O jornal espanhol El País, conhecido por manter seu conteúdo aberto, está próximo de implementar um sistema de paywall e assinaturas digitais na sua versão online. O modelo seguirá o padrão de outros grandes veículos, permitindo o acesso gratuito a um determinado número de matérias por mês. A informação é do site Dircomfidencial.
O objetivo da mudança é transformar em assinantes fiéis usuários
que eventualmente consomem o conteúdo do site, por meio de preços baixos e
serviços atrativos. Segundo o relatório trimestral de contas do jornal, os 500
mil usuários registrados representavam apenas 10% do total de visualizações do
site, que atingiram 356 milhões em setembro do ano passado. Vale lembrar que 57%
do faturamento publicitário do grupo Prisa, dono da publicação, vêm do meio
digital.
Na Espanha, o primeiro jornal a implantar um sistema de
assinaturas foi o El Mundo. O ABC deve seguir o mesmo caminho, enquanto que o
La Razón continua resistindo à ideia.
O narrador Marcelo do Ó anunciou na terça-feira (11/2), em texto publicado no Instagram, sua saída da rádio CBN, depois de cinco anos na emissora. Segundo Anderson Cheni, do blog Cheni no Campo e do Portal Comunique-se, Marcelo deve assinar com a BandNews FM e estrear já neste sábado (15/2), na transmissão do clássico entre São Paulo e Corinthians pelo Campeonato Paulista. A última transmissão dele pela CBN foi no jogo entre Santo André e São Paulo, no domingo (9/2).
Marcelo é também narrador esportivo da plataforma de streaming
DAZN e da RedeTV, onde pela primeira vez dividiu a bancada do RedeTV News
com Mariana Godoy nessa terça-feira (11/2), em substituição a Boris
Casoy.
Ele iniciou a carreira na locução esportiva na Rádio ABC
(Santo André/SP), em 2004. Dois anos mais tarde, assinou com a 105 FM, onde
atuou como narrador e repórter nas Copas do Mundo de 2006 e 2010. Foi para o
Sistema Globo de Rádio em 2015, onde se consagrou como segundo narrador da CBN,
cujo titular é Oscar Ulisses. Na RedeTV desde 2015 e no DAZN desde o ano
passado, Marcelo também teve breve passagem pela BandSports.
Hans Nascimento (à dir.) prestou depoimento nesta terça (11/2) na CPMI das Fake News
A repórter especial e colunista da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello foi alvo de insultos e acusações durante mais uma etapa da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, realizada nessa terça-feira (11/2). Intimado a depor, o ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows, Hans River do Rio Nascimento, disse que a jornalista “queria sair” com ele em troca de informações para uma reportagem.
Hans foi uma das fontes ouvidas por Patrícia durante a apuração da reportagem Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp, que denunciava investimentos não declarados de R$ 12 milhões por empresas apoiadoras do então candidato Jair Bolsonaro, ação vedada pela justiça eleitoral. Pela reportagem, ela foi vítima de uma série de ataques e ameaças pessoais por apoiadores de Bolsonaro, o que resultou inclusive em um reconhecimento internacional do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ), que lhe concedeu em novembro do ano passado o International Press Freedom Award.
Patrícia Campos Mello
Ao comentar as acusações, o deputado Eduardo Bolsonaro disse não duvidar que a repórter “possa ter se insinuado sexualmente, como disse o senhor Hans, em troca de informações para tentar prejudicar a campanha do presidente Jair Bolsonaro”. Após sua participação na CPMI, o filho do presidente ainda postou suas afirmações no Twitter.
Em nota, a Folha condenou os ataques à jornalista. “A
Folha repudia as mentiras e os insultos direcionados à jornalista Patrícia
Campos Mello na chamada CPMI das Fake News. O jornal reagirá publicando
documentos que mais uma vez comprovam a correção das reportagens sobre o uso
ilegal de disparos de redes sociais durante a campanha de 2018. Causam
estupefação, ainda, o Congresso Nacional servir de palco ao baixo nível e as
insinuações ultrajantes do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)”, afirmou o
jornal.
Uma reportagem publicada em seguida pelo jornal também mostrou as cópias das trocas de mensagens entre Hans e Patrícia, que contradizem o depoimento dele. Em uma das mensagens, inclusive, é possível ver que o ex-funcionário é quem chegou a convidar a jornalista para ir a um show. A partir deste momento, Patrícia passou a evitar ligações telefônicas, garantindo assim que toda troca de mensagem ficasse registrada.
Em seu Twitter, Patrícia agradeceu a solidariedade e pediu que seus seguidores compartilhassem a notícia com as provas das mentiras contra ela, e lembrou: “Mentir em CPMI é crime”. Ainda assim, o episódio fez com que ela fosse alvo de ofensas machistas nas redes sociais.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)
também repudiou as “alegações difamatórias” de Eduardo. “É
assustador que um agente público use seu canal de comunicação para atacar
jornalistas cujas reportagens trazem informações que o desagradam, sobretudo apelando
ao machismo e à misoginia”, disse a entidade.
Maria Cleidejane Esperidião é a nova gerente executiva da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Ela será responsável pela coordenação de eventos e projetos, gestão dos canais de comunicação e representação institucional.
Em entrevista à Abraji, a nova gerente executiva disse estar muito feliz em se unir a uma organização “tão importante na defesa da nossa profissão e na formação dos novos jornalistas, especialmente no contexto nacional e mundial que vivemos”.
Maria trabalhou por 22 anos na Rede Globo, atuando em diversas funções. Nos últimos anos, cobriu temas como crise de refugiados, PanamaPapers, Wikileaks, terrorismo, saúde pública no Brasil, direitos humanos, entre outros. Tem doutorado em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo. Em 2018, foi fellow do Reuters Institute for the Study of Journalism. Também passou pelo Dart Center for Journalism and Trauma, da Universidade Columbia, em Nova York.
Jornalistas e veículos de comunicação de todo o País prestam suas homenagens a Ricardo Boechat, que morreu aos 66 anos em um acidente de helicóptero em São Paulo, há exatamente um ano. O dia 11 de fevereiro ficou marcado como um dos mais tristes da história do jornalismo brasileiro. A edição desta manhã do Jornal da BandNews relembrou os melhores momentos do eterno âncora da emissora, muito querido por toda a Redação.
Em entrevista a O Estado de S.Paulo, Eduardo Barão
(BandNews FM), companheiro de trabalho de Boechat, afirmou que gostaria de
saber o que ele pensaria sobre diversos assuntos: “Em vários momentos eu queria
saber o que ele pensaria sobre aquele assunto. Porque nem sempre ele ia como
todo mundo ia. Às vezes ele via coisas onde ninguém via”.
Grande amigo de Boechat, com quem conviveu por anos na Bandeirantes,
Barão disse que às vezes até sonha com ele: “E, quase sempre, nos sonhos, ele
aparece vivo. Como se tivesse sido uma pegadinha. A grande notícia que eu
queria que ele tivesse dado é que não aconteceu o que aconteceu”. Barão é um
dos autores do livro Eu sou
Ricardo Boechat, que contém 100 histórias inéditas, divertidas
e algumas até “vergonhosas” sobre o falecido apresentador da Band.
Em Nova Iguaçu, município do Rio de Janeiro, foi inaugurada
nesta terça-feira a escola Casa da Inovação Ricardo Boechat, em homenagem a ele.
Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em
Buenos Aires, na Argentina. Iniciou sua carreira no extinto Diário de Notícias
(RJ). Passou por grandes veículos da comunicação, como Estadão, Jornal do
Brasil, O Globo, O Dia e IstoÉ. Em 2004, assinou com o Grupo Bandeirantes e,
dois anos mais tarde, substituiu Carlos Nascimento na apresentação do Jornal
da Band, onde permaneceu até o fim da vida. Ganhou três Prêmios Esso.
Lembrado sempre por seu profissionalismo, ética, carisma e humor, ficará
marcado para sempre na história do jornalismo brasileiro.
O artista gráfico e escritor Miguel Paiva lança nesta terça-feira (11/2) a autobiografia Memória do Traço (Chiado Books), em que conta sua trajetória no ramo artístico. O lançamento será em Belo Horizonte, às 19h30, no Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537), durante a edição do Sempre Um Papo, que promove debates e encontros com grandes nomes da literatura.
Miguel nasceu no Rio em 1950 e iniciou sua carreira nos
anos 1960. Publicou suas obras em veículos como O Pasquim, Correio da Manhã e O
Cruzeiro. Morou na Itália por seis anos, colaborando com muitas revistas de
quadrinhos durante o período. De volta ao Brasil, criou a série Happy Days
na IstoÉ.
Tem personagens famosos, como Radical Chic, Ed Mort (junto com
Luís Fernando Veríssimo), Gatão da Meia Idade e Chiquinha, publicados em
diversos veículos, como Jornal do Brasil e O Globo. Atualmente, desenha, pinta
e trabalha como roteirista de cinema e TV.
Adélia Chagas acaba de chegar à LLYC (Llorente y Cuenca), contratada como diretora sênior de Advocacy e Comunicação Estratégica no Brasil. Vem de uma passagem de quase três anos como vice-presidente da Imagem Corporativa, que se seguiu aos 12 anos em que foi também VP da Máquina Cohn & Wolfe. Ao longo da carreira, coordenou projetos em clientes como Ambev, XP, BTG Pactual, Microsoft, Zara, Xerox, SAP, ABB e C&A.
Ela se junta ao time de executivos comandado pelo sócio e diretor-geral no Brasil Cleber Martins, para quem “a chegada da Adélia ajuda a reforçar ainda mais o nosso time sênior de direção, num momento de forte crescimento da operação e também em linha com o propósito de oferecer consultoria estratégica de alto nível”. A LLYC inaugurou no mês passado a expansão de seu escritório de São Paulo, com a abertura de mais 40 posições de trabalho para comportar a expansão da agência.
Na LLYC, Adélia vai conduzir projetos nacionais e globais de reputação e advocacy, em parceria com os diretores dos 16 escritórios da companhia em 13 países. “Estou muito entusiasmada com o novo desafio de integrar uma companhia internacional focada em soluções estratégicas para ajudar os clientes em um cenário desafiador de disrupção dos negócios e da comunicação”, disse ao J&Cia.
Antes de trabalhar no mundo corporativo, ela passou por Gazeta Mercantil, Folha de S.Paulo, Agência Estado, Jornal da Tarde e Folha da Tarde. Tem formação em Jornalismo pela PUC-SP, especialização em Comunicação Corporativa pela Fundação Getulio Vargas e MBA em Gente e Gestão pela Escola de Negócios da PUC-Rio.
Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro
Jorge de Miranda Jordão morreu na tarde de
segunda-feira (10/2), aos 87 anos, no Rio de Janeiro. Ele se tratava de câncer e teve
complicações cardíacas. Depois de passar mal em casa, foi internado na
madrugada, num hospital na Barra da Tijuca. O enterro é nesta quarta-feira
(12/2) no cemitério do Catumbi, Zona Norte do Rio. Miranda deixa quatro netos de três
filhas: Tatiana e Helena, do primeiro casamento com Marlene Lima e Silva, e
Patrícia, com Germana De Lamare.
Baiano
de Salvador, nasceu em 14/8/1932. Chegou novo ao Rio e começou a trabalhar em
1954, na Última Hora, de Samuel Wainer,
de quem era amigo. Dirigiu as sucursais do jornal em São Paulo e Porto Alegre e
voltou à redação do Rio em 1963.
A
convite de Octavio Frias, participou
do lançamento da Folha da Tarde, em 1967. Próximo de Frei Betto, que também trabalhava na Folha da Tarde, Miranda foi
preso durante a ditadura militar, em Montevidéu, no Uruguai, e levado para o
Dops em Porto Alegre. Passou depois pelo DOI-Codi, no Rio, apesar de nunca se ter
envolvido com qualquer organização.
Foi
diretor das redações de O Dia, no Rio, e do Diário Popular, em São Paulo. O Observatório da
Imprensa o definiu como “o jornalista que não caiu no erro da mídia”. Quando
dirigiu o Diário Popular, em São Paulo, Miranda decidiu que o jornal não
cobriria o caso da Escola Base, nem mesmo depois de esse ganhar
repercussão nacional. Ele desconfiou das informações fornecidas pela polícia e não
acreditou na história, que considerou uma vaidade do delegado encarregado da
investigação. Sua firmeza foi um dos fatores que levaram à elucidação do caso.
Era descrito por colegas e amigos como um homem sério e de poucas palavras no
trabalho, mas, ao mesmo tempo, boêmio, bom companheiro de uísque. Miranda
influenciou gerações de profissionais.
Em
2018, deu um depoimento para o livro Memórias da imprensa escrita, do amigo Aziz Ahmed, em que narra casos vividos
em redações de São Paulo, Porto Alegre e no Rio – onde iniciou e terminou a
carreira.
A IBCC Oncologia lança o Prêmio IBCC Oncologia de Jornalismo, que busca reconhecer e valorizar produções jornalísticas sobre o tratamento do câncer no País, com foco em histórias de vida relacionadas à doença. As inscrições vão até 31 de março.
Lilian Cacau, coordenadora de
Comunicação da IBCC Oncologia, explica que o objetivo do prêmio é falar mais
sobre o câncer, visto hoje como um tabu: “Nós sabemos que o câncer é um assunto
difícil, que as pessoas evitam falar quando vivem ou convivem com o
diagnóstico, mas o que queremos, como entidade que cuida e trata, é justamente
falar sobre a doença, as formas de prevenção, estudos que são pouco divulgados,
alternativas de tratamento e sobre experiências de quem superou para ser
inspiração para quem passa pelo diagnóstico”.
Podem participar trabalhos em rádio, TV, impresso e online
que tenham sido veiculados entre 2018 e 2019. Os três primeiros colocados serão
anunciados durante a cerimônia de premiação, em 7/4, Dia do Jornalista,
no anfiteatro da IBCC Oncologia, em São Paulo. Inscreva-se!
De galochas, Aldo Quiroga apresentou o Jornal da Cultura – 1ª edição
A chuva que atingiu nas madrugada e manhã desta segunda-feira (10/2) a Grande São Paulo deixou a região em um estado caótico. Ao longo do dia, muitos foram os relatos e imagens de pessoas ilhadas e carros embaixo d’água. Emissoras de tevê e rádio, além de portais de notícias, atualizavam minuto a minuto a situação. No meio de toda essa confusão, uma situação envolvendo o Jornalismo chamou a atenção.
Com sua sede instalada próxima à Marginal Tietê, em uma das regiões mais atingidas pelos alagamentos na capital paulista, a TV Cultura também teve parte de suas instalações tomada pela água. O resultado: muitos profissionais não conseguiram chegar ao trabalho e alguns estúdios foram atingidos, entre eles o do Jornal da Cultura.
A solução encontrada pela emissora foi pegar emprestado o estúdio onde é gravado o Metrópoles. Porém, esse não foi o único entrave a ser superado. Aldo Quiroga, apresentador do Jornal da Cultura – 1ª edição, só conseguiu chegar à emissora com a ajuda de um trator. Além disso, teve que comandar a atração com as galochas que estava usando para passar pelas áreas alagadas.
Segundo relatos de profissionais da emissora, como poucas pessoas conseguiram chegar ao trabalho, cada uma teve que abraçar funções com as quais não tinha muita intimidade, em um esforço de levar o jornal ao ar.