A Globo vendeu para a Vinci Real Estate, por R$ 522 milhões, sua sede em São Paulo, que engloba estúdios e todas as instalações da rede na capital paulista. O acordo, porém, garante que a emissora continue a usar o local, pagando aluguel, pelos próximos 15 anos, com a possibilidade de renovar por outros 15. Segundo o Notícias da TV (UOL), a ideia é reduzir custos.
A sede, com pouco mais de 43 mil metros quadrados, no bairro do Brooklyn, inclui o edifício Jornalista Roberto Marinho, três módulos de produção, uma área de apoio, dois helipontos e cerca de 1.500 vagas de estacionamento, entre garagens e vagas externas. O local serve também como cenário dos telejornais Bom Dia São Paulo, SP1 e SP2, exibidos diariamente em São Paulo, e de entradas ao vivo para a GloboNews.
Pelo acordo, a Globo deve pagar pouco mais de R$ 84 mensais de aluguel por metro quadrado, valor que será reajustado anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A emissora não poderá sublocar o espaço para terceiros.
Sobre a operação, a Globo declarou que “vem buscando ampliar a sua eficiência através da captação de novas fontes de receita, da racionalização na gestão de custos e da ampliação da sinergia entre suas operações, gerando valor em tudo o que faz. A operação de sale & leaseback da sede da Globo em SP é parte da estratégia de tornar a empresa mais leve, ágil e flexível”.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e o Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGVcef) formaram uma parceria para realizar uma série de webinars com o objetivo de oferecer capacitação na área de finanças para jornalistas. A iniciativa tem o patrocínio da BB DTVM, gestora de recursos de terceiros do Banco do Brasil.
O primeiro webinar será nesta terça-feira (21/12), das 15h às 16 horas. O tema será Vieses comportamentais e decisões de investimento: a gestão de fundos como aliada do investidor.
Os webinars são abertos aos jornalistas dos jornais associados à ANJ, em especial os que fazem a cobertura da área econômica. Informações de acesso pelo e-mail [email protected].
Jornalistas&Cia e Portal dos Jornalistas começam a divulgar na próxima semana os resultados do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira 2021. O levantamento levará em consideração o histórico de quase 200 premiações jornalísticas, grande parte delas ainda ativas, para apontar os jornalistas, veículos e grupos de comunicação mais premiados em 2021 e na história brasileira.
“Ainda faltam alguns prêmios que costumeiramente divulgam seus resultados em dezembro, mas esta edição do levantamento já traz algumas novidades interessantes, como, por exemplo, o grande número veículos independentes, em sua maioria nativos digitais, estreando com conquistas de grande relevância nacional e internacional”, destaca Fernando Soares, editor deste Portal dos Jornalistas e coordenador da iniciativa. “Outro aspecto positivo foi que após um hiato de um ano, causado pela pandemia e pela impossibilidade de realizar eventos presenciais, quase todas as premiações que interromperam suas atividades em 2020 retomaram neste ano. Somadas aos novos prêmios que o Ranking passou a considerar, teremos uma das maiores edições de nossa história”.
Criado em 2011, o Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira analisa os resultados de premiações jornalísticas regionais, nacionais e internacionais, atribuindo pontuações que variam de 5 a 100 pontos, de acordo com a relevância, amplitude geográfica e temas das iniciativas analisadas.
Com algumas iniciativas ainda por anunciar resultados, esta edição do Ranking deverá superar pela primeira vez a marca de 10 mil jornalistas citados no levantamento. Eles representam mais de mil veículos das mais diferentes regiões do Brasil.
Confira o calendário de divulgação desta edição do Ranking:
22/12: +Premiados Jornalistas do Ano (Nacional e Regionais)
5/1: +Premiados Jornalistas da História (Nacional e Regionais)
12/1: +Premiados Veículos do Ano (Nacional e Regionais)
19/1: +Premiados Veículos da História (Nacional e Regionais)
26/1: +Premiados Grupos de Comunicação do Ano e da História
A CNN Brasil anunciou a contratação de 14 especialistas de diferentes áreas, que chegam para reforçar a cobertura das mais diversas editorias da emissora. Os novos contratados, referências nas áreas de economia, negócios, gestão, direito, inclusão, agronegócio, meio ambiente, tecnologia, educação e cultura, devem estrear a partir de janeiro de 2022.
Entre eles está o maestro João Carlos Martins, que fará análises e comentários sobre Cultura na emissora, às terças-feiras, no Live CNN. Outra especialista que chega à CNN é Nina Silva, CEO do Movimento Black Money, que deve comentar Diversidade e Empreendedorismo no programa Novo Dia, às sextas-feiras.
“Além de trazer a informação na velocidade que os tempos atuais exigem, o novo elenco aprofunda os temas mais relevantes para a sociedade brasileira oferecendo as melhores análises para a população”, diz comunicado enviado pela CNN à imprensa.
Os 14 especialistas contratados são Alexandre Schwartsman (Economia), Antonio Batista da Silva Junior (Negócios/Gestão), Carmem Perez (Economia/Agronegocio), Claudia Costin (Educação), Daniel castanho (Empresas/Gestão/Educação), Erika Bechara (Meio Ambiente), João Carlos Martins (Cultura), Neca Setubal (Gestão/Inclusão), Nina Silva (Empreendedorismo e Diversidade), Marcos Fava Neves (Economia/Agronegócio), Mauricio Pestana (Direito/Inclusão), Patrícia Travassos (Tecnologia), Rubens Barbosa (Brasil no Mundo), Sergio Vale (Economia).
Eles têm sotaque notável, chefes no exterior e tocam pautas bem parecidas com as dos jornalistas de redações brasileiras. São coleguinhas que dão ao público estrangeiro uma cobertura cotidiana agregada com a visão própria de quem é de fora. Cada vez mais raros aqui em razão das sucessivas crises da imprensa e da economia, esses repórteres gringos dão provas diárias de grande profissionalismo ao explicar ao mundo os fatos surreais deste país.
Além de nos ensinar práticas distintas para o nosso ofício comum, a presença deles entre nós também serve de indicador do interesse externo sobre o maior e mais populoso país latino-americano. Em minha longa vida na imprensa, tive a honra e o prazer de conhecer e fazer parcerias com correspondentes internacionais no Brasil. Muitos desses se apaixonaram pela nossa gente, cultura, paisagens e até nosso famoso “jeitinho”.
Minha referência mais remota desse pessoal, majoritariamente sediado em Rio, São Paulo e Brasília, é a britânica Diana Kinch, emissária de agências e veículos focados em siderurgia e mineração, como o Metal Bulletin. Figura afável e muito ativa nas entrevistas coletivas dos institutos IBS (Aço) e Ibram (minério) e de companhias minero-metalúrgicas como Vale, Mannesmann e Usiminas, ela era a enviada especial mais presente nas Minas Gerais.
Em Sampa, lá no comecinho deste século, fiz amizade com Pamela Druckerman, jovem staff reporter do The Wall Street Journal, que cruzou o território tupiniquim para apurar temas variados. Danilo Jorge, meu companheiro de Gazeta Mercantil, até tentou, sem sucesso, convencê-la a cobrir o Carnaval em Diamantina (MG). Hoje ela é autora de bestsellers sobre a criação de filhos, estilo de vida, choque cultural e dilemas afetivos.
Pude ainda trocar figurinhas com emissários que vieram à capital paulista para saber a quantas andavam aqui os badalados negócios digitais. Um desses era Max Smetannikov, da norte-americana Inter@ctive Week, que redigiu um artigo de referência para pesquisas acerca do desenvolvimento da rede mundial dos computadores nesta parte do globo. Atualmente, o versátil periodista de origem russa tornou-se também um estrategista de mídias.
Outra experiência gratificante que tive com estrangeiros foi ter sido “colega de firma” da turminha da GZM International Weekly Edition, publicação semanal da Gazeta Mercantil criada no início dos anos 1990 e que a turma do veículo principal chamava carinhosamente de A Gazetinha.
Nos dava orgulho danado ver matérias nossas publicadas na newsletter, todas bem editadas por Brian Gould e traduzidas para inglês e espanhol. Nessa equipe de múltiplas origens nacionais e que ficava numa estação de trabalho no meio da redação-sede estavam Dina Thrasher (hoje assessora da Câmara de Comércio Brasil-Canadá), Johann Weber, Jonathan Duran, Kendra Johnson, Patricia Wisnefski e Tony Rosenberg.
Na minha atual fase de Brasília, ganhei outros valiosos amigos de profissão, como o britânico Anthony Boadle, da Reuters, e Stéphane Schorderet, assessor da Embaixada da França. Este chegou a ser o meu intérprete na cúpula do G20 em Cannes (2011).
Nessa viagem, dei também uma forcinha a colegas estrangeiros fazendo o papel de fonte brasileira, como nas entrevistas para Xiaomeng Lan, do jornal China Times,Pedro Benevides, da tevê portuguesa RTP, e um canal vietnamita. Tudo isso graças à bandeirinha verde e amarela que eu exibia com orgulho na minha lapela. Brazil-zil!
Silvio dá entrevista para Pedro Benevides, da TV portuguesa (2011)
A história desta semana é novamente uma colaboração de Sílvio Ribas, assessor parlamentar do senador Lasier Martins (Podemos-RS).
Nosso estoque do Memórias da Redação continua baixo. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para [email protected].
Luciano Hang, dono da Havan, entrou com ação na Justiça contra o ilustrador Fernando Rosário, conhecido como Nando Motta, por uma charge que critica as supostas atitudes do empresário em relação ao tratamento de sua mãe contra a Covid-19.
Nela, personagens de filmes de terror como Jason e Hannibal soltam frases como “dizem que deixou a mãe ser cobaia”, “fraudou a causa da morte dela” e “monstro”. Eles se referem ao próprio Hang, que caminha atrás dos personagens.
A charge faz referência ao depoimento de Hang na CPI da Covid. Ele disse ter tomado conhecimento da ausência de menção à Covid-19 no atestado de óbito da mãe, que faleceu após ser internada em um hospital da Prevent Senior, em SP, investigado pelo uso de medicamentos e tratamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.
Na ação, Hang pede R$ 50 mil de indenização por danos morais, além da retirada da charge no ar, que, segundo ele, contém informações falsas, sem qualquer comprovação, e que estão causando dano a sua imagem. O caso está na Justiça de Santa Catarina.
Morreu na terça-feira (14/12) o jornalista italiano Riccardo Ehrman, aos 92 anos, em Madri, última cidade onde trabalhou antes de se aposentar. Ele ficou conhecido por fazer uma pergunta história a um político da República Democrática Alemã (RDA) em 1989, que levou à queda antecipada do Muro de Berlim.
Em 9 de novembro de 1989, Ehrman, que na época trabalhava para agência de notícias italiana Ansa, questionou Günter Schabowski, porta-voz do regime da Alemanha Oriental, sobre novas regras no controle da fronteira e quando a lei entraria em vigor. Após um mal-entendido, e pressionado sobre datas, o porta-voz respondeu: “Pelo que sei, ela entra… já, imediatamente”.
Autoridades locais pretendiam criar um relaxamento dos controles da fronteira, mas Schabowski não havia sido informado, e o assunto não tinha sido mencionado. Foi Ehrman quem levantou o tópico.
“Saí imediatamente e enviei um telex para a minha sede em Roma: ‘O Muro caiu'”, contou em 2014, no 25º aniversário da queda do Muro de Berlim. A notícia de Ehrman rapidamente se espalhou, e, durante três horas, guardas de fronteira, que não foram informados do novo regulamento, tiveram que conter a travessia. Depois que a TV Oeste confirmou a notícia, a passagem foi finalmente liberada.
Em entrevista à agência de notícias EFE, em 2019, Ehrman contou que não havia preparado nenhuma pergunta, e que até chegou atrasado à coletiva: “Fiz a pergunta porque as viagens eram uma situação importante naquele momento”.
Ehrman nasceu em Florença em 4 de novembro de 1929. De origem polonesa e judaica, foi enviado aos 13 anos a um campo para judeus criado pelo ditador italiano Benito Mussolini no sul da Itália.
Estudou Direito e Música, e iniciou a carreira como repórter nos jornais Il Matino e La Natione, de Florença. Trabalhou na agência Associated Press em Roma e em Nova York, e posteriormente na Ansa, pela qual foi correspondente em Ottawa, no Canadá, e em Berlim. Em 1992, mudou-se para Madri, como correspondente responsável por Espanha e Portugal.
Andréia Sadi e Natuza Nery, ambas comentaristas de Política no Grupo Globo, promovem o curso Jornalismo político na prática − Como ter uma carreira de sucesso, que ensina ferramentas essenciais para a cobertura política, com o objetivo de ajudar estudantes e profissionais a desenvolverem suas carreiras na área. As inscrições vão até 20 de dezembro.
Entre os temas abordados estão como estabelecer, cultivar e fidelizar fontes; como conduzir reportagens e entrevistas; como conseguir um furo de reportagem; como colocar-se no mercado de trabalho, entre outros. “Reunimos nestas aulas tudo aquilo que nós gostaríamos de ter aprendido logo no início das nossas carreiras”, explica Natuza.
Ao todo, são 27 aulas, com 12 horas de conteúdo original, divididas em 14 módulos. Além dos principais tópicos do jornalismo político, o curso discute temas atuais do cenário político brasileiro, como a CPI da Covid e as eleições de 2022. “Levamos para as aulas casos de repercussão nacional e explicamos todo o processo que levou tal notícia a ser destaque no noticiário”, diz Sadi.
O curso é 100% online, realizado por meio da plataforma Hotmart, com aulas gravadas e outras ao vivo. Inscrições aqui.
A Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) completa nesta quinta-feira (16/12) 35 anos de existência. A entidade representa as editoras de revistas, com o objetivo de promover e defender os interesses comuns do mercado de revistas, nas áreas editorial e comercial.
Ela nasceu durante o processo de abertura política pós-ditadura militar. O movimento inspirou-se em projetos internacionais como a Fédération Internacional de la Presse Périodique (FIPP), criada em 1925, e a Magazine Publisher Association (MPA), dos Estados Unidos, em 1919. Na época, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) já atuavam no Brasil.
O momento decisivo para a criação da Aner ocorreu durante reunião que uniu as principais editoras do País em defesa de seus interesses e direitos. O encontro, organizado por Thomaz Souto Corrêa, da Abril, reuniu Roberto Civita (Editora Abril), Oscar Bloch Siegelmann (Bloch), José Roberto Sgarbi (Carta Editorial), Hélio Paulo Gonçalves (EBID – Páginas Amarelas), Luiz Fernando Levy (Gazeta Mercantil), Mauro Guimarães (Jornal do Brasil), João Roberto Marinho (Rio Gráfica – antecessora da Editora Globo), Charlotte Seddig Jorge (Sigla) e Paulo Augusto de Almeida (Editora Três).
Desde o começo, a atuação da Aner teve forte característica política, combatendo intervenções do governo no funcionamento das editoras de revistas. Roberto Civita foi eleito presidente pelo primeiro conselho administrativo, e Murillo de Aragão assumiu a vice-presidência executiva da entidade. Hoje, o presidente é Rafael Soriano.
A Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) anunciou nesta quarta-feira (15/12) os projetos de reportagem selecionados na categoria Jornalista do 3º Edital de Jornalismo de Educação. São oito pautas, de profissionais de seis estados, em quatro regiões do País. Cada projeto receberá uma bolsa de R$ 8 mil para a produção do trabalho.
A categoria Estudantes, que premia Trabalhos de Conclusão de Curso, ainda está com as inscrições abertas, até 31 de janeiro. Mais informações aqui.
Confira a seguir as pautas selecionadas:
Impacto das mudanças climáticas na educação de meninas e jovens do semiárido brasileiro – Anelize Moreira (MG) e Camila Salmazio (SP), para o portal Lunetas
Socioeducação: como estudam adolescentes brasileiros que cumprem medida de privação de liberdade? – Fernanda La Cruz (RS), para o projeto #Colabora
Lutando por igualdade: os desafios de professores, estudantes e pais LGBTs em sala de aula – Ícaro Kropidloski (RS), para o site Nonada
Dez anos de cotas: os beneficiados e as lições para os próximos anos – Ítalo Cosme (CE) e Patrick Freitas (SP), para o jornal O Estado de S. Paulo
Professores sem giz, alunos sem carteiras: a desestruturação de escolas indígenas no Amazonas – Jullie Pereira (AM) e Ariel Bentes (AM), para o site Amazônia Real
Hora da Merenda: efeitos da insegurança alimentar na educação em Minas Gerais – Lara Alves (MG) e Pedro Rocha Franco (MG), para a Rádio Itatiaia
Militarização de escolas na Bahia – Paulo Oliveira (BA) e Linda Gomes (BA), para o portal Meus Sertões
Desigualdades na educação formal dos povos ciganos no Brasil: Desafios e perspectivas – Roi Rogeres Fernandes Filho (BA), para o portal Educação & Justiça