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sexta-feira, junho 20, 2025

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Fausto Silva deixará a Globo no final do ano

* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora regional de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro

Na segunda-feira (25/1), a Globo emitiu um comunicado que agitou os canais digitais de televisão, com a informação de que Fausto Silva deixará a emissora no final do ano, quando vence seu contrato. O programa Domingão do Faustão, depois de 32 anos nas tardes de domingo da emissora, pode ou não continuar. Diz a nota: “Diante da decisão do apresentador de encerrar sua jornada à frente de programas semanais, só cabe à TV Globo respeitar e aplaudir a história que ele construiu”.

Ao elaborar uma remodelação completa na programação de domingo da Globo, Ricardo Waddington, diretor de Entretenimento, ofereceu a Fausto um programa diferente, a ser desenvolvido, para as noites de quinta-feira. A ideia seria fazer face à concorrência de A praça é nossa, do SBT, nesse horário. Fausto, porém, preferiu não renovar seu contrato nessas bases. O que não quer dizer que ele pretenda se aposentar. Sobre seu futuro na telinha, há apenas especulações.

Em resumo, Fausto começou como jornalista no rádio, e estreou na TV como apresentador do programa Perdidos na noite, exibido sucessivamente pelas TVs Gazeta, Record e Bandeirantes. Em 1989, convidado por Boni, assumiu o Domingão do Faustão na Globo, para concorrer com Sílvio Santos nas tardes de domingo.

Com uma equipe de criação própria consagrou diversos quadros de grande apelo e, com seu senso de improvisação, bordões como “quem sabe faz ao vivo”.

Feras da cobertura de celebridades, como Daniel Castro, Flávio Rico, Leo Dias e Maurício Stycer cederam espaços generosos a Faustão, caracterizando uma unanimidade em termos de respeito pelo seu trabalho. Ao contrário da postura avessa às entrevistas, que Fausto adotou desde o seu enorme sucesso, ele agora falou aos que o procuraram, sempre agradecendo e elogiando a emissora.

Há dez anos, Jornalistas&Cia o entrevistou, e sua biografia, currículo e postura profissional continuam valendo. Patrícia Kogut – que não divulga informação privilegiada –, no jornal O Globo, acrescentou que o diretor artístico do programa, Jayme Praça, deixa a empresa já em fevereiro e Cris Gomes,o diretor-geral da atração, acumula as funções dele.

Guerra Irregular mostra a importância da imprensa para guerrilheiros e forças do Estado

Livro Guerra Irregular de Alessandro Visacro

As guerras do século XXI serão todas irregulares, com terrorismo, guerrilhas, movimentos de resistência e não mais com grandes batalhas, bombardeios, emprego de tanques e batalhões de infantaria. Nessas novas guerras, a que já estamos assistindo, a liberdade da imprensa e a mídia são vitais tanto para os insurgentes, sejam eles quais forem, como para as Forças Armadas regulares.

A colocação é do livro Guerra Irregular – terrorismo, guerrilha e movimentos de resistência ao longo da história, do coronel Alessandro Visacro, do Exército Brasileiro. A obra não é nova, foi publicada pela Contexto em 2009, mas ganha atualidade ao afirmar que situações como as das favelas do Rio de Janeiro, de onde o Estado foi alijado e onde os insurgentes – leia-se traficantes – às vezes têm apoio da população, caracterizam-se efetivamente como guerrilha, com a diferença de que, em vez de lutarem por uma ideologia, lutam por ganho econômico.

O livro mostra que a imprensa é uma arma vital para conseguir a vitória e cita dois exemplos pouco conhecidos, mas importantes. Em 1971, na luta contra o IRA, na Irlanda, o comando do exército britânico liberou todos os soldados para falarem com jornalistas e TV. Eles contavam como seus companheiros foram assassinados pelos insurgentes, mostravam-se como jovens cumprindo o seu dever para com o País e sendo massacrados por bombas que matavam civis e militares indiscriminadamente. Apesar de uma ou outra bobagem dita às câmaras, o resultado foi o apoio da opinião pública e o isolamento dos militantes, que não conseguiram colar nos repressores a imagem de “porcos fascistas” que tentaram difundir.

Outro exemplo, também pouco conhecido foi na guerra do Iraque, quando o Exército americano lançou a operação Mídia Embutida, pela qual 500 repórteres, fotógrafos e cinegrafistas foram incorporados a unidades do exército e dos fuzileiros, compartilhando alojamento, alimentação e combates junto com as tropas.

“Quando os jornalistas participaram, a história correta passou a ser contada”, afirma a coronel Melanie Reeder, citada na obra; “quando não receberam informações, o resultado foi especulação, desinformação e inexatidão da matéria”. E essa visão não é recente pois, ainda segundo o cel. Visacro, já na Primeira Guerra o famoso T.E. Lawrence escreveu que “a imprensa é a melhor arma no arsenal do comandante moderno”.

O livro leva o leitor a comparar o efeito dramático das entrevistas de pessoas do povo que tiveram suas casas invadidas por policiais ou seus filhos mortos por balas perdidas das forças repressoras, com a insossa e repetitiva entrevista dos oficiais superiores que, falando de um gabinete, afirmam sempre que “um inquérito será aberto e que os fatos serão apurados”.     

Com uma bibliografia completa, à qual não falta a visão do jornalista, como a obra do repórter policial Percival de Souza, o livro mostra também porque é vital o apoio da população na guerra irregular, em que não se luta por terreno ou domínio de cidades, mas por “corações e mentes”.

(Colaboração de Luiz Roberto de Souza Queiroz)

Circulação de grandes jornais mantém-se estável nos dois primeiros anos do Governo Bolsonaro, diz pesquisa

Jornais impressos expostos na banca da rodoviária. 23-01-209. Foto: Sérgio Lima/PODER 360
Jornais impressos expostos na banca da rodoviária (Crédito: Sérgio Lima/PODER 360)

O Poder360 fez uma avaliação sobre a pesquisa do IVC (Instituto Verificador de Comunicação) sobre a circulação total (impresso + digital) dos principais jornais do País durante os dois primeiros anos do mandato de Jair Bolsonaro (2019 e 2020). Os resultados indicam uma queda de 1,1% na circulação, número que pode ser entendido como estabilidade.

Para a reportagem, o Poder360 selecionou os seguintes veículos: Folha de S.Paulo, O Globo, O Estado de S.Paulo, Super Notícia (MG), Zero Hora (RS), Valor Econômico, Correio Braziliense (DF), Estado de Minas, A Tarde (BA) e O Povo (CE). Em dezembro de 2018, a circulação total desses dez jornais era de 1.444.104 exemplares. Em dezembro de 2020, segundo o IVC, o número foi de 1.428.073.

Segundo o Poder360, vale destacar, porém, que analisados separadamente, esses veículos tiveram desempenhos diferentes no período analisado: Folha, Globo, Valor e A Tarde, por exemplo, tiveram desempenhos positivos em suas tiragens pagas. Os demais enfrentaram uma queda global de circulação.

Outro dado relevante da pesquisa, segundo o portal, é a diferença entre as versões impressas e digitais dos jornais analisados. Em dezembro de 2018, os dez veículos tinham 654.144 de tiragem média diária. No final de 2020, o número caiu para 437.969, uma queda expressiva de 33%. Já em relação a assinaturas digitais, nos dois anos do Governo Bolsonaro, os números dos jornais subiram de 789.960 para 990.104, um aumento de 25,3%.

Veja a íntegra da avaliação no site do Poder360.

Quer ver como foi a premiação dos +Admirados da Imprensa de Economia? Aqui o trailer

Foi um show online, em que não faltaram surpresas e emoções. Profissionais e veículos foram homenageados, recebendo o reconhecimento do mercado pelo brilhantismo do trabalho nas redações. E aqui você pode conferir o trailer da premiação.

Em um ano desafiador, os premiados tiveram seus trabalhos reconhecidos e valorizados no evento, e nós, de J&Cia/Portal dos Jornalistas, ficamos orgulhosos pelos frutos que a cerimônia nos trouxe.

Assista também à premiação completa aqui.

Linhas Cruzadas estreia na TV Cultura em 28/1

Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama (Crédito: Divulgação/TV Cultura)

O programa Linhas Cruzadas estreia na TV Cultura em 28/1, às 22 horas. A atração, que irá ao ar às quintas-feiras, é apresentada por Thaís Oyama e pelo filósofo Luiz Felipe Pondé.

O jornalístico trará análises aprofundadas de fatos do noticiário recente. As primeiras edições falarão sobre a ameaça à democracia, marketing digital e censura. O programa será exibido também nos site, YouTube, Facebook e Twitter da TV Cultura.

Google ameaça sair da Austrália em reação à lei que obriga pagar por links

Crédito: Arnd Wiegmann/Reuters
Crédito: Arnd Wiegmann/Reuters

O tempo esquentou entre Google e Austrália. Melanie Silva, diretora da empresa no país, afirmou que a lei proposta pelo Governo australiano, que faria a empresa pagar por links às empresas jornalísticas, quebraria o modelo de negócios do Google. O primeiro-ministro Scott Morrison rebateu dizendo que a Austrália não se dobra a ameaças e que quem manda no país são os australianos.

Para The Drum, principal website de marketing da Europa, com esse pronunciamento o Google declarou guerra à Austrália. Leia em MediaTalks o que é o projeto que pode até se tornar uma crise diplomática, e também a proposta de uma rede social estatal, feita pelo think tank Australian Institute, o chamado Tech-xit.

Aos Fatos vence o Gabo na categoria Inovação

A Fundação Gabriel Garcia Márquez anunciou na noite dessa quinta-feira (21/1), em cerimônia virtual, os vencedores do Prêmio Gabo 2020. Dentre os trabalhos reconhecidos nas quatro categorias, destaque para o projeto Radar Aos Fatos, único premiado brasileiro desta edição ao receber o reconhecimento principal na categoria Inovação.

Sob o comando da diretora executiva Tai Nalon, integraram a equipe do projeto do Aos Fatos Carol Cavaleiro, Bárbara Libório, Bruno Fávero, Milena Magabeira, Luiza Barros, Thamyres Dias, João Barbosa, Marina Gama Cubas e Rômulo Collopy, além da agência de inteligência digital Parafernália Interativa.

Tai Nalon: “Em um país em convulsão, a desinformação afeta vidas”

O Radar Aos Fatos é uma ferramenta de monitoramento em tempo real do ecossistema de desinformação brasileiro. A partir de padrões linguísticos e inteligência artificial, o algoritmo capta tendências desinformativas na internet a partir de conteúdos de baixa qualidade. “Em um país em convulsão, a desinformação afeta vidas”, destacou Tai Nalon. “Por isso, quero humildemente dedicar este prêmio aos mais de 200 mil mortos no Brasil devido à pandemia”.

Desde que foi ao ar pela primeira vez, em março de 2020, o núcleo editorial do Radar publicou 39 reportagens que mapeiam os principais meios pelos quais campanhas de desinformação são distribuídas. Em abril, por exemplo, o serviço concluiu que o deputado Osmar Terra (MDB-RS), então cotado para o Ministério da Saúde, era o parlamentar que mais havia disseminado desinformação sobre a pandemia no Twitter.

 “O Radar é um mecanismo vivo, que mapeia, toda semana, dados que mudam conforme o momento político”, complementa Natalia Viana, diretora da Agência Pública e uma das juradas do Prêmio Gabo. “É a primeira ferramenta que vejo no jornalismo que busca monitorar diferentes plataformas. É algo que exige coragem e põe em xeque os limites do jornalismo. Radar Aos Fatos ataca um problema que não poderia ser atingido de outra maneira”.

Justiça condena Eduardo Bolsonaro a indenizar Patrícia Campos Mello por danos morais

O juiz Luiz Gustavo Esteves, da 11ª Vara Cível de São Paulo, condenou o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) a pagar uma indenização de R$ 30 mil por danos morais à repórter da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello. Determinou também o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios no valor de 15% da condenação. Cabe recurso da decisão.

Em maio do ano passado, Eduardo Bolsonaro afirmou em live que Patrícia “tentava seduzir” fontes para obter informações que fossem prejudiciais ao presidente Jair Bolsonaro. A transmissão foi ao ar no canal do YouTube Terça Livre TV. Após o ataque, a repórter da Folha acionou a Justiça.

O deputado referia-se a Hans River, ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa, que mentiu e insultou Patrícia em uma sessão da CPMI das Fake News, no Congresso, em fevereiro do ano passado. Ele foi uma das fontes de uma reportagem de Patrícia que revelou uso fraudulento de nomes e CPFs para disparar mensagens em benefício de políticos.

Na sentença, Esteves afirmou que Eduardo Bolsonaro, “ocupando cargo tal importante no cenário nacional – sendo o deputado mais votado na história do País, conforme declarado na contestação – e sendo filho do atual presidente da República, por óbvio, deve ter maior cautela nas suas manifestações, o que se espera de todos aqueles com algum senso de responsabilidade para com a nação”.

A radioatividade da marca Trump e seus outros efeitos

Crédito: Alex Haney/Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O avião levando Donald Trump decolou de Washington ao som de My Way, de Frank Sinatra, com o presidente deixando para trás um enorme passivo de reputação negativa. São dele os títulos de maior gerador de fake news sobre a pandemia concedido pela Universidade de Cornell e o de líder do país com a pior gestão da crise sanitária dentre 105 nações avaliadas pela consultoria Brand Finance.

Na despedida, Trump disse que vai voltar. Mas pairam dúvidas sobre o futuro da marca Trump nos negócios e na política. Em um briefing da FPA (Foreign Press Association), em Londres, na segunda-feira (18/1), a especialista em marketing americana Allyson Stewart-Allen foi categórica: “Trump é hoje uma marca radioativa”.

Consultora de instituições e empresas, ela disse não ver há muito um movimento como o atual,  com corporações distanciando-se do ex-presidente e da política. JPMorgan e Goldman Sachs estão entre os que planejam suspender doações a partidos depois dos conflitos no Capitólio.

Em um memo interno, a chefe de assuntos governamentais do Citi assegurou que o banco não apoia candidatos que desrespeitam leis. Marriott e Blue Cross cancelaram suporte a senadores que votaram contra a certificação de Joe Biden.

No entanto, Stewart-Allen não bateu o martelo sobre o fim da marca Trump. Lembrou que ele foi votado por 74 milhões de pessoas, que ainda o amam e podem querer sua filha Ivanka na Casa Branca.

A consultora comentou sobre um possível rebranding da família, com Jared e Ivanka adotando a marca Kushner para se afastarem de um Trump enrascado legal e financeiramente.

Sua aposta é que se Joe Biden e Kamala Harris continuarem em harmonia, reelegem-se com facilidade, complicando a recuperação da marca Trump. E acredita em mais desgaste à medida que livros desfavoráveis à sua administração comecem a sair.

Os podres podem afetar a própria Ivanka. O Washington Post revelou semana passada que os contribuintes pagam US$ 3 mil de aluguel ao mês desde 2017 em um imóvel usado como banheiro para os seguranças da primeira-filha porque eles foram proibidos de usar um dos 12 existentes na casa onde ela vive. A contar com o desconforto que Trump pode ter causado à burocracia estatal, mais histórias sórdidas devem brotar dos porões da Casa Branca.

Stewart-Allen acredita que Joe Biden tem condições reverter com ações concretas a fama dos Estados Unidos de país pouco amigável. Coisa que ele começou a fazer no dia da posse, com medidas simpáticas a imigrantes e à comunidade muçulmana.

Trump tuitou mais de uma vez por dia contra a imprensa

A marca Trump pode até ser resgatada entre o público, mas entre jornalistas − exceto os que fazem parte de seu séquito de admiradores − vai ser difícil. Um levantamento do projeto US Press Freedom Tracker mostrou que de junho de 2015 (quando se lançou candidato) até ser enxotado do Twitter, o ex-presidente tuitou 2.520 vezes contra a imprensa. A incrível média de mais de um ataque por dia.

O projeto catalogou as manifestações e construiu um quadro da marcha incansável para minar a confiança do público no jornalismo, com o uso frequente de expressões como lamestream media e inimigos do povo.

Mídias sociais manipuladas por agentes estatais, inclusive no Brasil

Mas nem todos acham que a remoção de Trump do Twitter é o fim da história. Para Hanna Bailey, pesquisadora do Internet Institute da Universidade de Oxford, a expulsão dele ofusca o problema real: a manipulação das redes sociais comandada por governos.

O instituto fez um estudo em 80 países e chegou a um diagnóstico assustador, mostrando que a desinformação com patrocínio estatal profissionalizou-se e agora é produzida em escala industrial, com governos e partidos políticos investindo fortunas em tropas cibernéticas privadas.

O Brasil é apontado como país de média capacidade de organização, com tropas atuando ao longo de todo o ano para influenciar o debate político, incluindo membros do governo, partidos, firmas contratadas e influenciadores voluntários. O OII afirma que quatro das cinco estratégias principais de manipulação são utilizadas no País.

Trump foi-se, mas não os problemas que ele passou a simbolizar.

Grupo RAC, de Campinas, tem nova direção

Desde 18/1 (segunda-feira), o Grupo RAC (Rede Anhanguera de Comunicação), que edita o jornal Correio Popular, de Campinas/SP, está sob nova direção. Assumiu o comando o empresário Ítalo Hamilton Barioni, do Grupo Contém, tido como um especialista em recuperação de empresas.

A mudança foi aprovada em reunião do Conselho de Administração do Grupo realizada no final de dezembro e convocada para aprovar o “arrendamento de títulos” da empresa. Comandado nas últimas décadas pela família Godoy, o Grupo RAC enfrenta sérias dificuldades financeiras há anos.

O Diário do Povo, adquirido do falecido ex-governador Orestes Quércia em 1996, deixou de circular no final de 2012. Mesmo destino teve o tabloide Notícias Já, lançado com sucesso, mas que teve sua vida abreviada pela crise.  O próprio Correio Popular, que sempre foi o carro-chefe do Grupo, não circulava mais às segundas-feiras.

Com a mudança, Sylvino de Godoy Neto, que era presidente do Grupo, permanece apenas como presidente do Conselho Editorial. Ele estava licenciado da Presidência da RAC desde que teve o nome envolvido em investigação do Ministério Público sobre um escândalo no Hospital Municipal Ouro Verde, na qual chegou a ter a prisão decretada.

Mergulhado em dívidas – principalmente trabalhistas –, o Correio enfrentou seguidas greves de jornalistas por atraso no pagamento dos salários. Ultimamente, os profissionais da reduzida redação só recebiam parte do salário, parcela que não atingia R$ 1 mil.

A demissão de toda a redação chegou a ser anunciada, mas não se concretizou porque os jornalistas haviam entrado em greve um dia antes.

Com a mudança no comando, assimiu a direção editorial Luiz Roberto Saviany Rei, ex-sucursal Campinas da Folha de S. Paulo e que trabalhou no Correio nos anos 1990. O novo editor-chefe é Marcel Cheida, ex-Câmara Municipal de Campinas e também com passagem no jornal, e Tássia Vinhas foi anunciada como chefe de Reportagem.

A equipe da redação é integrada ainda por Angelo Barioni, irmão do novo presidente executivo do Grupo, Suzamara Santos, Jary Mércio, Manuel Alves Filho, Maria do Carmo Pagani, Huguette Gallo Mantellato, Kátia Fonseca e Eric Iamarino, entre outros, todos com passagens anteriores pelo próprio Correio, único jornal impresso ainda em circulação em Campinas, com 94 anos de história. O colunista social Almir Reis foi o único da equipe a permanecer. Todos os integrantes da nova redação foram contratados como Pessoa Jurídica.

Em comunicado publicado na primeira página da edição do dia 19, Ítalo Barioni afirmou que “nosso compromisso de ética e de defesa dos interesses públicos se sobrepõe a tudo. Nessa travessia penosa, planejamos chegar aos 100 anos com organização multimídia, forte em todas as plataformas, com muito vigor”.

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