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Brasil cai e mídia brasileira sobe em ranking de influência global

Influência

O Brasil caiu seis posições e deixou de figurar entre os Top 30 do Índice Global de Soft Power, a mais abrangente pesquisa sobre o poder de influência de cada país sobre a atuação dos demais utilizando-se de recursos como cultura, comércio e relações internacionais − em contraposição ao hard power, forma de atingir os objetivos por meios menos sutis, como o poder militar.

Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (25/2) em Londres pela Brand Finance, maior consultoria global de avaliação de marcas, e analisados pelo MediaTalks by J&Cia

A boa notícia para o País é que categoria em que o Brasil ganhou mais posições foi a de Mídia e Comunicação. Ela faz parte da avaliação dos países por parte da Brand Finance porque um setor de comunicações forte, confiável e bem estruturado colabora para a influência de um país sobre os outros.

A conquista de nove posições foi a segunda maior dentre os 60 países pesquisados desde o ano passado. O Brasil passou a integrar os Top 30, na 29ª colocação. E o Reino Unido passou a figurar como o país com a mídia mais influente, tirando o lugar que era dos Estados Unidos.

O relatório completo, que relevou a Alemanha como o país mais influente do mundo e mostrou a perda de força dos Estados Unidos (que caiu de líder para sexto lugar), está no MediaTalks by J&Cia.

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Malcriações dos Sussex e de Zuckerberg na pauta da imprensa britânica

Luciana Gurgel

Muitos ironizam os britânicos por sua obsessão pela realeza. Mas pela quantidade de jornalistas estrangeiros em um briefing da Foreign Press Association, na terça-feira (23/2), sobre as recentes turbulências no clã comandado por Elizabeth II, conclui-se que a obsessão não tem fronteiras. Ou que os que vêm morar no país ficam contagiados por ela.

Durante uma hora, 125 profissionais de 33 países ouviram Peter Hunt, ex-setorista do Palácio de Buckinghan, contar histórias e dar palpites sobre o que vem por aí. O clima é tenso, com o príncipe Philip internado e os Sussex fazendo malcriação de além-mar com a avó rainha.

É um acontecimento jornalístico e de RP a ser acompanhado. A família sabe o que é crise. E já lidou com entrevistas-bomba históricas, como as da princesa Diana há 25 anos e do príncipe Andrew ano passado, ambas para a BBC.

Mas a bomba como a que pode vir da conversa (já gravada) entre Meghan, Harry e Oprah Winfrey chega em uma hora difícil, até mesmo politicamente.

Um dos temas explorados foi o risco de o esfacelamento da família favorecer uma crise de confiança quando Elizabeth se for. A percepção de unidade do reino simbolizada pela monarca de 94 anos poderia ser ameaçada, dando combustível a movimentos separatistas como o da Escócia, que vive a perspectiva de novo referendo para decidir pela independência de Londres.

Para quem acha exagero, vale lembrar que boa parte do país não conheceu outro chefe de estado, já que ela assumiu o trono em 1952.

Hunt falou dos bastidores. Comentou sobre a opinião dos que trabalhavam com Meghan a respeito da chefe, deu sua visão sobre o casal perfeito-mas-não-muito-emocionante Will & Kate, e especulou sobre como o poderia ter sido o desfecho do Meg-xit caso o príncipe Philip estivesse mais envolvido com as decisões da chamada “firma”, como na crise subsequente à morte de Diana.

Naquele momento, o marido da rainha foi uma voz ponderada que ajudou a conduzir a situação.  Agora, vozes ponderadas andam em falta. Pegou mal no país (e na imprensa) a resposta atravessada dos Sussex ao serem informados do óbvio: de que perderiam seus cargos honorários em instituições de caridade depois de romperem os laços.

Até 7 de março, quando a entrevista com Oprah vai ao ar, tudo pode acontecer. Mas a turma de RP do palácio preferiu não pagar para ver. Na terça-feira, os jornais noticiaram que um programa com a família em comemoração ao dia da Comunidade Britânica irá ao ar na mesma data.

Elegantes, não vão lavar roupa suja em público, mas a percepção é de revide. Deve ser a primeira vez na história em que dramas familiares atingirão tamanha audiência.

Facebook e os Sussex, alguma coisa em comum

Do outro lado do mundo, outra crise assume ares de filme, com direito a vilões, mocinhos e uma dose de nacionalismo. De um lado, o popular primeiro-ministro australiano, Scott Morrison. De outro, Google e Facebook.

A temperatura ferveu quando chegou ao Parlamento australiano a rigorosa lei de mídia, que vai obrigar as plataformas a pagarem pelo conteúdo jornalístico nelas exibido.

A exemplo do que fizeram Harry e Meghan, o Facebook assumiu um risco gigantesco ao endurecer o jogo e proibir o compartilhamento de links, deixando de fora até serviços públicos e derrubando o tráfego dos sites, enquanto o Google cedia e fechava contratos milionários com jornais.

É outro caso que vale acompanhar. Os statements do Facebook e do Governo anunciando a paz na terça-feira (23) são um exemplo de como o mesmo acordo pode ser narrado de formas tão diferentes, ao ponto de os dois lados aparecerem como vencedores e não como perdedores.

Zuckerberg, na mira da imprensa

De fora, é difícil avaliar se o movimento solitário de Mark Zuckerberg foi calculado e se atingiu os objetivos, já que o Governo acabou aceitando flexibilizar aspectos da lei. Mas ao encarar a briga de nariz empinado, como fizeram os Sussex desafiando em público uma adorada senhora de 94 anos, o Facebook submeteu-se ao risco de gerar uma comoção e ganhar adversários em vez de aliados.

 

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Breiller Pires é o novo editor-chefe da Minute Media

Breiller Pires

Ex-Placar e jornal Lance, Breiller comentou que vê a oportunidade como “um momento de transição da experiência de repórter para uma função de liderança. E esse foi um dos motivos que mais me motivou para entrar neste novo desafio”.

Eduardo Paulsen, country manager da Minute Media Brasil, comentou que Breiller “chega com o objetivo de levar o conteúdo do 90min para um próximo nível. Somado a isso, este ano vem a chegada do The Players’ Tribune oficialmente ao Brasil. Breiller vem para somar ao time do TPT e colaborar com o lançamento da marca no mercado nacional”.

Sobre a Minute Media

Fundada em Israel em 2011, a Minute Media é responsável por seis marcas globais de esportes e entretenimento. A empresa utiliza tecnologia de publicação proprietária, que é também aproveitada por editores terceirizados, potencializando seus destinos de conteúdo digital e, ao mesmo tempo, atendendo às suas necessidades comerciais e operacionais.

Jandir Martins, da TV Cidade (Record-MT), cai de ponte ao vivo e passa por cirurgia

Jandir Martins

Conhecido por arriscar-se em reportagens, Martins trincou os dois tornozelos e foi encaminhado para o Hospital Regional de Rondonópolis, onde precisou fazer uma cirurgia de emergência. O repórter ficará afastado do trabalho por 60 dias.

Facebook e INMA abrem inscrições para programa de análise de dados

Facebook

Estão abertas as inscrições para o programa de análise de dados Audience Analytics Accelerator para a América Latina do Facebook. A imersão de oito meses oferecerá workshops práticos e US$ 250 mil em fundos para os participantes transformarem seus negócios online por meio de análises e insights de dados. 

Baseado nas iniciativas do Facebook para apoiar a indústria do jornalismo na América Latina, o programa incluirá sessões intensivas de treinamento virtual, além do treinamento prático feito por um corpo docente composto por especialistas da indústria de notícias e a oportunidade para veículos trocarem ideias e experiências com colegas do meio.

No total, até quinze organizações de notícias serão selecionadas e receberão fundos de pelo menos US$ 15 mil cada. O financiamento apoiará o desenvolvimento de projetos, como refinamento dos processos de assinatura, aumento e manutenção de receita por meio de análise de dados ou otimização de recursos com base em relatórios de produtividade.

Essa é uma iniciativa do Facebook Journalism Project e da International News Media Association (INMA), em colaboração com o Centro Internacional para Jornalistas.

“Os veículos de notícias latino-americanos estão evoluindo rapidamente seus modelos de negócios para abranger assinaturas em grande escala e precisam desenvolver urgentemente seus recursos de análise de público”, afirma Earl J. Wilkinson, diretor executivo e CEO da INMA.

As inscrições podem ser feitas pelo portal da INMA até 10 de março.

Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação vai até esta sexta-feira (26/2)

A Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação, que serve de base para o Ranking das Agências de Comunicação e os indicadores setoriais do Anuário da Comunicação Corporativa, estará aberta para preenchimento até a meia noite desta sexta-feira, 26 de fevereiro. São cerca de 30 questões sobre investimentos, tendências, composição das equipes, áreas de especialização, faturamento, concorrência, entre outras, que, consolidadas, permitirão uma visão realista e consistente do mercado das agências de comunicação no Brasil.

O trabalho é coordenado pelo Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, sob a direção de Maurício Bandeira. Segundo ele, graças à pesquisa e ao apoio das agências de todos os portes, tem sido possível fazer projeções precisas sobre o tamanho do segmento, que em 2019 faturou cerca de R$ 2,3 bilhões, em seu parque de aproximadamente 1.600 agências, entre matrizes (1.500) e filiais (1.100). “O Anuário, com o ranking e os indicadores, permitiu um salto qualitativo significativo para as agências de comunicação no País, sendo hoje uma referência para compradores de serviços, auditores de negócios, estudos da academia, entre outras iniciativas”, diz ele. “Temos tido a boa vontade de cerca de 200 agências nesses últimos anos e esperamos repetir e quem sabe ampliar esse número, na edição deste ano”.

É este o link para o preenchimento da pesquisa da Mega Brasil. Outras informações com Bianca Dornellas, pelo biancadornellas@megabrasil.com.br.

Eduardo Bolsonaro ignora ação judicial e ataca novamente Patrícia Campos Mello

Eduardo Bolsonaro

Em entrevista a um canal do YouTube, Eduardo repetiu as acusações feitas contra Patrícia por Hans River, uma das fontes da repórter para uma matéria sobre um esquema de disparos em massa ilegais de mensagens de WhatsApp para beneficiar Jair Bolsonaro na campanha de 2018.

No vídeo, o deputado afirmou que “Hans River disse que ela (Patrícia) tentou seduzir ele para ter acesso ao laptop dele e procurar e-mails que pudessem corroborar a matéria dela. Aí a ‘lacrosfera’ disse que isso era machismo. A mulher não pode tentar seduzir o homem? Em vez de ela vir na CPMI das Fake News e sob juramento desmentir o Hans River, o que ela fez? Ela processou a mim, ao meu pai, porque a gente falou ‘do furo da Patrícia Campos Melo’ e ela fica (dizendo) ‘não pode usar de sarcasmo, não pode ficar fazendo piadinha’. Por que não pode? Eu tenho imunidade parlamentar e estou falando sobre um fato que tem a ver com o meu trabalho”.

Na decisão que condena Eduardo Bolsonaro, o juiz Luiz Gustavo Esteves salientou que a imunidade “não é absoluta, não alcançando eventuais ofensas praticadas sem qualquer relação com o mandato em exercício”. Além dos R$ 30 mil de indenização, o deputado foi obrigado a pagar as custas do processo.

Fórum coleta informações sobre sustentabilidade financeira do jornalismo

Sustentabilidade financeira

A organização global Fórum sobre Informação e Democracia criou um grupo de trabalho que busca caminhos e soluções para a sustentabilidade financeira do jornalismo de qualidade. A primeira etapa do projeto é uma ampla coleta de experiências e recomendações estruturais aberta a jornalistas, gestores de mídia, formuladores de políticas, pesquisadores, juristas, investidores, técnicos e representantes da sociedade civil com interesse no futuro do jornalismo.

A iniciativa é liderada por Rasmus Nielsen, diretor do Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo na Universidade de Oxford. Sobre o projeto, ele declarou que “notícias de qualidade custam dinheiro, e sustentabilidade financeira ajuda a proteger a independência editorial.  A sustentabilidade do jornalismo é importante para todo o público, não apenas para quem trabalha na mídia. Por isso é tão importante encontrar maneiras de garantir o fornecimento contínuo de notícias de qualidade e assegurar uma indústria de mídia independente”.

O líder da coleta de informações é o pesquisador Sameer Padania, que questiona: “Sabemos que cooptação política e desertos de notícias são um grande desafio no Brasil. Que ideias e soluções estão ajudando a proteger e promover o jornalismo independente, e como isso tem sido financiado no País?”.

Por sugestão de Luciana Gurgel, coordenadora editorial do Media Talks by J&Cia, o fórum abriu a oportunidade para que as contribuições sejam enviadas em português. Segundo Luciana, “eles querem ouvir os pequenos, os independentes e os criativos, e não somente os grandes”.

Veja mais sobre o projeto e como enviar contribuições em MediaTalks by J&Cia.

Facebook recua e retira proibição de compartilhamento de links de notícias na Austrália

Facebook
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Após semanas de tensão entre Google e Facebook, a empresa e o primeiro-ministro Scott Morrison chegaram a um acordo. Em negociação envolvendo diretamente Mark Zuckerberg, criador do Facebook, a gigante digital decidiu retornar com os links de notícias em suas plataformas. Em tentativa de transmitir um sentimento de paz, Morrison elogiou o envolvimento direto do fundador da empresa nas negociações.

Já o ministro do Tesouro, Josh Frydenberg, enfatizou as concessões feitas pela empresa: “O Facebook comprometeu-se a entrar em negociações de boa-fé com empresas australianas de mídia de notícias e buscar chegar a acordos para pagar pelo conteúdo, como desdobramento de negociações intensas comigo, com o primeiro-ministro e com o chefe do Tesouro. Concordamos em fazer alguns esclarecimentos ao código”.

Em entrevista ao Financial Times, John Kettle, sócio do escritório de advocacia australiano McCullough Robertson, disse que o acordo parecia ser um meio-termo para salvar a face da empresa. Mas entende que o governo havia afirmado sua autoridade e que o Facebook agora teria que fechar acordos com os fornecedores de notícias de maneira semelhante ao Google. 

Segundo Kettle, a década de 2010 foi marcada pela preocupação com privacidade e tecnologia. E a de 2020 será marcada pelo debate envolvendo competição e tecnologia. Os sinais confirmam a tese, com outros países correndo para seguir o caminho da Austrália.

Mais detalhes em MediaTalks by J&Cia.

Microsoft anuncia aliança com veículos da UE por pagamento de conteúdo jornalístico

Microsoft
Microsoft

Após declarar apoio à nova lei de mídia australiana que obriga gigantes digitais a pagarem pelo uso de conteúdo jornalístico, a Microsoft anunciou uma aliança com veículos da União Europeia para garantir que as empresas de mídia sejam remuneradas pelo uso do conteúdo que produzirem. O objetivo é semelhante à nova regulamentação na Austrália.

Fernando de Yarza, presidente da News Media Europe, uma das entidades aliadas, declarou que “as experiências na França e na Austrália mostraram-nos que existe uma necessidade real de um instrumento vinculativo para abordar os desequilíbrios inerentes ao poder de negociação com as plataformas, que minam o potencial do setor de imprensa da Europa. Estamos ansiosos para trabalhar com a Microsoft e outros em uma solução que permita um ecossistema de mídia de notícias online saudável e diversificado”.

Jean-Pierre de Kerraoul, presidente da European Newspaper Publishers’ Association (ENPA) disse que “o jornalismo independente é vital para a coesão social que é essencial para a democracia. Mas a internet e as mídias sociais não têm sido gentis com a imprensa livre, com muitos veículos sendo atingidos. Um ecossistema totalmente funcional e competitivo fortalecerá o pluralismo da mídia e, em última análise, fortalecerá o discurso democrático. A democracia depende de uma imprensa livre para superar os tempos difíceis. Qualquer proposta legislativa que fortaleça a democracia e apóie uma imprensa livre deve ser promovida pela indústria de tecnologia, que é um produto das mesmas liberdades e valores”.

Confira os detalhes da nova aliança na MediaTalks by J&Cia.

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