Profissionais das TVs Aratu e Band foram ameaçados no bairro de Águas Claras, em Salvador, por suspeitos de tráfico de drogas. O caso ocorreu durante a cobertura de um assassinato na Rua Santa Tereza. Os profissionais intimidados foram Tony Júnior e Jefferson Alves, da Band, e Fábio Gomes e Carlinhos Silva, da TV Aratu.

No momento do ocorrido, a equipe da Band estava dentro da casa onde ocorreu o homicídio e a da TV Aratu, na rua. Homens armados intimidaram os jornalistas com tiros para o alto. O cinegrafista Jefferson Alves foi atingido com uma coronhada e teve sua câmera quebrada.

Ao repórter Fábio Gomes, que reportou ao vivo o que aconteceu, Toni Júnior explicou o ocorrido: “Ainda nervoso. A gente estava fazendo a matéria e de repente vieram disparos de arma de fogo em nossa direção, corremos e acabamos deixando nosso equipamento, que ficou dentro da casa”.

“A gente tá literalmente cercado aqui por eles, achamos melhor manter ao vivo”, acrescentou Fábio. “A gente não sabe, a qualquer momento podem sair ainda armados e vir na nossa direção”.

Segundo Fábio, as pistolas dos suspeitos teriam falhado na hora dos disparos, e a situação poderia ter sido muito pior: “Xingaram muito, ‘não quero vocês aqui’. Pelo menos cada um disparou cinco tiros para cima, obviamente no intuito de tirar a gente da rua. A intenção não era matar, porque se tivessem essa intenção, tinham feito com muita facilidade”.

A Band e a TV Aratu emitiram nota repudiando o ocorrido.

Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) solidarizaram-se com os colegas, exigindo providências e destacando que, “quando jornalistas são atacados, a sociedade está exposta. Quando os profissionais são alvos de ataques físicos, percebemos o quanto essa sociedade está adoecida. (…) O jornalismo, pilar de uma sociedade democrática, apesar de alvejado, não se intimidará diante dos ataques sofridos pelos colegas da Band e Aratu. Continuaremos cobrindo as pautas da editoria de Segurança, inclusive este fato específico, sobre o qual pedimos à Secretaria de Segurança Pública rigorosa apuração”.

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