25.7 C
Nova Iorque
quinta-feira, julho 10, 2025

Buy now

Início Site Página 443

Elas por Elas: a história de um manifesto pela vida

Elas por Elas
Elas por Elas

Por Lyz Ramos e Victor Félix

No Dia Internacional das Mulheres, o Portal dos Jornalistas traz uma entrevista com Lilian Tahan, diretora-executiva do portal Metrópoles. Sob o comando dela, uma equipe formada por mais de 40 mulheres mapeou a analisou todos os casos de feminicídio ocorridos no Distrito Federal em 2019.

Desta megaoperação nasceu a reportagem especial Elas por Elas, que trouxe perfis, ilustrações e registros das vítimas com a proposta de personificar os números crescentes da violência contra a mulher na região.

A partir do desenvolvimento e notoriedade que o projeto tomou, Elas por Elas venceu os prêmios Mulher Imprensa (Reportagem com temática sobre mulheres) e Roche (Cobertura Diária), colaborando para que o Metrópoles se tornasse o +Premiado Veículo de Comunicação de 2020. O projeto também ganhou um espaço editorial no portal Metrópoles e desdobrou-se em palestras pelo Distrito Federal.

Fizeram parte do projeto, além da própria Lilian Tahan, Priscilla Borges, Maria Eugênia, Olívia Meireles, Érica Montenegro, Amanda Cieglinski, Ana Beatriz Magno, Ana Helena Paixão, Antonia Pellegrino, Basília Rodrigues, Bruna Sabarense, Carol Oliveira, Carol Pires, Carolina Nogueira, Carolina Vicentin, Clara Arreguy, Clara Averbuck, Conceição Freitas, Donas da Rima, Gabriela de Almeida, Isabella Cavalcante, Juliana Contaifer, Luísa Guimarães, Jak Spies, Maithe Marques, Maria Clarice Dias, Marina Oliveira, Nísia Bahia, Rafaela Lima, Roberta Gregoli, Raquel Martins Ribeiro, Regina Bandeira, Tânia Fusco, Tatiana Sabadini, Thaís Antonio, Thais Cieglinski, Denise Costa, Juliana Afioni, Mariana Reino, Viviane Novais, Stela Woo, Stephanie Arcas, Yanka Romão, Isabella Almada, Jacqueline Lisboa e Rafaela Felicciano.

Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, Lilian falou sobre as origens do projeto, o que as autoras sentiram escrevendo, as dificuldades de abordar um tema tão delicado, e todos os aprendizados que as histórias trouxeram para a redação. Ela destacou que uma grande percepção das mulheres envolvidas no projeto foi a de que “a morte violenta na verdade é o fim da linha de uma história de vida muito sofrida. Então a gente se propôs a contar uma história de vida”.

Lilian contou também que, apesar de Elas por Elas envolver apenas mulheres, foi um projeto que “o Metrópoles todo abraçou. Todos os profissionais, passando por todas as hierarquias. (…) É muito importante que o homem esteja envolvido no debate, mas na execução do Elas por Elas sentimos que, com uma equipe inteiramente feminina, teríamos empatia e um sentimento de não resistência nas conversas com familiares”.

Por fim, a diretora do Metrópoles destacou os aprendizados e a importância dos reconhecimentos e prêmios que o projeto recebeu.

Lilian Tahan - Crédito: Filipe Cardoso/Metrópoles
Lilian Tahan – Crédito: Filipe Cardoso/Metrópoles

O fato de termos gastado energia para cobrir um aspecto tão cruel da sociedade fez com que as pessoas prestassem mais atenção nele. (…) Nós nunca mais olhamos uma história de feminicídio da mesma forma após o projeto. Os reconhecimentos nos ajudam a olhar para trás e dizer ‘valeu a pena’, respirar fundo e seguir cobrindo outros temas tão essenciais como este.

 

Confira a entrevista com Lilian Tahan na íntegra:

Portal dos Jornalistas: Como surgiu a ideia de fazer o Elas por Elas? Desde o começo o objetivo era construir um projeto nesse formato e a tantas mãos?

Lilian Tahan: Um projeto desse tamanho depende de orçamento e de um esforço muito grande da equipe. Nós tivemos uma percepção coletiva na redação. Notamos um aumento significativo no número de matérias sobre feminicídio e violência contra a mulher publicadas por nós diariamente.

Quando percebemos que essas mortes estavam cada vez mais frequentes, eu tomei a decisão de que faríamos um projeto especial ao longo do ano inteiro – na época, ainda era outubro de 2018. Chamei as principais editoras e conversamos sobre o formato do projeto.

Logo percebemos que não teríamos braços suficientes para abordar tudo o que acontecia, então fizemos contratações, incluindo a editora Érica Montenegro, que ficou responsável pela coordenação, além de repórteres para a produção dos perfis.

Foi a partir de um reforço de equipe que a gente conseguiu dar um olhar, um tratamento muito mais zeloso, muito mais cuidadoso para esses eventos graves, com o objetivo de não só olhar diferente, mas também dar um tratamento diferente.

Portal: Como foi a preparação para as entrevistas? Qual foi a conduta utilizada para conversar com vítimas, familiares e amigos?

Lilian: Quando você está abordando um crime e tem urgência de publicação, por mais cuidadoso, humano e empático que seja um repórter, às vezes é complicado ter o tom certo, porque ele está pressionado pelo tempo.

Então, imagina quantas vezes o jornalista chega ali para fazer uma abordagem em um cemitério e as pessoas sentem aquela impressão de falta de empatia: “Poxa, eu tô aqui no meu momento de dor, vivendo o auge do meu luto e um repórter veio me abordar? Não é momento!”. Então, a gente tomou a decisão de resgatar a história dessas mulheres.

Poderia ser a pessoa mais simples ou alguém com cargo importante, não importa. Nós resgatamos com todo o cuidado. Então, a abordagem foi muito cuidadosa e muito delicada. E para tornar isso possível a primeira coisa que você precisa é de tempo e estrutura.

Alguns perfis que fizemos foram publicados três, quatro meses depois de a mulher ter sido morta. Porque a gente fez uma abordagem familiar, foi até a família, pediu licença, bateu na porta, explicou que estávamos querendo contar a história daquela mulher e todo o contexto que cercava a vida dela.

O que a gente aprendeu fazendo esse projeto é que a morte violenta na verdade é o fim da linha de uma história de vida muito sofrida. Então, a gente se propôs a contar uma história de vida. Nada justifica um assassinato, mas a gente consegue entender o estado de vulnerabilidade de uma mulher que é vítima de feminicídio.

E isso nos permite também, até como prevenção e como um alerta para as autoridades públicas, mostrar que esses casos são anunciados pela condição de vulnerabilidade em que aquelas mulheres se encontram e porque os assassinos dão sinais claros, muitas vezes verbais, de que vão matar essas mulheres.

Por isso, tivemos que mergulhar nas histórias e resgatar profundamente a vida e o contexto de vida dessas mulheres. Então, a gente fez perfis muito elaborados, muito cuidadosos, que levaram muito tempo para serem feitos. Às vezes a repórter visitou e revisitou várias vezes essa mesma família para que ela tivesse a segurança do que estava apurando.

Conversamos com amigos, vizinhos, buscamos pessoas próximas do assassino. Muitas vezes fomos atrás do próprio assassino dentro dos presídios, onde quer que ele estivesse, com o objetivo de compreender, não suas razões, até porque o assassino nunca tem razão, mas o contexto de vida da mulher vitimada. E isso às vezes levava muito tempo, até a gente quebrar a resistência, por exemplo, da família. A família está muito sentida.

Projeto Elas por Elas teve importante impacto na luta contra o feminicídio no DF
Projeto Elas por Elas teve importante impacto na luta contra o feminicídio no DF

Portal: Como as autoras dos textos se sentiram escrevendo sobre o tema?

Lilian: Várias meninas que produziram o conteúdo voltaram para a redação com sentimento muito doído, de tristeza, de impotência, de senso de responsabilidade do tanto que aquilo ali era importante para a gente alertar. Porque o objetivo é contar o que aconteceu e alertar para que outros casos não ocorram. Então, gerou um sentimento de muita tristeza, mas ao mesmo tempo um sentimento de empatia, de pertencimento em uma sociedade ainda muito dura com a mulher e com o papel que ela desempenha.

Portal: O Metrópoles forneceu algum tipo de serviço de apoio psicológico/emocional para as repórteres? De que forma vocês conversaram para os casos não abalarem as repórteres?

Lilian: Nós somos um grupo muito unido. A gente tem um nível de parceria muito grande. Então, por exemplo, eu sou a líder do projeto, mas a minha porta está sempre aberta. Existe, claro, uma hierarquia, mas ela não é muito vertical, é bastante horizontal.

Todas as questões que foram sendo descobertas, todos os dramas que foram trazidos, isso tudo chegou para a gente, e eu sempre tive o cuidado de observar caso a caso, de estar ajudando dentro do que eu podia fazer. A conversa entre nós é constante, a gente sempre debateu muito.

Esse foi um tema que tratamos durante um ano inteiro. Não foi uma questão do tipo: “Faz lá, trabalha lá esse assunto, esse especial e traz depois”. Não, foi um projeto que o Metrópoles todo abraçou. Todos os profissionais, passando por todas as hierarquias, a gente sempre conversou e esteve muito próximo.

Portal: Quais foram as principais dificuldades na produção do projeto?

Lilian: Creio que é um assunto muito delicado, então você tem uma abordagem também muito delicada. Não é como se você estivesse ligando, por exemplo, para um chefe de cozinha que está inaugurando um novo restaurante e está doido para falar sobre esse novo restaurante. Neste caso, você tem portas abertas. É muito fácil você fazer essa abordagem.

Mas, no nosso caso, você bater na porta de alguém que está sofrendo, em luto por causa de uma tragédia, é muito mais complexo. Você tem bastante dificuldade de fazer essa abordagem. Então, leva-se tempo, você tem que ter paciência, é preciso ter um jeito muito cuidadoso, reunir profissionais muito experientes, e a gente fez isso de uma maneira sistemática.

Para buscar profissionais experientes, é preciso um orçamento compatível, então foi um projeto que mobilizou toda a redação, sugou uma energia importante de todos nós e teve um investimento significativo. A dificuldade passa pela natureza delicada do assunto, principalmente em relação à abordagem das famílias.

Felizmente, uma dificuldade que pensei que teríamos acabou não acontecendo. A gente abriu um contador de violência contra mulher no site e isso foi muito simbólico. Detectamos o espaço que mais rendia publicidade durante o ano inteiro e colocamos ali um box com o contador da violência contra a mulher.

E isso precisava ser atualizado todos os dias. Só que para você ter condição de atualizar você precisa que as autoridades passem esses números. E isso dependia da boa vontade das autoridades em fornecer os dados em um espaço curto de tempo. E a delegacia de atendimento às mulheres foi excelente conosco, nos passaram os dados com muita brevidade. Então, o que era para ser uma dificuldade, acabou se tornando uma força-tarefa e eles foram muito parceiros da gente, nos possibilitando atualizar a contagem durante o ano inteiro.

Portal: Quais foram as entidades/órgãos que forneceram os dados para o projeto?

Lilian: Essa coleta foi feita a partir de dados oficiais de entidades como Ministério Público, Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde do DF, Polícia Civil do Distrito Federal, e Polícia Militar do Distrito Federal.

Portal: O fato de terem sido mulheres que tocaram o projeto fez diferença no produto final?

Lilian: Sim, fez diferença. Existe toda uma empatia, um lugar de fala e outros processos que, por sermos mulheres, acabaram facilitando e melhorando o projeto. Só conseguimos construir uma sociedade mais tolerante com a existência das mulheres se conseguirmos educar desde cedo os homens mostrando que, sim, naturalmente temos diferenças, mas temos o mesmo valor que os homens têm.

É muito importante que o homem esteja envolvido no debate, mas na execução do Elas por Elas sentimos que com uma equipe inteiramente feminina teríamos empatia e um sentimento de não resistência nas conversas com familiares.

Portal: O projeto ajudou a aumentar a discussão sobre feminicídio, com campanhas em escolas, você apresentou o Elas por Elas em evento no Ministério da Justiça… o que você tem a dizer sobre os desdobramentos do projeto?

Lilian: Nós nunca mais olhamos uma história de feminicídio da mesma forma após o projeto. Claro, todo o nosso esforço, a produção dos perfis, ficou concentrado em um ano específico, mas foi um aprendizado para todos nós, uma experiência única na cobertura de um tema tão delicado e importante. Todos temos agora um olhar muito mais cuidadoso, que faz parte do dia a dia no Metrópoles.

Portal: Os prêmios recebidos pelo Metrópoles ajudaram o portal a ser o +Premiado veículo de comunicação do Brasil em 2020, segundo levantamento do J&Cia/Portal dos Jornalistas. Qual o significado desses reconhecimentos para você e sua equipe?

Lilian: Eles nos ajudam a perceber que estamos no caminho certo. É muito gratificante ter um trabalho reconhecido, mas, mais do que isso, nos dá um reforço de que o caminho é esse, de que é essencial olhar para temas sociais, de que nosso papel é muito importante.

Temos a gestão do nosso orçamento, do nosso tempo, do nosso foco, da nossa energia, e quando direcionamos esses quatro elementos para o caminho certo, para o objetivo certo, não só vamos dar voz a um determinado grupo, mas teremos um retorno em forma de reconhecimento e reforço de que estamos no caminho certo.

O jornalismo tem um papel social, mas existe a questão da sobrevivência, passamos boa parte do dia tentando sobreviver. Não é um modelo fácil, existir atualmente fazendo jornalismo não é fácil. Então, precisamos desse tipo de reconhecimento e reforço, pois isso mostra para nós que nosso trabalho valeu a pena, conseguimos chamar a atenção da sociedade para um tema tão importante e essencial.

O fato de termos gastado energia para cobrir um aspecto tão cruel da sociedade fez com que as pessoas prestassem mais atenção a ele. Esse resultado nos dá também energia para seguir em frente e fazer outros projetos. Nos ajuda a olhar para trás e dizer “valeu a pena”, respirar fundo e seguir cobrindo outros temas tão essenciais como este.

RSF divulga relatório sobre sexismo no jornalismo

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) publicou nesta segunda-feira (8/3) um relatório mostrando como o sexismo afeta a atividade jornalística em todo o mundo. O Brasil é apontado como um dos países perigosos para as jornalistas.

O estudo envolveu 112 nações, das quais 40 figuraram como perigosas ou muito perigosas. A RSF entende como sexismo todas as formas de violência sexual e de gênero, como discriminação, insultos, assédio sexual, toque, agressões verbais e físicas de natureza sexual, ameaças de estupro ou estupro.

“O jornalismo pode ser uma profissão perigosa”, diz o documento. “Mas ser mulher e jornalista, muitas vezes, significa correr um risco duplo: aos perigos inerentes à profissão somam-se os riscos de ser exposta à violência de gênero ou sexual”.

O trabalho da RSF mostra que a internet tornou-se o lugar mais perigoso para as jornalistas, conforme relato de 73% dos participantes, seguida pelo local de trabalho, perigoso para 58% das respondentes.

O Brasil é citado no documento com destaque para o caso das perseguições à jornalista Patrícia Campos Mello e o movimento #DeixaElaTrabalhar, feito por repórteres esportivas para denunciar a prática de beijos forçados por parte de torcedores durante a cobertura de eventos esportivos ao vivo.

Leia em MediaTalks by J&Cia mais sobre as conclusões do relatório e as recomendações para jornalistas, redações, governos e plataformas digitais.

Renata Silveira, primeira narradora de futebol da Globo, estreia em 10/3

Renata Silveira, a primeira narradora de futebol da Globo, estreia em 10/3
Renata Silveira, a primeira narradora de futebol da Globo, estreia em 10/3

Renata Silveira, a primeira narradora de futebol da equipe de Esportes da TV Globo, já tem estreia marcada. Ela vai narrar a partida entre Moto Club e Botafogo, na próxima quarta-feira (10/3), às 21h30, pela Copa do Brasil. A partida será transmitida por SporTV e Premiere.

Sobre a oportunidade, Renata declarou que “é uma conquista para todas as mulheres e mais uma prova de que nós podemos trabalhar com o que a gente quiser”. Ela foi contratada pela Globo em dezembro do ano passado.

Renata Silveira iniciou a carreira em 2014 ao vencer o concurso Garota da Voz, da Rádio Globo. Ela foi a primeira mulher a narrar uma partida de Copa do Mundo no Brasil. Também ficou entre as três selecionadas para narrar o Mundial da Rússia, em 2018, pelo canal Fox Sports.

Príncipe Harry e Meghan Markle atacam a imprensa em entrevista que repete padrão histórico

Ataques aos mal-afamados tabloides britânicos fizeram parte da conversa de duas horas do príncipe Harry e de sua mulher Meghan Markle à apresentadora americana Oprah Winfrey, que foi ao ar na noite de domingo (7/3) pela rede CBS. O casal reclamou da perseguição e do tratamento que considera desigual em relação a outros membros da realeza, como Kate Middleton, mulher do príncipe William.

Mesmo antes de ir ao ar no Reino Unido (a ITV, que comprou os direitos, marcou a exibição para a noite de 8/3), a entrevista tomou conta do noticiário dos dois lados do Atlântico. Acusações de racismo contra membros do Palácio de Buckinghan acabaram respingando também na imprensa.

E embora Harry tenha dito que não queria ver a história de sua mãe Diana repetida com sua mulher − ela foi perseguida implacavelmente pelos tabloides até morrer em um acidente de carro, em 1995 −, alguns padrões históricos foram repetidos. A cada 25 anos há uma entrevista que abala a Coroa Britânica.

Em 1970 foi a de Wallis Simpson, por quem Edward VIII, tio-bisavô de Harry, abdicou do trono. Vinte e cinco anos mais tarde, em 1995, veio a de Diana, na qual revelou que seu casamento com o pai de Harry tinha mais de duas pessoas. E agora a entrevista de Meghan Markle, que denunciou preocupações de membros da família real sobre o quão escura seria a pele de seu filho com Harry.

Em MediaTalks, leia mais sobre o que Harry e Meghan falaram sobre a imprensa, as reações às declarações do casal, o histórico de ações judiciais movidas por eles, com sucesso, contra jornais, e mais coincidências entre a entrevista deste domingo e a que Diana deu à BBC há 25 anos.

Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal abre inscrições

Fundação José Luiz Egydio Setúbal lança prêmio de comunicação sobre saúde na infância e adolescência
Fundação José Luiz Egydio Setúbal lança prêmio de comunicação sobre saúde na infância e adolescência

A Fundação José Luiz Egydio Setúbal lançou nesta segunda-feira (8/3) o Prêmio de Comunicação Fundação José Luiz Egydio Setúbal, que busca valorizar trabalhos que abordem a saúde de crianças e adolescentes. Podem ser inscritos materiais publicados de junho do ano passado até junho de 2021.

O prêmio tem cinco categorias: Texto, Áudio, Vídeo, Iniciativas digitais e Campanhas de comunicação. Podem fazer a inscrição jornalistas, comunicadores em geral, produtores de conteúdo, profissionais da área de saúde, sociedades médicas, organizações da sociedade civil, e estudantes universitários (que concorrerão separadamente dos profissionais já formados).

Serão dois vencedores por categoria, um “grande vencedor”, que receberá R$ 8 mil, e um estudante, que será premiado com R$ 2 mil, totalizando dez vencedores e um total de R$ 50 mil em prêmios divididos entre as categorias. As inscrições vão até 11 de junho, e em setembro serão divulgados os vencedores.

Sobre a Fundação

Com dez anos de trajetória, a entidade atua por meio da assistência direta às crianças no Hospital Sabará, em São Paulo, e promovendo pesquisa e ensino no Instituto Pensi. É também responsável pela gerência do projeto Autismo e Realidade fornece informações sobre saúde da criança no canal Saúde da Infância no YouTube

Leia também

Dono de afiliadas da Globo morre em decorrência da Covid-19

José Carlos da Silva Junior
José Carlos da Silva Junior

Faleceu na última sexta-feira (5/3), em decorrência da Covid-19, o empresário paraibano José Carlos da Silva Júnior. Dono da Rede Paraíba de Comunicação, afiliada da Rede Globo que detém as operações das tevês Cabo Branco (João Pessoa) e Paraíba (Campina Grande), o empresário estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde 18 de fevereiro após testar positivo para a Covid-19.

De acordo com o site ClickPB, inicialmente José Carlos não manifestou sintomas do novo coronavírus, mas foi internado mesmo assim como forma de prevenção, já que possuía comorbidades e em razão da idade avançada. Com a piora de seu estado de saúde, ele acabou não resistindo a uma parada cardiorrespiratória.

José Carlos tinha 94 anos de idade e já ocupou os cargos de senador e vice-governador da Paraíba, este último, durante a gestão de Wilson Braga, de 1983 a 1986. Braga, coincidentemente, também faleceu vítima de Covid-19 em maio do ano passado.

Natural de Campina Grande, José Carlos era casado com Virgília Henriques de Oliveira Carlos, que faleceu em 2015 aos 89 anos de idade. Ele deixa três filhos: Ricardo Carlos, Eduardo Carlos e Eliane Freire.

Ainda no início da pandemia, o empresário já havia perdido um neto vítima da doença. Mateus Carlos tinha 34 anos de idade e faleceu em 30 de março de 2020, sendo na época um dos primeiros paraibanos a falecer em decorrência do novo coronavírus.

Ink assume o controle da Market21

Raul Fagundes Neto e Marco Barcellos
Raul Fagundes Neto e Marco Barcellos

A Ink acaba de adquirir o controle da Market21, agência criada em 2014 por Marco Barcellos, anteriormente executivo de marketing no mercado de tecnologia da informação. Com foco no segmento de TI, a Market21 manterá operação independente. Barcellos continuará como sócio e executivo da agência, agora respondendo pela Diretoria Comercial.

De acordo com Raul Fagundes Neto, fundador e diretor geral da Ink, a aquisição reforça a estratégia de crescimento da agência no mercado tech. “Já temos uma posição forte nesse mercado e a partir de agora teremos uma presença ainda maior”, diz, acrescentando que a intenção é adquirir outras agências de comunicação. Com 17 anos de mercado, a Ink (antes chamada Medialink) conta com mais de 45 clientes nos segmentos de serviços, tecnologia, consumo, finanças, logística e setor público.

Jornalismo sem Facebook e Instagram? Experimento na Nova Zelândia mostra que é possível

Experimento na Nova Zelândia mostra que jornalismo poderia sobreviver sem redes sociais
Experimento na Nova Zelândia mostra que jornalismo poderia sobreviver sem redes sociais

Atualmente, é impossível falar sobre o jornalismo sem mencionar as redes sociais, um dos principais meios de propagação de informações. Mas será que a imprensa conseguiria sobreviver sem as gigantes de tecnologia? Um experimento na Nova Zelândia mostra que, provavelmente, sim.

Sinead Boucher, CEO do grupo de mídia Stuff, o maior do país, decidiu no ano passado tirar todos os jornais da empresa do Facebook e do Instagram. Sete meses depois, foi possível perceber que os números de receita e tráfego não mudaram quase nada. Essa não foi a única ousadia da vida de Boucher, que comprou o Stuff por apenas um dólar, em um momento em que a empresa estava prestes a falir.

Leia em MediaTalks by J&Cia mais detalhes do experimento na Nova Zelândia e assista a uma entrevista de Boucher ao Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo.

Veja também: Google anuncia fim de cookies de terceiros

Agência Pública anuncia vencedores das Microbolsas Acesso à Internet

Pública anuncia vencedores das Microbolsas sobre Acesso à Internet

A Agência Pública anunciou os repórteres selecionados para as Microbolsas Acesso à Internet, que incentivam a produção de matérias sobre o acesso à internet no Brasil. Cada vencedor receberá R$ 7 mil e mentoria da Pública para produzir a reportagem. Ao todo, foram 103 inscrições de repórteres de 20 estados diferentes do País.

Confira os selecionados:

Alice Cristiny Ferreira de Souza e Fernanda Santan: Alice é colaboradora da Agência Retruco, Portal Lunetas e UOL. Foi repórter do Diario de Pernambuco e coordenadora editorial no Jornal do Commercio. E Fernanda é repórter de edições especiais do Jornal Correio e colaboradora do Estadão, com matérias da Bahia. Tem reportagens publicadas na Revista piauí e Courrier International, do grupo francês Le Monde.

Anderson Santana: formado em Jornalismo pela UFPB, foi repórter freelance do UOL e do Para Onde Vamos, e trainee da Folha de S.Paulo no Lab 99. É um dos fundadores do Youth Observatory, iniciativa de jovens da América Latina para fomentar a participação na governança da internet.

Camila da Silva: estudante prounista de Jornalismo no Mackenzie, atual estagiária e social media da CartaCapital. Trabalhou como repórter e subeditora na Agência Énois, com produções audiovisuais e textos para BBC, The Intercept, UOL, Azmina, Universa e Ponte Jornalismo.

Luiz Cláudio Ferreira: Jornalista há mais de 20 anos, com passagens por TV, rádio, assessoria de comunicação, jornais e revistas. Passou nove anos como jornalista da Aeronáutica, onde criou a Agência de Notícias Força Aérea.

Repórteres sofrem ameaças ao vivo de homens armados no Espírito Santo

Diony Silva foi um dos repórteres ameaçados por homens armados no Espírito Santo
Diony Silva foi um dos repórteres ameaçados por homens armados no Espírito Santo

Equipes de reportagem da TV Gazeta, afiliada da Globo, e da TV Tribuna, afiliada do SBT, no Espírito Santo foram ameaçadas por homens armados em 2/3 durante entradas ao vivo. O caso ocorreu na cidade de Serra, região metropolitana de Vitória.

Os repórteres Diony Silva, Fernando Estevão, Suzy Faria e Sérgio Porto estavam noticiando a falta de ônibus em um bairro onde tinha acontecido um tiroteio. Ao vivo, dois homens armados em uma moto se aproximaram, mandaram que eles se retirassem do local e deram tiros para o alto. Ninguém ficou ferido.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) lamentaram o ocorrido, declarando que “é urgente que o Estado, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) dê a devida segurança para o exercício profissional, pois todo ataque à imprensa é um ataque à democracia e, portanto, inaceitável. Faz-se necessário que as empresas de Comunicação mantenham protocolos de segurança, tais como: somente enviar equipes de reportagens a locais de conflito com a presença da polícia, fornecer coletes a seus funcionários, e acionar o Ciodes-190 assim que for percebida qualquer situação de risco para as esquipes que atuam na rua”.

pt_BRPortuguese