Por Assis Ângelo

Os tempos medievos na França, Inglaterra, Portugal, Espanha, Itália…

Camões

Camões, o sempre admirável Camões, foi um dos grandes literatos portugueses que enriqueceram a língua que adotamos no Brasil e noutros oito países: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste.

Entre os grandes responsáveis pelo brio que tem a língua da Itália se acham Dante Alighieri, Francesco Petrarca, Ariosto, Maquiavel…

De Nicolau Maquiavel (1469-1527) é o clássico O Príncipe, cuja leitura deve ser sempre recomendada a todos e a todas. É política o conteúdo. Mas dele também é o livro A Mandrágora, publicado em 1518.

Dante Alighieri

A história inventada por Maquiavel envolve uma mulher casada. Assim: Calímaco apaixona-se por Lucrécia, que é casada com o legista Nícia. Esse, infértil, recebe um médico para resolver a situação. O médico é falso e amigo de Calímaco, que convence o maridão a dar um chá de mandrágora para a esposa. O porém nessa história é que quem primeiro relacionar-se com a mulher, morre, pois além de afrodisíaca a erva é venenosa. O fato é que, ao final, Calímaco se sai bem e deixa na estrada a ver navios mais um corno.

Nicolau Maquiavel

Quanto a Ariosto, de nascimento Ludovico Ariosto (1474-1533), foi um dos mais inspirados e corretos poetas da Idade Média. Deixou uma obra brilhante.

Um dos marcos da literatura de cavalaria, é lido até os dias atuais. Título: Orlando Furioso.

Essa obra é constituída de 46 cantos, 4.822 estrofes e 38.576 versos decassílabos. Tudo em oitava, também chamada de Medida Nova. Foi nessa onda decassilábica que Camões desenvolveu os dez cantos que formam o seu clássico Os Lusíadas.

Para ilustrar, um trecho do grande poema de Ariosto:

Lucovico Ariosto

De Orlando, ao mesmo tempo, direi eu

O que nunca se disse, em prosa ou rima,

Que o amor o pôs em fúrias de sandeu

E lhe tirou de homem cordato a estima;

Isto, se a que igual ma quase me deu

E o pouco engenho me corrói qual lima,

Assentir em poupar-me em tal medida,

Que eu possa dar a obra prometida.

 

E não custa dizer, ou lembrar, que nessa história criada originalmente por Ariosto movimentam-se figuras encantadas e tal e coisa.

Orlando fica doidamente apaixonado por uma certa Angélica, princesa do Catar, que o provoca de todas as formas.

O juízo do personagem, tomado pelo ciúme, foi parar na Lua. Lá pras tantas, outra figurinha do romance, um certo Astolfo, ganha asas e vai pegar no céu o que falta na cabeça de Orlando.

Tem briga a dar com pau nesse romance.


Reproduções por Flor Maria e Anna da Hora

Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

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