emissora afiliada à TV Globo com presença em 318 municípios do interior do Estado de São Paulo, vem adotando rígidos protocolos de segurança e higienização em suas áreas e equipamentos durante as gravações e transmissões realizadas. Ainda no sentido de priorizar a prevenção, muitos dos colaboradores estão trabalhando remotamente. Já para aqueles que necessitam se dirigir à emissora, foi feito escalonamento, dividindo os profissionais por núcleos (redação, produção e técnica) e turnos, restringindo a ocupação nas dependências e proporcionando as melhores condições para limpeza dos espaços.

Outras medidas implantadas pela TV TEM incluem aferição diária da temperatura de todos seus colaboradores, uso obrigatório de máscaras de proteção, distanciamento seguro entre os profissionais e disponibilização de itens como álcool em gel por toda emissora. Além disso, há orientação contínua aos membros da equipe para que, ao primeiro sinal de qualquer um dos sintomas relacionados à Covid-19, seja efetivado o afastamento imediato das atividades, com testagem dos profissionais e pessoas de seu contato, evitando a propagação da doença entre seus familiares e outros profissionais da empresa.

Em relação à sede de Itapetininga (SP), o protocolo de afastamento dos profissionais e interrupção das operações no local foi seguido imediatamente após a emissora tomar conhecimento de mais de um caso de contaminação pela Covid-19. Feito isso, a equipe passou por testagem e os membros estão mantidos em casa. Além disso, a sede da emissora também passou por um forte processo de sanitização. A unidade volta a operar normalmente nesta segunda-feira (7), e o retorno seguro dos colaboradores só será permitido com a apresentação de testes negativos.

A emissora continuará intensificando as ações de prevenção e segurança, dando total suporte a todos os seus profissionais.”

Dia da Imprensa: João do Rio, o repórter-caçador

João do Rio

João do Rio é o nosso homenageado neste Dia da Imprensa, celebrado em 1º/6, numa edição única e exclusiva, que, esperamos, possa contribuir para a ele fazer justiça e resgatar sua memória para as novas e futuras gerações − sobretudo nos bancos das universidades, onde sua vida e sua saga precisam voltar a ser ensinadas, para que seu legado possa servir no mínimo para inspirar o bom jornalismo.

Inventor da reportagem no Brasil, imortal da Academia Brasileira de Letras, flâneur, dândi, gordo, homossexual e afrodescendente, revolucionou a imprensa no início do Século XX. No próximo dia 23 de junho comemora-se o centenário da morte dele. Mas dele, salvo exceções, não se fala nas universidades ou cursos de Jornalismo. Sua história não é cultivada e sequer lembrada pelas instituições jornalísticas. Seu nome é quase um deserto para o jornalismo contemporâneo.

A edição é fruto de três narrativas: de José Maria dos Santos, com brilhante carreira no jornalismo, também historiador, que mergulhou na pesquisa, construiu uma incrível narrativa da vida e morte de João do Rio, com uma impressionante riqueza de detalhes; de Moacir Assunção, professor de Jornalismo da Universidade São Judas, em São Paulo, que formou um grupo de alunas para aportar à edição os olhares da nova geração de jornalistas que vem aí; e de Assis Ângelo, que optou por um trabalho autoral, em que mescla poesia e ficção com a realidade do tempo de João e do próprio João.

Com esse tripé de narrativas, que fazem avultar aos olhos a figura exuberante de João do Rio, cremos estar entregando aos leitores de Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas uma edição que faz justiça a um dos grandes nomes e personagens de nosso jornalismo.

Confira a edição!

Histórias do Jornalismo Esportivo: Cambio de prisioneiros

Por Eraldo Leite

Histórias do Jornalismo Esportivo: Cambio de prisioneiros (por Eraldo Leite)
Eraldo Leite

Copa de 1986, México. A seleção brasileira jogava as partidas da primeira fase em Guadalajara. População supersimpática com os brasileiros, mantendo viva na memória a passagem anterior do futebol brasileiro pelo México, na conquista da Taça Jules Rimet, em 1970, o time de Pelé e companhia.

A concentração da seleção ficava a uns 30 minutos de viagem do centro de Guadalajara e do Estádio Jalisco. Eu e mais algumas dezenas de jornalistas brasileiros fazíamos plantão na frente da concentração à cata de notícias, uma entrevista, e ali permanecíamos até a saída do ônibus para o estádio. Então acontecia uma imensa carreata de jornalistas e torcedores disputando espaço ao lado do ônibus com os carros de polícia, que se empenhavam para impedir a proximidade. Eu ali no meio daquela “disputa”, dirigindo meu carro alugado, até que, numa dividida, dois carros descaracterizados, de polícia ou de reportagem, bateram forte: Pow! Fiz uma manobra arrojada para escapar da batida e acelerei para chegar logo ao Jalisco.

Ao entrar na área de estacionamento, um homem “muito gentil” me orientou onde estacionar, mas não me permitiu sair do carro. Aos poucos fui percebendo que estava detido, e só poderia ser por causa do acidente. Quinze minutos depois chega o homem que dirigia um dos carros que me fecharam e bateram. Era simplesmente o chefe de polícia de Guadalajara. Por mais que eu me identificasse como jornalista brasileiro e que precisava entrar no estádio para transmitir o jogo, o cara queria me levar pra delegacia. Minha sorte foi que meu chefe de equipe – Pedro Costa – estava ali pela entrada de imprensa, entrevistando torcedores, viu o imbróglio e veio negociar com o policial mexicano. Então fez uma incrível proposta: o cambio de prisioneiros. Ele ficaria preso em meu lugar e a autoridade me liberaria para trabalhar. Assim foi feito.

Com sua habilidade pra negociar, Pedro convenceu o policial a nos visitar no dia seguinte em nossa rádio (uma FM alugada pelo Sistema Globo de Rádio para transmitir os jogos para o público brasileiro naquela região) e ganhar vários presentinhos. E eu fui me juntar a José Carlos Araújo e o restante da equipe para transmitir o jogo.


Eraldo Leite é comentarista da Rádio Globo/CBN e presidente da Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (Acerj), fundador e atual diretor financeiro da Associação de Cronistas Esportivos do Brasil (Aceb)

O Portal dos Jornalistas traz neste espaço histórias de colegas da imprensa esportiva em preparação ao Prêmio Os +Admirados da Imprensa Esportiva, que será realizado em parceria com 2 Toques e Live Sports, no segundo semestre.

Prêmio Vladimir Herzog recebe inscrições até 30/6

Prêmio Vladimir Herzog recebe inscrições até 30/6

Estão abertas as inscrições para o 43º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que reconhece anualmente trabalhos que valorizam e defendem a democracia e os direitos humanos. As inscrições vão até 30/6.

Nesta edição, haverá uma nova categoria, Livro-reportagem, que premiará trabalhos publicados entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2020. As outras categorias do prêmio são Arte, Fotografia, Produção jornalística em Texto, Produção jornalística em Áudio, Produção jornalística em Vídeo e Produção jornalística em Multimídia.

Com exceção da categoria Livro-reportagem, os trabalhos inscritos devem ter sido veiculados de 1º de agosto de 2020 a  30 de junho de 2021.

Após avaliação da comissão organizadora, composta por 13 entidades, haverá uma sessão pública e remota para a divulgação dos vencedores do Prêmio Vladimir Herzog, em 16 de outubro. Posteriormente, em 24/10, a organização realizará a tradicional roda de conversa com os ganhadores, e a solenidade da premiação, em 25/10. Ambos os eventos também serão remotos.

Inscreva-se na plataforma do prêmio.

Leia também:

Papo de Mãe ganha novo site

O Papo de Mãe está de cara nova. Agora, além de apresentação mais moderna, o portal aumentou também a equipe e a cobertura no digital.
O Papo de Mãe está de cara nova. Agora, além de apresentação mais moderna, o portal aumentou também a equipe e a cobertura no digital.

O Papo de Mãe, dirigido por Mariana Kotscho e Roberta Manreza, está de cara nova. Agora, além de apresentação mais moderna, aumentou também a equipe e a cobertura no digital. O objetivo das mudanças é criar um vínculo mais próximo com o leitor e apresentar conteúdos de qualidade sobre educação, inclusão, saúde, bem-estar e direitos das mulheres, para auxiliar melhor sobre o universo parental.

Para ampliar ainda mais o alcance de público, o portal apostou na expansão nas redes sociais; antes com perfil em InstagramFacebook, Twitter e YouTube, agora está presente também em Linkedin e TikTok.

Uma das principais novidades é a ferramenta Google Notícias. Lá, é possível encontrar todas as matérias e reportagens publicadas do site. O serviço serve como um tipo de filtro de notícias e permite que a navegação seja mais rápida.

Durante 12 anos Kotscho e Manreza apresentaram o programa na TV Brasil e na TV Cultura, entretanto, foi só em 2010 que o Papo de Mãe ganhou versão digital e, no final de 2020, tornou-se parceiro do UOL.

Hoje, a mídia é totalmente online e tem na equipe Ana Beatriz Gonçalves, ex-Folha de S. Paulo, repórter e coordenadora das redes sociais do portal; Maria Cunha, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, repórter e responsável pelas redes sociais; Carolina Novaes, estudante de Jornalismo da PUC-SP, repórter e responsável pelas redes sociais; Raphael Preto Pereira, repórter colaborativo, que também atua como freelance para a Folha de S. Paulo; e Guilherme Ravache, sócio-consultor.

Projeto Comprova chega à quarta fase com 33 veículos

O Projeto Comprova, coalizão de veículos de comunicação formada em 2018 para investigar colaborativamente conteúdos suspeitos sobre as eleições presidenciais, iniciou nesta terça-feira (1º/6) sua quarta fase. Dentre as principais novidades, a iniciativa recebeu a adesão de seis novas organizações: Correio Braziliense, Alma Preta, Crusoé, Tribuna do Norte, O Liberal e Grupo Sinos.

As seis organizações somam-se ao esforço colaborativo de investigação jornalística liderado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) para dar sequência ao trabalho de verificação de conteúdos suspeitos sobre políticas públicas do governo federal e a pandemia de Covid-19, que se tornaram virais nas redes e aplicativos de mensagens.

“O Comprova é o maior projeto colaborativo entre redações brasileiras de que se tem notícia, e a participação de cada vez mais organizações locais e especializadas vai tanto ampliar a diversidade, quanto aumentar a capilaridade do conteúdo produzido”, afirma o presidente da Abraji, Marcelo Träsel.

As equipes do Comprova verificam a veracidade de textos, imagens e áudios compartilhados nas diversas plataformas de redes sociais e em aplicativos de mensagens seguindo metodologias desenvolvidas pela First Draft, organização internacional que pesquisa desinformação e oferece treinamento para jornalistas que atuam no combate ao fenômeno. As investigações são feitas colaborativamente por jornalistas de diferentes meios de comunicação e são revisadas por no mínimo três outros jornalistas, de veículos que não participaram da investigação.

O Comprova já publicou 520 verificações de conteúdos de grande repercussão desde o início das atividades, em meados de 2018. Essas reportagens, multiplicadas pelos membros da coalizão, se transformaram em milhares de publicações veiculadas em tevês, rádios, jornais, sites e em plataformas de redes sociais. Facebook Journalism Project e Google News Initiative ajudam a financiar o projeto, e ambas as empresas estão fornecendo suporte técnico e treinamento para as equipes envolvidas.

“Elevar o jornalismo de qualidade é um dos objetivos principais da Google News Initiative”, destaca Marco Túlio Pires, diretor do Google News Lab para o Brasil. “O trabalho pioneiro do Comprova é parte fundamental para a manutenção de um ecossistema de informação aberto e de qualidade, com diversos pontos de vista, contribuindo para sociedades mais justas e democráticas. É com grande orgulho que apoiamos a coalizão pelo quarto ano consecutivo nessa data tão especial que é o dia da imprensa”.

“Apoiar o Comprova pelo quarto ano consecutivo e ver cada vez mais veículos brasileiros se juntando a esse esforço colaborativo contra a desinformação nos deixa muito felizes”, completa Dulce Ramos, gerente de Programas com Veículos de Notícias na América Latina do Facebook. “No Facebook, estamos comprometidos com a integridade do ecossistema de informação e em aproximar as pessoas de informações de qualidade que lhes permitem tomar as melhores decisões”.

O público pode denunciar conteúdos suspeitos ou falsos relacionados aos temas que estão no escopo do projeto e sugerir verificações por meio de um número de WhatsApp (11-977-950-022) ou por um um formulário no site projetocomprova.com.br.

As organizações de mídia envolvidas nesta quarta fase do Comprova são: A Gazeta (ES), Gazeta do Sul (RS), AFP, Alma Preta, Band News, Band News FM, Band TV, Band.com.br, Correio (BA), Correio Braziliense, Correio de Carajás (PA), Correio do Estado (MS), Correio do Povo (RS), Crusoé, Diário do Nordeste (CE), Estado de Minas, Folha de S.Paulo, Grupo Sinos (RS), GZH (RS), Jornal do Commercio (PE), Metro Brasil, Nexo Jornal, NSC Comunicação (SC), O Estado de S. Paulo, O Liberal (PA), O Popular (GO), O Povo (CE), Poder360, Rádio Bandeirantes, revista piauí, SBT, Tribuna do Norte (RN) e UOL.

O material produzido pelo Projeto Comprova pode ser republicado também por organizações que não fazem parte da coalizão, já que os conteúdos têm licença Creative Commons, ou seja, podem ser republicados por qualquer veículo interessado, desde que haja atribuição ao Comprova e o conteúdo não seja alterado.

Atitude de Naomi Osaka pode ter efeito multiplicador

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Todos já vimos esse filme várias vezes. Uma celebridade em crise passa a ver como inimigos os jornalistas que fazem perguntas incômodas e exploram seus pontos fracos.

Mas o que aconteceu nos últimos dias com a tenista japonesa Naomi Osaka é diferente do enredo habitual mídia x famosos em crise em vários aspectos.

Um deles é que, ao surpreender os fãs, os jornalistas e os organizadores do campeonato anunciando pelo Twitter que não iria participar das coletivas obrigatórias nos grandes eventos esportivos, ela o fez sem estar pressionada por um problema em particular. Nem vivendo um declínio acentuado na carreira.

Osaka consagrou-se em 2020 como a atleta de maior faturamento em um só ano na história desse esporte. Integrou a lista de pessoas mais influentes do mundo da revista Time em 2019 e 2020.

Mas tem 22 anos. Se para muitos executivos experientes o momento de uma coletiva é assustador, é compreensível que para uma quase menina a experiência seja aterrorizante.

A tenista não deve ser a única atleta a ter calafrios na hora de enfrentar a mídia. Mas foi a primeira que verbalizou isso com tal magnitude. Causou uma confusão que durou vários dias, com direito a nota dura dos organizadores de quatro Grand Slams e uma multa de US$ 15 mil.

Até que na segunda-feira (31/5), Naomi Osaka jogou a raquete ao chão e desistiu de competir na França.

Ao explicar por que tomou tal decisão, rompendo uma tradição e o contrato, disse que as perguntas feitas pelos jornalistas depois das partidas deixam o atleta inseguro, duvidando de sua capacidade. Pode até ser. Mas como resolver isso, se fazer perguntas sobre vulnerabilidades é o papel da imprensa?

Alguns podem pensar que o problema está nela, e que precisa de acompanhamento para lidar melhor com a pressão e as perguntas incômodas sem se abater. Individualmente, talvez seja uma solução.

Mas a japonesa não é uma atleta qualquer. Uma de suas características é o engajamento em causas. Expressou apoio ao movimento Black Lives Matter em várias ocasiões. Retirou-se do Cincinnati Open de 2020, em Nova York, em protesto contra o assassinato de Jacob Blake, levando o torneio a adiar as partidas como forma de apoio.

Por isso, seu movimento pode ter efeito mais transformador do que o choro de uma celebridade em crise com a mídia ao ser atropelada por um escândalo. E ir além de uma questão individual.

Efeito multiplicador − Nos últimos dias, vários atletas falaram mais abertamente sobre as coletivas depois de partidas. Porque nas quadras, nos campos, nos ringues, eles parecem semideuses. Mas são pessoas com fragilidades e medos, exacerbados pela sua posição e pela responsabilidade diante de fãs e patrocinadores.

Nas entrelinhas das manifestações nas redes sociais, há sinais de que a intenção de Naomi Osaka pode ser mesmo mais do que resolver seu próprio problema com os jornalistas. Quando reagiu à notícia da multa, alfinetou os cartolas dizendo que “mudança deixa as pessoas desconfortáveis”.

Ao comunicar o afastamento temporário das quadras, afirmou querer reunir-se com os organizadores do Grand Slam para melhorar o processo para os jogadores, para a imprensa e para os torcedores.

Talvez os que assinaram uma longa nota explicando porque a atleta estava sendo punida não tenham percebido a extensão do problema. Abriram a possibilidade de diálogo de forma protocolar, mas o texto é duro, apegando-se ao contrato.

Se estiverem analisando a repercussão do caso nas redes sociais terão visto que a reação positiva é quase unânime. E que Naomi Osaka vai sentar-se à mesa com o respaldo de uma parcela significativa da comunidade de fãs e de atletas.

Não vai ser fácil equilibrar tantos pratos: a privacidade dos esportistas em grandes competições, o desejo dos patrocinadores de expor suas marcas e a necessidade da imprensa de conversar diretamente com os astros.

Mas em um momento em que saúde mental é uma questão cada vez levada mais a sério, é possível que mudanças defendidas por Naomi Osaka na relação entre atletas e imprensa nos grandes torneios sejam uma questão de tempo.


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