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domingo, dezembro 21, 2025

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Falando simples sobre linguagem simples

Crédito: Antenna/Unsplash

Por Lincoln Macário e Lília Gomes Ferreira*

Comunicar é se fazer entender. Sem isso não há comunicação. Mas há muitas coisas tentando se passar por comunicação por aí. Especialmente na comunicação pública, dos governos e dos órgãos públicos com a sociedade. Talvez porque comunicar não fosse realmente o objetivo. No próximo domingo, 13 de outubro, será celebrado o Dia Mundial da Linguagem Simples, para dar visibilidade a um movimento mundial de alerta sobre a responsabilidade de governos usarem a linguagem como instrumento de inclusão social.

Nos anos 1970, o filósofo Michel Foucault já chamava a atenção para a exclusão por meio da linguagem. A política, o direito e outras áreas de interesse público eram exclusivas de quem conhecia as palavras difíceis do juridiquês. Nas universidades se pesquisa como as linguagens têm o poder de incluir ou excluir falantes. Mas o assunto ainda precisa ganhar o mundo.

E vem ganhando! Nos Estados Unidos, desde 1940. Na Europa, desde os anos 1970. No México e na Colômbia, a partir dos anos 2000. E, no Brasil, a partir de 2010. Profissionais da comunicação, especialmente no setor público, têm estimulado e capacitado colegas a buscar uma escrita simples, tarefa que não é fácil. Seja em documentos públicos, em ações judiciais, contratos, informes, seja matérias jornalísticas, ou conteúdo de redes sociais, a ideia é também testar com frequência a compreensão destes textos. Em resumo: todo conteúdo falando para todos.

Desde os anos 1990 órgãos públicos ampliam seus canais de comunicação com o cidadão, como sites, emissoras de rádio e tv, e mais recentemente, redes sociais. Informações direto da fonte buscavam chegar ao cidadão sem intermediários. Mas em vez da linguagem do cidadão o que se viu com frequência foram os jargões dos órgãos públicos tendo destaque. E o desconhecimento sobre direitos e deveres não diminuía. Por isso, um movimento pela linguagem simples vem alertando e convocando o poder público a rever seu esforço de comunicação.

“Uma comunicação em Linguagem Simples é visualmente convidativa e fácil de ler. Costuma ter o tom de uma conversa amigável e respeitosa. Reconhece o direito que toda pessoa tem de entender textos relevantes para o seu cotidiano. Sua intenção primordial é esclarecer”, define a jornalista e escritora Heloísa Fischer, que é uma das referências no assunto no Brasil. Ela explica que a linguagem simples possibilita ao leitor “localizar com rapidez a informação de que precisa, entendê-la e usá-la”.

A jornalista e consultora em linguagem simples, Patrícia Roedel, alerta sobre o perigo da compreensão equivocada desse “simples”: “Linguagem Simples não é intuitiva. Gastar tempo e recursos sem conhecer as diretrizes, sem planejar o público-alvo e sem testar a efetividade ao final é um esforço que tem outro nome: boa intenção”. Patrícia representou a Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), na elaboração da norma ABNT NBR 24495-1. Ela estabelece os princípios e diretrizes para elaborar documentos em Linguagem Simples e tem por objetivo padronizar o processo de redação, contemplando três etapas: planejamento, desenvolvimento e testagem.

Da teoria para a prática, combinando frases curtas e desenho, o Laboratório de Inovação e Dados do governo do Ceará – IRIS – criou a primeira Política Estadual de Linguagem Simples. Clique aqui e veja que uma lei não precisa ser bicho de sete cabeças. Quer mais experiências? Veja esse edital em linguagem simples, ou a consulta de Despesa do Poder Executivo do Governo do Ceará. Por essas iniciativas, em 2023, o IRIS recebeu o Prêmio Cherryl Stephens de Inovação, na Conferência da Associação Internacional de Linguagem Simples (PLAIN).

Outro projeto premiado é o Programa de Linguagem Simples da cidade de São Paulo, vencedor no concurso de inovação promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), na categoria “Poder Executivo Estadual, do Distrito Federal e Municipal”.

Agora que muitas estradas estão abertas, aprender a técnica para produzir documentos em linguagem simples está bem acessível a comunicadores públicos de todos os cantos do Brasil. Cartilhas digitais dos governos de São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte; Primeiros passos e Como Usar da ENAP. E fora do Brasil guias da Nova Zelândia, EUA e Colômbia. Vem com a gente.

Escrever simples já é regra em alguns estados brasileiros, como Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, onde foram adotadas Políticas Estaduais de Linguagem Simples que preveem a capacitação de servidores públicos para a produção de conteúdo, a adoção de tecnologias facilitadoras, a produção de conteúdo pedagógico, a promoção de eventos de sensibilização para a prática.

Como você pode ver, linguagem simples é sobre ensinar e aprender técnicas de escrita acessível, mas é também um movimento global pela inclusão pela informação, com diversas iniciativas pelo mundo, inclusive uma associação internacional de profissionais a Plain Languague Association International, atuante há mais de 20 anos.


*Lincoln Macário é jornalista, comunicador público na Câmara dos Deputados e Vice-presidente de Relações Legislativas e Governamentais da ABCPública

Lília Gomes Ferreira é jornalista, comunicadora pública no Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais e Vice-presidente de Comunicação da ABCPública

Prêmio Direitos Humanos 2024 abre inscrições

Prêmio Direitos Humanos 2024 abre inscrições
Crédito: Reprodução/Faceboo/Movimento de Justiça e Direitos Humanos

Estão abertas até 25/10 as inscrições para o 41º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, realizado pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), que reconhece trabalhos jornalísticos sobre violações e a defesa dos Direitos Humanos.

Este ano, com o tema Democracia, podem ser inscritos trabalhos publicados ou veiculados entre 1º de novembro de 2023 e 25 de outubro de 2024. As categorias são Reportagem, Fotografia, Áudio (Rádio e Podcast), Televisão, Jornalismo Online, Crônica, Documentário, Grande Reportagem (livro), Multimídia e Acadêmico.

O primeiro colocado de cada categoria receberá um troféu, enquanto os segundos e terceiros colocados receberão diplomas. Não há premiação em dinheiro. A cerimônia de entrega será realizada em 10/12, às 19h, em Porto Alegre, com transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Saiba mais aqui.

Leia também: GBR e Ipespe lançam Datrix, especializada em modelagem de dados

GBR e Ipespe lançam Datrix, especializada em modelagem de dados

Barros (esq.), Castro e Lavareda (Crédito: Marco Ankosqui)

A GBR Comunicação, liderada por Guilherme Barros, e o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), do cientista político Antonio Lavareda, anunciaram a criação da Datrix, startup de modelagem de dados.

Com uma equipe de doutores em estatística, ciência de dados e sociologia, além de especialistas em inovação e tecnologia, vai dedicar-se a transformar dados em recomendações estratégicas e análises preditivas para líderes dos setores público e privado.

Terá como CEO João Paulo Castro, que comandou a área de inteligência de dados de várias agências do País (FSB, Weber Shandwick e Máquina, entre outras), é professor na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e coautor do livro Neuropropaganda de A a Z, indicado ao Prêmio Jabuti.

Castro destaca a importância para o projeto da junção de duas referências como o Ipespe e a GBR: “O time da Datrix desenvolveu metodologias próprias, com o apoio dos cientistas de dados do Ipespe, que tem uma longa tradição em pesquisa e análise científica. Por outro lado, a GBR trouxe um olhar estratégico sobre a reputação das empresas”.

Na estreia, a Datrix lançou sua primeira plataforma, o REV (Ranking de Eficiência do Varejo), construído a partir da análise de quase 7 milhões de dados, refletindo a reputação digital de 300 empresas do setor. A primeira edição do ranking traz Amazon, Mercado Livre e Havan nas três primeiras posições.

Roberto Maleson lança livro sobre os desafios do treinador de futebol no Brasil

Roberto Maleson, repórter do ge, lança nessa sexta-feira (11/10) o livro Vida de Técnico – bastidores, histórias e desafios de um treinador de futebol no Brasil (Maquinária), que traz relatos reais de 20 técnicos do futebol brasileiro sobre como é estar à frente de um time no País.

A obra aborda temas como o processo de formação para ser técnico, como é gerir um grupo de atletas, os treinamentos, as dificuldades da profissão, a alta rotatividade do cargo de treinador de futebol no Brasil e impactos na saúde do treinador. Os temas são debatidos com exemplos reais, positivos e negativos, sobre a relação entre os técnicos de futebol e os clubes, os jogadores, os dirigentes e os torcedores.

Um dos casos abordados no livro é o de Gilmar Dal Pozzo, atual técnico da Chapecoense. Em fevereiro de 2017, quando estava à frente do Ceará, o time perdeu um jogo para o Boavista do Rio de Janeiro e foi eliminado da Copa do Brasil. No retorno à Fortaleza, Dal Pozzo foi hostilizado por torcedores no aeroporto. A família do treinador também foi ameaçada.

“Eu fui agredido, agredido com palavras”, declarou o técnico em entrevista ao repórter do ge. “As pessoas estavam armadas dentro do aeroporto. Então, não tinha segurança do clube, não tinha segurança do aeroporto e ficou a minha imagem muito exposta nessa situação. Ficou um trauma por algum tempo. Eu demorei para me curar disso porque fiquei muito desprotegido”.

Outro caso interessante abordado no livro é o de Muricy Ramalho, atual dirigente do São Paulo, que recusou um convite para treinar a Seleção Brasileira em 2010. Na ocasião, Ramalho estava à frente do Fluminense e resolveu cumprir o contrato com o clube carioca.

“É muito importante a credibilidade, mas o que mais pegou mesmo foi a palavra”, disse o técnico a Maleson. “Eu não tinha assinado ainda, mas já tinha tudo acertado para continuar no Fluminense por dois anos. Às vezes, no futebol brasileiro isso não vale muita coisa, mas para mim vale porque eu fui criado assim pelo meu pai. Então era pra mim, aquilo lá era normal. Para muita gente não foi”.

Novo telejornal aos sábados, na Globo

Globo estreia Bom Dia Sábado e promove mudanças
Sabrina Simonato e Marcelo Pereira (Crédito: Globo/Bob Paulino)

A TV Globo estreia em fevereiro de 2025 o Bom Dia Sábado, novo telejornal que vai ao ar nas manhãs de sábado, com apresentação de Sabina Simonato e Marcelo Pereira e participação ao vivo de repórteres espalhados por todo o País.

O Bom Dia Sábado focará em temas do cotidiano, com notícias factuais de todo o Brasil. Cristiana Randow, editora-chefe do novo telejornal, falou sobre a novidade: “Sábado é um dia de descanso, de lazer com a família. E para muita gente ainda é um dia de trabalho, de estudo, de compromissos. Um dia em que o comércio e os serviços fervem. Então, o Bom Dia Sábado chega para ser o telejornal informativo do fim de semana.

Sabina Simonato, na Globo desde 2010, comandará um telejornal pela primeira vez. Nos últimos dois anos, trouxe notícias de mobilidade e a previsão do tempo no Bom Dia São Paulo. E Marcelo Pereira trabalhou com a previsão do tempo nos programas Hora 1 e no Em Ponto, da GloboNews.

Com a chegada do Bom Dia Sábado, a TV Globo vai mudar sua programação matinal aos sábados. O dia começa com uma reprise especial do Globo Rural, seguida pelo Bom Dia Sábado. Na sequência vem o Pequenas Empresas & Grandes Negócios, que passa a ser exibido aos sábados. E depois, das 9h às 12h, vai ao ar o É de Casa, que terá a duração reduzida.

Diego Araujo é o novo gerente de Esportes de RBS TV e GE RS

Diego Araujo é o novo gerente de Esportes de RBS TV e GE RS
Crédito: Mateus Bruxel

O Grupo RBS anunciou a promoção de Diego Araujo como gerente de Esportes da RBS TV e do portal Globo Esporte Rio Grande do Sul. Ele entra na vaga que nos últimos dois anos e meio foi ocupada por Danilo Teixeira.

Com três décadas de trajetória no Grupo RBS, Diego já esteve à frente da editoria de Esportes de Zero Hora e colaborou no processo de integração entre os conteúdos do impresso e do digital. Ultimamente, era editor-chefe do Diário Gaúcho e coordenava o Grupo de Investigação (GDI) da RBS, posição que seguirá sob a responsabilidade dele até que um novo nome seja definido para o cargo.

Radicado em Porto Alegre desde 2011, o paulista Danilo Teixeira também atuou no Estado como gerente de Jornalismo do SBT RS, coordenador de Jornalismo da Band TV e editor-chefe dos jornais da Record TV. Em São Paulo, foi editor-executivo da Record TV, editor de Esportes do SBT Brasil, além de ter atuado como produtor e editor na RedeTV e na Band TV SP.

Por dentro da Comunicação Pública: Quem são os comunicadores públicos que estão à frente da ABCPública?

Mantendo sua marca forte de multiplicidade de vozes e gestão participativa, a ABCPública elegeu para o biênio 2024-2026, uma administração nacional, que funciona em parceria com 24 diretorias nos estados, além de órgãos colegiados auxiliares.

À frente da presidência nacional está o jornalista Jorge Duarte, com seis vice-presidentes. Eles assumiram com foco em consolidar a expansão da associação, ampliar ações de capacitação, fortalecer as parcerias institucionais e aumentar o interesse do debate legislativo sobre comunicação pública em diferentes níveis.

A gestão anterior deixou marca no fortalecimento da comunicação pública no Brasil, registrando um crescimento de 81% no número de filiados entre 2022 e 2024, fechando o biênio com representatividade em todos os estados.

Conheça os comunicadores públicos que integram a administração nacional da ABCPública: (inserir fotos de todos diretores abaixo dos respectivos nomes)

 

Jorge Duarte

Presidente

Jorge Duarte

Jornalista, relações-públicas, mestre e doutor em Comunicação. Foi um dos fundadores da ABCPública. Organizador de obras como “Comunicação Pública”, “Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação”, “Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia”. Trabalhou na Secom da Presidência da República (2004 a 2012) onde foi assessor especial e diretor do Núcleo de Comunicação Pública. Atua na Superintendência de Comunicação da Embrapa. É professor colaborador na UnB. Também é professor de cursos de curta duração, incluindo pós-graduação em Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), UniCEUB e PUC-MG, e curador do Curso Completo de Comunicação Pública da Aberje/ABCPública. Vencedor do Prêmio Aberje de Educador do Ano − 2021 (Aberje) e Prêmio Jabuti Acadêmico 2024 pela organização do livro “O Brasil em 50 Alimentos”.

 

Lília Gomes

Vice-presidente de Comunicação

Lília Gomes

Mestre em Estudos de Linguagem pelo Cefet-MG, especialista em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC-Minas, graduada em Jornalismo e em Relações Públicas. Implantou a Assessoria de Comunicação no Ministério Público do Trabalho (MPT) em Minas Gerais, em 1999, onde atua como gestora há 25 anos. Membro da banca de jurados do Prêmio MPT de Jornalismo nos anos de 2014, 2016 e 2018. Diretora da Seção Minas Gerais da ABCPública de 2018 a 2024.

 

Armando Medeiros de Faria

Vice-presidente de Coordenação Regional

Armando Medeiros

Mestre em Ciências da Comunicação pela USP, especialista em Ciência Política pela UFMG. Foi diretor de Comunicação e Marketing do Banco do Brasil, dirigente do Núcleo de Comunicação Pública da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e coordenador de comunicação da Autoridade Pública Olímpica (APO). Lecionou em PUC-MG, Universidade de Brasília (UnB), Universidade Católica de Brasília, Iesb e Uniceub. É diretor da LCM Conexão Pública, em São Paulo. Foi um dos fundadores da ABCPública.

 

Kárita Sena

Vice-presidente de Gestão e Parcerias

Kárita Sena

Doutora em Comunicação. Recebeu menção honrosa no Prêmio Abrapcorp de Teses 2021, com a pesquisa “Comunicação Pública e Redes Digitais – Atores, Técnicas e Políticas”. Membro do grupo de Pesquisa em Ciberjornalismo – Ciberjor, da Universidade Federal de Mato Grosnespso do Sul e do Grupo de Pesquisa Comunicação Midiática e Movimentos Sociais – ComMov, da U. Atua como jornalista na Assessoria de Comunicação nos Correios em Mato Grosso do Sul desde 2009. Diretora da ABCPública no Mato Grosso do Sul de 2022 a 2024.

 

Ana Paula Lucena

Vice-presidente de Relações Acadêmicas

Ana Paula Lucena

Administradora, mestre em Gestão Pública e doutora em Comunicação Social. Autora do livro “Comunicação Pública ou Marketing Político? Informação, diálogo e participação social”. Foi diretora regional da ABCPública Pernambuco, no período de 2016 a 2024. Lecionou na Faculdade Senac-PE. É desde 2018 professora dos cursos técnicos e pós-graduação, nas áreas de Planejamento, Gestão e Comunicação Social da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

 

Aline Castro

Vice-presidente de Relações com o Associado

Aline Castro

Jornalista, com mestrado em comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo e especialização em Gestão Pública pela Fundação Getulio Vargas. Desde 2009, exerce o cargo de diretora de comunicação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo). Foi vice-presidente do Fórum Nacional de Comunicação e Justiça no biênio 2019-2021. É criadora do podcast Comunicação Pública: Guia de Sobrevivência. Foi diretora de Comunicação da ABCPública na gestão 2020-2022.

 

Lincoln Macário

Vice-presidente de Relações Legislativas e Governamentais

Lincoln Macário

Jornalista graduado pela Universidade de Brasília, onde também se especializou em Análise de Políticas Públicas. Mestre em Ciência Política pela Câmara dos Deputados. Presidiu a Associação Brasileira de Comunicação Pública (2016-2020). Presidiu o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF (2010-2013). É servidor efetivo da Câmara dos Deputados, atuando na TV Câmara e Rádio Câmara. Foi âncora e editor-chefe na TV Brasil (EBC), na Band Brasília e repórter da Rádio CBN no Palácio do Planalto e Congresso Nacional. Foi o primeiro presidente da ABCPública após a fundação, em 2016.

Confira mais das propostas na nova gestão aqui.

 

Em conjunto, diretorias da ABCPública no Amazonas e em Roraima realizam primeiro encontro presencial

“Vamos pensar em Comunicação Pública” é o tema do evento que será realizado, no dia 18 de outubro de 2024, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A participação é gratuita e haverá certificados. Serão ofertados 50 lugares. Para garantir seu lugar, faça inscrição aqui.

O evento está sendo organizado pelas diretoras da ABCPública no Amazonas, Acyane do Valle (Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas), e pela diretora em Roraima, Adriana Cruz (Assembleia Legislativa do Estado de Roraima). As duas regionais foram institucionalizadas em 2024, ano em que a ABCPública atingiu representatividade em todos os estados do país.

A programação conta com as seguintes atividades:

  • Palestra “Combate à desinformação nas Eleições 2024” – pela jornalista Vanessa Vieira
  • Palestra “Canais legislativos como espaço do cidadão” – pela jornalista Sonia Lucia Nunes
  • Lançamento do livro “Comunicação Pública: estratégias na Amazônia Manauara”, do jornalista e professor Rômulo Assunção Araújo

Não perca! É no dia 18 de outubro de 2024, das 14h30 às 17h00, no Mini Plenário Cônego Azevedo, térreo do prédio principal da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), localizado na Av. Mário Ypiranga, 3.950, Parque Dez de Novembro – Manaus/AM.

 

ABCPública vai fazer parte da Câmara Técnica do Conselho Nacional de Saúde (CNS)

A nova Câmara Técnica discutirá a transição da Saúde Digital e a Comunicação no Sistema Único de Saúde (SUS)

A ABCPública fará parte do Eixo II − Comunicação em Saúde, e será representada pelas associadas Débora Pinheiro (Ministério da Saúde) e Milena Silva (Secretaria Municipal de Saúde de Campinas). “É muito bem vinda a criação dessa Câmara Técnica e o reconhecimento da ABCPública como uma entidade potente e organizada para colaborar na estruturação de uma comunicação pública digna dos valores do SUS. Esperamos que mais e mais colegas se interessem por essa pauta. Defender a comunicação do SUS se tornou uma causa da maior importância, especialmente depois da experiência que tivemos ao longo da pandemia”, defendeu Débora Pinheiro.

Para entender melhor os desafios, cenários e tendências da Comunicação para o SUS e, consequentemente, a importância da criação da Câmara Técnica do Conselho Nacional de Saúde, leia os artigos indicados por Débora Pinheiro:

A CTSDCS/CNS será composta por 40 pessoas integrantes nos dois eixos de atuação, sendo que cada eixo terá 12 titulares e oito suplentes, com mandato de dois anos. Um total de 87 entidades e movimentos submeteram a documentação para fazer parte da CT.

Saiba mais aqui.

 

Jornalista Thatiana Bueno assume regional da ABCPública no Paraná

Thatiana Bueno

Thatiana Bueno assume a diretoria regional da ABCPública no Paraná no lugar de Rubiane Kreuz (TRE-PR), que estava no cargo desde 2022.

Graduada pela Universidade Tuiuti do Paraná, onde também se especializou em Gestão da Comunicação Empresarial, Thatiana fez cursos de aprimoramento em Sociologia Política na Universidade Federal do Paraná, e em Gestão de Marketing Digital na Academia Digital. Tem mais de 15 anos de atuação em Comunicação Corporativa, e migrou para a Comunicação Pública em 2022, ao ser a primeira jornalista concursada da Prefeitura de Campo Largo – município da Região Metropolitana de Curitiba. Desde então exerce o cargo na Secretaria Municipal de Comunicação Social e Tecnologia da Informação.

 

ABCPública participará do seminário “Comunicação pública em tempos de calamidades”

Promovido pela Associação das Televisões e Rádios Legislativa, parceira institucional da ABCPública, o seminário irá debater o que muda para a atuação da Comunicação Pública em tempos de calamidades e de que forma os canais de portais, assessorias, rádios e TVs podem ser mais efetivos antes e durante emergências.

A ABCPública será representada pelo presidente Jorge Duarte. O evento será aberto e realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – Alesp, com transmissão pelo canal da Alesp no YouTube.

Mais informações e inscrições em: https://prolegislativo.com.br/seminarioastral/.

 

Novos nomes na Comunicação do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH)

Marcia Maria da Cruz está no comando da ascom do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), cuja pasta foi assumida por Macaé Evaristo. Marcia é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (1997), mestre em Comunicação Social pela Universidade Federal de MG (2007) e doutora em Ciência Política pela mesma universidade (2018). Atuou, entre outros, como repórter em O Estado de Minas, O Tempo, e Hoje em Dia.

Ainda por lá, Camila Barbosa Silva é a coordenadora-Ggeral de Jornalismo. É graduada em Comunicação Social pela PUC Minas. Atuou, entre outros, nas assessorias de Comunicação da Assembleia Legislativa de MG e da Câmara Municipal de Belo Horizonte. E Raul Lansky de Oliveira está na Coordenação-Geral de Imprensa.

Confira os contatos institucionais dos profissionais em https://www.gov.br/mdh/pt-br/composicao/quem-e-quem.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: Licenciosidade na cultura popular (LXXX)

Por Assis Ângelo

A história de O Mundo Resplandecente, da pioneira Margaret Cavendish, se passa no Polo Norte.

No Polo Norte também Mary E. Bradley ambientou seu romance Mizora. Lá tem um lugar fantástico, Mizora. Nesse lugar, governado por mulheres, não há crime, não há violência, não há miséria, só coisa boa. Não, não, tem uma coisa péssima: racismo e quanto aos homens que aparecem na história estão condenados à morte, como faziam as amazonas da mitologia grega.

O francês Júlio Verne (1828-1905) passeou pelo universo até se cansar. Foi também até as profundezas do mar. São dele as obras Viagem ao Centro da Terra (1864), Da Terra à Lua (1865) e Vinte Mil Léguas Submarinas (1870). Futurista.

O Futurismo se acha brilhantemente em muitos títulos. É possível que a alemã Thea von Harbou (1888-1954) tenha sido a primeira mulher a roteirizar histórias do tipo feitas por Verne.

Em 1925, Harbou desenvolveu uma história curiosíssima intitulada Metrópolis.

Metrópolis é um mundo dividido, como hoje, em duas partes: o pobre e o rico. O pobre robotizado e o rico livre para fazer tudo que lhe dá na telha. No enredo tem um cara que criou tal mundo: Joh Fredersen. É o chefão. Manda em tudo, na vida e na morte. O filho de Joh, Freder, finda por apaixonar-se por uma certa Maria. Lá pras tantas é dito que “da compreensão surge o amor”.

 

“Pai! Ajude os homens que vivem em suas máquinas!”

“Eu não posso ajudá-los”, disse o cérebro de Metrópolis. “Ninguém pode ajudá-los. Eles estão onde deveriam estar. Eles são o que deveriam ser. Eles não servem para mais nada, ou nada diferente.”

 

Joh Fredersen acaba nos braços da mãe.

O livro foi publicado em 1925 e dois anos depois ganhou versão cinematográfica feita pela autora.

Ah! Sim: o enredo todo se passa no ano de 2026.

É também de Thea von Harbou a história de um grupo de humanos que voa num foguete em busca de ouro na lua. A ganância provoca brigas e mortes entre os humanos. Sobram, no fim, um homem e uma mulher. Título: Mulher na Lua.

Histórias, inventadas ou não, com sexo, prazer e amor ainda se multiplicam em todo canto. A França tem sido um dos berços de grandes autores até há pouco proibidos, como Charles-Pierre Baudelaire (1821-1867), autor do clássico As Flores do Mal.

A vida de Baudelaire foi muito agitada, com álcool, drogas e paixões devassas. Era rebelde ao extremo e não perdoava a mãe, Caroline, por ter se casado novamente após a morte do pai, Joseph. Morreu com 46 anos de idade.

Outro rebelde na história da literatura francesa foi Voltaire, que viveu o tempo todo cutucando onça com vara curta. Muitos o classificavam de irresponsável e maldito. Bebia, jogava e traficava horrores. Ainda hoje há quem o chame de feladaputa. Fazia qualquer negócio. Porém, há sempre um porém em toda história: Voltaire era a favor da liberdade de expressão, da liberdade religiosa e da liberdade política. Pois, pois.

Esse francês, que morreu com 83 anos de idade em 1778, deixou uma obra formada por poemas, romances, peças de teatro e tal.

Como Sade, cumpriu temporada na Bastilha.

Machado de Assis (olha ele de novo!) adorava tudo ou quase tudo que Voltaire escreveu. A sua doce ironia, há quem diz que vinha da sua grande admiração pelo francês autor de Cândido − Ou o Otimismo.

E o que dizer da paulista de Mococa Ercília Nogueira Cobra?

Em 1924, Ercília escreveu o livro Virgindade Inútil, novela de uma rebelde. Essa obra foi publicada pelo criativo e exigente escritor Monteiro Lobato, que era dono de uma editora na capital paulista. O governo não gostou e mandou trogloditas tirarem o livro de circulação.

De Ercília é também o livro Virgindade Anti-Higiênica.

No decorrer do tempo em que viveu, Ercília foi presa uma vez em São Paulo, outra vez no Rio de Janeiro e mais duas, no Paraná e Rio Grande do Sul. Era acusada de tudo que não presta. Chamavam-na de prostituta, pornográfica, subversiva e de cafetina. Apanhou muito. Foi torturada e numa ou duas ocasiões obrigada a depor à autoridade policial totalmente nua.

Conta a história que numa de suas prisões viu-se cara a cara com um delegado de polícia. Ele perguntava em português e ela, de repente, passou a responder em bom francês. O delegado riu e a encarou debochando nessa mesma língua. Ante tal situação e clima, Ercília mandou ver em alemão. Agora, irritado, o delegado a mandou aos gritos à cela.

Não se sabe direito até hoje quando Ercília Cobra morreu. E do quê.

Ah!, sim: Talvez com o propósito único de vingar-se da sociedade hipócrita, Ercília montou um bordel e o encheu de mulheres corajosas com ela. Isso ocorreu em Caxias (RS).


Reproduções de Flor Maria e Anna da Hora

Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

Giuliana Morrone reinventa-se e aborda ESG em seu livro de estreia

Giuliana Morrone reinventa-se e aborda ESG em seu livro de estreia
Crédito: Planeta de Livros

Em nova fase da carreira, agora atuando como palestrante especialista em sustentabilidade, Giuliana Morrone está lançando Mitos e verdades sobre o ESG (Planeta Estratégia). “O desejo de mudança, a curiosidade de repórter e a alma otimista me levaram a escrever este livro, que alerta sobre os descaminhos da sustentabilidade e sugere os caminhos para as soluções”, explica.

Em 288 páginas, a obra propõe soluções práticas para problemas ambientais causados pelo mercado. “Deixei o ceticismo, as urgências e falsas urgências do jornalismo político para me aprofundar no que realmente interessa. Em um jogo de luz e sombra, fico com a luz, consciente da sombra”.

Com passagens por TV Brasília e SBT, Giuliana esteve por mais de 20 anos na TV Globo, de onde saiu em 2023. Por lá, atuou como repórter de política em Brasília, correspondente em Nova York e apresentadora dos programas Bom dia, Brasil, Jornal Hoje e Jornal Nacional.

Canal Meio lança streaming

Canal Meio lança streaming
Crédito: Canal Meio

O canal Meio completou oito anos em 3/10 e, para comemorar, lançou produtos como o streaming Meio Premium. O aplicativo será o espaço de programas e documentários produzidos pela equipe, além de outros que o canal já começou a licenciar. Tratará de história, de ciência, de religião e, claro, de política. Lá, os assinantes também poderão assistir ao que é produzido para o YouTube.

Desde o lançamento, o Meio comprometeu-se a produzir informação para o ambiente digital onde já existem hábitos de consumo. Por isso, estão no e-mail, nas redes sociais, nos podcasts, no YouTube e, agora, no streaming. A segunda razão para começar a produzir vídeo com a qualidade superior que a TV de tela grande exige, e em mais formatos, é a ideia de que o Brasil está em disputa e parte desta briga ocorre justamente nos formatos do streaming. Em algum lugar é preciso mostrar o Brasil sem teorias conspiratórias nem vontade de dividir os brasileiros em tribos fragmentadas.

Ainda como parte da comemoração do aniversário, a Edição de Sábado, exclusiva para assinantes premium, estará aberta para todos até o final do mês, com artigos e reportagens sobre os assuntos mais diversos. Segundo o canal, “o Meio pretende, cada vez mais, ser o lugar na internet de defesa da moderação, do diálogo, da pluralidade. Da democracia”.

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