Juliana Dal Piva estreou coluna no UOL em 1° de fevereiro. Com 15 anos de experiência na cobertura do Judiciário e de Política, ela escreverá sobre processos no judiciário, investigações criminais e a política brasileira como um todo. Seu primeiro texto trouxe informações exclusivas sobre uma investigação do homicídio do policial militar da reserva Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, pivô do escândalo das “rachadinhas”.
Formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, fez mestrado no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da FGV no Rio de Janeiro. Juliana trabalhou em Terra, Isto É, O Dia, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Época, O Globo e Extra. É uma das fundadoras da Agência Lupa. Recebeu oito prêmios de jornalismo, entre eles o Relatoría para la Libertad de Expresión, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Transformada em plataforma de mídia de negócios desde que passou ao controle do BTG Pactual há cerca de um ano, a Exame promoveu nessa terça-feira (2/2) o que parece ter sido o primeiro corte da nova gestão.
Segundo apurou Jornalistas, saíram ao menos cinco profissionais da Redação: Denyse Godoy, editora de Negócios; Juliana Estigarríbia, repórter de Negócios; Ernesto Yoshida, editor de Melhores e Maiores; Germano Luders, editor de Fotografia; e Gabriel Correa, pesquisador de fotos. Recentemente havia saído a repórter Lígia Tuon, que foi para a CNN.
Em contrapartida, a empresa segue reforçando outras áreas, fora da Redação. A área de cursos, por exemplo, tem um novo head, Rodrigo de Godoy, que era do UOL.
Quem também está de saída, mas por decisão própria, após seis anos e meio de casa, é a repórter Karin Salomão. Ela adiantou a informação em suas redes sociais, onde afirmou que seguirá em busca de novos desafios profissionais. Mas fonte de J&Cia informa que ela está indo para o UOL. Antes da Exame, Karin passou, entre outras, pelas redações de Globo Rural, Veja e Folha de S.Paulo.
Em nota, a direção da publicação informou:
“Exame esclarece que o desligamento de 6 profissionais da redação é um movimento pontual que não representa redução de time. Nos últimos 12 meses, a empresa aumentou seu quadro de colaboradores com 120 novas contratações, sendo 26 para a redação. Em 2021, a Exame já fez 26 contratações e ainda tem mais de 20 vagas para serem preenchidas ao longo do ano. A editoria de Negócios e a publicação Melhores e Maiores passarão a ter como responsáveis os jornalistas Leo Branco e Ivan Padilla, respectivamente.”
A WarnerMedia Latin America unificou as equipes de Marketing de Consumidor & Relações Públicas do grupo de General Entertainment, sob a liderança de Flavia Vigio, que passa a ser vice-presidente da nova área.
A equipe terá um papel coordenado na criação de estratégias de comunicação para os conteúdos de General Entertainment, que inclui produções originais, conteúdos adquiridos e produtos digitais dos canais HBO, TNT, TNT Series, Space, Cinemax, TCM, I.Sat, Warner Channel, TBS, HTV, MuchMusic, Glitz e truTV.
O time reúne as funções de Networks Marketing, Marketing de Conteúdo, Experiências, Projetos Especiais, Relações Públicas e Publicity para o portfólio de TV paga e de marcas premium de GE, incluindo o trabalho de RP para a área de Esportes.
Flavia aporta a esse novo ciclo o conhecimento da gestão de comunicações da HBO na América Latina, bem como a experiência de mais de 25 anos de carreira, que inclui a liderança da área de comunicação do McDonald’s na região e a responsabilidade pelo escritório da Golin em Miami.
Faleceu nessa terça-feira (2/2), aos 70 anos, vítima de um infarto fulminante, José Carlos Ruy. Ele iniciou a carreira em 1970 e colaborou com os jornais Movimento e Tribuna da Luta Operária, entre outros veículos alternativos, além de ter atuado no Departamento de Documentação (Dedoc) da Editora Abril.
Membro do PCdoB, Ruy foi do conselho curador da Fundação Maurício Grabois e da comissão editorial da revista Princípios, além de editor do jornal do partido Classe Operária. Entre 1997 e 2003, também integrou a diretoria do Sindicato dos Jornalistas de SP, ocupando os cargos de diretor e secretário de Relações Sindicais e Sociais.
O Grupo Matinal Jornalismo anuncia a indicação de FêCris Vasconcellos para assumir a gestão de Produto e Estratégia, área recém-estruturada na empresa. Com a missão de consolidar a marca no Rio Grande do Sul e ampliar o alcance do conteúdo jornalístico produzido pelo Grupo, a nova gerente vai atuar no desenvolvimento e operação dos produtos jornalísticos, desenho e coordenação macro de processos, gestão de metas e planejamento estratégico.
FêCris integra a equipe Matinal Jornalismo desde junho de 2020, quando assumiu a edição e locução do Zap Matinal, um serviço gratuito e diário de transmissão de notícias via Whatsapp. A partir de agora, a jornalista acumula as duas funções.
Os irmãos Anderson Couto e Emerson Couto lançaram, de forma independente, o e-bookSer jornalista é…, obra que tenta definir a profissão de forma humorada. Segundo o personagem que criaram, o jornalista Duda Rangel, o livro é “uma coletânea bem-humorada de definições para uma profissão difícil de definir”.
Os autores dizem que a profissão de jornalista “flui entre diferentes vivências, sentimentos e circunstâncias, mas a gente arrisca definir, afinal ser jornalista é, entre tantas coisas, não ter medo de correr riscos”.
O livro é também a história dos dez anos em que Anderson e Emerson discorreram sobre ser jornalista no blog Desilusões perdidas, no livro A vida de jornalista como ela é e no Canal do Duda Rangel no YouTube.
Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro
Nessa segunda-feira (1/2), O Globo estreou novo painel de colunistas, movimentando os nomes tradicionais e acrescentado alguns. Segue a tendência, presente no mundo, de que os impressos, principalmente os diários, sejam veículos de opinião e interpretação dos fatos. As hot news estão na web, com múltiplas fontes, para onde, um dia, vão migrar todas as notícias.
Um dos objetivos do Globo, com essa mudança, é expandir sua base de assinantes – o que chama de nacionalização da marca –, por saber que 66% da audiência do site vêm de fora do Rio de Janeiro. São Paulo sozinho responde por 27%, enquanto cresce a participação de estados como Minas Gerais e Paraná. Entre as novas assinaturas digitais, em 2020, 54% vieram de outros estados. Para tanto, o jornal investe em diversidade, amplia o espaço ocupado por mulheres, negros e jovens, e procura assim dialogar com seu público espalhado pelo País.
Desta forma, a versão impressa passa por uma reorganização. Na ordem em que as editorias aparecem no jornal, temos a coluna de opinião na página 2, que continua com Merval Pereira, às terças, quintas e domingos; e o revezamento de Fernando Gabeira, Vera Magalhães e Carlos Alberto Sardenberg nos outros dias.
A página 3, toda de opinião, tem os novos Malu Gaspar;os publicitários Washington Olivetto e Marcelo Serpa; Pablo Ortellado, filósofo; Irapuã Santana, advogado com experiência na mídia; Edu Lyra, empreendedor social. E mantém Roberto DaMatta, Miguel de Almeida, Demétrio Magnoli, Eduardo Affonso, Carlos Andreazza, Zuenir Ventura, Bernardo Mello Franco, Elio Gaspari, Pedro Doria, Flávia Oliveira, Eurípedes Alcântara e Dorrit Harazim.
Em País, permanecem Lauro Jardim, aos domingos no impresso e durante a semana no site; Ascânio Seleme e Fernando Henrique Cardoso. Em Sociedade, Antônio Gois, como convém em tempos de pandemia, acompanhado pelos cientistas Margareth Dalcolmo, Roberto Lent e Natalia Pasternak.
Na Rio, a coluna de Ancelmo Gois ganha versão impressa especial aos sábados, com novas seções. Nos outros dias, em regime de 24/7, está no site.
Na Economia, Míriam Leitão passa também às terças, quintas e domingos. Nos demais dias da semana, alternam-se a economista Zeina Latif, o pesquisador Carlos Góes, o professor Cláudio Ferraz, a especialista no setor público Vilma Pinto, Fabio Giambiagi e Rogério Furquim Werneck.
Em Mundo, Esportes e Revista Ela, não houve acréscimos. Continuam Guga Chacra e Marcelo Ninio em Mundo; Carlos Eduardo Mansur, André Kouri, Martín Fernandez e Marcelo Barreto nos Esportes; e Martha Medeiros, Bruno Astuto e a ativista Luana Génot no Ela.
O segundo caderno recebe Luís Fernando Veríssimo, Nelson Motta e Cacá Diegues, que antes escreviam em Opinião. E mantém Patrícia Kogut diariamente, Arthur Xexéo, Cora Rónai, Joaquim Ferreira dos Santos, Ruth de Aquino, Leo Aversa, Martha Batalha, Ana Paula Lisboa e José Eduardo Agualusa.
Após 35 anos, o repórter esportivo Tino Marcos anunciou nesta terça-feira (2/2) sua saída da TV Globo. O anúncio foi comunicado nas redes sociais pelo jornalista, e confirmado em seguida pela emissora, que destacou os momentos mais relevantes da trajetória do profissional em uma grande matéria publicada no GE.
“Aos 58 anos, Tino Marcos decidiu que essa história chegou ao fim. Fosse jogador de futebol, o desejo dele seria parar ainda no auge, depois de conquistar um grande título. Assim fará com a reportagem. Oito Copas do Mundo. Seis Olimpíadas. Incontáveis transmissões e reportagens. Viagens pelo mundo todo. A sensação do dever cumprido e o desejo de se dedicar mais à família nortearam a decisão”, destacou a reportagem.
Sabedor de que chegaria, vira e mexe eu pensava nele: o dia em que sairia da Globo. Ele deveria ser planejado pra, então, ser festejado. E chegou desse jeitinho mesmo. Com uma sensação bombando, justo a que eu mais desejava: a gratidão. Obrigado a tantos, de tantas gerações.
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo publicou um comunicado relatando a difícil situação vivida pelos profissionais que integravam a equipe do Correio Popular, de Campinas, e a decisão do Grupo RAC, que edita a publicação, de não pagar os atrasados aos profissionais.
Entenda o caso
Mergulhado em dívidas – principalmente trabalhistas –, o Correio vem enfrentando seguidas greves de jornalistas por atraso nos pagamentos. Em alguns casos, a dívida já supera 20 salários.
Ítalo Barioni
Em 18 de janeiro, dia em que teria início uma nova greve, a direção do grupo anunciou a troca no seu comando. O nome escolhido foi o do empresário Ítalo Hamilton Barioni, do Grupo Contém, tido como um especialista em recuperação de empresas. Apesar da mudança, Sylvino de Godoy Neto, que presidia do Grupo, permaneceu como presidente do Conselho Editorial.
Vale lembrar que ele já estava licenciado da Presidência da RAC desde que teve seu nome envolvido em investigação do Ministério Público sobre um escândalo no Hospital Municipal Ouro Verde, na qual chegou a ter a prisão decretada.
Comunicado
Confira a íntegra do comunicado emitido pela Diretoria do Sindicato dos Jornalistas:
A direção do Correio Popular comunicou ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, nesta quinta-feira, 28 de janeiro, que a empresa não vai pagar nenhuma quantia referente aos atrasados que, para alguns profissionais, já supera 20 salários. À noite, os jornalistas, em seu 11º dia de greve contra o atraso nos salários, realizaram assembleia e decidiram manter o seu movimento.
A situação dos 30 jornalistas agrava-se dia a dia, diante da criminosa indiferença da empresa: o último pagamento, de apenas 1/8 do valor do salário, foi feito em 8 de janeiro, e vários profissionais não têm dinheiro sequer para pagar as contas básicas, como alimentação e moradia.
A empresa havia levantado a perspectiva de um acordo. Em reunião com o Sindicato em 18 de janeiro, o administrador da RAC (Rede Anhanguera de Comunicação, que publica o jornal), Ítalo Barioni, apresentou uma proposta para resolver os débitos trabalhistas acumulados com os jornalistas em greve e os ex-funcionários da empresa. Por ela, um prédio do grupo no centro de Campinas seria oferecido para leilão judicial, destinando-se o resultado à quitação das dívidas trabalhistas.
Os jornalistas haviam aceitado avançar na negociação de um acordo, desde que a empresa pagasse ao menos dois salários atrasados para que a greve fosse encerrada. Os donos da empresa (acionistas), como se sabe em Campinas, têm patrimônio pessoal que permite atender a essa demanda – demanda parcial e até modesta, considerando-se que são os grandes responsáveis pela catástrofe que se abate sobre dezenas e dezenas de profissionais e suas famílias. Onze dias depois, a empresa comunica sua resposta negativa ao pagamento de qualquer quantia.
Neste período, apunhalou os grevistas, montando uma redação para furar a greve. A nova redação iniciou sua atividade no primeiro dia de paralisação, 18 de janeiro, tocando o jornal desde então. A nova administração começa sua gestão violando a lei, pois, pelo parágrafo único do artigo 7º da lei 7.783, “é vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos (…)”. A legitimidade da greve é incontestável por qualquer pessoa dotada de um mínimo senso de Justiça, pois a empresa não paga os salários de seus funcionários. E as pessoas agora amealhadas para furar a greve já vêm ainda mais precarizadas, pois sequer se fala em contratá-las. Já se promete, desde logo, a fraude ao vínculo trabalhista de futuros funcionários.
Se falta alerta, este Sindicato avisa aos jornalistas que, neste momento, trabalham na redação fura-greve que elabora o Correio Popular, que estão violando abertamente o Código de Ética da profissão, além da solidariedade de classe com colegas em luta contra o não-pagamento de seus salários. Tal postura só auxilia a empresa a prosseguir no embuste que mantém há anos, abusando de profissionais que, a despeito de seu compromisso diário com o trabalho jornalístico, veem suas vidas serem tragadas pelo pesadelo do atraso crônico no pagamento de seus salários.
A assembleia dos jornalistas, nesta quinta (28), decidiu manter seu movimento, sua reivindicação – pagamento de todos os salários, 13ºs e depósitos de FGTS atrasados – e denunciar para a sociedade a vilania da forma de agir da direção e dos donos do Correio Popular, que fogem de sua obrigação social de pagar salários e recrutam gente de forma precária para montar uma equipe fura-greve.
Nesta sexta-feira (29), o Sindicato comunicou também ao Ministério Público do Trabalho as medidas antissindicais da empresa contra o legítimo direito de greve de seus trabalhadores. Em ação coletiva iniciada pelo Sindicato em dezembro de 2020 para cobrar o pagamento dos salários atrasados, a Justiça decidiu de forma liminar, também nesta sexta (29), arrestar os bens da empresa que possam garantir a quitação dos débitos.
Sem ética não há jornalismo! Sem jornalismo quem perde é a sociedade e o direito à informação, que tem de ser garantido a todos os cidadãos.
Morreu nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, em decorrência de leucemia, Antonio Carlos Godoy, profissional que foi por muitos anos da grande imprensa, tendo atuado por um período na Economia do Estadão, onde foi editor. Depois que deixou as redações, incorporou-se ao time da Printec, agência de comunicação dirigida pela esposa, Vanessa Giacometti Godoy.
Godoy teve também seu lado militante, ocupando uma das diretorias do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, às vésperas da democratização do País, entre 1983 e 1985, na gestão de Gabriel Romeiro. Ali esteve ao lado de nomes como Joelmir Beting, Luís Nassif, Juarez Soares, Sérgio Sister, Vicente Alessi, filho, Fátima Turci e Eduardo Ribeiro, diretor deste Portal dos Jornalistas. O velório foi realizado com a presença praticamente só da família no Memorial Crematório de Embu das Artes, entre 15h e 17h, horário marcado para a cremação.