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quarta-feira, abril 24, 2024

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Correio Braziliense volta no tempo para lembrar Abolição da Escravatura

O Correio Braziliense publicou de 11 a 14/5 (sábado a 3ª.feira) uma série de reportagens especiais propondo uma viagem no tempo para noticiar os 125 anos da Abolição da Escravatura no Brasil, datada de 1888. Nesses quatro dias, as repórteres Grasielle Castro e Renata Mariz pesquisaram e entrevistaram historiadores, trazendo a cada dia um tema contemporâneo abordando a questão racial no Brasil. Na 2ª (13/5), o site do jornal também embarcou na proposta, e fez um “siga ao vivo” da sessão em que a Princesa Isabel sancionou a lei que extinguiu o trabalho escravo no País. Nesse dia, entre 14h e 15h, o jornal simulou notícias em tempo real dos momentos decisivos da sessão do Senado daquele domingo de 13/5/1888, que instituiu a Lei Áurea (veja em http://migre.me/eybuN). A ideia do jornal era reproduzir o acontecimento histórico no Parlamento, assim como o clima da época, misturando ao tempo real fictício notícias sobre a questão racial nos dias de hoje. Fred Bottrel, do portal do Correio, complementou o trabalho de Giselle e Renata. Ele ficou responsável pela inserção das informações no site, que, a propósito, esclareceu ao final da tela: “Os registros históricos consultados e especialistas entrevistados na apuração da série de reportagens apontam imprecisão para horários da sessão decisiva. Nossa cobertura simula o ‘ao vivo’ com liberdade poética neste quesito”. Ivan Iunes, coordenador de Política/Brasil, conta que o ponto de partida para a cobertura da data histórica se deu quando teve acesso ao material editado pela gráfica do Senado – basicamente os discursos da época. E pensou como poderia utilizá-lo de forma diferenciada nesse dia especial. A ideia, segundo ele, era esclarecer melhor o episódio histórico e entender questões como o jogo de poderes e o lobby político utilizados na época. “O que merece destaque nesse trabalho é a percepção sobre como a questão racial é até hoje mal resolvida no País, e como as discussões daquela época, embora mais rebuscadas, se assemelham às do Parlamento de hoje sobre o tema”, compara, referindo-se ao debate dos parlamentares sobre as cotas raciais. “As dificuldades no tratamento da questão racial estão presentes até hoje, 125 depois”, conclui.

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