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terça-feira, dezembro 9, 2025

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Guido Nunes assina com a TNT Sports

Guido Nunes assina com a TNT Sports

A TNT Sports anunciou a contratação do repórter e apresentador Guido Nunes, que assume o comando do Último Lance, que debate os principais resultados dos jogos da UEFA Champions League e do Paulistão. O programa repercute o que aconteceu na rodada das duas competições, e aborda também as últimas notícias do futebol nacional e internacional.

A estreia de Guido no comando do Último Lance será já nesta terça-feira (25/11), a partir das 19h45, após os jogos da Champions League. O programa é exibido na plataforma de streaming HBO Max, no canal de TV por assinatura TNT e no perfil da TNT Sports no YouTube. Com mais de 15 anos de carreira no jornalismo esportivo, Guido foi apresentador e repórter do Grupo Globo por mais de uma década. Cobriu quatro Copas do Mundo e quatro Jogos Olímpicos.

Agência Mural de Jornalismo das Periferias comemora 15 anos de trabalho

Agência Mural comemora 15 anos de trabalho

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, focada em jornalismo local e em reduzir a desigualdade informacional nas (e sobre as) periferias da Grande São Paulo, completa neste mês de novembro 15 anos de existência.

Fundada em 2010, a iniciativa tem projetos de formação voltados a jovens talentos periféricos que se tornam comunicadores locais comprometidos com o direito à cidade e a participação democrática. Além disso, graças à sua rede de correspondentes locais, a Mural produz reportagens, projetos e iniciativas com informação de qualidade sobre as comunidades, ampliando e valorizando a diversidade das periferias.

Para celebrar estes 15 anos, a agência está lançando o Mural Local, iniciativa que utiliza tecnologia e o relacionamento com as comunidades para fortalecer o ecossistema de informação nas periferias da Grande São Paulo. O projeto utiliza ferramentas de inteligência artificial generativa para coletar e traduzir dados públicos em informações úteis e acessíveis, distribuídas por WhatsApp, SMS e e-mail. Entre as informações disponibilizadas estão dados sobre qualidade do ar, previsão de chuva e oportunidades de trabalho.

Além da tecnologia, o projeto fará ações presenciais, como encontros com moradores, novas estratégias de diálogo com as audiências, e estímulo de parcerias com pequenos e médios negócios locais. O Mural Local está em fase de testes em cinco territórios: os distritos de Capão Redondo e Itaim Paulista, e as cidades de Osasco, Guarulhos e Mauá. A ideia é expandir a atuação da iniciativa para outros cinco territórios em 2026.

Amado Mundo, de Guilherme Amado, ganha portal de notícias

Guilherme Amado (divulgação)

O canal Amado Mundo, lançado em junho no YouTube por Guilherme Amado, está ampliando sua operação com o lançamento de um portal de notícias (amadomundo.com). Com conteúdos de política, negócios, entretenimento e cultura, além de colunas e reportagens exclusivas, a página faz parte da estratégia de ampliação nos negócios da marca, com uma visão cada vez mais multiplataforma.

“Vamos reunir no portal os produtos do canal, dos eventos que promovemos no Brasil e no exterior, e os conteúdos das nossas redes sociais para cumprir nossa principal missão: gerar conversas para um mundo melhor. Isso não é fácil nem trivial”, destaca Guilherme Amado, que atualmente também é colunista do PlatôBR, membro do conselho do Global Investigative Journalism Network e acumula passagens por Metrópoles, Época e O Globo. “Queremos falar com quem parou de acompanhar notícias, com quem está cansado da linguagem fria e engessada e do tom urgente e catastrófico, mas não deixou de se importar com o mundo”.

Guilherme Amado, fundador do Amado Mundo (divulgação)

Com a ampliação das operações, o Amado Mundo já conta com uma redação de 45 profissionais. Entre as novas contratações estão a editora-chefe Flavia Martin (ex-O Globo e Folha de S.Paulo), a editora de Projetos Especiais Angelina Nunes, coordenadora do Programa Tim Lopes, da Abraji, e com mais de 20 anos de atuação por O Globo, e as colunistas Cristina Fibe, especializada na cobertura de violência contra meninas e mulheres, e Luiza Barufi, que abordará sexualidade.

O novo portal também contará com participações de profissionais que já integravam o canal, entre eles a apresentadora, chef de cozinha e ativista Bel Coelho, a atriz Cláudia Campolina, a escritora Eliana Alves Cruz, as jornalistas Beatriz Bulla e Raquel Cozer, o economista Paulo Dalla Nora Macedo e o especialista em tecnologia Fabro Steibel. Para reforçar o trabalho fora das câmeras e consolidar sua atuação digital, o Amado Mundo trouxe ainda recentemente para a equipe a diretora de estratégia digital Priscila Montandon (ex-Play9 e Zero Hora) e o roteirista Sérgio Luz (ex-O Globo e com colaborações para o The Guardian).

Home do amadomundo.com, de Guilherme Amado

Michelle Loreto deixa a Globo após 20 anos

Michelle Loreto (Crédito: Instagram)

Michelle Loreto deixou o Grupo Globo após mais de 20 anos de casa. Na emissora desde 2005, ela apresentava ultimamente o quadro Bem Estar. No Instagram, Michelle anunciou a saída, afirmando que seguirá uma “nova jornada na carreira. Saúde, bem-estar e maternidade real seguem sendo a minha pauta”.

Natural de Pernambuco, Michelle chegou à Globo em 2005, atuando na previsão do tempo em telejornais como Bom Dia Brasil, Bom Dia São Paulo e Globo Rural. Na mesma função, atuou também no Jornal das 10, da GloboNews. Chegou a ser titular da previsão do tempo do Jornal Nacional. Em 2015, passou a fazer parte da equipe de reportagem do Bem Estar e, desde 2019, atuava como apresentadora oficial do quadro.

Marcelo Castro, acusado de aplicar golpe do PIX em pessoas pobres, volta a pedir dinheiro durante programa

Marcelo Castro (Crédito: Instagram)

O apresentador Marcelo Castro, da TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia, voltou a pedir doações via PIX para pessoas pobres durante o programa Alô Juca, comandado por ele. Castro é réu na Justiça baiana por ter supostamente desviado cerca de R$ 500 mil em doações via PIX durante o programa Balanço Geral, da Record, nos anos 2022 e 2023, quando atuava como repórter da emissora.

No novo pedido, o apresentador pediu doações para uma senhora de Lobato, bairro no subúrbio de Salvador (BA), que perdeu seus móveis por causa de uma inundação por chuva. O caso gerou muita repercussão negativa nos bastidores. A Record classificou o novo pedido como uma afronta à ação em curso e pediu à Justiça que a nova campanha de doação seja investigada.

De acordo com a investigação do caso, conhecido como Golpe do PIX na TV baiana, Castro, e o então editor do Balanço Geral, Jamerson Oliveira, se apropriaram de aproximadamente R$ 407 mil das mais de R$ 500 mil doações feitas via PIX por telespectadores do programa a pessoas em situações de vulnerabilidade. A dupla exibia na tevê chaves PIX de laranjas, e ficavam com a maior parte da verba, repassando uma quantia significativamente menor aos necessitados.

Após investigação interna, Castro e Oliveira foram demitidos da Record. Eles hoje trabalham juntos na TV Aratu.

Fernando Nakagawa é o +Admirado Jornalista de Economia, Negócios e Finanças de 2025

Fernando Nakagawa

Jornalistas&Cia realizou nesta segunda-feira (24/11), em São Paulo, a cerimônia de premiação dos +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças. Em sua décima edição, o prêmio elegeu Fernando Nakagawa, apresentador e comentarista da CNN Brasil, como o +Admirado Jornalista do setor em 2025. Esta é a primeira vez que Fernando fica no topo do pódio da premiação. Antes, esteve entre os TOP 50 +Admirados Jornalistas em outras três edições.

“Uma grande honra ter sido escolhido. Sou jornalista econômico há 25 anos. Passei por quase todas as redações, passei por Gazeta Mercantil, Valor, Folha, Grupo Estado… tem sido uma jornada incrível”, disse Fernando. “Começar a fazer TV há cinco anos foi maravilhoso, e entendi porque fazer jornalismo na TV especificamente é um trabalho de muita gente, e agradeço à minha equipe pelo esforço diário. trabalhar em conjunto é muito gratificante, muitas vezes difícil, mas muito gratificante. Vivemos nos últimos dias uma verdadeira loucura na imprensa econômica, com a questão do Grupo Master, e isso nos faz lembrar sobre o nosso papel como jornalistas, como comunicadores sociais, e temos muitas histórias ainda para contar. Mais para frente, teremos eleições, e a economia será tema central. E que bom ver que temos tanta gente boa, competente e engajada em fornecer essas informações, prezando o interesse comum das pessoas. O profissional que mora em cada um de vocês, em cada um de nós, precisa resistir, e é essa resistência que me faz acordar todos os dias”.

Especializado em jornalismo econômico, Fernando está na CNN Brasil há mais de seis anos, desde o lançamento do canal no País. Antes, passou por Grupo Estado, onde atuou como editor, repórter e correspondente internacional, e Folha de S.Paulo, Gazeta Mercantil e Valor Econômico, como repórter com foco na economia nacional e mundial.

Fernando Nakagawa

Em segundo lugar ficou Flávia Oliveira, do Grupo Globo, que esteve entre os TOP 10 +Admirados Jornalistas do setor em outras três edições do prêmio. Na terceira posição, completando o pódio, ficou Layane Serrano, repórter da revista Exame, que pela primeira vez está entre os +Admirados Jornalistas de Economia, Negócios e Finanças do Brasil.

A palavra Renovação, inclusive, define esta décima edição. Ao olharmos para os TOP 10, temos nomes que estão entre os +Admirados pela primeira vez, como Márcio Rodrigues (Agência Estado), que ficou em 7º lugar, e Ana Luiza Serrão (O Povo), a 8ª colocada. Completam os TOP 10 Karla Spotorno (Broadcast/Agência Estado), em 4º lugar; Edna Simão (Valor Econômico), em 5º lugar; Daniel Giussani (Exame), em 6º; Danilo Moliterno (CNN Brasil), em 9º; e Alexa Salomão (Folha de S.Paulo), em 10º.

“Esta renovação demonstra, com muita clareza, a pujança do jornalismo de economia, finanças e negócios, que ano a ano atrai novos talentos para seus quadros, sem abrir mão dos experientes, muitos deles velhos conhecidos nossos aqui nos +Admirados”, destacou Eduardo Ribeiro, diretor do Jornalistas&Cia, que ressaltou também que a edição deste ano é muito especial por ser realizada no mesmo ano em que J&Cia comemora 30 anos de trabalho.

Entre os veículos, os vencedores foram Agência Estado, que recebeu o quinto troféu consecutivo como +Admirada Agência de Notícias e é agora octacampeã da categoria; o programa Café da Manhã (Folha de S.Paulo), bicampeão da categoria Áudio; CNN Brasil Money, que em sua primeira indicação venceu a categoria Canal de Vídeo; Jornal da Globo, que levou para casa o seu primeiro troféu como +Admirado Telejornal; revista Exame, que venceu as categorias Site/Portal e Revista; Estúdio i, da GloboNews, agora tricampeão da categoria Programa de TV; e Valor Econômico, que atingiu a incrível marca de dez troféus consecutivos na categoria Jornal (na primeira edição do prêmio, o Valor venceu a categoria Impresso, que reunia Revista e Jornal).

Homenagens especiais a Mino Carta, Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg

Além da entrega dos prêmios aos vencedores, a cerimônia foi marcada por homenagens especiais. A primeira foi a Mino Carta, fundador e diretor de Redação da CartaCapital, que morreu no começo de setembro, aos 91 anos. Fez parte da criação e comandou algumas das publicações mais icônicas e influentes do Brasil, como Jornal da Tarde, Veja, IstoÉ, além da CartaCapital. Recebeu diversos prêmios de jornalismo, como quatro Esso, incluindo os de Jornalismo e de Contribuição à Imprensa, um Vladimir Herzog, e o Prêmio Personalidade da Comunicação 2003. Figura entre os 100 jornalistas +Premiados da história, segundo levantamento feito por este J&Cia.

“Mino era mais do que um jornalista, era um pai inacreditável. Inesquecível, de todos os pontos de vista, e faz muita falta”, declarou Manuela, em agradecimento à homenagem. “E levar adiante um projeto que era a ‘Menina dos Olhos’ da carreira dele é um desafio diário. Fico emocionada pela homenagem. Que meu pai possa de alguma maneira estar um pouquinho no coração de cada um de vocês jornalistas”.

Eduardo Ribeiro (esq.) e Manuela Carta

Uma novidade desta edição foi a criação do troféu especial Hors Concours, entregue a Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg em reconhecimento às suas trajetórias profissionais, à presença deles sempre com destaque nos +Admirados e à celebração do décimo aniversário da premiação. Miriam é a maior vencedora do prêmio, com cinco títulos (2016, 17, 18, 19 e 22), um deles inclusive dividido com o próprio Sardenberg (2019), que tem outros quatro troféus de segundo colocado (2016, 17, 18 e 22). Ambos também acumulam diversos troféus em outras posições ou conquistados pelos veículos em que atuam.

Miriam, que não pôde comparecer ao evento pois participaria de uma discussão sobre o Selo Escola Antirracista e a inclusão de negros no mercado de trabalho, no Museu do Amanhã, enviou um vídeo de agradecimento pela homenagem, ressaltando que é uma “grande honra, pois os vencedores são escolhidos democraticamente pelos próprios jornalistas, por quem faz o jornalismo acontecer. São os próprios colegas avaliando o meu trabalho, e ser uma das mais premiadas é uma grande alegria e me faz perceber que o trabalho segue dando certo”.

Sardenberg subiu ao palco para agradecer a votação dos colegas ao longo dos últimos dez anos: “Me sinto muito honrado por todos os votos que recebi na última década, especialmente quando pensamos que são os próprios colegas que valorizam o nosso trabalho. Uma curiosidade: nunca pensei em ser jornalista, fiz faculdade de Filosofia e Direito, mas, sem perceber, eu já tinha um pezinho no jornalismo, escrevi um texto sobre o enfraquecimento da Ditadura e distribuí a colegas do grêmio estudantil. Com o AI-5, tive que deixar a faculdade, e fui atuar na reportagem, mas sempre pensando ser algo passageiro e, após o fim da ditadura, eu voltaria para a faculdade. Mas quando isso aconteceu, com a Lei da Anistia, fui convidado a retomar os estudos, mas eu já estava entregue, apaixonado pelo jornalismo. Então, virei jornalista meio que sem querer, ao acaso, e hoje estou aqui, com décadas de carreira. Então, agradeço muito por esta homenagem e o apoio dos colegas, que valorizam tudo o que foi feito ao longo deste anos todos”.

Carlos Alberto Sardenberg

O Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças contou com patrocínios de APqC, BTG Pactual, CNseg, Deloitte, Febraban e Grupo Nexcom; apoio de Honda, Press Manager e PressID; além do apoio institucional do IBRI e apoio de divulgação da 2Live.

Assista à cerimônia de premiação na íntegra no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube.

E confira o álbum de fotos da cerimônia aqui.

Justiça de Goiás condena vereador pelo assassinato do radialista Jefferson Pureza

Jefferson Pureza (Crédito: Facebook)

A Justiça de Goiás condenou na semana passada o vereador José Eduardo Alves da Silva (PR) por envolvimento no assassinato do radialista Jefferson Pureza, de 39 anos, em janeiro de 2018, em Edealina (GO), a cerca de 136 km de Goiânia. A decisão foi proferida após julgamento pelo Tribunal do Júri, que condenou o vereador por homicídio simples e corrupção de menores, pois o crime foi cometido por adolescentes.

José Eduardo foi considerado culpado pela morte do jornalista. De seis envolvidos no assassinato, três eram eram adolescentes, um seria o autor dos disparos, outro teria pilotado a motocicleta e o terceiro teria indicado os dois para cometer o crime. O vereador foi condenado a 10 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, inicialmente em regime fechado. A pena foi agravada devido à atuação conjunta com outros envolvidos no crime, além do fato de que a vítima deixou filhos pequenos. De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, réus condenados pelo Tribunal do Júri devem iniciar imediatamente o cumprimento da pena, e portanto o vereador não poderá recorrer em liberdade.

O segundo réu, Marcelo Rodrigues dos Santos, caseiro e amigo do vereador, foi absolvido da acusação de homicídio, mas foi condenado por corrupção dos menores. Ele foi condenado a dois anos e 15 dias de prisão, em regime inicial aberto.

Jefferson Pureza foi assassinado em 17 de janeiro de 2018, com três tiros no rosto, enquanto descansava na varanda de sua casa. Na ocasião, ele estava junto da companheira, então com 17 anos e grávida de quatro meses. Jefferson apresentava o programa A Voz do Povo, na rádio comunitária Beira Rio FM, fazendo críticas à gestão municipal anterior, liderada pelo ex-prefeito João Batista Gomes Rodrigues e o vereador José Eduardo, denunciando supostas irregularidades envolvendo ambos. Um ano antes do assassinato, em meio a diversas ameaças e episódios de violência contra ele e sua família, Jefferson afirmou, durante seu programa, que havia um plano para matá-lo e responsabilizou publicamente o ex-prefeito e o vereador caso algo lhe acontecesse.

Em 2019, o júri absolveu os réus pelo homicídio do radialista. A Promotoria recorreu e o Tribunal, em segunda instância, anulou o veredito e determinou que o caso retornasse à primeira instância.

Categoria para estudantes de Edital de Jornalismo da Jeduca abre inscrições

Categoria para estudantes de Edital de Jornalismo da Jeduca abre inscrições

Estão abertas até 31 de janeiro do ano que vem as inscrições para a Categoria Estudante do 7º Edital de Jornalismo de Educação da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca). A iniciativa, feita em parceria com a Fundação Itaú, reconhece e premia os melhores Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) que abordem temas relacionados à educação no Brasil.

Podem fazer a inscrição estudantes que se formam em 2025 ou recém-formados que tenham apresentado seus TCCs nos anos de 2024 ou 2023. Serão aceitos trabalhos nos mais diversos formatos, como reportagens escritas e em vídeo, documentários, podcasts, etc. É obrigatório que os trabalhos tratem de temas relacionados à educação pública e ao jornalismo de educação. O primeiro lugar receberá R$ 4.500. O segundo colocado será premiado com a quantia de R$ 3.000 e o terceiro com R$ 1.500.

Entre os critérios de avaliação, estão originalidade, qualidade e relevância do tema. A Comissão Organizadora é composta pelos jornalistas Denise Chiarato, Eduardo Geraque, Marta Avancini, Ricardo Falzetta e Rodrigo Ratier.

Inscreva-se aqui.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: O cego na História (32)

(Crédito: bemblogado.com.br)

Por Assis Ângelo

A história registra a presença de escravos desde tempos imemoriais. Foi assim na Grécia, no Egito, na Inglaterra, na Itália, nos EUA e mais e mais em todo canto.

Nos primeiros 320 anos de história, o Brasil registrou a presença de pelo menos 5 milhões de escravizados oriundos do continente africano.

O primeiro Censo realizado no Brasil, em 1872, registrou a existência de aproximadamente 1,5 milhão de homens, mulheres e crianças escravizados. À época, o número de habitantes do País girava em torno de 10 milhões de pessoas.

De acordo com os números apresentados até então, aproximadamente 10% a 20% dos brasileiros eram alfabetizados.

As mulheres escravizadas que nasciam cegas ou cegas ficavam no correr da vida eram levadas para trabalhos domésticos, quando não eram disponibilizadas para a prostituição por seus senhores. Aliás, pouco tem se falado a respeito desse que foi gravíssimo problema da vida brasileira num tempo ainda não tão distante de hoje.

De modo geral, o período escravocrata no Brasil tem sido contado e cantado em prosa e verso.

Em 1916, o cordelista piauiense Firmino Teixeira do Amaral (1896-1926) escreveu e fez publicar o folheto que virou clássico: Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho dos Tucuns. Um trecho:

Apreciem, meus leitores,

Uma forte discussão,

Que tive com Zé Pretinho,

Um cantador do sertão,

O qual, no tanger do verso,

Vencia qualquer questão.

 

Um dia, determinei

A sair de Quixadá –

Uma das belas cidades

Do estado do Ceará.

Fui até o Piauí,

Ver os cantores de lá.

 

Me hospedei na Pimenteira

Depois em Alagoinha;

Cantei em Campo Maior,

No Angico e na Baixinha.

De lá eu tive um convite

Para cantar na Varzinha…

 

Cego Aderaldo, de batismo Aderaldo Ferreira de Araújo (1878-1967), ficou órfão de pai e mãe, sem irmãos e cego quando tinha 18 anos de idade. Até então, a sua atividade profissional era a de descaroçador de algodão.

Um tanto perdido, o jovem Aderaldo descartou totalmente a possibilidade de andar pelas ruas pedindo fosse o que fosse a quem quer que fosse. A propósito, palavras sabia o Cego muito bem trabalhá-las de modo curioso para do público arrancar risos e palmas. Nisso era mestre. Aqui e ali ele fazia assim:

(Crédito: bemblogado.com.br)

 

Quem a paca cara compra

Cara a paca pagará

Pagará a paca cara

Quem a paca cara compra…

 

Pois é, o Cego Aderaldo era um cara muito engraçado e competentíssimo em tudo que fazia. Criou 26 crianças órfãs e aprendeu a tocar viola, violão e rabeca. Um dia, alguém achou de provocá-lo numa cantoria, perguntando porque nunca se casara. Numa sextilha, despachou os seguintes versos:

 

Pensar em casar,

Eu pensei isso eu não nego

Mas com minha experiência

Batata quente eu não pego

Quem enxerga leva chifres

Imagina eu que sou cego

 

De acordo com o Censo de 2022, havia no País uma população de 203 milhões de habitantes.  Nesse total se achavam 14,4 milhões de pessoas portadoras de algum problema físico ou visual que os impedia de se locomover com total naturalidade no seu cotidiano. Entre essas pessoas estavam indígenas cegos e surdos.

As indígenas eram as pessoas mais vulneráveis e suscetíveis à cegueira.

Contatos pelo http://assisangelo.blogspot.com.

100 anos de Rádio no Brasil: Olhos e ouvidos conectados

Por Álvaro Bufarah (*)

O mercado de smart glasses vive uma ascensão global – e, com ela, uma transformação silenciosa, que impacta diretamente o rádio, o streaming e os podcasts. A união entre tecnologia vestível e inteligência artificial inaugura uma forma inédita de consumo de conteúdo: mãos livres, olhos atentos e ouvidos conectados.

O caso mais emblemático vem do Ray-Ban Meta, resultado da parceria entre a icônica fabricante de óculos e a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp. Com design discreto e alto-falantes embutidos nas hastes, os óculos se tornaram um dispositivo de áudio pessoal, permitindo ao usuário ouvir música, rádio ou podcasts enquanto caminha, dirige ou trabalha – sem fones e sem isolamento. A condução óssea, tecnologia que transmite o som direto para o ouvido sem bloquear o ambiente, transforma o ato de escutar em algo fluido e natural.

(Crédito: essilorluxottica.com)

O mercado reagiu com entusiasmo. Em 2024, o segmento global de smart glasses foi avaliado em US$ 1,93 bilhão, com previsão de alcançar US$ 8,26 bilhões até 2030, crescendo a uma taxa anual de 27,3 %. Só o Brasil já movimenta US$ 128 milhões, com expansão projetada de 27,5 % ao ano. O salto de 210% na penetração mundial entre 2023 e 2024 mostra que os óculos inteligentes deixaram de ser curiosidade de laboratório para se tornarem plataforma de mídia portátil.

Entre os pioneiros, a iHeartRadio assumiu o posto de primeira emissora a integrar rádio ao vivo, podcasts e playlists diretamente no Ray-Ban Meta. Basta o comando “Ei, Meta, toque Z100!” para iniciar a estação. É possível favoritar programas, pausar ou trocar faixas e até receber sugestões automáticas do assistente Meta AI, com novos episódios e transmissões ao vivo. A experiência é contínua: o áudio é processado pelo smartphone pareado, mas a interação ocorre inteiramente por voz – sem toque, sem tela.

Essa fusão entre tecnologia e som redefine o papel do rádio. O que antes dependia do dial ou do aplicativo passa a estar literalmente no rosto do ouvinte. Para emissoras e plataformas de streaming, trata-se de um novo canal de distribuição, direto e íntimo. O ouvinte não precisa interromper o que faz; o conteúdo acompanha sua rotina, tornando-se parte da paisagem sonora do cotidiano. O rádio volta a ocupar o espaço que sempre lhe pertenceu: o de companheiro invisível, agora reconfigurado em chave digital.

Mas esse avanço traz dilemas. A adoção ainda é restrita a consumidores de alta renda e mercados mais conectados. A privacidade preocupa – afinal, são dispositivos equipados com microfones, câmeras e sensores permanentes. Há também o desafio de criar conteúdos compatíveis com esse novo contexto de escuta, pensados para quem está em movimento: blocos mais curtos, linguagem direta e presença de voz humana que dialogue com o ambiente.

Mesmo assim, o potencial é inegável. À medida que as interfaces por voz se consolidam – Alexa, Siri, Google Assistant e, agora, Meta AI –, o consumo de áudio tende a migrar para experiências cada vez mais integradas ao corpo. O rádio, longe de desaparecer, se metamorfoseia: sai do aparelho de mesa, passa pelo smartphone e chega aos óculos, mantendo a mesma missão de informar, entreter e acompanhar.

Nos próximos anos, veremos rádios locais e produtoras independentes criando versões wearable-friendly de seus programas. As playlists se adaptarão ao contexto – o trajeto, o horário, o humor. E a fronteira entre emissor e ouvinte será cada vez mais tênue: ambos dialogam, literalmente, pelo olhar.

Os smart glasses não são o fim de nada; são o começo de uma escuta ubíqua, leve e personalizada. O som, antes estacionado no fone, agora caminha conosco. O rádio, aquele velho amigo de vozes e histórias, ganha novos olhos para continuar sendo ouvido.

Fontes consultadas

Radio Ink – “Smart glasses em ascensão são mais um canal de distribuição para rádios, streaming e podcasts” (26 out. 2025)

Grand View Research – Smart Glasses Market Size, Share & Trends Analysis Report (2024 – 2030)

Statista – Wearable Technology Forecast 2025-2032

Meta / Ray-Ban – Ray-Ban Meta Product Overview and SDK Documentation

Kantar IBOPE Media – Inside Audio 2025 (92 % dos brasileiros consomem áudio em múltiplos formatos)


Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

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