A Record TV fez cortes na sua equipe de jornalismo. A emissora demitiu o repórter Luiz Gustavo, conhecido como Biló, em Belo Horizonte, e a também repórter Priscila Doroche, em São Paulo. As informações são do F5 (Folha de S.Paulo).
Luiz Gustavo estava há 14 anos na Record. Atuava principalmente no Jornal da Record e em telejornais locais da emissora. Segundo o F5, a demissão do profissional ocorreu devido a seu alto salário. Antes da Record, Luiz Gustavo trabalhou por 22 anos na Globo.
Priscila Doroche (Crédito: Instagram)
Em São Paulo, deixa a emissora Priscila Doroche, repórter do Balanço Geral SP, apresentado por Reinaldo Gottini na hora do almoço. Ela estava na Record desde 2012. De 2013 a 2014, foi âncora do Record News. Também foi produtora do Fala Brasil, programa matinal da Record. Antes, trabalhou no SBT do Rio Grande do Sul.
Segundo o F5, as demissões ocorreram devido à crise financeira que a Record enfrenta nos últimos anos.
O Canal Rural anunciou mudanças na gestão de jornalismo e de conteúdo. Laila Muniz assume o cargo de gerente nacional de Jornalismo do grupo, e será responsável pela área de conteúdo de televisão, portal, projetos especiais e afiliadas em Rio Grande do Sul, Brasília, Bahia, Mato Grosso e Paraná.
Muniz substitui a Giovani Ferreira, que assumirá, a partir de março, o cargo de CEO da afiliada Sul, que abrange os estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Laila tem 26 anos no jornalismo. Está no Canal Rural desde 2019, inicialmente na unidade de Brasília, e desde 2021 atua em São Paulo, como coordenadora de Jornalismo da TV. Já cobriu política, economia, saúde e agro. Trabalhou anteriormente em Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ministério da Agricultura, Presidência da República e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foi responsável pelas redes sociais do Congresso Nacional por quase oito anos.
Estão abertas as inscrições para o curso Inteligência Artificial na prática para o seu negócio, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). A iniciativa busca capacitar profissionais a explorar o uso de inteligência artificial em negócios.
Disponível nas modalidades presencial e online, sendo a primeira no campus da ESPM Tech em São Paulo (Rua Joaquim Távora, 1240, Vila Mariana) e a segunda com transmissões ao vivo. Com início marcado para 26/2, as aulas semanais ocorrerão das 19h30 até 22h30. As inscrições permanecem abertas até 25/2.
O programa faz parte dos cursos de extensão Dynamic da instituição e é destinado a profissionais que atuam na área de comunicação em empresas. O curso tem mentoria de Elaine Coimbra, CEO e fundadora da agência Foster, e Renata Benigna, mestre da ESPM em disciplinas como Marketing Digital e Redes Sociais.
Inscrições e mais informações podem ser conferidas aqui.
Maurício Noriega, Débora Bergamasco e Luciana Taddeo (Crédito: Divulgação/CNN Brasil)
A CNN Brasil anunciou as contratações de Débora Bergamasco, Luciana Taddeo e Maurício Noriega, que chegam para reforçar a equipe de jornalismo da emissora.
A repórter e analista política Débora Bergamasco atuará em Brasília, com análises sobre a política nacional e internacional, nos telejornais e no site da emissora. Ela também terá um blog no qual publicará reportagens e apurações exclusivas. Antes da CNN, passou por Folha de S. Paulo, Estadão, Isto É e SBT.
Luciana Taddeo atuará como correspondente internacional na Argentina. A jornalista já atua cobrindo assuntos da América Latina há dez anos, e foi correspondente na Venezuela. Antes da CNN, contribuiu para UOL, Estadão, além da própria CNN. Ela focará em assuntos relevantes no cenário latino em 2024, como o governo de Javier Milei na Argentina, e eleições no México, no Uruguai e na Venezuela.
Maurício Noriega, jornalista com 30 anos de experiência no setor esportivo, integrará o quadro Domingol com Benja, com Benjamin Back, aos domingos. Noriega também terá um blog para escrever sobre futebol e falará sobre as últimas notícias esportivas em programas como CNN Novo Dia e Brasil Meio-Dia. Antes da CNN Brasil, foi comentarista do SporTV por 21 anos. Cobriu todas as Copas do Mundo de Futebol desde 1990 e as Olimpíadas de Barcelona e do Rio de Janeiro.
Daniela Arbex lançou o livro-reportagem Longe do Ninho (Editora Intrínseca), sobre o incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, que matou dez garotos das categorias de base do time carioca, há cinco anos, em fevereiro de 2019.
A obra conta as trajetórias dos garotos de 14 a 16 anos que morreram na tragédia: Athila Paixão, de 14 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, de 14; Bernardo Pisetta, 14; Christian Esmério, 15; Gedson Santos, 14; Jorge Eduardo Santos, 15; Pablo Henrique da Silva Matos, 14; Rykelmo de Souza Vianna, 16; Samuel Thomas Rosa, 15; e Vitor Isaías, 15.
O livro-reportagem traz detalhes sobre o incêndio e a estrutura inadequada do CT, que tinha apenas uma porta de saída. Fruto de dois anos de apuração, a obra também aborda as consequências na vida das pessoas envolvidas na tragédia, com laudos técnicos, trocas de mensagens e e-mails, dados e relatos até então não divulgados, e entrevistas com as famílias dos jovens, sobreviventes, profissionais da perícia criminal e do Instituto Médico Legal (IML).
Em entrevista ao Metrópoles, Arbex contou que teve a ideia de fazer um livro sobre a tragédia no Ninho do Urubu quando a mãe de Bernardo Pisetta, uma das vítimas do incêndio, entrou em contato com ela após uma entrevista que a jornalista deu sobre seu livro Arrastados, sobre a tragédia de Brumadinho. A mãe do jovem goleiro de base do Flamengo mandou uma foto do menino quando criança, dormindo ao lado de uma bola de futebol.
Além dos livros sobre o Ninho do Urubu e Brumadinho, Arbex também publicou Todo dia a mesma noite, sobre o incêndio na Boate Kiss.
A desinformação climática não é nova, mas um relatório produzido pela organização não-governamental Center for Countering Digital Hate (CCDH) mapeou o que os pesquisadores chamaram de “novo negacionismo”, usando como exemplo o conteúdo encontrado no YouTube.
O novo foco é atacar a ciência climática e os cientistas e desacreditar as soluções para combater o problema, em vez de negar que o aquecimento global existe ou é influenciado por ações do homem.
Segundo o estudo, essas menagens agora representam 70% de todo o conteúdo negacionista sobre mudanças climáticas encontrado no universo pesquisado no YouTube. Há seis anos, a taxa era de 35%, segundo o CCDH.
A organização é a mesma que está sendo processada pelo Twitter/X por ter apontado aumento de discurso de ódio na rede social após a aquisição por Elon Musk e assim ter “afastado anunciantes”.
O foco no YouTube para o novo estudo é um sinal de que não se trata de um problema pessoal do chefe da ONG, o combativo Imran Ahmed, com Elon Musk.
O tamanho da influência do YouTube
O resultado da investigação é impressionante quando se leva em conta a penetração do YouTube. Uma pesquisa do Pew Research Center feita nos EUA em setembro do ano passado revelou que 83% dos adultos usam a plataforma regularmente.
A penetração entre adolescentes de 13 a 17 anos é ainda maior: 93% deles consomem conteúdo no YouTube, muito mais do que em TikTok (63%), Instagram (59%) e Facebook (33%).
Toda essa gente está sendo cada vez mais exposta a teses do chamado “novo negacionismo”, que foi mapeado a partir de uma análise realizada com auxílio de uma ferramenta de inteligência artificial chamada CARDS, desenvolvida por acadêmicos.
Os pesquisadores quantificaram a frequência de diferentes tipos de alegações de negação climática em um conjunto significativo de conteúdo.
Foram examinadas transcrições de texto de 12.058 vídeos relacionados com o clima, publicados entre 1º de janeiro de 2018 e 30 de setembro de 2023 em 96 canais do YouTube conhecidos por terem publicado conteúdo negacionista do clima. No total, o conjunto de dados cobre 4.458 horas ou quase 186 dias de conteúdo.
O velho e o novo negacionismo
O discurso em 2018, quando o mundo não estava tão quente, concentrava-se em duas linhas de argumentação, batizadas de “antigo negacionismo”:
O aquecimento global não está acontecendo
Os gases de efeito estufa gerados pelo homem não são a causa do aquecimento global
Só que o aumento da temperatura foi “derretendo” essas argumentações, e as narrativas tiveram que mudar.
A análise do CCDH mostra que o percentual de alegações associadas ao “velho negacionismo” caiu de 65% em 2018 para apenas 30% em 2023. A nova narrativa, que responde por 70%, é apoiada em três linhas de argumentação, segundo os pesquisadores:
Os impactos do aquecimento global são benéficos ou inofensivos
As soluções climáticas não funcionarão
A ciência climática e o movimento climático não são confiáveis
A ONG afirmou que o YouTube fatura até US$ 13,4 milhões por ano com anúncios nos canais estudados, e que as políticas da plataforma proíbem a monetização do velho negacionismo, mas não do novo negacionismo.
ONG pede atualização da política
Ainda que parte desses argumentos contra o consenso científico seja em teoria proibida pelas regras da comunidade, o CCDH diz ter encontrado evidências de monetização das antigas teses.
Uma das conclusões do trabalho é a cobrança ao Google para que atualize a política sobre conteúdo de negação climática a fim de refletir as narrativas adaptadas ao momento. O texto da política atual diz:
“Não permitimos conteúdo que contrarie o consenso científico oficial sobre as alterações climáticas.”
O Center For Countering Digital Hate pede que seja alterada para:
“Não permitimos conteúdo que contrarie o consenso científico oficial sobre as causas, impactos e soluções para as alterações climáticas.”
A mudança parece pequena, apenas três palavras. Mas pode fazer diferença para embasar remoções e desmonetização − caso o YouTube queira, é claro.
O relatório completo pode ser visto aqui.
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O Tribunal de Justiça do Pará decidiu em 19/1 que veículos de comunicação não devem ser responsabilizados por textos que noticiam “fatos públicos”. O julgamento, realizado pela desembargadora Margui Gaspar Bittencourt, da 2° Turma do Direito Privado, concluiu que a ação não ultrapassa o limite do direito à informação.
A conclusão trata de um pedido de indenização de uma servidora que assessorava a ex-governadora do Pará Ana Júlia Carepa (PT). Ela foi citada em uma reportagem produzida pela Veja em 2006, na qual era abordado um suposto esquema de favorecimento ilegal de desmatamento em troca de financiamento de campanhas por madeireiros.
O pedido de indenização da ex-assessora argumentava que a reportagem continha “mentiras, calúnias e injúrias”. Contudo, para a desembargadora do TJ-PA, as afirmações feitas pelo veículo são denúncias “graves e comprovadas” de corrupção e propina.
Na decisão, é ressaltado que não houve “excesso de informação” e que o veículo apenas exerceu seu dever de informar o público:
“Não há qualquer ato ilícito perpetrado pela empresa requerida e muito menos nexo de causalidade entre a publicação da matéria e o suposto dano sofrido […] Oportuno salientar, no que pertine à liberdade de imprensa, o que se pune é o excesso, não o direito de informação e, no caso concreto, os elementos colacionados comprovam que a empresa jornalística se resumiu em veicular a notícia, porém, não a valorou, e por consequência, exerceu regularmente um direito conferido pela Constituição Federal”, diz trecho da decisão.
O Diário de Mogi, de Mogi das Cruzes, anunciou o fim de sua edição impressa após 66 anos de circulação, completados em 2023. O veículo focará agora no digital, priorizando conteúdo multiplataforma.
Alguns dos jornalistas demitidos disseram ao SJSP que havia certo desinteresse no impresso por parte da própria empresa, apesar da grande circulação do jornal na região. Eles disseram que, aos poucos, o Diário de Mogi preparava sua migração completa para o digital.
O Sindicato repudiou as demissões e prestou solidariedade aos funcionários dispensados. A entidade deve marcar uma reunião com a direção do Diário de Mogi para acompanhar as demissões.
Em matéria publicada nesta quarta-feira (7/2), o Diário escreveu que “uma nova redação será montada, totalmente multiplataforma. E investimentos em tecnologia serão feitos”. O site será reformulado, com novo leiaute e ferramentas.
Luciana Barreto retornou à EBC (Empresa Brasil de Comunicação) após cinco anos. Ex-apresentadora do telejornal Brasil Meio-Dia, deixou a CNN Brasil em dezembro passado para voltar a morar no Rio de Janeiro.
Anúncio da EBC revelou que ela assumirá o cargo de editora-chefe e apresentadora do Repórter Brasil, da TV Brasil. Com transmissão do Rio de Janeiro, o telejornal estreará em 19/2, às 13 horas.
Na última segunda-feira (5/2), Luciana assinou o novo contrato na Presidência da EBC e ressaltou sua felicidade com o retorno ao time: “A maior parte da minha carreira está relacionada ao jornalismo público, à comunicação pública. Eu sou uma apaixonada pela comunicação pública e nunca escondi isso nem quando estava fora daqui. Então, estar de volta é uma honra”.
Luciana havia trabalhado na EBC entre 2005 e 2019, período em que ganhou prêmios como o Prêmio Nacional de Jornalismo Abdidas Nascimento, em 2012, pelo programa Caminhos da Reportagem – Negros no Brasil: brilho e invisibilidade. Ela está entre os +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira deste Jornalistas&Cia.
Fernando Collor de Mello (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O embate judicial entre a Globo e a TV Gazeta, sobre a renovação do contrato de afiliação em Alagoas, ganhou um novo capítulo. Segundo informações do F5 (Folha de S.Paulo), a Globo apresentou ao Tribunal de Justiça de Alagoas um relatório afirmando que a TV Gazeta descumpriu diversas cláusulas de compliance e administração, citando inclusive casos de assédio moral e salários superfaturados.
No relatório, a Globo destacou os salários de alguns funcionários, disponíveis em planilha apresentada pela TV Gazeta na recuperação judicial. Um exemplo é o de um executivo da empresa, que recebe R$ 67 mil, “valor muito acima do mercado para um gestor de empresa de comunicação, especialmente considerando um estado como Alagoas, o segundo menor do País”, destacou a Globo. Além disso, segundo a emissora carioca, se a TV Gazeta consegue pagar salários altos como esse, também tem capacidade de sobreviver sem ajuda da Globo.
Outro ponto destacado pela Globo foi o assédio moral que teria sido praticado na TV Gazeta. A emissora carioca apresentou três condenações judiciais contra a TV Gazeta movidas por ex-funcionários, todas envolvendo excesso de trabalho. Também destacou decisão do Supremo Tribunal Federal em 2023 que condenou Fernando Collor, dono da TV Gazeta, por ter usado a emissora para receber propina.
Por enquanto, por determinação judicial, a TV Gazeta mantém o sinal da Globo até que a Justiça de Alagoas analise o caso de forma definitiva.
Entenda o caso
Em novembro do ano passado, a TV Gazeta, cujo dono é o ex-senador Fernando Collor, entrou na Justiça para obrigar a Globo a não encerrar o contrato de afiliação com a emissora alagoana, que terminaria em dezembro passado. O motivo alegado foi que, sem o apoio da Globo, a TV Gazeta iria à falência e não conseguiria pagar dívidas estabelecidas em seu plano de recuperação judicial. Além disso, haveria demissões em massa.
A TV Gazeta chegou a conseguir uma liminar junto ao Ministério Público de Alagoas que obrigava a Globo a renovar o contrato de afiliação até 2028, mas ela foi derrubada em janeiro deste ano, e o embate judicial segue em andamento.