Ao menos três casos de agressões contra jornalistas que cobriam manifestações contra o distanciamento social ocorreram recentemente. Na segunda-feira (15/3), o repórter Maycon Leão e seu cinegrafista, ambos da TV Serra Dourada, foram intimidados enquanto registravam uma manifestação pela liberação do comércio em Goiânia.

Um dos manifestantes ordenou que a transmissão fosse encerrada pois “estávamos em lockdown”. Leão explicou que seu trabalho era essencial. O repórter contou que teve medo de ser linchado ou levar cusparadas dos agressores.

Também na segunda-feira, um repórter fotográfico do jornal Estado de Minas foi agredido fisicamente durante manifestação contra as medidas de segurança em Belo Horizonte. Em vídeo registrado pelo próprio jornalista, uma mulher o chama de “comunista” e dois homens tentam impedi-lo de registrar os ataques a ele pelo celular. Enquanto reportava a violência à redação, o jornalista levou chutes e uma bandeirada. Um manifestante ainda usou um capacete para acertá-lo na cabeça.

No domingo (14/3), em Salvador, a repórter fotográfica Paula Fróes, do Correio, sofreu xingamentos enquanto registrava uma manifestação contra o distanciamento. Os manifestantes usaram os termos “palhaça” e “vagabunda”, e a chamaram de comunista.

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