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quarta-feira, dezembro 17, 2025

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LLYC avança no Brasil com nova área de Deep Digital Business

Diego Olavarria (esq.) e Fernando Cabral
Diego Olavarria (esq.) e Fernando Cabral

A operação da LLYC no Brasil anuncia a evolução de sua área Digital a uma nova unidade de negócios responsável por todos os projetos de Digital, Tecnologia e Marketing Digital no país. O núcleo responderá globalmente à gestão de Deep Digital Business, área liderada por Adolfo Corujo, sócio e chief Strategy and Innovation Officer da companhia. 

Segundo Cleber Martins, sócio e diretor-geral da LLYC no Brasil, esse movimento reforça a aposta tecnológica da agência em uma especialização estratégica para a companhia e para os clientes.

A nova área no Brasil será liderada por Diego Olavarria, que passa a diretor sênior responsável pela unidade, com o apoio de Fernando Cabral, novo diretor de Business Transformation, que se incorpora à LLYC vindo da CI&T. A integração entre Digital, Tecnologia e Marketing Digital no Cone Sul, região que compreende as operações de Argentina, Chile e Brasil na LLYC, é uma das principais apostas da nova área de Deep Digital Business, que espera faturar 50 milhões de euros globalmente em 2025.

Diego Olavarria (esq.) e Fernando Cabral
Diego Olavarria (esq.) e Fernando Cabral

Recentemente, a empresa anunciou a aquisição da consultoria de performance e marketing digital Apache, o que permite à LLYC ampliar seus serviços de Deep Digital Business em todas as operações da companhia.

Cleber diz que, no Brasil, a área liderada por Diego Olavarria registrou nos últimos quatro anos um crescimento de 60%: “Em 2021, já cresceu 35%, se comparado ao ano passado, consolidando-se como a área de especialidade que mais avança na companhia, presente em 16 mercados globais. A criação da área de Deep Digital Business na região Sul, com coordenação a partir do Brasil, reforça a nossa aposta por uma oferta de serviços cada vez mais diversificada e sofisticada, com o objetivo de gerar ainda mais valor aos negócios dos clientes”.

Com a nova estrutura, a LLYC reforça sua oferta no desenvolvimento de projetos baseados em inteligência artificial, como Data Analytics, Realidade Virtual e Aumentada, e-Commerce, criação e desenvolvimento de dashboards, entre outros. Em linha com sua aposta em tecnologia e Digital, a LLYC Brasil também criou, em 2020, uma frente específica para Marketing Digital, com a chegada da especialista sênior Mariana Carminatto, vinda da FBiz.

Para Diego, o movimento responde a uma necessidade urgente do mercado: “As marcas demandam cada vez mais um olhar inovador para enfrentar desafios de negócio por meio de projetos de comunicação e marketing. O DNA da LLYC, baseado na criação e implementação de metodologias de trabalho com o olhar de consultoria, aliado agora à aposta por soluções de tecnologia, vem atender a esse desafio.”

“Nossos clientes exigem visão porque estão cientes de que os desafios que enfrentam exigem a fusão do melhor e do mais recente em Deep Learning, Deep Digital e Digital Business”, diz Adolfo Corujo. “A DDB resume o presente e o futuro de nossa maneira de entender a comunicação, o marketing e as relações públicas. É a base sobre a qual queremos apoiar o crescimento da empresa”.

Novo diretor de Business Transformation

Com ampla experiência em gestão de projetos de tecnologia, com ênfase em desenvolvimento, performance, growth e análise de dados, Fernando Cabral, novo diretor de Business Transformation no Brasil, já atuou com educação, comunicação, marketing digital e inovação, em companhias como Grupo Flamboyant, SãoPauloSão, Fazenda de Ideais e CI&T. Fernando trabalhará de perto com o time de Deep Digital Learning e Business Transformation, sob a liderança de Daniel Fernández Trejo, líder global da área de Business Transformation e Deep Digital Learning da LLYC, e também atuará em Argentina e Chile.

Cruel, muito cruel… O adeus a Januário de Oliveira

Faleceu nessa segunda (31/5), aos 81 anos, o locutor de rádio e tevê Januário de Oliveira. Ele sofreu uma parada cardíaca enquanto tratava um quadro de pneumonia em um hospital particular de Natal, no Rio Grande do Norte.

Criador de alguns bordões famosos, como “tá lá um corpo estendido no chão”, “ele sabe que é disso, é disso que o povo gosta” e “cruel, muito cruel”, ele lutava há anos contra o diabetes, doença que o fez perder parte da visão, mas ainda assim mantinha projetos de narração de futebol em Natal, onde morava com a família.

Januário de Oliveira eternizou alguns dos mais célebres bordões do futebol brasileiro, entre eles “tá lá um corpo estendido no chão”, “ele sabe que é disso, é disso que o povo gosta” e “cruel, muito cruel”.
Januário de Oliveira eternizou alguns dos mais célebres bordões do futebol brasileiro, entre eles “tá lá um corpo estendido no chão”, “ele sabe que é disso, é disso que o povo gosta” e “cruel, muito cruel”.

Gaúcho de Alegrete, Januário de Oliveira começou a carreira no Rio Grande do Sul, com passagem pelas rádios Farroupilha e Cultura de Bagé. Depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, cidade em que trabalhou nas rádios Mauá, Nacional e Globo. Na televisão, marcou presença como narrador nas telas da TVE e da Bandeirantes.

Colegas de profissão e clubes prestaram nas redes sociais suas homenagens a Januário:

SJSP e Fenaj criam questionário sobre Covid-19 como doença do trabalho

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), em parceria com a Fenaj, convoca jornalistas a responder a pesquisa Covid-19 como uma doença relacionada ao trabalho. Realizada por diversas instituições, o intuito é mapear os casos de contaminação na categoria e enquadrar a Covid-19 como doença do trabalho. As informações coletadas poderão servir para o planejamento de ações específicas de prevenção à doença e minimizar as consequências clínicas e sociais. O questionário dura de 10 a 15 minutos e pode ser respondido por jornalistas que trabalham de forma remota ou presencial.

O Sindicato ressaltou que os profissionais têm tido suas atividades consideradas essenciais durante toda a pandemia e que o trabalho seguiu de forma indispensável principalmente em rádio, televisão e fotojornalismo.

Levantamento de dados feito pela Fenaj entre março de 2020 e o início de abril de 2021 contabilizou a morte de 169 profissionais. Norian Segato, diretor da Fenaj e membro do Conselho Fiscal do SJSP disse que a situação é alarmante e, infelizmente, não corresponde à realidade, o que é ainda pior. Sem números oficiais sobre a propagação da doença na categoria, a pesquisa pretende apontar como está a contaminação entre os profissionais que seguem atuando presencialmente.

Entre as medidas preventivas recomendadas pelo Sindicato estão a implementação imediata de teletrabalho aos profissionais com 60 anos ou mais, gestantes, jornalistas com doenças crônicas e deficiências imunológicas ou que não tenham com quem deixar os filhos menores ou convivam na mesma residência com pessoas consideradas do grupo de risco, além da readequação do trabalho jornalístico ao teletrabalho no maior número de atividades possíveis.

E mais:

Morre o jornalista científico Maurício Tuffani, aos 63 anos

Morre o jornalista científico Maurício Tuffani, aos 63 anos

Morreu na manhã desta segunda-feira (31/5) Maurício Tuffani, jornalista especializado em ciência, meio ambiente e ensino superior, aos 63 anos. Até o momento, a causa da morte não foi divulgada. Ele deixa mulher e um filho.

Maurício começou a carreira na imprensa em 1978, como revisor dos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, ainda como estudante de Matemática e Filosofia na USP. À época, ele era professor de Matemática e Física no Ensino Médio.

Foi repórter, editor e colunista de Ciência na Folha de S.Paulo, editor-chefe da revista Scientific American Brasil, redator-chefe e editor-chefe da revista Galileu (Editora Globo), fundador e diretor editorial da revista Unesp Ciência, e editor executivo dos portais PNUD Brasil (do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e Nações Unidas no Brasil.

Tuffani atuou também na comunicação institucional de órgãos públicos do Estado de São Paulo, como a Secretaria da Educação, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e o Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente. No nível federal, trabalhou na Câmara dos Deputados.

Na área acadêmica, foi professor convidado do Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo Científico (Labjor) na Unicamp e do Núcleo José Reis de Divulgação Científica da ECA-USP. Desde 2011 era membro do Conselho Editorial da revista Pesquisa Fapesp, editada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Em 2016 lançou o blog Direto da Ciência, e neste ano retornou à Unesp para assumir o cargo de editor-chefe do Jornal da Unesp, relançado em abril.

Em nota, a Unesp lamentou a perda do jornalista, e destacou que “Tuffani dedicou sua vida à divulgação científica, aproximando o público de nível superior interessado nos rumos do saber (inclusive humanidades e tecnologia), da gestão universitária e científica e da política ambiental. A Presidência da Fundação Editora da Unesp lamenta profundamente essa perda, especialmente neste momento em que o país enfrenta a negação do valor da ciência”.

Weber Shandwick, JeffreyGroup e Sherlock estão entre as agências premiadas no PRWeek Global Awards

A três representantes brasileiras estão entre as contempladas no PRWeek Global Awards, um dos prêmios mais prestigiados do mundo.
A três representantes brasileiras estão entre as contempladas no PRWeek Global Awards, um dos prêmios mais prestigiados do mundo.

Três representantes brasileiras – Weber Shandwick, JeffreyGroup e Sherlock Communications – estão entre as agências contempladas na edição 2021 do PRWeek Global Awards, um dos prêmios mais prestigiados do mundo nessa indústria.

Todos pela Saúde, iniciativa do Itaú Unibanco criada pela Weber Shandwick em abril do ano passado para ajudar a combater a Covid-19 e a reduzir os seus efeitos sobre a sociedade brasileira, foi eleita a Melhor Campanha da América Latina na área de comunicação e relações públicas. Iniciado com a doação de R$ 1 bilhão pelo Itaú, o Todos pela Saúde (TPS) é um movimento que atua em quatro áreas no enfrentamento da pandemia – Informar, Proteger, Cuidar e Retomar – e desde abril de 2020 veio investindo em campanhas de conscientização, na compra e distribuição de EPIs (equipamentos de segurança individual), aparelhos hospitalares, medicamentos e outros insumos para hospitais da rede pública, em programas de aprimoramento da gestão da saúde pública (em todos os Estados), em centros de testagem, pesquisas, desenvolvimento de vacinas e, mais recentemente, também no estudo e prevenção de novas pandemias.

Todo esse esforço, que contou com o aporte adicional de R$ 300 milhões doados por pessoas físicas e jurídicas, foi coordenado por uma equipe multidisciplinar de especialistas técnicos, sob liderança do Dr. Paulo Chapchap. Em poucos meses de vida ajudou a chamar a atenção da opinião pública para a necessidade das medidas de prevenção e do uso de máscaras (“Máscara Salva”), deu exemplo, inspirou outras pessoas e organizações a fazerem novas doações e, efetivamente, ajudou a salvar vidas.

Weber

A JeffreyGroup levou o prêmio de Melhor Campanha de Comunicação Interna com Fique Bem, que desenvolveu para Bayer, multinacional farmacêutica e química que tem mais de 6.500 funcionários em 35 localidades no Brasil. O impacto inicial da pandemia da Covid-19 significou que 4.000 desses funcionários tiveram que trabalhar em casa, com acesso muito reduzido aos canais de comunicação que os mantêm conectados.

A campanha Fique Bem teve dois principais objetivos: atender às necessidades de saúde imediatas dos empregados, disseminar informações precisas sobre saúde e segurança em um cenário de desinformação e manter o fluxo de comunicações internas; e chamar a atenção dos funcionários para um futuro de transformação e inovação na empresa. Ela incluiu um boletim informativo de WhatsApp, sessões de meditação guiada, melhores práticas para trabalho doméstico, shows transmitidos ao vivo e conteúdo do autor brasileiro de quadrinhos Marcelo Marrom e de influenciadores conhecidos, além de um webinar e workshops online. Mais de 90% leram seu boletim informativo diário, com 81% concordando que o conteúdo era “extremamente relevante”.

Jeffrey

Fundada há apenas seis anos, a Sherlock levou o título de Agência do Ano Latam por seu desempenho. Apesar da pandemia da Covid-19, afetou todos os setores, a agência conquistou quase 50 novos clientes e reteve 90% de seus negócios não relacionados a eventos, devido ao crescimento das ofertas digitais, de mídia e técnicas. Também aumentou sua equipe em 10%, passando a 55 colaboradores, e prosseguiu sua expansão, entrando em América do Norte, Europa e até mesmo na Austrália. Sua projeção deve-se igualmente ao fato de ter ganhado 22 prêmios internacionais em 2020.

Equipe Sherlock

Canal Loading, que substituiu a MTV Brasil, encerra atividades

Canal Loading, que substituiu a MTV Brasil, encerra atividades após seis meses

O Canal Loading anunciou na quinta-feira (27/5) o encerramento das atividades depois de apenas seis meses no ar. A emissora ocupava a faixa da antiga MTV Brasil. A equipe foi demitida e funcionários lamentaram nas redes sociais o fim da empresa.

Segundo o site Na Telinha (UOL), a direção do canal reuniu-se com os profissionais para anunciar o término de programas inéditos e ao vivo. Cerca de 60 pessoas foram demitidas. A justificativa do executivo Anderson Abraços seria a saída da Kalunga, principal patrocinador da emissora, que havia desistido do investimento.

O Loading foi lançado em dezembro de 2020, ocupando a frequência da antiga MTV Brasil, com uma programação 24 horas, sete dias por semana, no canal 32 UHF em São Paulo, e também nas televisões por assinatura e streaming. O objetivo era ser a “nova MTV”, com foco em conteúdos de cultura pop, séries, games, e-sports e animes.

Na grade, havia programas ao vivo, como o Multiverso, que mostrava o que estava acontecendo na cultura pop, com apresentação de Fernanda Pineda, Fábio Gomes e Mariana Ayrez. Em outro programa, o Mais Geek abordava a cultura oriental, comandado por Takeshi Oyama, Anderson Abraços, Thais Matsufugi, Clayton Ferreira e Jefferson Kayo.

Por enquanto, o Loading exibe apenas reprises de programas.

Reinaldo Gottino assina com a Record Entretenimento

Reinaldo Gottino assinou contrato com a Record Entretenimento, empresa do Grupo Record voltada a gerenciamento de carreira, publicidade, eventos, projetos especiais e licenciamentos. Ele é o primeiro jornalista a entrar para o time da empresa, que passará a ser responsável por sua carreira além da televisão.

A ideia é inserir Gottino no mercado editorial, com palestras e eventos, além de potencializar as redes sociais para reforçar a imagem que o apresentador do Balanço Geral SP construiu ao longo dos anos. O contrato foi assinado nesta semana, em que Gottino completa um ano de seu retorno à Record, depois de breve passagem pela CNN Brasil.

Indicados ao Prêmio Comunique-se têm espírito esportivo, diz Rodrigo Azevedo

Está aberto até 30 de maio o primeiro turno da 18ª edição do Prêmio Comunique-se, que retorna após não ter sido realizado em 2020 em decorrência da pandemia. Para participar, basta usar uma conta de Facebook ou Gmail e registrar os votos nos comunicadores de interesse. No primeiro turno, o ambiente recebe indicações por parte dos jornalistas e da comunidade de leitores do Portal Comunique-se. A live de premiação está programada para 16 de novembro. Para participar do primeiro turno acesse o site da votação.

Rodrigo Azevedo

Rodrigo Azevedo, CEO do Comunique-se deu detalhes desta edição do Prêmio a Eduardo Ribeiro, diretor do Portal dos Jornalistas.

Portal dos Jornalistas − Após hiato de uma temporada, o Prêmio Comunique-se está de volta. Quais as principais novidades em relação às edições anteriores?

Rodrigo Azevedo − A primeira novidade é o formato. Será pela primeira vez um evento híbrido, com uma parte presencial restrita, com convidados vip, ancorada por uma megalive, para que possa ser visto em todo o Brasil e no exterior. Isso exigirá uma estrutura de produção sofisticada, com várias câmeras, gruas e tudo mais que um programa de TV de alto nível tem. Outra novidade é a criação da categoria Jornalista Podcaster, para profissionais criadores de conteúdo para podcast.

Portal − Pode dar detalhes do tema escolhido para esta edição?

Rodrigo − Este ano a novidade é não ter um tema, como nas edições presenciais até aqui.  Entendemos que a própria realização do prêmio, que muitos consideram o Oscar do jornalismo brasileiro, é o tema. Uma noite do tapete vermelho para os nossos profissionais e veículos da imprensa.

Portal − Quantos profissionais já foram premiados desde o nascimento do certame? Olhando retrospectivamente, quais os TOP 10?

Rodrigo − O mais premiado foi Ricardo Boechat, em diferentes categorias, que foi Mestre do Jornalismo tantas as conquistas que teve na premiação: 18 no total (veja quadro)

Portal − Qual o tamanho do investimento? O Prêmio se paga? Vai se pagar este ano?

Rodrigo − Nosso objetivo, claro, é que ele se pague, mas nem sempre isso acontece, sobretudo em tempos de crise. E com isso temos buscado adequar os valores de participação à realidade do mercado, de modo a ter um equilíbrio. O que eu sempre digo é que a receita do prêmio é toda ela destinada à organização da premiação. E quando isso não acontece temos de bancar a diferença, pois não abrimos mão da qualidade e da excelência da premiação. Nesse sentido, o grande financiador do Prêmio Comunique-se é o próprio Comunique-se. Temos esperança de que este ano, com a reformulação e a diminuição do evento presencial, por causa da crise sanitária, ele possa se pagar. E vamos usar a experiência bem-sucedida na realização de nossa outra premiação, o Prêmio Influency-me, que já foi feito, em 2020, nesse novo formato. Com isso, nossa estimativa é de que teremos uma redução de 1/3 nos custos da premiação, em relação aos custos do formato anterior, fato que nos permitiu redimensionar as cotas de patrocínio, reduzindo-as para o valor de R$ 60 mil. Já temos a confirmação, para a edição deste ano, de Santander, Bayer, Twiter, Zendesk, Claro e Salesforce.

Portal − Como é lidar com as estrelas do jornalismo? Há muita vaidade em jogo?

Rodrigo – Felizmente, a maioria dos jornalistas tem espírito esportivo, compreende que, tanto quanto os próprios jornalistas, a premiação busca celebrar e incentivar o bom jornalismo. Participam com espírito esportivo. Claro que temos um ou outro caso mais complicado, mas nem é bom falar neles, pois são de fato exceção.

Portal − Como enfrenta as “pressões” dos jornalistas que, indo para a final, buscam saber antecipadamente o resultado, inclusive condicionando a isso estarem ou não presentes à premiação?

Rodrigo − Um exemplo que gosto de citar é o do narrador esportivo Silvio Luiz, finalista em quase todas as edições e que sempre compareceu à festa, a despeito de nunca ter levantado o troféu principal. E nunca mandou mensagem ou ligou para saber se tinha ou não chances de ser o vencedor. Claro que vez por outra tem alguma situação mais delicada, mas a gente sempre procura mostrar que uma premiação, para ser grande e ter credibilidade, precisa do apoio e da compreensão de quem dela participa, porque só desse modo ela se tornará permanente e longeva. E aí é que entra o espírito esportivo. Não fosse assim, o Comunique-se não teria a relevância que tem. 

PortalCid Moreira é nome e voz sempre presente nas premiações. Ele vai participar este ano?

Rodrigo − Se depender apenas de nós, ele, claro, estará dentro, já que é uma marca registrada da premiação. Para nós é sempre uma grande honra ter o Cidão na premiação, e acho que o mesmo é para ele, que, mesmo já numa idade avançada, acima dos 90, tem no Comunique-se uma oportunidade de estar junto dos seus pares, numa festa sempre cheia de emoção. Vai depender apenas dele. Amigo pessoal que somos, inclusive de frequentar a casa um do outro, o convite vai ser feito. 

Portal − Qual a expectativa em relação à votação?

Rodrigo − Estamos a caminho da 18ª edição do Prêmio Comunique-se, ou seja, chegando à maioridade. Em todos esses anos, pouco vi jornalistas pedindo voto. E isso é uma coisa que está mudando de uns três anos para cá. Muitos jornalistas entraram nas redes sociais, são influenciadores, e com isso estão entendendo que é do jogo engajar suas audiências, que essa é uma boa oportunidade para isso. Começam a se ver como comunicadores com luz própria, e não apenas como uma voz de um determinado veículo. Creio que sobretudo as novas gerações estão perdendo a timidez e indo atrás dos votos das respectivas audiências. E com isso, claro, a audiência do prêmio cresce substancialmente. 

Portal − Quais os legados do Prêmio para o jornalismo brasileiro?

Rodrigo − Melhor do que eu dizer, são os próprios jornalistas e é deles que vem uma série de depoimentos sobre o que essa premiação tem representado para o mercado editorial brasileiro. O que posso afirmar é que o Prêmio virou uma espécie de ponto de encontro anual dos maiores nomes da imprensa brasileira. E o que isso significa? Quantas amizades não foram criadas, quantos reencontros não se deram, quantos empregos não foram trocados ao longo desses anos de premiação. Incontáveis, e na maioria das vezes nem ao menos ficamos sabendo. Outro legado é o estímulo, dito pelos próprios jornalistas, ao aprimoramento do próprio jornalismo, fazer sempre o melhor. Então, de alguma forma, ainda que seja difícil de mensurar, o Prêmio Comunique-se, nesse sentido e guardadas as devidas proporções, é muito parecido com o próprio Oscar, em que a competição para vencer acaba levando a uma melhoria na própria indústria.

Prêmio Comunique-se − Maiores vencedores da história 

1º − Ricardo Boechat − 18 troféus

2° − Míriam Leitão − 13 troféus

3° − Carlos Alberto Sardenberg − 11 troféus

4° − Mônica Bergamo − 9 troféus

5° − Caco Barcellos − 7 troféus

6° − 6 troféus

Artur Xexéo

Ancelmo Gois

Juca Kfouri

Marcelo Tas

10° − 5 troféus

Cléber Machado

Clóvis Rossi

Eliane Brum

Ernesto Paglia

Gilberto Dimenstein

Heródoto Barbeiro

Luís Roberto

Paulo Vinícius Coelho

Zileide Silva

Diretora da Lupa ganha prêmio internacional por combate à desinformação

Natália Leal, diretora de conteúdo da Lupa, ganhou na manhã da quarta-feira (26/5) o Prêmio Knight Internacional de Jornalismo de 2021.
Natália Leal, diretora de conteúdo da Lupa, ganhou na manhã da quarta-feira (26/5) o Prêmio Knight Internacional de Jornalismo de 2021.

Natália Leal, diretora de conteúdo da agência de fact-checking Lupa, foi anunciada na manhã da quarta-feira (26/5) como uma das ganhadoras do Prêmio Knight Internacional de Jornalismo de 2021, concedido pelo Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) por sua atuação no combate à desinformação sobre a pandemia. Ela divide o prêmio com Pavla Holcová, jornalista da República Tcheca que conduziu uma investigação sobre o assassinato de um colega de profissão em seu país. A cerimônia de entrega será online, em 9/11, no evento Tribute to Journalists 2021.

A Lupa produziu mais de 700 checagens sobre o tema desde o início da crise sanitária. Reconhecida pelo trabalho à frente da equipe de jornalismo, Natália opera a partir da checagem de fatos e da educação midiática. “Lutar contra a desinformação é, hoje, meu principal propósito como jornalista e o que me move”, disse. “Acredito profundamente no jornalismo como forma de qualificar o debate público, melhorar a sociedade e proteger a democracia. É isso que eu quero continuar fazendo e ser reconhecida por essa luta é um orgulho indescritível”.

No anúncio, o ICFJ (sigla em inglês) destacou o trabalho da jornalista e sua equipe, que “expuseram a desinformação espalhada pelo próprio governo do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores” em 2020 e salientou também a atuação de Natália no desenvolvimento da ferramenta No epicentro, visualização de dados sobre Covid-19 criada pela Lupa em parceria com o Google News Initiative, que foi reproduzida nos Estados Unidos pelo The Washington Post.

Com cerca de 15 anos de atuação no mercado jornalístico, Natália é a terceira brasileira a ganhar a honraria: os outros dois foram a repórter, escritora e documentarista Daniela Arbex, e Marcelo Beraba, um dos fundadores da Abraji.

Joyce Barnathan, presidente do ICFJ, disse: “Essas mulheres nos mostram como o jornalismo está cumprindo duas de suas funções mais essenciais: fornecer informações que salvam vidas em face da desinformação maciça e responsabilizar funcionários do governo por meio de reportagens investigativas destemidas. Natália e Pavla enfrentaram ataques para dizer a verdade e nenhuma recuou”.

Veja mais em MediaTalks by J&Cia.

Piloto de helicóptero da Record é baleado e faz pouso forçado

Um helicóptero da Record TV teve que fazer um pouso forçado no Rio de Janeiro após o piloto da aeronave ser atingido por um tiro na manhã desta sexta-feira (28/5). Segundo a repórter Luanna Bernardes, da BandNews FM Rio e do Bora Brasil, o piloto da aeronave, ainda não identificado, foi atingido na panturrilha e por isso foi obrigado a fazer um pouso forçado no campo anexo ao Estádio Nilton Santos.

Vale destacar que a imprensa acompanhava uma operação policial na comunidade da Mangueira, onde a Polícia Militar faz operação após agentes da UPP local serem atacados. A comunidade fica a nove quilômetros do local do pouso. Ainda não há detalhes sobre de onde partiu o disparo.

A Record ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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