Pedro Duran, repórter da CNN Brasil, foi alvo de agressões físicas e verbais durante ato pró-Bolsonaro no domingo (23/5), no Rio de Janeiro. Impedido de realizar a cobertura do evento, precisou de escolta policial para deixar o local.

Jair Bolsonaro, que passeou de moto pelas zonas oeste e sul do Rio sem o uso de máscara, não estava presente no momento em que o repórter foi alvo das agressões.

Em vídeos que circulam na internet é possível ver Duran sendo hostilizado com palavras como lixo, vagabundo e bandido. Segundo reportagem do UOL, ele recebeu também chutes e socos.

Nas imagens, um apoiador segura uma bandeira do Brasil na tentativa de impedir a passagem de Pedro, que já estava sendo escoltado pela polícia.

Márcio Gomes, âncora da CNN, deu apoio ao colega nas redes sociais “Minha solidariedade ao @pedromeletti pelas agressões sofridas hoje durante a cobertura do passeio presidencial pelo Rio. Na briga irracional de torcida que o nosso país vive, a verdade e, por consequência, os jornalistas foram escolhidos como alvo. Não recuaremos!!”

A Abraji repudiou em nota o ataque sofrido pelo jornalista e disse ter sido uma violação à liberdade de imprensa: “A intimidação de repórteres por políticos e militantes ligados a Jair Bolsonaro tem como objetivo impedir a cobertura de fatos de interesse público e, portanto, é uma violação à liberdade de imprensa. Tal comportamento é incentivado pelo presidente da República, que frequentemente propaga teorias conspiratórias, ofensas e discursos estigmatizantes contra jornalistas. A obstrução do trabalho da imprensa é antidemocrática e se espera dos poderes Legislativo e Judiciário uma posição firme em defesa dos direitos humanos e da civilidade na convivência entre cidadãos de diferentes opiniões”.

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