Em leilão virtual encerrado na sexta-feira (21/3), o antigo prédio da Editora Abril, na marginal Tietê, em São Paulo, foi vendido para a Marabraz. O leilão teve dois compradores interessados, que realizaram 17 lances cada um, e no final foi arrematado por R$ 118.783.000,00 pelo grupo varejista de móveis, construção e utilidades domésticas. O lance mínimo era de R$ 110,5 milhões.

A empresa compradora, que deverá transformar o espaço em galpões logísticos, ainda precisará desembolsar mais R$ 1 milhão para pagar o processo de encerramento da Licença de Operação do imóvel, emitida pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

O complexo de várias edificações que abrigavam a Editora Abril tem 55.414 m² de área construída, e foi símbolo da empresa. No alto dos seus oito andares há uma placa com o logotipo da Abril, visível para quem passa pela marginal Tietê. A gráfica da editora, que ficava no complexo da marginal Tietê, junto do prédio, foi vendida em janeiro de 2021.

A Abril está em recuperação judicial desde 2018 – ano em que somava dívidas de cerca de R$ 1,6 bilhão. O leilão fez parte do processo de recuperação, como aprovado em assembleia dos credores e pela Justiça em 2019.

Na abertura do leilão, em 18/5, a newsletter Jornalistas&Cia publicou uma edição especial com histórias e depoimentos sobre o complexo, escritas por Carlos Maranhão, Gerson Reis Júnior, Ignácio de Loyola Brandão, Júlio César Barros, Luiz Bonasio, Luiz Laerte Fontes, Marilda Varejão, Marlene Jaggi, Nelson Graubart, Nelson Romanini Filho, Tão Gomes Pinto e Silvio Lancellotti, todos com passagens marcantes pela empresa.

Confira!

E mais:

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