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quinta-feira, abril 25, 2024

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ICIJ prepara lançamento de banco de dados com informações dos Panama Papers

O International Consortium of Investigative Journalists divulgou nesta segunda-feira (9/5), um banco de dados pesquisável com informações sobre mais de 200 mil empresas offshore que aparecem na investigação dos chamados Panama Papers. Os dados são da empresa de advocacia panamenha Mossack Fonseca, uma das principais protagonistas no mundo das offshore, e inclui informações sobre empresas, trusts, fundações e fundos incorporados em 21 paraísos fiscais. Eles conectam pessoas em mais de 200 países e territórios. Os usuários poderão pesquisar e visualizar as redes em torno de milhares de entidades offshores, inclusive, quando possível, os arquivos internos da Mossack Fonseca sobre os verdadeiros donos dessas empresas.

A base de dados interativa também incluirá informação sobre outras 100 mil companhias que fizeram parte da Offshore Leaks, investigação do ICIJ em 2013 sobre a atuação de empresas offshore na ocultação de negócios e recursos financeiros. Enquanto o ICIJ divulga os dados, o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, que recebeu os vazamentos, e outros parceiros globais de mídia, incluindo veículos de mídia de países em que o ICIJ não conseguiu produzir reportagens, continuarão a investigar e publicar histórias nas semanas e meses seguintes.

A investigação dos Panama Papers revelou segredos dos negócios offshore de líderes globais e outros políticos, bem como de criminosos e celebridades. Ela expôs o papel dos grandes bancos na facilitação de sigilos e evasão e sonegação de impostos. E mostrou como empresas e indivíduos na lista negra dos Estados Unidos e de outros lugares, por suas ligações com terrorismo, tráfico de drogas e outros crimes, conseguiam fazer negócios através de offshores.

Desde o lançamento, a investigação dos Panama Papers levou a renúncias de alto perfil, incluindo a do primeiro-ministro da Islândia; desencadeou investigações oficiais em vários países; e exerceu pressão sobre os líderes mundiais e outros políticos, como o primeiro-ministro britânico David Cameron, para explicar as suas ligações com empresas offshore. Provocou um novo sentido de urgência entre os legisladores e reguladores para fechar brechas e tornar públicas as informações sobre os proprietários de empresas de fachada.

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