Está no ar uma nova plataforma que fornece dados sobre agressões a jornalistas no Brasil. O site, coordenado por duas professoras da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, traz informações como datas, locais, tipos de ocorrência, o nome e o gênero das vítimas e dados sobre os agressores.

O site disponibiliza dados do Relatório de Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, publicado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), desde 1982. Elizabeth Saad, professora do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA, e Daniela Oswald Ramos, do Departamento de Comunicações e Artes, são as responsáveis pelo projeto.

“Esse tipo de informação estava muito descentralizado e o acesso não era prático. Por isso optamos por dinamizar essa base de dados, para auxiliar pesquisadores da área no Brasil e no mundo”, explica Saad.

Segundo os dados do projeto, a violência contra jornalistas aumentou significativamente durante o governo Bolsonaro. Em 2019, primeiro ano do mandato do agora ex-presidente, foram registradas 183 agressões. Em 2020, foram 302 casos; e em 2021, foram 150.

A plataforma, disponível também em inglês, é uma iniciativa do grupo de pesquisa Com+ e do Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura (Obcom), ambos ligados à ECA, em parceria com a Fenaj. Acesse a plataforma aqui.

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