A Justiça Federal no Amazonas decidiu que Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa Oliveira, e Jefferson da Silva Lima, acusados de assassinar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, serão julgados por um júri popular pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. 

Segundo a Polícia Federal e o Ministério Público, Bruno e Dom foram assassinatos em uma emboscada planejada pelos três acusados. Bruno teria sido executado por seu trabalho de combate e denúncia contra a pesca ilegal em áreas indígenas, e Dom foi assassinado pois estava no barco com Bruno. Os dois desapareceram em 5 de junho de 2022, quando cruzavam de barco um trecho de rio no Vale do Javari, no interior do Amazonas.

A perícia da Polícia Federal apontou que Amarildo e Jefferson perseguiram de lancha o barco de Bruno e Dom. Os criminosos atiraram com uma espingarda contra as vítimas, Dom foi atingido apenas uma vez, e Bruno levou dois tiros nas costas, e um terceiro no rosto, quando já estava desacordado. Os corpos foram esquartejados, queimados e enterrados.

O juiz Weldeson Pereira determinou que os três réus permaneçam presos até o dia do julgamento, que ainda não tem data marcada. João Bechara, advogado que representa a família de Bruno Pereira, declarou que a decisão respeita o ordenamento jurídico: “Eu acredito que esse sentimento seja compartilhando não só pelas famílias, tanto do Dominic como do Bruno e seus representantes legais, mas também por todos os brasileiros e ingleses no sentido de que a marcha processual tem sido no sentido da efetivação da responsabilização criminal dos responsáveis diretos pelos homicídios dos dois, das duas vítimas”.

Os advogados dos três réus declararam que vão recorrer da decisão.

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