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sexta-feira, abril 19, 2024

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Projetos de jornalismo investigativo expõem violações de direitos

O Fundo Brasil começou a divulgar as matérias subsidiadas pelo edital Jornalismo Investigativo e Direitos Humanos, lançado em junho de 2017 para estimular a produção de reportagens que contem histórias relevantes e contribuam para melhorar a compreensão da sociedade sobre violações de direitos humanos. O edital foi realizado pelo FB em parceria com Fundação Ford, Fundação Open Society e Clua (Climate and Land Use Alliance). Por meio desse edital, foram apoiadas 18 iniciativas de jornalismo investigativo em todo o Brasil, cada uma recebendo até R$ 40 mil. Confira os três primeiros resultados:

Tomado por grileiros, assentamento de Dorothy Stang está em colapso: Sílvia Lisboa, fundadora do Fronteira, estúdio de produção de conteúdo editorial, assina a matéria, publicada no jornal The Intercept. Nela, relata a tensão provocada pelos conflitos de terra em Anapu, no Pará, o que tem como consequências expulsões e mortes de trabalhadoras rurais. Conta também que estão ameaçados os projetos de desenvolvimento sustentável Esperança e Virola-Jatobá, assentamentos de trabalhadores rurais criados por Dorothy Stang, freira norte-americana que defendia o direito à terra que foi executada com seis tiros em 2005, em Anapu.

Especial: A volta dos Avá Guarani: Multimídia, a reportagem especial publicada no site Brasil de Fato conta o difícil processo de retomada de terra pelos povos indígenas Avá Guarani em Guaíra e Terra Roxa, no Paraná, cidades onde existem 14 aldeias ocupadas por cerca de duas mil pessoas. Eles retornam para áreas tradicionalmente ocupadas pelos povos Guaranis, expulsos ao longo dos últimos séculos. Júlia Rohden, uma das responsáveis pelo especial, assina a reportagem com Matheus Lobo.

Ditadura na democracia: A comunicadora comunitária Gizele Martins tem uma história de resistência à violência no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Por meio do edital, ela escreveu a reportagem denunciando que a intervenção militar no Rio provoca o aumento do extermínio nas favelas e periferias. O texto está na Medium, uma plataforma para publicação de histórias, ideias e interação sem filtros editoriais. Junto com Jessica Santos, Gizele abre a reportagem relatando a história de uma mãe que, dentro de casa, ouviu o tiro que matou o filho de 21 anos pelas costas. O jovem foi assassinado pela Polícia Militar.

A lista completa dos apoiados está disponível no site do Fundo.

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