1.8 C
Nova Iorque
quinta-feira, dezembro 18, 2025

Buy now

" "
Início Site Página 447

Entidades repudiam ataques contra equipe da Rede Amazônica

Entidades defensoras da liberdade de imprensa prestaram solidariedade ao repórter Leandro Marques, correspondente da Rede Amazônica, afiliada da TV Globo, que foi ameaçado e agredido por um funcionário da Prefeitura de Itacoatiara, cidade localizada a 270 quilômetros de Manaus.

Acompanhado do cinegrafista Dorian Verçosa, Marques estava cobrindo a distribuição do auxílio-enchente para a comunidade local atingida pela cheia histórica do Amazonas. Ele já havia feito outras reportagens sobre confusões e aglomerações geradas durante a entrega dos cartões. Mas, na ocasião em questão, Marques foi abordado por três supostos assessores do prefeito Mário Abrahim. O repórter recebeu ameaças, levou um soco no estômago e teve o equipamento jogado no chão.

Os agressores fizeram ameaças como “se sair uma vírgula falando mal do prefeito, vou pegar-lhe uma surra” e “sair alguma foto minha, você está morto”. A Prefeitura de Itacoatiara determinou a exoneração do servidor Adevaldo Tavares Alves e a abertura de uma sindicância para apurar o ocorrido.

Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo repudiou as agressões, e declarou que “a função do jornalista é questionar, apurar e mostrar à população ações que possam colocar vidas em risco. Ameaças de morte e agressões físicas contra jornalistas, condutas criminalizadas pela legislação penal brasileira, constituem graves violações à livre manifestação do pensamento e ao exercício da atividade de comunicação”.

Em nota conjunta, o Sindicato dos Jornalistas do Amazonas e a Federação Nacional dos Jornalistas destacaram “a importância do respeito que as autoridades públicas devem ter ao livre exercício profissional, bem como à liberdade do trabalho da imprensa para que a sociedade possa ser bem informada”.

Agência Pública lança podcast narrativo sobre crimes na Amazônia

A Agência Pública lançou em 25/6 o primeiro episódio do podcast Amazônia Sem Lei, série narrativa acerca das investigações feitas pelos repórteres da Pública sobre o que está em jogo na Amazônia.

Dividido em dez episódios, um a cada mês, o podcast tem como narradores Clarissa Levy e o produtor de podcasts Ricardo Terto. O primeiro programa entrevistou os profissionais que fizeram as investigações da reportagem que revelou que o gado usado pelo narcotraficante João Soares Rocha para lavar dinheiro do tráfico foi vendido para grandes frigoríficos, como JBS e Frigol.

Os episódios de Amazônia Sem Lei vão sempre acompanhar as reportagens da série especial de nome que investiga a violência relacionada a regularização fundiária, demarcação de terras e reforma agrária na Amazônia Legal e no Cerrado.

O podcast está disponível site da Agência Pública, no Youtube e em tocadores como o Spotify.

E mais:

Jornalistas e celebridades lamentam a morte de Artur Xexéo

Artur Xexéo
Artur Xexéo

Morreu nesse domingo (27/6), aos 69 anos, o jornalista, escritor e dramaturgo Artur Xexéo. Colunista do jornal O Globo e comentarista da GloboNews, ele estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, por causa de um linfoma.

A doença foi diagnosticada há apenas duas semanas e Xexéo havia iniciado o tratamento na última quinta-feira (24/6). Após realizar sua primeira sessão de quimioterapia, passou mal e chegou a sofrer uma parada cardiorrespiratória na sexta-feira, logo revertida. Mas, em função dela, não resistiu e morreu na noite do domingo. Deixa o companheiro, Paulo Severo, com quem foi casado por 30 anos.

Xexéo começou a carreira no Jornal do Brasil, em 1978. A convite de Zuenir Ventura, em 1982 foi trabalhar na revista IstoÉ. Em 1985, de volta ao JB, virou subeditor da Revista de Domingo, suplemento cultural da publicação. Também foi editor do Caderno B, do caderno Cidade, subsecretário de Redação e colunista do jornal. Em 2000, foi contratado como colunista de O Globo, onde também foi editor do suplemento Rio Show e do Segundo Caderno.

No campo da literatura escreveu, entre outros, os livros Janete Clair: a usineira de sonhos, O torcedor acidental (crônicas) e Hebe, a biografia. Escreveu ainda, junto com Carlos Heitor Cony e Heródoto Barbeiro, Liberdade de Expressão.

Também é autor do musical A Garota do Biquíni Vermelho e da peça Nós sempre teremos Paris, traduziu os espetáculos musicais Xanadu, dirigido por Miguel Falabella, e Love Story, o musical, dirigido por Tadeu Aguiar. Foi responsável ainda pelos musicais Cartola – O Mundo É um Moinho e Minha Vida Daria um Bolero. Em 2019, fez a adaptação do musical A cor púrpura.

A notícia de sua morte logo ganhou destaque nas redes sociais, chegando a ser um dos assuntos mais comentadas na noite desse domingo. Diversos jornalistas, colegas de redação, artistas e músicos expressaram tristeza e consternação pela morte de Artur Xexéo.

Confira alguns depoimentos:

 

Justiça condena Editora Abril a pagar R$ 471 mil a André Rizek

Justiça condena Editora Abril a pagar R$ 471 mil a André Rizek

A Editora Abril foi condenada a pagar R$ 471 mil por danos ao apresentador do SporTV André Rizek. Do total, R$ 401 mil referem-se a danos materiais, e R$ 70 mil são por danos morais. O pagamento refere-se a um processo na Justiça sobre uma reportagem publicada na revista Placar em 2001.

Na época, Rizek assinou uma reportagem sobre o uso de cocaína no futebol. Ele diz que o texto foi editado com trechos que não eram de sua autoria. Um dos personagens, à época jogador juvenil, contestou a forma como foi exposto no texto e entrou com um processo na Justiça.

Houve acordo para o pagamento de uma indenização. A Abril responsabilizou-se pelos valores, mas no fim a dívida foi paga apenas por Rizek. Já em recuperação judicial, a empresa reembolsou o jornalista com apenas parte do valor, em duas parcelas que totalizaram R$ 620 mil, e afirmou que ele teria que entrar na fila de credores da empresa para receber o restante.

Rizek então acionou a Justiça, que agora condenou a editora a pagar os R$ 401 mil restantes, além de mais R$ 70 mil por danos morais, uma vez que o profissional foi exposto e teve que pagar uma dívida que era de responsabilidade de sua ex-empregadora.

Bolsonário: o dicionário de termos que marcaram o governo atual

Roberto de Lira lança o dicionário temático Bolsonário – A nova política de A a Z (Alta Books), que reúne os termos que mais marcaram o governo de Jair Bolsonaro e o pensamento conservador que se alastrou pelo País desde as eleições presidenciais de 2018.

Na introdução, Lira descreve o livro como “um dicionário temático sobre a emergente ‘nova política’, centrado na figura e na história do presidente Jair Bolsonaro − bem como nos debates provocados por ele, seus apoiadores e críticos −, que talvez consiga trazer algum esclarecimento sobre como a opinião pública brasileira encontrou respostas e depositou esperanças em um político conservador antes identificado apenas como do baixo clero da Câmara dos Deputados”.

Bolsonário é fruto de uma densa pesquisa, na qual o autor estudou transcrições de discursos, debates e falas em geral de Bolsonaro, além de registrar suas opiniões sobre temas que acabaram retornando durante a campanha e de comparar ideias antigas com atuais para entender onde houve ou não mudança de posição.

A pesquisa resultou em quase 200 verbetes, desde os mais sérios e polêmicos até os mais anedóticos e informais, todos contextualizados e explicados de forma didática. Para Roberto, é essencial conhecer a formação do ideário político de Bolsonaro e seus apoiadores para interpretar e antecipar futuras políticas públicas.

Sobre o autor

Formado pela Universidade Metodista de São Paulo, Lira tem mais de 20 anos de experiência em redações, boa parte do tempo dedicado às mídias digitais. Passou por Folha de S.Paulo, Gazeta Mercantil, Agência Estado e DCI. Atualmente, desenvolve projetos ligados a educação financeira de jovens, adolescentes e adultos não bancarizados.

Projeto Vozes da Floresta oferece bolsas-reportagem para comunicadores indígenas

O projeto Vozes da Floresta, em parceria com o ((o))eco, oferece bolsas-reportagem e mentoria para jovens comunicadores indígenas. A iniciativa incentiva os bolsistas a trazerem suas perspectivas sobre os impactos da crise climática em seus territórios. As inscrições vão até 8 de julho.

De agosto a outubro, os selecionados desenvolverão reportagens com mentoria dos jornalistas Aydano André Motta, do Projeto Colabora, e Daniele Bragança, de ((o))eco. Também participarão de encontros com conselheiros convidados, especialistas em questões indígenas, de meio ambiente e mudanças climáticas. Em novembro, as reportagens serão publicadas nos sites do Colabora e do ((o))eco.

Para fazer a inscrição, basta preencher este formulário. Os candidatos devem identificar-se como indígenas, ter entre 18 e 30 anos e experiência ou interesse em jornalismo e comunicação. É preciso sugerir ao menos uma pauta associada a um ou mais dos temas promovidos pela COP26, a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas: adaptação e resiliência, natureza, transição energética, mudança acelerada para transportes rodoviários carbono-zero e finanças/economia verde.

Cada bolsa tem o valor de R$ 3 mil. Os selecionados receberão também auxílio-internet, para que possam participar dos encontros de forma online por causa da pandemia. Pelo menos duas das bolsas serão destinadas a mulheres.

Estadão lidera ranking de jornais impressos com maior tiragem no País

O Estadão assumiu a primeira posição em tiragem impressa no Brasil, com a média de 76.416 exemplares por dia, segundo o IVC.
O Estadão assumiu a primeira posição em tiragem impressa no Brasil, com a média de 76.416 exemplares por dia, segundo o IVC.

O Estadão assumiu a primeira posição em tiragem impressa no Brasil, com a média de 76.416 exemplares por dia, segundo o Instituto Verificador de Comunicação (IVC). O Globo ficou em segundo lugar.

A pesquisa, divulgada nesta semana, é uma comparação entre dezembro de 2020 e maio de 2021. Embora liderem o ranking, os dois veículos sofreram quedas de 4,9% e 6,9%, respectivamente.

Segundo o IVC, de maio a dezembro de 2020 dez dos principais jornais diários do País registraram queda de 12% em circulação impressa diária: foram 384.498 exemplares por dia em maio frente a 437.969 em dezembro.

Entretanto, a circulação digital desses mesmos jornais cresceu 3,3%, somando mais de 1 milhão de assinaturas. Os líderes em assinaturas digitais mantiveram-se em maio passado os mesmos de dezembro: Folha, Globo, Estadão e Valor, que registraram altas de 6,1%, 7,9%, 1,8% e 6,5%, respectivamente.

A Tarde (BA) avançou de 35.816 assinaturas digitais para mais de 40 mil, a maior alta. Já a pior queda, no digital e no impresso, foi do Super Notícia, tabloide com temática popular de circulação em Belo Horizonte. O título tinha 39.261 assinaturas em dezembro e agora tem 24.255, recuo de quase 40%.

No ranking de circulação total, o número de exemplares (digitais e impressos) registrou queda de 1,4% e o Globo assumiu a liderança, com a média de 357.125 exemplares. O título da família Marinho ultrapassou a Folha de S.Paulo (354.958), que encabeçava o ranking até dezembro.

E mais:

Abraji e Fiquem Sabendo treinam profissionais sobre uso da LAI em reportagens

Abraji e Fiquem Sabendo treinam profissionais sobre uso da LAI em reportagens

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a agência de dados Fiquem Sabendo iniciam em julho o projeto LAI nas Redações, treinamento que visa a capacitar jornalistas de dez veículos do País para o uso da Lei de Acesso à Informação (LAI) na produção de reportagens.

A iniciativa surgiu depois dos resultados de uma pesquisa da Abraji sobre o uso da LAI pela imprensa. Os dados obtidos apontaram que quase metade dos jornalistas participantes da pesquisa (pouco mais de 48%) nunca fizeram pedidos de acesso à informação, e os que acionaram a LAI (quase 52%) tiveram dificuldades para obter respostas.

O curso, online e gratuito, será oferecido aos veículos contatados previamente pela Abraji durante a elaboração da pesquisa. O projeto dura um ano, e a meta é treinar 300 jornalistas de todo o Brasil.

Para Luiz Fernando Toledo, diretor da Abraji, “assim como o Excel era opcional no passado e hoje é uma ferramenta básica para muitas apurações, a LAI também deve estar no kit do jornalismo investigativo”.

Leia também:

Fabíola Reipert assina com a Record Entretenimento

Fabíola Reipert assinou contrato com a Record Entretenimento, empresa do Grupo Record voltada ao gerenciamento de carreira, publicidade, eventos, projetos especiais e licenciamentos.

Comentarista do quadro A Hora da Venenosa, ela terá sua carreira gerenciada pela empresa, que vai trabalhar sua imagem nas redes sociais e gerenciar projetos em diferentes setores. Em maio, Reinaldo Gottino, apresentador do Balanço Geral SP, também assinou com a Record Entretenimento, tornando-se o primeiro jornalista a entrar para o time da empresa.

Entre 1998 e 2009, Fabíola esteve no jornal Agora São Paulo, do Grupo Folha, assinando a coluna Zapping, sobre televisão e famosos. Passou também por SBT, Rede Mulher e CBN. De 2009 a 2016 foi colunista do R7, e desde 2014 está no A Hora Venenosa.

Histórias do Jornalismo Esportivo: A cachaça foi embora todinha

Por Walfran Valentim

Na década de 1980, quando militava na antiga extinta Rádio Poty de Natal, órgão dos Diários e Emissoras Associados, estava na cidade do Assu, região central do RN, para a cobertura de uma partida do campeonato estadual. Estava na hora do almoço quando nos deparamos com um assalto na agência do Banco do Brasil.

Histórias do Jornalismo Esportivo: A cachaça foi embora todinha - negociação com bandidos
Local onde as roupas dos reféns foram jogadas pelos bandidos

Como já tinha trabalhado na área policial, fui chamado pelo delegado-geral, amigo meu, para entrar no banco e negociar com os bandidos. Como o chefe da quadrilha garantiu não machucar ninguém, lá fui eu.

Quando entrei no local, levei um susto ao ouvir o grito: “O que o senhor quer aqui?” Ora, ele não pediu um repórter para ser intermediador da negociação? Quando ouvi esse grito, vi uma espada na mão do sujeito e seis comparsas mascarados. Não tive outra opção a não ser me mijar em pleno banco. A cachaça que tinha tomado no mercado, para me encorajar, foi embora todinha.

Histórias do Jornalismo Esportivo: A cachaça foi embora todinha - negociação com bandidos
Na cela, conversando com Erivam Chuvas, o chefe da quadrilha

Erivam Chuvas era o nome do bandido, que dizia constantemente ter pacto com o diabo. Experiência louca! Os bandidos exigiram um avião para fugirem com destino ao Pará, estado natal deles. Em Belém a polícia já os esperava. Houve grande tiroteio e seis ladrões mortos. Apenas Erivam escapou.

Recambiado pra Natal, não perdi a oportunidade de ser o primeiro a entrevistá-lo. “Lembra de mim? Me grite agora, seu fdp”. Estava tão fulo da vida, pois pensei que iria morrer naquele banco. Dinheiro recuperado, vítimas sem ferimentos, seis bandidos mortos e um preso. Experiência que não desejo a ninguém!


O Portal dos Jornalistas traz neste espaço histórias de colegas da imprensa esportiva em preparação ao Prêmio Os +Admirados da Imprensa Esportiva, que será realizado em parceria com 2 Toques e Live Sports, no segundo semestre. A história desta semana é de Walfran Valentim, presidente da Associação de Cronistas Esportivos do Rio Grande do Norte (ACERN).

Últimas notícias

pt_BRPortuguese