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+Premiados: pandemia adia mais da metade dos prêmios de jornalismo em 2020

A newsletter Jornalistas&Cia, com o apoio deste Portal dos Jornalistas, divulga nesta terça-feira (22/12) a primeira de cinco pesquisas que apresentarão os mais premiados jornalistas, veículos e grupos de comunicação do ano e da história.

O tradicional Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira, que chega em 2020 à sua décima edição, fará uma análise histórica sobre 170 prêmios de jornalismo, entre iniciativas nacionais e internacionais, extintas ou ativas.

Em um ano marcado pela Covid-19, o destaque negativo desta edição do levantamento será o grande número de premiações que cancelaram ou adiaram para 2021 suas edições em decorrência da pandemia.

Dos 75 prêmios de jornalismo que realizaram concursos em 2019, 40 não divulgaram resultados em 2020, com destaque para algumas iniciativas tradicionais como os prêmios Comunique-se, BNB, Estácio, Gabo, Abraji e MPT.

No total, 31 dos prêmios que já integravam a base de dados do Ranking mantiveram suas edições mesmo com a pandemia. A elas, juntaram-se outras quatro iniciativas: CICV de Cobertura Humanitária, ADPEC, Policiais Federais e 99 de Jornalismo.

Calendário – Em decorrência do recesso de fim de ano, o segundo recorte do Ranking, que trará os +Premiados Jornalistas da História, será publicado em 6 de janeiro. O calendário oficial segue com os +Premiados Veículos do Ano (13/1), +Premiados Veículos da História (20/1) e +Premiados Grupos de Comunicação – Ano e História (27/1).

Apoio – Esta edição do Ranking dos +Premiados da Imprensa conta até agora com os apoios de Archer Daniels, BRF Foods, Cargill, DOW Química, Honda, Intel e Sicredi. Empresas interessadas podem solicitar mais informações com Silvio Ribeiro (silvio@jornalistasecia.com.br).

Alexandre Caldini leva jornalistas para a Maratona Fest das Casas André Luiz

Alexandre Caldini, ex-presidente do Valor Econômico e da Editora Abril, conhecido também como escritor espírita, levará diversos jornalistas para a Maratona Fest, das qual é curador e apresentador, evento online que as Casas André Luiz realizarão neste domingo (20/12), entre meio-dia e meia-noite, no Facebook e no YouTube.

O objetivo da maratona, que reunirá mais de cem personalidades, é divulgar o trabalho realizado há mais de 70 anos pela instituição em prol da pessoa com deficiência.

Entre os jornalistas, gravaram depoimentos Sérgio Dávila, Miriam Leitão, Renata Lo Prete, Erick Bretas, André Trigueiro, Heródoto Barbeiro, Teté Ribeiro, César Tralli, Izabella Camargo, Ana Michelle Soares, Daniela Diniz, Sérgio Xavier e Ricardo Sennes.

Haverá também diversas atrações para o público permanecer por 12 horas envolvido na festividade. Entre os demais convidados confirmados estão Leandro Karnal, Luiza Helena Trajano, Rodrigo Faro, Cafú, Antônio Fagundes, Ana Maria Braga, Amyr Klynk, Toquinho, Zizi Possi, Tiago Abravanel, Mario Sérgio Cortella e Orquestra Osesp.

Demissões no Estadão e dança das cadeiras no Valor. Ainda não são informações oficiais

Correm no mercado diversas informações sobre cortes no Estadão (a exemplo do que fizeram O Globo e Jornal do Commercio/PE nos últimos dias) e de mudanças no Valor Econômico. Tentamos confirmá-las junto aos veículos, mas por motivos que até podemos imaginar quais sejam não obtivemos respostas oficiais. Essas informações, porém, são tão consistentes que decidimos publicá-las mesmo assim.

Do Estadão, saíram Luiz Carlos Merten (Caderno 2), Daniel Batista (Esportes), Ugo Giorgetti (colunista/Esportes), Bruno Voloch (blogueiro/Esportes), Hélvio Romero e Josias Bernardino (Fotografia), Heloisa Lupinacci e Neide Rigo (colunistas/Paladar), Marisa Oliveira (Focas), Ana Estanislau e Mariusa Carmo (secretárias), Eric Cerdeira (Produtos), Luciane Yuri Sato (Estratégias Digitais) e Fábio Macedo (TI).

No Valor, segundo apuramos, o processo ainda está em gestação, fruto de decisões que vêm sendo estudadas há muitos meses. As informações que circulam o mercado saíram da própria redação, daí deduzir-se que devem estar muito próximas da realidade.

Seria mais uma dança de cadeiras, provocada principalmente pela saída da diretora de Redação Vera Brandimarte, e dos editores executivos Célia Gouvea e Pedro Cafardo. Sabe-se que o jornal deve mantê-los com algum vínculo, provavelmente como colunistas, em acordo que está ainda sendo negociado.

Outra mudança seria a ida do também editor executivo Cristiano Romero para o mesmo posto em Brasília.

Para o lugar de Vera fala-se no nome de Fernanda Delmas, segunda na hierarquia editorial do Globo no momento. Os novos editores executivos seriam Sergio Lamucci (editor de Brasil), Robinson Borges (editor de Cultura) e Zínia Baeta (editora de Legislação). Marcos Moura (correspondente em BH), seria o novo editor de Brasil, substituído na capital mineira por Cibelle Bouças, hoje repórter em Comércio/Serviços.

Rafael Soriano é reeleito presidente da Aner para o biênio 2020-2022

Rafael Soriano

O Conselho da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) reelegeu para sua Presidência no biênio 2020-2022 Rafael Soriano, executivo Jurídico do Grupo Globo e membro do Conselho de Administração da Edições Globo Condé Nast. A decisão foi na terça-feira (15/12), em assembleia virtual, na qual também foram empossados os novos integrantes dos Conselhos Diretor e Fiscal da entidade. Confira a lista completa:

Diretoria

Presidente – Rafael Menin Soriano (Editora Globo S.A. – Rio de Janeiro)

1º vice-presidente – José Eduardo Severo Martins (Panini Brasil Ltda. – Barueri – SP)

2º vice-presidente – Marcelo de Salles Gomes (Editora Meio & Mensagem Ltda. – São Paulo)

Diretor Tesoureiro – Rogério Loyola Ventura (Ediouro Publicações de Lazer e Cultura Ltda. – Rio de Janeiro)

Diretora secretária – Adriana Cury de Melo (Brasil MN Manchete Editora Eireli – São Paulo)

Diretores Conselheiros

Edgardo A. Zabala (Três Comércio de Publicações Ltda. – São Paulo)

Guilherme Terra Silva (Editora Alvinegra Ltda. – Rio de Janeiro)

Joaquim Carqueijó (Edicase Gestão de Negócios Eireli – São Paulo)

Luis Fernando Cirillo Maluf (Perfil Brasil Comunicações Eireli – São Paulo)

Pedro Henrique Valente (Editora e Comércio Valongo Ltda. – São Paulo)

Livro-reportagem discute o controle sobre a Polícia Federal

Polícia Federal – Como a PF se transformou numa das instituições mais respeitadas do País e as disputas por seu controle, de Anderson Sanchez, é o lançamento desta semana da editora Máquina de Livros.

A obra traz os bastidores das grandes investigações, a partir do caso PC Farias, nos anos 1990, que resultou na renúncia do então presidente Fernando Collor, até os dias de hoje, com a Operação Lava Jato. Mas detalha também os tropeços da PF e seu passado associado à ditadura. Tudo com riqueza de detalhes e narrado de maneira direta, levando o leitor ao epicentro dos fatos. Além de nomes determinantes na reestruturação da instituição, e que comandaram ou dirigiram setores estratégicos da Federal, o autor entrevistou dezenas de agentes, escrivães, peritos e até ministros.

Polícia Federal mostra que o Estado pode ser bom gestor e a população, contar com uma polícia independente, que investiga e prende também quem está dentro de sua estrutura. Uma instituição que passou a ter em sua mira ex-presidentes, governadores, grandes empresários, magnatas do mercado ­financeiro, mafiosos e traficantes internacionais. Mas, que ainda assim, não está imune a interferências e pressões que podem pôr seu futuro em risco. Justamente por essa razão, é uma leitura essencial para se entender por que o controle da Federal tornou-se chave no centro do poder, capaz de abater políticos de prestígio.

Sanchez, o autor, é jornalista e policial penal, com especialização em gestão penitenciária e MBA em segurança pública. Dirigiu o Centro de Estudos e Pesquisa da Secretaria de Administração Penitenciária e trabalha na Associação dos Servidores da Fundação para a Infância e Adolescência. É autor do livro O carcereiro do Cabral.

CPJ divulga número recorde de jornalistas presos no mundo em 2020

Crédito: Emiliano Bar / Unsplash

O Comitê para Proteção de Jornalistas, organização com sede em Nova York que promove a liberdade de imprensa desde 1981, divulgou o relatório de profissionais de imprensa presos em todo o mundo. Pelo quinto ano consecutivo, governos repressivos encarceraram mais de 250 jornalistas. Em 2020 o total chegou a 274, superando o recorde anterior, de 272, registrado em 2016, tomando por base o dia 1º de dezembro de cada ano.

Segundo a entidade, em meio à pandemia governos atrasaram julgamentos, restringiram visitas e ignoraram o aumento do risco à saúde na prisão. Pelo menos dois jornalistas morreram atrás das grades após contraírem a Covid-19.

A China, que prendeu vários jornalistas por sua cobertura da pandemia, manteve-se na liderança do ranking pelo segundo ano consecutivo. Em seguida aparece a Turquia, que continua a processar jornalistas em liberdade condicional e a prender outros. O Egito completa o pódio.
 
Depois de apontar que a hostilidade do presidente americano Donald Trump em relação à imprensa contribuiu para a atual onda de repressão da mídia global, o CPJ elaborou uma série de recomendações ao futuro presidente Joe Biden. O objetivo é restabelecer a liderança dos Estados Unidos na promoção da liberdade de imprensa no mundo, tornando-a parte da nova política externa do país.

Leia mais sobre o relatório e as propostas para o presidente americano em MediaTalks.


Justiça condena Bolsonaro a indenizar Bianca Santana por falsa acusação de fake news

O juiz César Augusto Vieira Macedo, do Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou o presidente Jair Bolsonaro a pagar uma indenização no valor de R$ 10 mil para a jornalista Bianca Santana, após acusá-la de produzir fake news contra ele.

Em maio, Bianca publicou uma matéria na qual questionava a ligação de amigos e familiares de Bolsonaro com o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. O presidente acusou-a de produzir fake news contra ele. Alguns meses depois, ele desculpou-se por citar o nome de Bianca, mas ela seguiu com o processo.

A jornalista declarou que “uma condenação na Justiça, ao presidente da República, que tenha atacado a jornalistas, a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão, é uma vitória coletiva importante. Eu espero que abra precedente para outras condenações e que ele pare de atacar a liberdade de imprensa, os jornalistas, as mulheres jornalistas, os movimentos por direitos humanos, o movimento negro e o movimento feminista. É inaceitável que o presidente da República faça esse tipo de ataque à população, à Constituição e aos direitos humanos”. Se vencer a ação, ela diz que vai doar a indenização para o Instituto Marielle Franco.

Abraji questiona ação do MP-RS contra jornalista

David Coimbra

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) questionou uma ação ajuizada pelo promotor de justiça Voltaire de Freitas Michel, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Porto Alegre, que pede indenização de R$ 200 mil do jornalista David Coimbra e da Rádio Gaúcha devido a comentários sobre o assalto em Criciúma (SC), em 1º de dezembro. O jornalista desculpou-se por ironizar o tema durante o programa Timeline.

Para o promotor, os comentários de Coimbra visaram a “enaltecer a prática criminosa supostamente sem agressão aos cidadãos, e desmerecer a ação dos policiais militares que intervieram para impedir maiores danos à pessoa e ao patrimônio”. Porém, segundo a Abraji, a ação falha em presentar evidências de que o jornalista tenha tido a intenção de enaltecer o crime e mostra-se vaga quanto ao bem público que teria sido lesado pela ironia.

A entidade escreveu que “ausência de substância na petição ajuizada pelo MP-RS, apontada pelo TJ-RS, sugere que a ação se configura em mera tentativa de intimidação contra o jornalista e a empresa na qual trabalha. A Abraji lembra que a liberdade de expressão e de imprensa também são direitos cuja defesa está sob responsabilidade do Ministério Público, e a atitude do promotor Voltaire Michel os coloca em risco”.

Guilherme Gomes Pinto deixa o Lance e começa no Cruzeiro do Sul, de Sorocaba

Guilherme Gomes

Ex-Fluir, Folha de S.Paulo, IstoÉ e Diário de S.Paulo, entre outros veículos, Guilherme Gomes Pinto acaba de deixar o posto de editor e gerente de produto do esportivo Lance, onde esteve por mais de 20 anos, em duas passagens, e assumiu como editor-chefe do Cruzeiro do Sul, de Sorocaba. Propriedade da Fundação Ubaldino do Amaral, o grupo tem o jornal, com 117 anos de existência, além de site, redes sociais e uma rádio. É o veículo mais tradicional de Sorocaba e região.

“São vários objetivos: fazer a definitiva integração entre online e papel, promover projetos de conteúdo com o Comercial, rejuvenescer o jornal, otimizar conteúdos das várias plataformas etc. Há um potencial enorme de crescimento, sobretudo no digital”, diz Guilherme

Para substituí-lo, o Lance já acertou o retorno de Valdomiro Neto, que volta a atuar como editor na casa.

Crianças são o alvo da nova lei do Reino Unido sobre conteúdo digital

Crédito: Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Na live de lançamento do segundo capítulo da série Efeitos da Pandemia sobre o Jornalismo do MediaTalks, o médico Dráuzio Varella externou inconformismo com as fake news online e perguntou: “Onde isso vai parar?”. O Reino Unido começa a dar a resposta, ao invocar o conceito de duty of care (dever de cuidar) para disciplinar as empresas digitais.

O anúncio de uma lei para regulamentar serviços que permitem postagem de conteúdo por usuários (feito na terça-feira, 15/12) é um passo concreto para obrigá-las a remover conteúdo ofensivo de suas plataformas. A Online Harm Bill entra em vigor em 2021 e inclui medidas duras, como multas de até 10% do faturamento global ou £18 milhões (o que for mais alto) para as empresas que não seguirem as regras.

Em um lance perfeito para assegurar apoio popular à lei, o Governo elegeu como alvo principal as crianças. Todo o plano é baseado na intenção de impedir que sejam expostas a informações associadas a suicídio, automutilação, pornografia, abuso sexual, discurso de ódio e terrorismo. O caso das adolescentes britânicas que fugiram do país rumo à Síria para se casarem com terroristas − as Isis Brides − é um exemplo de aliciamento de jovens pelo terror.

A lei dará ao Governo até o poder de bloquear o acesso de serviços no país, embora não esteja claro o mecanismo tecnológico para isso. As empresas foram divididas em duas categorias, com graus de responsabilidade diferentes. Os da categoria 1, onde estarão Facebook, Instagram, Twitter e TikTok, são mais elevados.

Redes sociais, aplicativos de namoro, buscadores, plataformas de compartilhamento de vídeo, serviços de mensagem públicos e privados e até jogos interativos serão regulados. E-mails ficaram de fora. Sob o argumento de proteção à liberdade de expressão, as regras não se estendem às seções de artigos e comentários em sites jornalísticos.

Uma vitória para o Daily Telegraph

Apesar de anunciado quando as fake news assustam ainda mais pelo impacto sobre o controle do coronavírus, o plano não é novo. Ele ganhou impulso sobretudo depois de a adolescente Molly Russel ter tirado a própria vida após ver conteúdo sobre suicídio nas redes, em 2017.

O pai da jovem virou um ativista da causa. O Daily Telegraph empreendeu uma campanha para pressionar o governo a impedir a exposição de crianças a informações nocivas. Em abril de 2019 foi publicada uma consulta pública que deu origem ao projeto de lei, a ser validado no Parlamento.

O jornal comemorou a vitória, exemplo do chamado jornalismo de campanha, comum no Reino Unido. E foi agraciado por Oliver Dowden, secretário de Mídia, com um simpático artigo assinado no dia do anúncio. ”Elogio o The Telegraph por ser um dos primeiros defensores da necessidade de novas leis”, escreveu o secretário.

Criminalização de gestores não foi contemplada

Como seria de se esperar em uma iniciativa que envolve tantos interesses, as críticas começaram logo que a lei foi anunciada. Ativistas questionaram a ausência da responsabilização criminal dos gestores das plataformas. Isso não parece ser sinal, no entanto, de bondade do governo para com as gigantes de tecnologia.

Há duas semanas, como mostramos no MediaTalks, o Reino Unido havia anunciado a criação da Unidade de Mercados Digitais (DMU), um órgão regulador dentro da poderosa CMA, a agência de controle de competição do país, dedicado a reequilibrar a relação comercial entre plataformas e empresas jornalísticas para garantir a sustentabilidade do setor.

Parece um plano bem orquestrado. Enquanto a DMU delibera sobre questões comerciais, as ações ligadas ao conteúdo determinadas pela nova lei ficam nas mãos do Ofcom, órgão regulador das telecomunicações e emissoras de TV e rádio, que já detém experiência no tema. E exibe no currículo um histórico recente de sanções a emissoras que veicularam entrevistas com teóricos da conspiração na crise do coronavírus.

O movimento britânico tem o potencial de encurtar o caminho para outros países, que poderão aproveitar o modelo depois de já testado na prática.


  • Leia em MediaTalks: detalhes da lei, cujo objetivo é defender as crianças do que elas acessam online, sobretudo envolvendo violência, suicídio, pornografia, abuso sexual, terrorismo e bullying.

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