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quinta-feira, julho 10, 2025

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Funcionários da RedeTV entram em greve

RedeTV anuncia novidades na programação
RedeTV anuncia novidades na programação

Após assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (30/8), funcionários da RedeTV decidiram entrar em greve. A paralisação, que teve início às 0h desta terça-feira, envolve os trabalhadores registrados como radialistas, ainda que boa parte não desempenhe funções da categoria.

Dentre eles, estão cinegrafistas, operadores de vídeo, produtores, editores de imagem, advogados, trabalhadores de recursos humanos, secretários, secretárias, copeiras, faxineiras, seguranças e até professores de educação física, que alegam não receberem reajuste ou abono há quatro anos.

“Para piorar, durante oito meses do ano passado, os empregados da empresa tiveram os salários reduzidos em 25% por meio do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda do governo federal”, acusou o Sindicato dos Jornalistas de SP, que coordenou a assembleia, e que orientou aos jornalistas que não desempenhem nenhuma função de radialista enquanto durar a greve. “A RedeTV! usou o programa do governo mesmo com as demonstrações notórias e públicas de ganhos publicitários nos últimos três anos”.

Em comunicado enviado ao UOL, a emissora contestou a posição da entidade e afirmou que a argumentação utilizada pelo sindicato está “desvinculada da realidade”. A RedeTV também afirmou que a decisão foi tomada sem a participação da maioria dos colaboradores. “A RedeTV! lamenta que o Sindicato tenha realizado assembleia na qual não estava presente a maioria de seus milhares de colaboradores para decretar o estado de greve. Isso prejudica o trabalho dos demais colaboradores que não concordam ou apoiam tal movimento.”

Plataforma Território da Notícia distribui notícias sobre periferias de SP

Plataforma Território da Notícia distribui notícias sobre periferias de SP

Os sites Desenrola e Não Me Enrola, Alma Preta, Embarque Nodireito e Periferia em Movimento lançaram o projeto Território da Notícia (TN), que distribui notícias sobre as periferias de São Paulo por meio de 25 telas instaladas em estabelecimentos comerciais nas favelas da cidade.

Cada tela significa um alcance de público que as redes sociais não possibilitam e também geração de renda que vai monetizar a audiência”, disse Ronaldo Matos, gerente comercial do TN, à LatAm Journalism Review (LJR). “Não é só exibir o conteúdo e sim transformar essa estratégia em geração de renda”.

O Território da Notícia estima que as 25 telas iniciais vão atingir entre 500 a 800 mil pessoas por mês. A iniciativa surgiu a partir de um projeto selecionado pelo Desafio de Inovação Google News Initiative na América Latina em 2019. A equipe é formada por 20 pessoas, entre jornalistas e técnicos, com apoio de equipes de vendas e de marketing.

Nos próximos anos, a ideia é expandir o projeto para novas cidades, como o Rio de Janeiro. Matos prevê que, “quem se formar na faculdade daqui a cinco anos vai poder criar um portal de jornalismo no seu bairro com a rede de longo alcance da TN. Vai ser também capaz de monetizar o seu conteúdo, numa alternativa às redes sociais”.

Lívia Torres (Globo) sofre ameaças após denunciar esquema de pirâmide financeira

Lívia Torres (Globo) sofre ameaças após denunciar esquema de pirâmide financeira

A repórter Lívia Torres, da TV Globo, recebeu nos últimos dias diversos ataques e ameaças após a publicação de uma reportagem que denuncia um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas. O conteúdo foi ao ar no Fantástico.

Lívia Torres – Foto: Perfil Twitter

A reportagem de Lívia revelou que a empresa G.A.S Consultoria Bitcoin prometia rendimentos exorbitantes por meio de investimentos em criptomoedas. O dono da companhia, Glaidson Acácio dos Santos, foi preso pela Polícia Federal do Rio de Janeiro em 25 de agosto.

O Globo revelou em 28/8 que Glaidson, inclusive, estava incomodado com diversas reportagens sobre o esquema que citavam seu nome. Em ligação interceptada com autorização da Justiça, ele aparece conversando com um segurança sobre a visita de um jornalista a um escritório da G.A.S Consultoria Bitcoin.

“Você tem que fazer reunião com esses caras e falar assim: olha, é ordem do Glaidson, chegou aqui repórter… É pra pegar, pra amarrar, e eu vou decidir o que vai fazer”, disse Glaidson. “Não vai fazer nada, só vai segurar. (…) Bateu repórter aí no escritório, é pra pegar! Segura! Toma celular, toma câmera, apaga tudo, e fica com o negócio na mão, com celular e com a câmera na mão… E me liga!”.

Em 27/8, manifestantes foram à porta da TV Globo no Rio de Janeiro e gritaram pelo nome da repórter, que por segurança foi tirada das ruas.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) repudiou as ameaças, destacando que “a democracia pressupõe uma imprensa livre e é obrigação do poder público impedir qualquer tipo de ameaça ou intimidação. A ABI reafirma seu compromisso com essa bandeira e manifesta sua solidariedade à repórter vítima das agressões”.

Lívia recebeu também o apoio de diversos colegas nas redes sociais.

Entidades lançam Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores

Entidades lançam Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores

O Instituto Vladimir Herzog e a ONG Artigo 19 lançam nessa terça-feira (31/8) a Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores, que reúne profissionais, entidades e organizações defensoras da liberdade de imprensa e expressão.

O objetivo é combater os ataques às liberdades de imprensa e expressão por meio do acolhimento de denúncias de ameaças a comunicadores. A rede promoverá oficinas online sobre temas ligados a jornalismo, direitos humanos, segurança digital, cobertura de eleições e manifestações, entre outros. A ideia é, ainda este ano, realizar um encontro nacional, também virtual.

O site da rede, ainda em construção, terá uma ferramenta para denúncias de ataques, e reunirá materiais como livros, cartilhas, artigos e vídeos sobre proteção e segurança de comunicadores.

O lançamento oficial da rede será às 19h, em transmissão no canal do Instituto Vladimir Herzog no YouTube. O evento também discutirá os crescentes ataques à imprensa Brasil.

Participarão Semayat Oliveira, cofundadora e codiretora do Nós, Mulheres da Periferia; Bianca Santana, diretora executiva da Casa Sueli Carneiro; e Kátia Brasil, cofundadora e editora executiva da Agência Amazônia Real.

Leia também:

Prêmio Abraciclo 2021 recebe inscrições até 1º de outubro

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares está com inscrições abertas para o Prêmio Abraciclo de Jornalismo 2021. No ano em que a entidade comemora seu 45º aniversário, a iniciativa chega com novidades em seu formato, amplitude de temas abordados e valores. O prêmio conta com apoio de Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva e deste Portal dos Jornalistas.

Além das já tradicionais categorias Bicicleta, Polo Industrial de Manaus e Motocicleta (esta subdividida em Mídia Impressa & Digital e Som & Imagem), que distribuirão aos três primeiros colocados, respectivamente, R$ 9 mil, R$ 4 mil e R$ 3 mil, a premiação reconhecerá a reportagem mais bem avaliada com o prêmio de Vencedor do Ano.

O autor da reportagem reconhecida nesta categoria receberá um troféu e será contemplado com R$ 10 mil, além de ganhar uma visita a três fábricas associadas da Abraciclo em Manaus. No total, serão distribuídos R$ 74 mil em prêmios.

“O objetivo do prêmio é incentivar a cobertura jornalística sobre o uso de motocicletas, ciclomotores, motonetas, bicicletas ou similares como meio efetivo de transporte”, explica o presidente da entidade Marcos Fermanian. “Durante a pandemia, esses modais ganharam protagonismo e se tornaram instrumento de trabalho e fonte de renda para muitas pessoas, por isso, para nós é muito importante incentivar a produção de reportagens que estimulem o uso seguro de veículos de duas rodas como meio de transporte e promovam o respeito ao trânsito no Brasil”.

Amplitude de temas

Um dos principais desafios desta edição do prêmio, a 15ª de sua história, será ampliar ainda mais a discussão sobre o impacto dos veículos de duas rodas na sociedade. Por isso, a organização do prêmio preparou uma lista de temas sugeridos para esta edição do concurso:

  • Liberdade & Mobilidade;
  • Tecnologia & Inovação;
  • Eco-Friendly & Respeito ao meio ambiente;
  • Condução segura & Equipamentos de segurança;
  • Acessibilidade ao Segmento de Duas Rodas & Covid-19 e o protagonismo dos veículos de Duas Rodas como fonte de renda e opção de transporte individual;
  • Campanhas e Ações Educativas.

Inscrições

As inscrições para o Prêmio Abraciclo estarão disponíveis no site do concurso até 1º de outubro. Cada jornalista poderá inscrever, no máximo, três reportagens, veiculadas de 1º de outubro de 2019 a 30 de setembro deste ano. A cerimônia de premiação, com o anúncio dos vencedores, está prevista para 16/11, durante o Salão Duas Rodas.

Eduardo Vieira assume Comunicação do Softbank

Eduardo Vieira
Eduardo Vieira

Eduardo Vieira, que anunciou na última semana sua saída do comando do Grupo Ideal, é o novo Head de Comunicações do Softbank Latin America. A instituição financeira, que mantém investimentos em mais de 50 empresas na região, já era atendida em sua área de Relações Públicas pelo próprio Grupo Ideal.

Além de responder pelo institucional da marca, Vieira dará suporte nas áreas de comunicação e marketing d as empresas em que o Softbank investe na região. Entre elas estão Banco Inter, Rappi, Creditas, Quinto Andar, Loft, Loggi, MadeiraMadeira, Gympass e Vtex. Ele responderá a Marcelo Claure, COO do Softbank Group e CEO do Softbank International, e a Mark Kornblau, Head Global de Comunicações do SoftBank Group.

Eduardo Vieira
Eduardo Vieira

“Estou animado ao dar as boas-vindas a Eduardo como nosso novo Head of Communications para a América Latina”, afirma Marcelo Claure. “Eduardo não somente tem um profundo conhecimento de marketing e comunicação, mas também é um empreendedor nato. Ele será fundamental para aprimorar o engajamento com as empresas do nosso ecossistema e os stakeholders mais relevantes na região.”

“Estou entusiasmado por me juntar ao incrível time do SoftBank e ser o guardião de sua marca e reputação na América Latina”, completa. “Ao ajudar a estruturar iniciativas de comunicação estratégica para empresas que fazem parte do portfólio do SoftBank na região, temos a chance de ajudar a transformar a vida de milhões de pessoas. Estou honrado e especialmente energizado por esta enorme oportunidade de criar valor. O horizonte para os empreendedores da região nunca foi tão brilhante.”

Ao lado de Ricardo Cesar, Eduardo Vieira fundou a Ideal em 2007. Em 2015 o Grupo WPP adquiriu participação majoritária na agência, que absorveu a operação nacional da H+K e passou a se chamar Ideal H+K Strategies. Ambos continuaram à frente do negócio como coCEOs e, no final de 2018, assumiram como coCEOs da rede na América Latina. Vale destacar que Vieira seguirá como sócio do grupo, apesar de sua saída do dia a dia das operações.


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O adeus a Paulo Torres

Paulo Torres nasceu em Cerqueira Cesar, em 1965. Morreu aos 56 anos em Bauru, aonde viveu a maior parte da sua trajetória profissional.
Paulo Torres nasceu em Cerqueira Cesar, em 1965. Morreu aos 56 anos em Bauru, aonde viveu a maior parte da sua trajetória profissional.

Paulo Rodrigues Torres nasceu em Cerqueira Cesar, em 23/3/1965. Morreu aos 56 anos em Bauru, aonde viveu a maior parte da sua trajetória profissional.

Paulo Torres em entrevista com Osires Silva-1992/Arquivo Pessoal
Paulo Torres em entrevista com Osires Silva-1992/Arquivo Pessoal

Jornalista formado pela Unesp, iniciou carreira no Diário de Bauru como repórter, em 1988, indo logo em seguida para o Jornal da Cidade como editor regional. Em 1990 retornou ao Diário de Bauru como editor-chefe, numa temporada que marcou o jornalismo impresso bauruense, quando fez dupla com Marcio ABC, que era subeditor.

Quando o Diário de Bauru encerrou atividades, em 1999, foi convidado a assumir como diretor de Redação do Diário da Região, em São José do Rio Preto, onde permaneceu de até 2003.

Após a passagem por S. J. Rio Preto, em 2004 assumiu o comando do jornal O Estado do Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. Lá permaneceu por alguns anos, até retornar a Bauru onde passou a atuar de forma independente até 2020.

Dono de um estilo único de escrever e comandar a equipe, conquistava admiradores por onde passava e influenciava a política local dos municípios onde atuou, pelo carisma e independência com que impunha a linha editorial.

Paulo Torres em entrevista com José Dirceu-1993/Arquivo Pessoal
Paulo Torres em entrevista com José Dirceu-1993/Arquivo Pessoal

Entrevistou e escreveu sobre a maioria dos políticos de destaque nacional: de Paulo Maluf, a Orestes Quércia, Mário Covas, Luís Inácio Lula da Silva (na época apenas um metalúrgico em ascensão), Zé Dirceu, FHC e Geraldo Alckmin. Era respeitado e considerado brilhante pela lucidez e discernimento em suas colocações e visão jornalística. Adorava um furo e estimulou o surgimento de vários talentos. Nomes como Fábio Turci, repórter da TV Globo, e Alberto Bombig (Estadão), entre outros, começaram como focas sob seu comando na direção do Diário de Bauru antes de alçar voo para a capital.

Nos últimos anos estava afastado de todos os antigos contatos. Na última sexta-feira (20/8), foi encontrado por familiares morto em seu apartamento no centro de Bauru. A causa da morte foi infarto.

Foi sepultado no cemitério Jardim do Ipê, em Bauru. Deixou três filhos: Paulo André Torres (40 anos), Mariana de Lima Torres (28 anos), Rodrigo de Lima Torres (23 anos) e uma neta, Marina Torres (2 anos). Foi casado com Ellen Lima, jornalista em Rio Preto, com quem viveu por 15 anos até se mudar para Campo Grande. Era o caçula de Aparecida Torres (90 anos) e tinha quatro irmãos (todos vivos). 

Sobre ele escreveu o amigo Marcio ABC:

Marcio ABC
Marcio ABC

Ulisses

Um dos romances mais fodas de todos os tempos, Ulisses, de James Joyce, é inspirado na Odisseia, obra imortal de Homero. É a narrativa de um dia de um cara em Dublin (Irlanda). E que dia! E que cara! E que Dublin!

Hoje à tarde eu estava relendo o livro quando do nada, como quase sempre acontece nessas horas, estava lá no zap: “Pessoal, meu tio Paulo morreu. Foi encontrado morto no seu apartamento hoje na hora do almoço”. O fotógrafo Cristiano Zanardi mandou o petardo. O petardo caiu devagar, às 16h44. Depois, feito um mecanismo cruel – uma anestesia que te pega aos poucos, uma dorzinha de cabeça que vai te derrubar, uma cólica de rim que começa com um incômodo nas bolas −, foi me afundando, afundando, afundando.

Agora, nove e tanto da noite, depois de entornar umas cervejas, vou aos poucos tirando a cabeça fora da água. Primeiro para tentar um vago consolo expressando-me aqui com a vaga ideia de um vago grito no escuro. Depois processar que “meu tio Paulo” é o Paulo Torres. O Paulo Torres morreu. Morreu o Paulo Torres. Morreu, morreu. O Paulo Torres. Preciso repetir. O Paulo Torres morreu. O imenso Paulo Torres morreu. Um desses sujeitos que nascem, eclodem, fazem a vida de gato e sapato, depois vão embora sem dar maiores satisfações. São tão imprevisíveis!

Trabalhei com ele durante seis anos redondamente falando. Numa sala de três metros por quatro talvez. Mas que sala! Que imensidão! O Diário de Bauru, depois de um breve tempo lá em cima na Antonio Alves, foi para a Bandeirantes, lá embaixo, perto da histórica estação ferroviária, ao lado daqueles bares decadentes atraentes em que as salsichas, de tão velhas, chegavam a parir naqueles vidrões temperados. Hoteizinbos fodidos, sarjetas sujas onde baratas passeavam de bolsinha a tiracolo, e nos bueiros ratos do tamanho de pitbulls fumavam bitucas antes de dormir de dia para sair à noite. Era assim.

Viramos muitas noites ali, dentro do jornal, na rua, nos bares. Nossa sala era adrenalina pura. Éramos loucos. Ele mais do que eu. O dono do jornal, mais ainda. Todos os dias precisávamos aprontar alguma. Denunciar, investigar, fazer jornalismo! Eu me dava tão bem com ele. E ele comigo. Uma vez, no nosso auge, estávamos cada um em sua mesa, cada um digitando em seu computador (aqueles grandões). Eu me viro para perguntar ao Paulo Torres:

Paulo Torres/Arquivo Pessoal
Paulo Torres/Arquivo Pessoal

− Paulinho…

E antes que eu fizesse a pergunta, ele me deu a resposta. Éramos tão ligados que chegamos a isto! Quem quiser que acredite. Quem não quiser, a puta que pariu está por aí, em meio às baratas de tiracolo, aos ratos fumando nos bueiros. Qual era o assunto? Qual seria a pergunta? Qual foi a resposta? Não sei mais. É uma daquelas circunstâncias em que a cena, o fato, o ato precipita-se sobre o conteúdo. Foi tão forte que ficou apenas a lembrança do improvável, do inexplicável, do metafísico.

Foi meu parceiro mais próximo, maior cúmplice, a melhor das minhas metades profissionais. No nosso cubículo de ousadias, nos bares mastigando conquistas e ruminando reveses, na sala do patrão juntos para o que desse e viesse, aquele dia na moto em que o carro nos perseguiu (politicamente?) e quase nos jogou do viaduto da Duque sobre a Nações, nossas escapadas aos bingos, nossos vícios, quando ele se acidentou e no quarto do hospital o médico pediu para que eu o despisse, em seus maus dias, nos meus, nas suas deprês, nas minhas, quando dissemos ao chefe que se houvesse demissões seríamos os primeiros, quando você errava e eu assumia o erro, quando eu errava e você assumia o erro, quando você dizia “nisso você é melhor que eu”, quando eu dizia “faz isso porque você faz melhor que eu”. Aquele dia em que o jornal fechou e fomos cada um para um lado chorando.

Não te vejo faz sete ou oito anos, sei lá. A vida junta e separa. A vida é tão bela e triste!

Onde você? Onde eu? Onde todos?

Onde você? Você, meu Ulisses! Você que agora, depois de tanto remar, chega ao seu destino final. Imagino daqui seu barco aportando numa praia de areia branca, o sol reluzindo em sua cabeçona, você com as mãos na cintura girando sobre os pés, o sorriso no rosto, e seu “hã-hã” exclamativo rasgando seu novo mundo.

Atrás de você, o mar. Que um dia a gente também vai atravessar pra te ver.

 

Pedro Lins e Luiz Teixeira: casos recentes de racismo contra a imprensa

Pedro Lins e Luiz Teixeira: casos recentes de racismo contra a imprensa

O apresentador Pedro Lins, do programa Bom Dia Pernambuco (Globo Nordeste), foi vítima de racismo nessa quarta-feira (25/8) e usou suas redes sociais para rebater o comentário preconceituoso.

No Twitter, Pedro escreveu: “E ainda tem uma galera que diz que racismo não existe. Ouvi agora, hoje à noite: ‘fala com quem da Globo para parar de colocar vocês pretinhos para apresentar jornal?’”

Em seu perfil no Instagram, o apresentador comentou o ocorrido e disse que está “compartilhando isso para dizer a você, que também passa por isso, que você não está sozinho. Aproveito para dizer também, como eu disse para essa pessoa racista: Sorte? Não, amor. Aqui tem muito trabalho, muito estudo, muita força, muito foco e muita competência”. Ele então declamou uma poesia do autor Pedro Martins sobre preconceito.

Outro episódio de racismo contra a imprensa ocorreu nessa semana. O repórter Luiz Teixeira, do SporTV, comentou em suas redes que foi questionado, durante credenciamento para um jogo, se era câmera ou auxiliar, sendo que ele era o único repórter de campo e já estava com a roupa de transmissão.

“É duro aceitar um repórter negro?”, questionou Luiz. “Todas as funções são essenciais para uma transmissão ocorrer. Mas ser sempre o ‘confundido’ gera um desgaste grande. Nunca será normal, principalmente por saber o real motivo do ’deslize‘ e por ver que o ‘procedimento padrão’ só serve para um”.

Segundo pesquisa do Instituto Reuters, publicada em março deste ano, o Brasil está ao lado de Reino Unido e Alemanha como os países sem qualquer diretor de Redação não branco nos veículos com maior audiência. O estudo detectou que apenas 34% dos profissionais de imprensa do País não são brancos. Leia mais sobre o relatório em MediaTalks by J&Cia.

Vale lembrar que este Portal dos Jornalistas e a newsletter Jornalistas&Cia estão realizando um censo sobre o Perfil Racial da Imprensa Brasileira, com o propósito de aferir a atual situação racial das redações brasileiras e, desse modo, contribuir para políticas afirmativas de diversidade e inclusão no jornalismo brasileiro. São 13 as questões que constam do questionário que está sendo encaminhado aos 61 mil jornalistas em atividade no País, com tempo máximo de resposta de cinco minutos. Responda! Mas, atenção: ela é exclusiva para quem atua em redações.

Outras informações com Vinícius Ribeiro (vinicius@jornalistasecia.com.br).

Gênero e Número e RSF Brasil fazem pesquisa sobre mulheres e jornalistas LGBTQIA+   

A Gênero e Número abriu, em parceria com a Repórteres Sem Fronteiras Brasil, um questionário online voltado a mulheres e jornalistas LGBTQIA+
A Gênero e Número abriu, em parceria com a Repórteres Sem Fronteiras Brasil, um questionário online voltado a mulheres e jornalistas LGBTQIA+

A Gênero e Número abriu, em parceria com a Repórteres Sem Fronteiras Brasil, um questionário online voltado a mulheres e jornalistas LGBTQIA+ sobre O impacto da desinformação e da violência política na internet contra jornalistas e comunicadores mulheres e LGBTQIA+ durante a pandemia.

Com o objetivo de aprofundar a investigação sobre as condições em que tem sido realizado o trabalho desses comunicadores e jornalistas no Brasil, o estudo visa a identificar questões críticas e avançar na defesa para o livre exercício do jornalismo no País.

Mariana Ditolvo é a nova diretora de Operações da NR-7 

Mariana Ditolvo
Mariana Ditolvo

Mariana Ditolvo passou a integrar a equipe executiva da NR-7 Comunicação, agência especializada no atendimento a startups e empresas do setor de tecnologia e internet, como nova diretora de Operações.

Com mais de 20 anos de experiência, teve passagens por veículos como IstoÉ Dinheiro, Agência Estado e Meio & Mensagem, e por agências de marketing digital e Relações Públicas como Ginga, A2C/Brivia, Máquina Cohn & Wolfe e Imagem Corporativa.

Nelson Rodrigues, fundador da NR-7, disse conhecer a executiva há muitos anos e afirma tratar-se de uma profissional exemplar, “que também migrou da redação para comunicação corporativa, onde adquiriu muita experiência em tecnologia. A vinda dela como COO da NR-7 faz parte dos nossos planos de crescimento não somente no porte da agência, mas principalmente em termos de novos produtos e serviços a serem oferecidos”.

Mariana Ditolvo já colaborou para o posicionamento de marcas de diferentes portes e segmentos, entre elas SAP Brasil, Merck Brasil, Tecnisa, GPA, Ambev, DSM, Carrefour, Microsoft, Castrol, Volvo Caminhões, Turma da Mônica, Fiserv, Cinemark, TNC Brasil, FGC e XP Investimentos.

E mais:

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