Julian Reichelt, editor-chefe do jornal Bild, um dos mais lidos da Alemanha, pediu afastamento do cargo em 13/3 devido a uma investigação contra ele por assédio. As acusações envolveriam “abuso de poder”, “exploração de relações de dependência”, coerção e intimidação.
No começo de março, a Repórteres Sem Fronteiras publicou um relatório sobre sexismo no jornalismo, que mostrou que a violência de gênero afeta significativamente o trabalho das mulheres na imprensa. O Brasil, por exemplo, ficou entre as 40 nações consideradas perigosas para as jornalistas.
Confira os detalhes da investigação contra o editor-chefe do Bild em MediaTalks.
Lúcio Flávio Pinto lançou o livro Lula – O mito da esquerda, coletânea de textos que escreveu entre 2015 e 2018
Lúcio Flávio Pintolançou o livro Lula – O mito da esquerda, coletânea de textos que escreveu entre 2015 e 2018, passando por acontecimentos marcantes como o impeachment de Dilma Rouseff até chegar à prisão de Lula em 2018.
O autor destaca que sempre foi crítico do poder vigente, e que “o compromisso do jornalismo é com a democracia, que pressupõe a liberdade em todas as suas formas. Quando ela é aviltada ou perseguida, mais se impõe esse compromisso. Só assim se garante o direito de apontar a nudez do rei quando o rei se expõe ao olhar público sem suas vestes imaginárias”. A nudez a que ele se refere é o dia a dia de Lula e seus acompanhantes.
Lúcio diz ter consciência de que muitos empinarão o nariz para o livro, mas que “é preciso libertar a esquerda da âncora pesada que a imobiliza, o Lula inatacável, acima de qualquer crítica, fonte da verdade, guia do povo brasileiro, sacralizado pelos seus adoradores. Espero que este caminhar jornalístico pelo período de 2015 a 2018 contribua para que, revendo a história, vire-se a página que a encerra, oxigenando o espaço político brasileiro”.
Casos de agressões contra jornalistas em manifestações contra o distanciamento social ocorreram em diferentes partes do país
Ao menos três casos de agressões contra jornalistas que cobriam manifestações contra o distanciamento social ocorreram recentemente. Na segunda-feira (15/3), o repórter Maycon Leão e seu cinegrafista, ambos da TV Serra Dourada, foram intimidados enquanto registravam uma manifestação pela liberação do comércio em Goiânia.
Um dos manifestantes ordenou que a transmissão fosse encerrada pois “estávamos em lockdown”. Leão explicou que seu trabalho era essencial. O repórter contou que teve medo de ser linchado ou levar cusparadas dos agressores.
Também na segunda-feira, um repórter fotográfico do jornal Estado de Minas foi agredido fisicamente durante manifestação contra as medidas de segurança em Belo Horizonte. Em vídeo registrado pelo próprio jornalista, uma mulher o chama de “comunista” e dois homens tentam impedi-lo de registrar os ataques a ele pelo celular. Enquanto reportava a violência à redação, o jornalista levou chutes e uma bandeirada. Um manifestante ainda usou um capacete para acertá-lo na cabeça.
No domingo (14/3), em Salvador, a repórter fotográfica Paula Fróes, do Correio, sofreu xingamentos enquanto registrava uma manifestação contra o distanciamento. Os manifestantes usaram os termos “palhaça” e “vagabunda”, e a chamaram de comunista.
William Travassos foi confirmado como novo âncora do Jornal da Manhã – 2ª edição, da rádio Jovem Pan. Ele estreia nesta quarta-feira (17/3) em substituição a Livia Fernanda, que segue na emissora, porém em outros projetos. A notícia de sua contratação já havia sido adiantada na última semana, mas sua estreia ainda não estava definida.
A atração, que detém a maior audiência da Jovem Pan, vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h.
Com mais de 20 anos de carreira no currículo, William Travassos ganhou projeção ao comandar por 15 anos o programa São Paulo no Ar, da TV Record. Na emissora, também fez parte das produções de outros programas da grade como o Cidade Alerta e Domingo Legal.
“A Jovem Pan é uma das emissoras mais tradicionais e competentes da atualidade”, destaca o jornalista. “Será incrível fazer parte deste processo de crescimento que a Pan vem realizando ao longo dos últimos anos”.
O Nexo Jornal está com inscrições abertas para o Programa Diversidade Racial na Comunicação 2021. Direcionada a estudantes negros de jornalismo, a iniciativa, inteiramente online, proporcionará uma imersão interdisciplinar, aulas de inglês, além de ajuda de custo mensal.
O objetivo do programa é incentivar a equidade racial nas organizações de comunicação brasileiras. “Ações afirmativas são essenciais num país como o Brasil, onde claramente não há igualdade de oportunidades”, explica a cofundadora e diretora geral do Nexo Paula Miraglia. “Em se tratando da comunicação, há uma camada adicional: se queremos contar as histórias que realmente importam e retratam nosso país, se queremos conversar com o conjunto da sociedade, é preciso ter pessoas que de fato representam o país nas equipes dos jornais”.
Além das disciplinas complementares à graduação, os alunos terão também a publicação de pelo menos uma matéria no site de notícias ou em jornais parceiros. Para participar do processo seletivo, os candidatos devem estar cursando a partir do 5º semestre ou 3º ano da graduação e ter disponibilidade de, pelo menos, 12h semanais. As inscrições são feitas por meio de um formulário online, até o dia 23 de março.
Brasil é o país com o maior número de jornalistas mortos pela Covid-19, diz Press Emblem Campaign
Relatório da ONG Press Emblem Campaign (PEC), que contabilizou o número de jornalistas mortos em decorrência da Covid-19 ao redor do globo, mostrou que o Brasil ultrapassou o Peru e é agora a nação com o maior número de profissionais de imprensa vítimas da doença: 111 mortes no total.
Em 365 dias de pandemia, quase 900 jornalistas em 70 países morreram de Covid-19. A América Latina lidera a lista de mortes por região, com mais de 460 casos. Para efeito de comparação, na Europa foram 158 mortes.
Confira em MediaTalks by J&Cia mais dados do relatório e o que disseram os responsáveis pelo estudo.
Justiça aceita recurso contra Aos Fatos por difamação do Jornal da Cidade Online
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou no começo de março recurso do Jornal da Cidade Online (JCO) contra a agência Aos Fatos por “difamação e concorrência desleal”. A apelação foi uma resposta a decisão anterior do TJ-RJ, em setembro de 2020, que julgou a queixa-crime do JCO como improcedente.
Em abril de 2020, Aos Fatos revelou que o Jornal da Cidade Online usava uma estratégia de monetização de anúncios compartilhando conteúdo com um site mantido pela viúva do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de torturas no período da ditadura. O jornal pede agora que Aos Fatos retire a reportagem do ar e publique uma retratação. A agência e sua diretora Tai Nalon, que nem foram chamadas para participar do julgamento, vão recorrer da decisão.
Segundo Sylvia Urquiza, advogada de Aos Fatos, “o ordenamento constitucional estabelece a liberdade de imprensa como fundamento do estado democrático. A ação proposta é uma tentativa espúria de censura, o que não é admitido no Brasil”.
Ainda em 2020, Aos Fatos tinha revelado que o Jornal da Cidade Online e outros seis sites lucraram com desinformação sobre a pandemia de Covid-19. Em 2019, a agência revelou que o JCO usava nomes e fotos falsas de colunistas para publicar críticas a políticos e magistrados. E em 2018, o jornal foi um dos sites de desinformação mais populares em grupos de WhatsApp, segundo levantamento de Aos Fatos.
O adeus a Murray Walker, a voz da Fórmula 1 no Reino Unido (Crédito: F1)
Morreu no último sábado (13/03), no Reino Unido, o narrador Murray Walker, aos 97 anos. A causa da morte não foi divulgada. Ele ficou marcado no mundo do automobilismo pela narração de corridas de forma entusiasmada, ganhando o título de Voz da Fórmula 1 para os britânicos.
Walker começou a carreira em 1949, transmitindo corridas pelo rádio para a BBC. Aposentou-se depois do GP dos Estados Unidos de 2001. Carismático, ficou conhecido por gafes e tiradas engraçadas, que ganharam o apelido de “murreyrismos”.
Veja em MediaTalks by J&Cia a trajetória de Murray Walker, uma seleção de suas frases mais curiosas e um vídeo mostrando momentos marcantes de suas narrações empolgantes.
Anúncio de uma página veiculado na última edição da revista Veja, que circulou em 12/3, trouxe detalhes sobre a venda do prédio da Editora Abril, na Marginal Tietê, em São Paulo. Segundo o informe, o leilão deverá ocorrer em 30 de abril, com lance inicial de pouco mais de R$ 110 milhões.
Anúncio de página inteira sobre leilão da sede da Abril foi publicado na revista Veja
O complexo, com várias edificações, tem 55.414 m² de área construída, e foi por muito tempo símbolo da força da empresa e de sua gráfica, por anos a maior da América Latina. A construção teve início em 1964, em princípio para receber a gráfica, e a partir de 1968 passou também a servir de sede administrativa e endereço das redações.
Edifício Birmann 21 foi o endereço da Editora Abril por mais de 20 anos
Em 1997, a Abril mudou suas instalações administrativas e de redação para o edifício Birmann 21, na Marginal Pinheiros. Única locatária do prédio recém-construído, a empresa ocupava os 25 andares do edifício, que passou a ser chamado de NEA (Novo Edifício Abril), e exibia sua logomarca a quase 150 metros de altura.
A partir de 2013, já em crise, a editora reduziu sua estrutura no local, passando a ocupar apenas dez andares e em junho de 2018 deixou de vez o endereço. Após alguns meses em um local provisório no bairro do Morumbi, as equipes da editora retornaram finalmente para a sede na Marginal Tietê.
O imóvel está sendo anunciado no site imóveiscomdesconto.com.br, criado pela Enforce Gestão de Ativos. A empresa atua na gestão de bens de empresas endividadas e é controlada pelo banco BTG Pactual, maior credor do Grupo Abril, e atual proprietário da marca Exame.
Em recuperação judicial desde agosto de 2018, a Editora Abril vem sofrendo com constantes quedas de receita, circulação e assinatura de suas principais publicações. A própria Veja, segundo dados do IVC, amargou em 2020 uma redução de 33,6% no número de exemplares impressos e 64,4% nas assinaturas digitais em relação a 2019. Vale lembrar que por muito tempo a tiragem da mais tradicional revista da Abril foi superior a um milhão de exemplares por semana. Em 2020 essa média foi de 144.141 exemplares.
O Valor Investe, site do Valor Econômico com foco em investimentos e educação financeira, lançou o podcastPod isso, meninas?. Com apresentação das repórteres Nathália Larghi e Naiara Bertão, e de Ana Leoni, criadora do canal Dinheiro com Atitude, o programa é semanal, sempre às segundas-feiras, às 7 horas.
Site de investimentos do Valor Econômico, Valor Investe traz Nathália Larghi, Naiara Bertão e Ana Leoni para debater lições que filmes, séries e situações do dia a dia trazem sobre educação financeira
A ideia, segundo os organizadores, é apresentar finanças pessoais de forma mais leve, tendo como pano de fundo filmes, séries, livros e situações corriqueiras para apresentar o conteúdo de forma descomplicada.
No episódio de estreia, as apresentadoras discutiram a relação das pessoas com o dinheiro por meio de exemplos de filmes e séries. Elas falaram sobre algumas “ciladas financeiras” comuns e a melhor forma de evitar cair nelas.
O primeiro programa contou ainda com a participação do educador financeiro Gustavo Cerbasi, autor do livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, que inspirou o filme Até Que a Sorte Nos Separe.
O podcast está disponível no site do Valor Investe e nas plataformas de streaming Spotify, Amazon Podcasts, Apple Podcasts, Deezer e Google Podcasts.