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terça-feira, abril 16, 2024

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Desrespeito profissional

Coincidência ou não, três episódios recentes envolvendo jornalistas de Economia e órgãos governamentais no Rio, irritaram ? e muito ? os que foram convocados para os eventos. Governo do RJ ? Rio Capital da EnergiaNo primeiro caso, os veículos receberam um aviso de pauta sobre o encontro no Palácio Guanabara a respeito do tema Rio Capital da Energia. Vários jornalistas compareceram na hora marcada, 18h, pois além do governador Sérgio Cabral estariam o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e Eike Batista, entre outros empresários. Lá chegando, foram proibidos de entrar no Anexo (o Palácio está fechado para obras) e ficaram na rua, na chuva. Depois, puderam entrar numa pequena sala, mas vigiados por seguranças para não verem a saída dos executivos. Ramona Ordoñez, do Globo, pergunta: ?Se era uma reunião fechada, por que o aviso de pauta? E por que esse tratamento com a imprensa??. Valéria Blanc, coordenadora de Imprensa do Governo do Rio admite o erro. Cobrou providências da equipe e disse que essa exceção à regra da conduta de atendimento e da boa relação com os colegas não se repetirá.   Prefeitura do RJ – Internacional World EnergyPoucos dias depois, no Palácio da Cidade, houve um seminário sobre Internacional World Energy. A organização exigiu credenciamento antecipado mas, ao querer assistir ao seminário, a imprensa foi proibida de entrar no salão. Do lado de fora havia mesas e cadeiras, e solicitaram gentilmente aos jornalistas que não ficassem lá. Esperaram, então, fora do Palácio, a saída do presidente da Petrobras e do ministro Lobão. Puderam entrar rapidamente para falar com eles, e depois tiveram que sair outra vez. Rafael Lisboa, que coordena o atendimento à imprensa na Prefeitura do Rio, informou que esta apenas cedeu o Palácio, e não teve participação no evento, organizado por Eletrobrás e World Energy.   Estaleiro MauáHouve ainda uma terceira situação de mal-estar, quando da palestra do ex-presidente Lula no Estaleiro Mauá, em Niterói. Toda imprensa estava lá, soube que não teria acesso à palestra, e esperou na rua. O evento fora organizado pela assessoria do ex-presidente e pelo Sinaval, instituição que representa os estaleitos brasileiros instalados em diversas regiões do País. Mas, para surpresa geral, não era uma palestra para um grupo de empresários e executivos do setor naval. Os jornalistas souberam depois que Lula falou para uma plateia de cerca de dois mil metalúrgicos, dentro do estaleiro. Mais uma vez, por que esse tratamento com a imprensa? Se era um evento fechado, por que avisaram a imprensa sobre sua realização? Os setoristas de Economia acreditam que uma coisa é ficar à porta de alguma grande empresa ou órgão público, sem serem convidados, por decisão do veículo. Outra bem diferente é receberem avisos de pauta e serem proibidos de entrar num local onde estão milhares de pessoas. Esses fatos não costumavam acontecer no Rio.

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