Sônia Araripe, criadora e diretora do site/revista Plurale, e os filhos Isabella. João Victor e Felipe Araripe

Um é pouco, dois é bom, três é… uma redação. Este poderia ser o nosso lema aqui em casa. Jamais pensei que poderia ter o privilégio de conviver com três filhos coleguinhas! Hoje, pensando sobre a linha do tempo e tudo o que vivenciamos juntos, tenho mais certa a noção que dificilmente seria outro o destino.

“Quando pequenos fomos várias vezes na redação. Era mágico. Lembro do laboratório de fotografia e aquele monte de computadores”, conta Isabella Araripe, a primeira a decidir cedo que também seria jornalista. João Victor Araripe, o segundo, ainda pensou que poderia seguir outro rumo, enveredando em Relações Internacionais. “No meio da Faculdade sabia que queria seguir Comunicação/Jornalismo”, lembra.

As escolhas profissionais nunca são fáceis, ainda mais tão jovens… Conseguimos conversar com João, sempre tão compenetrado e justo, lembrando que não era hora de desistir, uma vez que tinha passado para uma universidade pública, sugerindo que deveria concluir os estudos e teria, sim, todo o nosso apoio para fazer nova graduação, desta vez em Comunicação. Assim foi. Terminou RI e ingressou na PUC aproveitando os créditos possíveis. Formou-se em três anos.

O caçula do trio, Felipe Araripe, seguiu o hobby do pai – engenheiro de Telecomunicações no ofício, mas um grande chef nas horas vagas – e especializou-se em doces/pâtisserie. Aprendeu com a avó, o pai, e também com o auxílio de algumas boas horas de YouTube e programas de TV, a fazer bolos e tortas incríveis. Técnicas fantásticas. Poderia seguir a Gastronomia? Nada! Escolheu… Comunicação/Jornalismo! “Aqui em casa não tem só conversa e alegrias, tem também reunião de pauta”, brinca Felipe.

São três “filhos da PUC-Rio”, com muito orgulho. Tiveram os melhores professores, nossos amigos da trilha jornalística. Todo esse ambiente – entre jornais, revistas, televisão, livros, amigos jornalistas, pautas e conversas – os transformou em jornalistas.

Orgulho. Há quatro anos, quando tive a honra de receber pelos 35 anos de carreira e pela trajetória de nossa Plurale (mídia especializada em ESG/sustentabilidade com 15 anos) o Conjunto de Medalhas Pedro Ernesto, da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, destaquei este orgulho e privilégio. Por estarmos unidos na mesma profissão, com os mesmos propósitos e ética. Já cresceram sabendo da batalha diária, da luta que é para resistirmos, para avançarmos no bom e velho Jornalismo, dando voz aos que não têm e fazendo/contando histórias para ajudar na transformação deste Brasil tão continental.

Isabella passou pelo Globo nos Jornais de Bairro; seguiu pelas mídias sociais; foi convidada para trabalhar nesta área no BRT e, mais recentemente, também a convite, está trabalhando na assessoria e mídias da Secretaria Municipal de Esportes do Rio de Janeiro. “Sempre gostei de esportes. Estou muito feliz por poder trabalhar nesta área”, diz Isabella, que fez diversos cursos e recomenda sempre a especialização.

João Victor, tenista nas horas vagas, uniu o útil ao agradável e lançou um blog com sua marca – BreakPoint – ainda mesmo antes da Faculdade. Frequentou quadras e eventos de tênis, tornou-se reconhecido. Fez concurso, passou para estágio no Globo.esporte.com e aprendeu muito. Hoje é repórter/editor de vídeos/produtor na Sift Creative, produtora de mídia norte-americana especializada em conteúdo de tênis que atende à famosa liga ATP e outros clientes. Neste momento está retornando da cobertura de dois grandes torneios de tênis da ATP – o de Indian Wells (na Califórnia) e o de Miami. “Tênis deixou de ser um hobby para se transformar em ofício. E toda a formação e base foi importante para chegar aqui. Nossa profissão não é fácil, mas trabalhando firme, estudando e nunca parando é possível, sim, conquistar seu espaço”, avalia João Victor. Ele recomenda o estudo principalmente de mídias sociais, edição de vídeo e podcasts.

Felipe foi estagiário-exemplo em nossa Plurale e segue agora como repórter contratado. Gosta de sustentabilidade, Cultura (especialmente Cinema) e mídias sociais. “Ainda estou começando na profissão. Aprendo todos os dias. Gosto de me informar e apurar reportagens”, conta Felipe, que também tem feito vários treinamentos.

Nas palestras e lives das quais participo, deixo sempre um recado para os mais jovens, como os nossos: leia, leia tudo e estude, estude sempre. O mundo sempre precisará de bons jornalistas/comunicadores, éticos e preparados. E há uma infinidade de opções hoje. Cada um precisa encontrar o seu caminho. E desenvolver o espírito empreendedor que habita em cada um de nós, pois, provavelmente, muitos terão que aprender a abrir o seu próprio negócio.

Enfim, temos, orgulhosamente, uma redação em casa! Até o marido – Newton Victor Meyohas, hoje aposentado da Embratel/Claro –, com todos esses anos de convivência com o Jornalismo, pegou as manhas de repórter e sempre está atento para nos sugerir pautas. Auxilia e dá suporte o tempo todo, sendo o nosso “diretor” da redação. Gratidão!

É, tem sido e sempre será mágico. Abrimos frentes, desbravamos caminhos. Não é fácil, nunca o será. Mas é emocionante e desafiador.

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