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sábado, junho 21, 2025

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Revista infantil Qualé explica as principais notícias do Brasil e do mundo para as crianças

Fabrícia Peixoto (ex-BBC Brasil e IstoÉ Dinheiro), Maria Clara Cabral (ex-Folha em Brasília e Terra) e Cinthia Behr (ex-Editora Globo e IstoÉ Dinheiro) lançam em SP a revista Qualé, publicação quinzenal para o público infantil, em especial crianças entre 7 e 11 anos.

O projeto visa a trazer informações precisas e verdadeiras para as crianças, com conteúdo jornalístico, mas em linguagem própria para a faixa etária, evitando a “contaminação” por desinformação e fake news. A publicação tem notícias de São Paulo, do Brasil e do mundo de forma simplificada e com fotos e ilustrações, para facilitar o entendimento por parte das crianças. A ideia é fazer parcerias com escolas, de modo a que elas adotem a Qualé como conteúdo educacional complementar. A revista não será vendida em bancas.

“Sentimos que havia uma demanda nas escolas por esse tipo de material”, explica Fabrícia. “As crianças estão tendo cada vez mais acesso a informação, mas esta chega de forma ‘truncada’ pra elas, muitas vezes misturadas com desinformação e boatos”.

Felipe Sali é o novo editor do Joca

Felipe Sali

Felipe Sali (ex-Mundo Estranho e Superinteressante) assumiu o cargo de editor de conteúdo do jornal Joca, único do Brasil para jovens e crianças. Ele atuará diretamente nas versões impressa e digital, e na produção de matérias especiais.

Felipe apresentou o podcast Marca Texto, com temas de educação, em parceria com o Guia do Estudante. Autor do livro Mais leve que o ar, também escreveu e-books de ficção para adolescentes que somam mais de dois milhões de leituras.

“A contratação do Felipe faz parte da nossa estratégia de crescimento para este ano e dará um gás ainda maior na criação de novos conteúdos”, afirma Stéphanie Habrich, diretora executiva e fundadora do Joca.

Os riscos da discórdia entre jornalistas e Governo britânico para a confiança na imprensa

Lee Cain nos tempos de “galinha”

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

A divisão da sociedade britânica por causa do Brexit está se refletindo no clima entre a imprensa e o Governo. A administração de Boris Jonhson – um ex-jornalista – vem adotando posição de confronto ao quebrar práticas estabelecidas na relação com os meios de comunicação. O que não ajuda a apaziguar os ânimos nem a reverter cobertura desfavorável.

O episódio da última segunda-feira (3/2), em que jornalistas de organizações como BBC, Sky News e The Guardian boicotaram uma coletiva, em solidariedade a colegas nela barrados, foi um ato carregado de simbolismo. Colocou do mesmo lado profissionais de organizações favoráveis e contrárias ao Governo do Partido Conservador, que se uniram ao considerarem que a liberdade da imprensa estava sob ameaça.

Uma curiosidade: o responsável por barrar os colegas foi Lee Cain, diretor de Comunicação de Johnson, que escrevia para o esquerdista Daily Mirror antes de passar para o outro lado do balcão. E que em 2010 chegou a encarnar o folclórico personagem Mirror Chicken, vestindo uma fantasia de galinha para perseguir líderes do Partido Conservador e questionar suas posições. As voltas que o mundo dá…

Tradições quebradas – A temperatura começou a subir em dezembro, quando o Governo anunciou a decisão de mudar para a residência oficial os briefings diários feitos para os jornalistas credenciados na sala de imprensa do Parlamento. A transferência provocou reação do grupo Lobby, que reúne os veteranos da cobertura política.

Eles reclamaram do tempo perdido no deslocamento e do fato de o novo local  não ser “território neutro”. Temiam que colegas fossem barrados, o que seria mais difícil nas dependências do Parlamento. Embora a possibilidade tenha sido negada pelo Governo, foi o que acabou acontecendo.

O processo dos briefings diários, em que os credenciados recebem subsídios em off para as matérias, não é unanimidade. Jornalistas independentes, como o blogueiro político Paul Staines, do site Guido Fawkes, consideram que privilegia o grupo de credenciados. E que tudo deveria ser em on, com transmissão ao vivo para quem quiser acompanhar.

No incidente de segunda-feira, no entanto, o encontro não era um briefing rotineiro, e sim um encontro com um especialista do Governo sobre o difícil acordo com a União Europeia, para o qual foram convidados apenas sete profissionais. O diretor de Comunicação defendeu ser prerrogativa do Governo escolher com quem fala e onde fala. É um entendimento controverso, pois envolve o poder público, e não uma organização privada.

A posição tornou-se vulnerável também porque os que tentaram participar ao saber do encontro eram profissionais de títulos que cobrem extensivamente a saída do Reino Unido, como HuffPost, i, Independent e a agência de notícias Press Association. Alguns deles experientes editores de Política, com credenciais mais do que suficientes para estarem na coletiva.

Há um sentimento de que a administração de Boris Johnson vem se inspirando nas práticas do presidente norte-americano Donald Trump, escolhendo a dedo com quem falar e utilizando as redes sociais para se comunicar diretamente com a sociedade. Minando assim a relevância da imprensa.

São vários sinais nesse sentido. Na noite do Brexit, o Governo mandou para os veículos britânicos um pronunciamento editado pela equipe da casa, contrariando o hábito de uma emissora independente gravar e distribuir às outras. Em protesto, várias não veicularam, mas Johnson distribuiu o material por suas redes sociais.

No último domingo, The Sunday Times revelou que Dominic Cunnings, braço-direito do primeiro-ministro, determinou que ministros e assessores devem dividir a conta se almoçarem com jornalistas. E informar sobre tais encontros. A matéria diz que ele teria criado uma rede de “espiões” nos restaurantes próximos à área governamental para caçar desobedientes. Parece coisa da Guerra Fria.

Há muitos lados nessa história. Jornalistas se ressentem das mudanças sem consulta e do que veem como obstáculos ao seu trabalho. O Governo defende que as mudanças não afetam a liberdade da imprensa, e que na verdade destinam-se a democratizar o acesso às informações sobre atos oficiais.

Mas o fato é que ninguém ganha com esse ambiente de guerra. Principalmente em um momento em que jovens consomem cada vez mais notícias pelas redes sociais em detrimento da mídia tradicional. E podem perder a noção de como é fundamental para a sociedade uma imprensa que investiga, questiona e expõe opiniões diferentes para ajudar cada um a formar a sua.

Confira as finalistas do 14º Troféu Mulher Imprensa

O Portal Imprensa divulga os finalistas da 14ª edição do Troféu Mulher Imprensa, que visa a valorizar o trabalho das profissionais em 18 categorias, propagando os direitos e o trabalho da mulher por todo o País. A edição deste ano conta com novas categorias: Comunicação Pública, Jornalista Empreendedora e Contribuição Acadêmica ao Jornalismo. Somente um voto será considerado para cada categoria.

Confira as finalistas:

Âncora ou Comentarista/Colunista de TV

Adriana Araújo (Record)

Daniela Lima (CNN Brasil)

Maria Júlia Coutinho (Globo)

Renata Lo Prete (Globo/GloboNews)

Sandra Annenberg (Globo)

Repórter de Telejornal

Andréia Sadi (GloboNews/Globo)

Camila Bonfim (GloboNews/Globo)

Dulcinéia Novaes (RPC – Paraná)

Sonia Blota (Band)

Sônia Bridi (Globo)

Âncora ou Comentarista/Colunista de Rádio

Carla Bigatto (BandNews FM)

Carolina Ercolin (Eldorado)

Fabíola Cidral (CBN)

Tatiana Vasconcellos (CBN)

Thays Freitas (Rádio Bandeirantes)

Repórter de Rádio

Basilia Rodrigues (CBN)

Camila Carelli (CBN/Globo)

Helen Braun (BandNews FM)

Marilu Cabañas (Rádio Brasil Atual)

Renata Carvalho (CBN)

Colunista de Jornal ou Revista

Djamila Ribeiro (Folha de S.Paulo)

Eliane Cantanhêde (Estadão)

Flávia Oliveira (O Globo)

Maria Cristina Fernandes (Valor Econômico)

Vera Magalhães (Estadão)

Repórter de Jornal ou Revista

Camila Mattoso (Folha de S.Paulo)

Consuelo Dieguez (Revista piauí)

Malu Delgado (Valor Econômico)

Malu Gaspar (Revista Piauí)

Roberta Paduan (Veja)

Jornalista Revelação na Web

Amanda Audi (The Intercept Brasil)

Beatriz Montesanti (Band Notícias)

Juliana Wallauer (Podcast Mamilos/B9)

Marina Rossi (El País Brasil)

Talyta Vespa (UOL)

Correspondente (brasileira ou estrangeira residente no Brasil)

Bianca Rothier (GloboNews/Globo)

Carolina Cimenti (GloboNews)

Heloisa Villela (Record)

Ilze Scamparini (Globo)

Shannon Sims (The New York Times)

Fotojornalista

Gabriela Biló (Estadão)

Isabella Lavane (Fotógrafa independente)

Luisa Dörr (Fotógrafa independente)

Márcia Foletto (O Globo)

Marlene Bergamo (Folha de S.Paulo)

Assessora de Comunicação – Agência

Alessandra Ritondaro (Weber Shandwick)

Gisele Lorenzetti (LVBA Comunicação)

Juliana Boechat (Torre Comunicação e Estratégia)

Juliana Gilio (JeffreyGroup)

Roberta Lippi (Brunswick)

Assessora de Comunicação – Corporativa

Claudia Buzzette Calais (Fundação Bunge)

Cristiane Santos (Pfizer)

Isabel Clavelin (ONU Mulheres Brasil)

Katia Gianone (Microsoft)

Leandra Peres (B3)

Comunicação Pública

Aline Castro Rossi (TRT-SP)

Ana Cristina Rosa (Tribunal Superior Eleitoral/DF)

Leticia Bragaglia (Assessoria de Imprensa do Governo do Estado de São Paulo)

Rosangela Sanches (Tribunal de Justiça/SP)

Vanessa Pessoa (Secretaria Municipal de Transportes/SP)

Repórter ou Comentarista Esportiva

Ana Thaís Matos (SporTV)

Bárbara Coelho (Globo)

Glenda Kozlowski (SBT)

Marcela Rafael (ESPN)

Monique Vilela (Rádio Banda B)

Repórter Investigativa

Andrea Dip (Agência Pública)

Bela Megale (O Globo/Época)

Daniela Arbex (Jornalista independente)

Patrícia Campos Mello (Folha de S.Paulo)

Thais Bilenky (Revista Piauí)

Jornalista Empreendedora

Carolina Oms (AzMina)

Cristina De Luca (The Shift)

Kátia Brasil (Amazônia Real)

Mara Luquet (MyNews)

Natalia Viana (Agência Pública)

Contribuição Acadêmica ao Jornalismo

Cremilda Medina (Universidade de São Paulo – USP)

Graça Caldas (Universidade Estadual de Campinas – Unicamp)

Luisa Medeiros Massarani (Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz)

Natália Mazotte (PUC-RS e COPPE/UFRJ)

Tattiana Gonçalves Teixeira (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC)

Menos é mais: menos conteúdo gera mais leitores para jornais europeus

Uma pesquisa feita pelo site especializado em comunicação Digiday mostrou que alguns renomados jornais europeus obtiveram aumento significativo na audiência e no número de leitores e assinaturas depois de cortar parte do conteúdo publicado e focar mais na qualidade do jornalismo apresentado.

Os dados mostram que em 2019 o tráfego humano e o tempo de permanência nos jornais britânicos The Guardian e The Times of London, e no francês Le Monde, aumentaram consideravelmente em contrapartida à quantidade de conteúdo veiculado, que diminuiu.

O analista de mídia Thomas Baekdal explica que, para o leitor, o importante não é a quantidade de informações, mas a qualidade delas: “Se um site de notícias publica 100, 500 ou 1 mil textos, não faz diferença para o leitor. O que importa é a qualidade e a relevância dos conteúdos. Os publishers descobriram que, quando eliminam o que não é valioso, ninguém percebe que aquilo se foi”.

Em 2019, o jornal The Guardian cortou cerca de um terço de sua produção após detectar que ninguém estava lendo grande parte das matérias, gerando 1,6 milhões a mais de acessos do que no ano anterior. O The Times também fez cortes e seu público cresceu 25%. Já o Le Monde, além dos cortes, ampliou sua equipe de jornalismo, obtendo 11% a mais de visitas nas plataformas online.

Confira a reportagem do Digiday (em inglês).

Maioria dos jornalistas assassinados em 2019 estava em zonas sem conflito, diz estudo

Um relatório feito pela Intensified Attacks, New Defences apontou que a maior parte dos jornalistas assassinados durante o exercício da profissão estava em locais sem conflitos armados. O estudo mostra também um aumento de ataques digitais/cibernéticos a profissionais de imprensa, principalmente mulheres.

Segundo os pesquisadores, esses dados provam que a cobertura de temas como política, corrupção e crime pode ser mais perigosa que a feita em zonas de guerra. A América Latina e o Caribe são as regiões com maiores índices de assassinados em 2019, com 22 casos no total. Na sequência vem Ásia-Pacífico, com 15, e os Estados árabes, com dez.

A pesquisa, que leva em conta investigações judiciárias de assassinatos de profissionais da imprensa desde 1993, apontou que entre 2014 e 2018, 495 jornalistas foram mortos no mundo todo, número 18% maior do que o registrado entre 2009 e 2013. A tendência é que o índice cresça ainda mais nos próximos anos.

Jamil Chade vence prêmio internacional de jornalismo investigativo

Jamil Chade, ao centro, com seu prêmio de jornalismo investigativo da AIPS. Foto: AIPS Media.

A Internacional Sports Press Association (AIPS) concedeu seu prêmio de jornalismo investigativo ao colunista do UOL Jamil Chade, em reconhecimento ao seu trabalho de investigação dos esportes no Brasil, revelando bastidores e vários casos de corrupção. A cerimônia, ocorrida em Budapeste na última segunda-feira (3/2), reuniu mais de 300 jornalistas de todo o mundo, além do presidente da Fifa Gianni Infantino.

Entre as reportagens e coberturas de Chade, destacam-se os esquemas de corrupção e contratos secretos da CBF e da seleção brasileira, incluindo a estrutura de poder estabelecida pelo futebol durante a Copa do Mundo de 2014, que ele descreveu em seu livro Propina, política e futebol.

Com informações do UOL.

Revista Gula pode ser relançada

O grupo Essência do Vinho, empresa responsável pela produção de conteúdo editorial sobre gastronomia em Portugal e com atuação em outros 15 países, adquiriu a marca brasileira Gula, com o objetivo de relançar a revista de mesmo nome, que deixou de circular em 2018.

A ideia é fazer a publicação voltar já no próximo semestre no Brasil e em Portugal, para valorizar a gastronomia brasileira na Europa. Integram a equipe Alexandre Lalas, que passou por Jornal do Brasil, Revista Adega e Revista de Vinhos, além da própria Gula; Miguel Icassatti, que foi colaborador da Essência do Vinho, com passagens por Veja Comer & Beber, Estadão e Prazeres da Mesa; e J.A. Dias Lopes, crítico gastronômico brasileiro e um dos fundadores da Gula, que atuará como colunista.

Miguel Icassatti diz acreditar que a grande demanda pelo assunto, bem como reality shows e aumento no número de chefs de cozinha, abre espaço para a volta da Revista Gula e torna possível a competição com outras marcas do mercado. Ele explica que o grupo pretende trabalhar intensamente as plataformas digitais de modo a que o impresso seja “um produto premium”, uma vez que o mercado de publicações impressas na Europa, segundo ele, ainda é forte: “Lá o impresso é muito forte, vende-se muito jornal e só no segmento de vinho há quatro revistas no mercado”.

Com informações do Meio & Mensagem.

Comissão de Direitos Humanos realizará audiência sobre violações à liberdade de imprensa no Brasil

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) realizará em março uma audiência para abordar ameaças e violações à liberdade de imprensa e de expressão no Brasil. O evento é fruto de um pedido feito por 16 entidades brasileiras e latino-americanas, entre elas a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O documento apresentado à CIDH contém relatórios e dados que ilustram o aumento de ataques e violência geral à imprensa e a comunicadores, além de casos específicos que exemplificam a situação, como o de Patrícia Campos Mello (Folha de S.Paulo), que sofreu ataques por sua reportagem que denunciava o compartilhamento de fake news via WhatsApp para favorecer Jair Bolsonaro durante as eleições presidenciais de 2018; e o de Gleen Greenwald, acusado de ter cometido crimes digitais, incluindo envolvimento com hackers, ao divulgar áudios da Operação Lava Jato.

Marcelo Träsel, presidente da Abraji, acredita que o evento pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre os frequentes ataques à liberdade de imprensa e expressão no Brasil e em países vizinhos: “Esperamos que essa audiência amplie a consciência sobre a questão dentro e fora do País, em especial nas instituições que podem agir para mitigar o problema”

Renata Mieli, coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), destaca o aumento no número de ataques à imprensa durante o governo Bolsonaro: “O Brasil sempre conviveu com casos de violação à liberdade de expressão, mas eles eram difusos. O que diferencia o momento atual é que, a partir do governo Bolsonaro, houve uma institucionalização das violações aos direitos humanos e à liberdade de expressão”.

Vale lembrar que um relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgado em janeiro indicou que Bolsonaro foi responsável por mais da metade dos ataques à imprensa em 2019. Os dados indicam um aumento de 54% na violência contra comunicadores.

Com informações da Abraji

Boicote de veículos ao Governo britânico denota relacionamento tenso

Por Luciana Gurgel, de Londres, especial para o Portal dos Jornalistas

O boicote de jornalistas a uma coletiva na sede do Governo britânico sobre o Brexit em Londres nessa segunda-feira (3/2) repercute fortemente nos meios jornalísticos e políticos. Repórteres de The Mirror, i, HuffPost, PoliticsHome, Independent e da agência de notícias PA foram proibidos de participar por não terem sido convidados, apesar de credenciados para a cobertura do Governo no Parlamento. Em solidariedade, colegas de BBC, ITV, SkyNews, The Guardian e até do Daily Telegraph, que apoia o Governo de Boris Johnson, recusaram-se a entrar na sala.

A NUJ (National Union of Journalists) divulgou uma nota em que classifica o incidente como alarmante, e um ataque à liberdade da Imprensa. Keir Starmer, principal candidato à liderança do Partido Trabalhista, enviou carta ao Governo pedindo uma investigação sobre o caso.

O caso ganhou as primeiras páginas de vários jornais, com críticas à conduta do setor de Imprensa do Governo britânico, que estaria escolhendo a dedo os jornalistas com quem quer falar e deixando veículos críticos à margem.

É a ponta do iceberg em um relacionamento que se tornou mais tenso após as eleições gerais de dezembro passado, que deram vitória a Boris Johnson, ex-jornalista. Desde então algumas práticas históricas vem sendo alteradas.

A transferência dos briefings diários concedidos por membros do Governo da sede do Parlamento para a residência oficial do primeiro-ministro foi uma delas, causando reação dos veteranos credenciados, organizados em um grupo denominado “Lobby”. Entre os temores manifestados estava justamente o risco de o Governo bloquear a entrada de profissionais, o que não aconteceria nas dependências neutras do Parlamento.

Lee Cains, diretor de Comunicação de Boris Johnson, sustentou a atitude sob o argumento de que o Governo tem a prerrogativa de falar com quem quer e onde quer. Mas a posição foi questionada por quem defende a tese de que o acesso a informações sobre temas públicos deve ser livre a todos os veículos interessados.

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