Cofundadora e diretora da Agência Pública, Natalia Viana foi selecionada para integrar o tradicional programa de bolsas da Fundação Nieman para o Jornalismo, da Universidade de Harvard.

Ao lado de 21 jornalistas de outros nove países, ela integrará a 84º classe do programa, que prevê um ano de estudos no campus da universidade, em Massachusetts. Os bolsistas selecionados concentrarão seus trabalhos em algumas das questões mais urgentes que o jornalismo enfrenta, como justiça racial e desinformação.

“Estou muito feliz em ter sido escolhida como bolsista em uma organização de tamanho prestígio”, comemora Natália. “Vejo que a bolsa é um reconhecimento ao jornalismo de excelência que estamos produzindo na Agência Pública, mas também ao novo jornalismo digital brasileiro. Pretendo aproveitar o ambiente acadêmico para estudar os desafios à democracia no Brasil e no continente, em especial com o uso de campanhas de desinformação. Como vimos, a desinformação virou arma para atacar alguns dos pilares da democracia, e é esse fenômeno que pretendo estudar”.

Natalia Viana
Natalia Viana

“Muitos desses jornalistas e os países e comunidades que representam enfrentaram desafios históricos no ano passado”, destacou Ann Marie Lipinski, curadora da Fundação Nieman. “Eles têm muito a ensinar e aprender uns com os outros e a oferecer e ganhar com Harvard. Estou inspirada por seus compromissos em aprimorar o jornalismo como ferramenta para revelar e melhorar o mundo e mal posso esperar para recebê-los em Cambridge”.

Criado em 1939, o programa formou até hoje mais de 1.600 jornalistas, de 99 países. O primeiro brasileiro selecionado, em 1988, foi Rosental Calmon Alves, hoje diretor do Centro Knight para o Jornalismo da Universidade do Texas e titular da Cátedra Unesco em Comunicação. A última vez que um brasileiro participou do programa foi em 2016, com Fabiano Maisonnave, correspondente da Folha de S.Paulo na Amazônia.

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