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sexta-feira, dezembro 19, 2025

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Novos sinais da estratégia de RP da família real britânica

Por Luciana Gurgel

Algumas certezas no Reino Unido têm sido desafiadas: o domínio da BBC sobre o jornalismo do país, a união do reino − ameaçada por um forte movimento separatista na Escócia − e a sobrevivência da monarquia.

Nessas questões nacionais, um personagem assumiu um protagonismo importante recentemente: o príncipe William.

Na família real britânica, nada acontece por acaso. A máquina de RP da “Firma”, como é chamada em reconhecimento ao profissionalismo com que trata seus negócios e sua imagem, tem revertido as crises mais agudas. Por isso, alguns episódios recentes parecem ser parte de uma estratégia.

William sempre foi o garoto comportado, o oposto do irmão Harry, que vivia em farras e rompeu com a família.

Casou-se com uma inglesa típica, elegante e discreta. Teve três filhos lindos. Kate venceu a guerra com a concunhada Meghan, que não conseguiu se impor dentro da engrenagem.

O filho mais velho da carismática Diana, segundo na linha de sucessão, aparece em segundo lugar em popularidade entre os membros da realeza, com 61%, enquanto a rainha tem 69%.

Não há sinais de que William assuma o trono no lugar do pai, nem que a rainha vá abdicar, o que chegou a ser cogitado depois da morte do príncipe Philip.

Ainda assim, houve uma mudança de posicionamento do príncipe. Aparições descontraídas deram lugar a uma postura mais formal e o engajamento em causas nacionais. Até o tom de voz parece ter mudado.

Um exemplo foi a visita feita à Escócia na semana passada. No tour, ao lado de Kate, fez as visitas protocolares, chutou uma bola, conversou com o povo. Mas o ponto alto foi um discurso no Parlamento, com toda a pompa.

Em uma fala costurada por assessores, alinhada à posição do governo de Boris Johnson, discorreu sobre sua ligação com a Escócia, onde soube da morte da mãe e se consolou em meio à natureza exuberante. E onde conheceu a futura mulher.

Foi um discurso de estadista, feito sob encomenda para transmitir aos arredios escoceses a ideia de que a família real se importa com a Escócia e não quer vê-la fora do Reino.

Novos sinais da estratégia de RP da família real britânica
William, na Escócia, com a primeira-ministra Nicola Sturgeon…

O risco existe. Nas eleições de abril, o partido SNP, da primeira-ministra Nicola Sturgeon, conseguiu maioria no Parlamento e quer um novo referendo para decidir sobre a independência.

Enquanto a briga segue nos gabinetes, a realeza trabalha pela união com um emissário talhado para criar empatia.

Posição firme

William foi também o eleito para verbalizar a posição da monarquia sobre o escândalo da entrevista da princesa Diana com a BBC. Um relatório feito por um ex-juiz independente confirmou que a entrevista histórica dada por ela à emissora teve a ajudinha de documentos falsificados pelo repórter, que assim conseguiu convencê-la de que estava sendo espionada por assessores.

Novos sinais da estratégia de RP da família real britânica
…e discursando sobre a BBC

Em vez de uma nota oficial concisa, a “Firma” optou por um discurso de William em frente às câmeras, em tom solene.

Ele não falou apenas como filho magoado. Expressou indignação com o acobertamento feito pela direção da BBC, defendeu a imprensa livre e disse que a rede decepcionou o país. No conteúdo e na forma, foi um discurso político.

A fala aprofundou ainda mais a crise da BBC e marcou a posição firme da monarquia, que já tinha rusgas com a emissora pública.

Tudo isso pode contribuir para reverter o terceiro e mais importante problema da realeza e do país: a continuidade depois que Elizabeth II se for.

As atitudes mudaram. O instituto YouGov divulgou semana passada uma pesquisa mostrando que 41% dos entrevistados entre 18 e 24 anos acham que o país deve ter um chefe de estado eleito e apenas 31% querem continuar com a monarquia.

Para essa turma, William é mais bem aceito como rei do que o pai, que por sua vez não parece disposto a abrir mão de sua chance.

Considerando toda a população, 37% acham que Charles deve ser o novo rei, e 34% preferem o filho. Olhando-se por faixa etária, William é o preferido dos que têm entre 18 e 49 anos.

Ninguém arrisca fazer previsões, mas não é de se desprezar o reposicionamento a que estamos assistindo de alguém que vai bem nas pesquisas.


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Fenaj faz abaixo-assinado pela vacinação de jornalistas contra a Covid

Record, SBT, Band, RedeTV e TV Cultura pretendem, assim como a Globo, demitir funcionários que se negarem a tomar a vacina contra Covid-19.
Record, SBT, Band, RedeTV e TV Cultura pretendem, assim como a Globo, demitir funcionários que se negarem a tomar a vacina contra Covid-19.

Com o intuito de ampliar o movimento pela vacinação de jornalistas contra a Covid-19, a Fenaj lançou em 21/5 um abaixo-assinado pela imunização da categoria. Levantamento da entidade mostra que o Brasil é o país com maior número de mortes de jornalistas em decorrência da Covid-19.

Entre abril de 2020 e março de 2021, 169 jornalistas morreram pelo coronavírus. Nos três primeiros meses de 2021, o número de mortes superou todo o ano de 2020, em que foram registradas 78 mortes de abril a dezembro. Este ano, são 86 vítimas, percentual 8,6% maior que o total de 2020. Conforme estudo do Dieese, os trabalhadores em comunicação e informação, incluindo jornalistas, foram o terceiro setor com o maior número de desligamentos do emprego (124%) por causa de morte em 2021 em comparação com 2020, abaixo apenas de médicos (204%) e trabalhadores no setor de eletricidade e gás (142%).

Natalia Viana é selecionada como bolsista pela Fundação Nieman

Natalia Viana
Natalia Viana

Cofundadora e diretora da Agência Pública, Natalia Viana foi selecionada para integrar o tradicional programa de bolsas da Fundação Nieman para o Jornalismo, da Universidade de Harvard.

Ao lado de 21 jornalistas de outros nove países, ela integrará a 84º classe do programa, que prevê um ano de estudos no campus da universidade, em Massachusetts. Os bolsistas selecionados concentrarão seus trabalhos em algumas das questões mais urgentes que o jornalismo enfrenta, como justiça racial e desinformação.

“Estou muito feliz em ter sido escolhida como bolsista em uma organização de tamanho prestígio”, comemora Natália. “Vejo que a bolsa é um reconhecimento ao jornalismo de excelência que estamos produzindo na Agência Pública, mas também ao novo jornalismo digital brasileiro. Pretendo aproveitar o ambiente acadêmico para estudar os desafios à democracia no Brasil e no continente, em especial com o uso de campanhas de desinformação. Como vimos, a desinformação virou arma para atacar alguns dos pilares da democracia, e é esse fenômeno que pretendo estudar”.

Natalia Viana
Natalia Viana

“Muitos desses jornalistas e os países e comunidades que representam enfrentaram desafios históricos no ano passado”, destacou Ann Marie Lipinski, curadora da Fundação Nieman. “Eles têm muito a ensinar e aprender uns com os outros e a oferecer e ganhar com Harvard. Estou inspirada por seus compromissos em aprimorar o jornalismo como ferramenta para revelar e melhorar o mundo e mal posso esperar para recebê-los em Cambridge”.

Criado em 1939, o programa formou até hoje mais de 1.600 jornalistas, de 99 países. O primeiro brasileiro selecionado, em 1988, foi Rosental Calmon Alves, hoje diretor do Centro Knight para o Jornalismo da Universidade do Texas e titular da Cátedra Unesco em Comunicação. A última vez que um brasileiro participou do programa foi em 2016, com Fabiano Maisonnave, correspondente da Folha de S.Paulo na Amazônia.

Google inclui mais veículos brasileiros nos “Destaques”

O Google anunciou na segunda-feira (24/5) novidades sobre o Google News Showcase, que aqui no Brasil é chamado de Destaques. Agora, os leitores do Google Notícias em desktops poderão acessar os Destaques, e novos veículos brasileiros foram incluídos na plataforma. Além disso, os editores de publicações parceiras podem adicionar mais contexto a suas matérias, incluindo links em assuntos relacionados à história principal.

No Brasil, o número total de veículos parceiros chega perto de 50, incluindo novas publicações como Carta Capital, Exame, IstoÉ Dinheiro e R7, e outras pequenas e médias que atuam com foco em jornalismo local e regional. Entre os parceiros estão A Crítica (AM), A Tarde (BA), A Tribuna (Santos/SP), Correio do Povo (RS), Diarinho (SC), Diário do Nordeste (CE), Diário do Rio (RJ), Jornal do Commercio (PE), Jornal do Tocantins (TO), ND Mais (SC), O Liberal (PA), O Povo (CE), Tribuna Independente (AL) e Tribuna de Minas (MG).

Anunciado no Brasil em outubro do ano passado, o Google News Showcase é um programa de licenciamento que paga a veículos jornalísticos para que eles tragam suas informações para os produtos de notícias do Google. Ele já opera nos mercados de Reino Unido, Austrália, Alemanha, Brasil, Argentina, Itália, República Tcheca e Índia.

Pesquisa analisa a cobertura da imprensa sobre justiça criminal

Abraji anuncia dois primeiros casos do Programa de Proteção Legal para Jornalistas

O Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) realizou a pesquisa Mídia, Sistema de Justiça Criminal e Encarceramento: narrativas compartilhadas e influências recíprocas, sobre a cobertura jornalística da justiça criminal. Os dados obtidos indicam que a imprensa influencia advogados, juízes e promotores, o que justifica a importância de se discutir a relação entre jornalismo e justiça.

O estudo, apresentado em um seminário no canal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no YouTube, analisou 474 notícias de 63 veículos de informação e 681 sentenças judiciais no período de 2017 e 2018. Os resultados indicaram que em 25% das matérias analisadas não havia fontes de informação, apenas em 33% delas havia mais de uma fonte e em três em cada quatro matérias sobre casos criminais no Brasil (cerca de 74%) são apresentados apenas argumentos da acusação.

A pesquisa analisou também, entre outros aspectos, as características gerais do consumo de mídia e das notícias sobre o tema. Em diversos casos analisados, por exemplo, a cobertura jornalística da justiça criminal foi pautada por racismo, preconceito e pressão por punição.

O diagnóstico permite traçar propostas formativas tanto para os diferentes atores do sistema de justiça, quanto para a própria mídia, para a compreensão do papel compartilhado desses agentes no fenômeno do encarceramento em massa e da superpopulação carcerária.

Confira a pesquisa na íntegra. 

Congresso internacional da Abraji online será de 23 a 29/8

O Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji está com inscrições abertas para a sua 16º edição.
O Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji está com inscrições abertas para a sua 16º edição.

O 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji será de 23 a 29 de agosto deste ano. Com inscrições abertas a partir de julho, o evento será novamente realizado de forma remota em razão da pandemia. Na programação, de 23 a 27/8, terá painéis, cursos e debates. Em 28/8, será realizado o VIII Seminário de Pesquisa e, em 29/8, o 3º Domingo de Dados.

Durante o evento algumas palestras serão gravadas e outras transmitidas ao vivo. Os nomes dos palestrantes serão divulgados em junho nas redes sociais da Abraji.

O congresso terá painéis sobre técnicas de reportagem, novas iniciativas jornalísticas, modelos de negócio e temas relevantes para o jornalismo nacional e internacional. Debates como ameaças à democracia, segurança de jornalistas e questões sociais também farão parte da programação.

Em versão digital, o sábado será reservado para discutir pesquisas acadêmicas na área e trabalhos de conclusão de curso. O Domingo de Dados foi idealizado para treinar jornalistas e estudantes em ferramentas disponíveis para fazer reportagens com auxílio de banco de dados, desde como lidar com planilhas gigantes e entender como as bases funcionam, passando pelas linguagens de programação como R, Python e SQL, além de estatística para jornalistas.

 

CPJ atualiza kit de segurança digital

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) reavaliou as orientações e ferramentas do Kit de Segurança Digital para que os profissionais mantenham-se atualizados sobre as ameaças à segurança virtual. O manual auxilia como se proteger e preservar fontes no ambiente online.

Dividido nas categorias proteja suas contas, phishing, segurança do dispositivo, comunicações criptografadas, uso seguro da internet e cruzando fronteiras, o documento alerta que o profissional de imprensa deve ter consciência das informações que estão sob sua responsabilidade e do que poderia acontecer caso elas fossem roubadas.

Para que o jornalista possa entender as ameaças e a probabilidade de tornar-se alvo, o CPJ orienta pesquisar os recursos tecnológicos utilizados no phishing, uma ação que engana usuários para acessar informações privadas e confidenciais. Nela, o invasor pode violar até mesmo dispositivos de familiares, amigos e colegas de trabalho para obter dados que expõem e intimidam o profissional.

No que se refere à segurança de aparelhos, como computador e celular, o documento sugere que os profissionais de imprensa não façam o backup de dados da conta na nuvem vinculada ao(s) dispositivo(s) de forma automática, já que as informações armazenadas podem não ser criptografadas. Além de desativar o backup automático, o kit indica o uso da ferramenta Bitlocker, que ativa a criptografia de disco completo para Windows, e o FileVault, para Mac.

Abraji registra mais casos de ameaças online contra jornalistas mulheres

Na última semana, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) registrou novamente a brutalidade de ataques online contra colunistas, apresentadoras e repórteres mulheres durante o exercício da profissão. Apenas em 2021, o monitoramento de violações à liberdade de imprensa feito pela entidade registrou ao menos 15 casos de ameaças a jornalistas mulheres.

Os ataques virtuais incluem ameaças de agressões físicas, discursos estigmatizantes e campanhas sistemáticas de desprestígio realizadas pelas redes sociais, além de ofensas misóginas, comentários pejorativos e ameaças de morte. Muitas delas, inclusive, fecharam temporariamente seus perfis nas redes sociais. A Abraji conta que muitos casos chegam à entidade “com um pedido de socorro, acompanhado do medo de denunciar”.

Em texto assinado por Cristina Zahar (secretária-executiva), Letícia Kleim (monitora os casos de violência contra jornalistas) e Maria Esperidião (gerente executiva), a Abraji destaca que essa violência online contra jornalistas mulheres não ocorre apenas no Brasil, mas em escala global.

Segundo relatório recente da Unesco, produzido pelo Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), a violência virtual é a arma mais utilizada para intimidar o trabalho de jornalistas mulheres: nos 125 países analisados, sete em cada dez profissionais relataram ameaças do tipo (Leia mais em MediaTalks by J&Cia).

O texto cita como exemplos Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, que é alvo frequente de ataques nas redes; Basília Rodrigues, colunista política da CNN Brasil, que já foi vítima de gordofobia e racismo; Carla Vilhena, apresentadora do mesmo canal, que sofreu ameaças e tentativas de desmoralização após escrever sobre a CPI da Covid; Daniela Lima, também da CNN, intimidada e xingada depois de comentar sobre a operação policial no Jacarezinho; e Juliana Dal Piva, colunista do UOL, ameaçada de morte por ter mencionado o ex-ministro Eduardo Pazuello em um post.

Com apoio da Unesco, a Abraji está desenvolvendo um projeto para monitorar ataques específicos às jornalistas mulheres. A iniciativa deriva do monitoramento de ataques a jornalistas feito em parceria com a rede Voces Del Sur, que detecta violações à liberdade de imprensa em 13 países da América Latina.

Repórter da CNN Brasil é hostilizado em ato pró-Bolsonaro

Pedro Duran, repórter da CNN Brasil, foi alvo de agressões físicas e verbais durante ato pró-Bolsonaro no domingo (23/5), no Rio de Janeiro. Impedido de realizar a cobertura do evento, precisou de escolta policial para deixar o local.

Jair Bolsonaro, que passeou de moto pelas zonas oeste e sul do Rio sem o uso de máscara, não estava presente no momento em que o repórter foi alvo das agressões.

Em vídeos que circulam na internet é possível ver Duran sendo hostilizado com palavras como lixo, vagabundo e bandido. Segundo reportagem do UOL, ele recebeu também chutes e socos.

Nas imagens, um apoiador segura uma bandeira do Brasil na tentativa de impedir a passagem de Pedro, que já estava sendo escoltado pela polícia.

Márcio Gomes, âncora da CNN, deu apoio ao colega nas redes sociais “Minha solidariedade ao @pedromeletti pelas agressões sofridas hoje durante a cobertura do passeio presidencial pelo Rio. Na briga irracional de torcida que o nosso país vive, a verdade e, por consequência, os jornalistas foram escolhidos como alvo. Não recuaremos!!”

A Abraji repudiou em nota o ataque sofrido pelo jornalista e disse ter sido uma violação à liberdade de imprensa: “A intimidação de repórteres por políticos e militantes ligados a Jair Bolsonaro tem como objetivo impedir a cobertura de fatos de interesse público e, portanto, é uma violação à liberdade de imprensa. Tal comportamento é incentivado pelo presidente da República, que frequentemente propaga teorias conspiratórias, ofensas e discursos estigmatizantes contra jornalistas. A obstrução do trabalho da imprensa é antidemocrática e se espera dos poderes Legislativo e Judiciário uma posição firme em defesa dos direitos humanos e da civilidade na convivência entre cidadãos de diferentes opiniões”.

Marabraz arremata prédio da Editora Abril por quase R$ 120 milhões

Em leilão virtual encerrado na sexta-feira (21/3), o antigo prédio da Editora Abril, na marginal Tietê, em São Paulo, foi vendido para a Marabraz. O leilão teve dois compradores interessados, que realizaram 17 lances cada um, e no final foi arrematado por R$ 118.783.000,00 pelo grupo varejista de móveis, construção e utilidades domésticas. O lance mínimo era de R$ 110,5 milhões.

A empresa compradora, que deverá transformar o espaço em galpões logísticos, ainda precisará desembolsar mais R$ 1 milhão para pagar o processo de encerramento da Licença de Operação do imóvel, emitida pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

O complexo de várias edificações que abrigavam a Editora Abril tem 55.414 m² de área construída, e foi símbolo da empresa. No alto dos seus oito andares há uma placa com o logotipo da Abril, visível para quem passa pela marginal Tietê. A gráfica da editora, que ficava no complexo da marginal Tietê, junto do prédio, foi vendida em janeiro de 2021.

A Abril está em recuperação judicial desde 2018 – ano em que somava dívidas de cerca de R$ 1,6 bilhão. O leilão fez parte do processo de recuperação, como aprovado em assembleia dos credores e pela Justiça em 2019.

Na abertura do leilão, em 18/5, a newsletter Jornalistas&Cia publicou uma edição especial com histórias e depoimentos sobre o complexo, escritas por Carlos Maranhão, Gerson Reis Júnior, Ignácio de Loyola Brandão, Júlio César Barros, Luiz Bonasio, Luiz Laerte Fontes, Marilda Varejão, Marlene Jaggi, Nelson Graubart, Nelson Romanini Filho, Tão Gomes Pinto e Silvio Lancellotti, todos com passagens marcantes pela empresa.

Confira!

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