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quinta-feira, setembro 18, 2025

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Entidades sobem o tom após novos ataques de Bolsonaro

“Descontrolado, perturbado, louco”. Estes foram alguns dos adjetivos que a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) utilizou para classificar o presidente Jair Bolsonaro. As duras críticas foram publicadas nesta segunda-feira (21/6) na nota oficial Renuncie, Presidente, assinada por Paulo Jeronimo, presidente da ABI, em resposta ao ataque do presidente à repórter Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

Bolsonaro participava de um cerimônia de formatura na Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá, quando foi perguntado pela jornalista sobre a multa que ele recebeu durante manifestação com motociclistas, realizada há alguns dias em São Paulo, e sobre a não utilização de máscara na chegada ao evento.

Como resposta, Bolsonaro mandou a repórter “calar a boca” e xingou o trabalho feito pela emissora: “Essa Globo é uma merda de imprensa! Vocês são uma merda de imprensa! Cala a boca! Vocês são uns canalhas. Vocês fazem um jornalismo canalha. Vocês não prestam, a Rede Globo não presta. Você tinha que ter vergonha na cara de prestar um serviço porco desse que você faz na Rede Globo”.

Durante as ofensas, Bolsonaro chegou a tirar novamente a máscara, colocando em risco os profissionais que atuavam na cobertura do evento, e ainda afirmou: “Eu chego como eu quiser, onde eu quiser”. Vale lembrar que em São Paulo, por força do Decreto 64.959, o uso de máscara é obrigatório.

Presidente Jair Bolsonaro chegou a retirar a máscara durante ofensa à jornalista da TV Vanguarda
Presidente Jair Bolsonaro chegou a retirar a máscara durante ofensa à jornalista da TV Vanguarda

Resposta à altura?

Notas de repúdio contra os ataques e arroubos autoritários de Bolsonaro tornaram-se tão constantes ao longo de seu mandato que chegaram a virar motivo de piadas nas redes sociais pelo baixo impacto que causam no modo de agir do presidente, ou nos demais poderes que deveriam fiscalizar a atuação dele.

Desta vez, porém, o tom da resposta também foi agressivo, a exemplo do que ele usa. Além das críticas da ABI, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, em nota conjunta, classificaram a atitude do presidente como “brutal e misógina”.

“O fato é que o presidente, responsável direto por meio milhão de mortes, decorrentes da falta de medidas de enfrentamento à pandemia, desde o início, bem como pela fome decorrente da falta de auxílio digno à população atingida pela catástrofe em curso, mostra um descontrole total diante das manifestações de protesto por ‘Fora Bolsonaro’ que agruparam centenas de milhares de brasileiros em 19 de junho”, destacou a nota do Sindicato/Fenaj. “Além disso, o tratamento humilhante contra mulheres é uma característica da dinâmica patriarcal, que determina uma realidade de assédio físico, psicológico, moral, sexual e patrimonial, num país que é o quinto do mundo em número de feminicídios. Esse tipo de situação não pode, nem deve se repetir. É ofensivo e anacrônico”.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lembrou que, no ano passado, o presidente já havia mandado repórteres calarem a boca e em outro momento disse que sua vontade era encher a boca de um jornalista de porrada. Segundo levantamento da entidade, Jair Bolsonaro bloqueou ao menos 66 jornalistas e veículos no Twitter, além de ser o campeão de discursos estigmatizantes contra a imprensa, com 46 alertas somente em 2021.

Em sua nota, a Abraji também condenou as atitudes do prefeito de Guaratinguetá, Marcus Soliva (PSC), e da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que também seguiram o presidente e retiraram a máscara durante o ataque.

EBC confirma projeto de ”boas notícias”, mas nega envolvimento de ministro

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) confirmou que o telejornal de notícias positivas Bom de Ver está em fase de desenvolvimento. A informação havia sido divulgada pelo Estadão e, à época, negada pela emissora.

Com objetivo de levar ao telespectador fatos considerados leves sobre temas como saúde, comportamento e entretenimento, a negociação para criação do telejornal teria sito feita diretamente entre Sirlei Batista, diretora da EBC, e Fábio Faria, ministro das Comunicações.

A EBC disse em nota para o Portal Imprensa que o Bom de Ver é um projeto ainda em fase inicial, cujo foco é a divulgação de notícias positivas da sociedade em geral. Informou também que o piloto ainda não foi aprovado pelo Comitê de Programação e Rede e que “não existe previsão para a exibição, já que há um fluxo a ser seguido conforme normas de novos produtos e programas”.

A emissora assegurou que “tem autonomia em suas ações e esclarece que o ministro das Comunicações Fábio Faria não tem participação na programação dos veículos da EBC. Oportuno dizer que nenhum membro do Governo Federal solicitou a criação de material e/ou programa”.

No Twitter, o ministro também negou participação no desenvolvimento do telejornal, afirmando ser “fake news absurda”: “Eu não participei de qualquer conversa sobre esse programa e gostaria de lembrar que a EBC tem total autonomia na sua programação!”.

O Ministério das Comunicações foi procurado pelo Portal Imprensa, mas não se manifestou até a publicação da reportagem.

Automotive Business recebe prêmio da ONU Mulheres

Paula Braga, CEO do Automotive Business
Paula Braga, CEO do Automotive Business

O Automotive Business, portal especializado do trade automotivo, foi premiado na noite desta segunda-feira (21/6) com o Prêmio WEPs (Princípios de Empoderamento das Mulheres), promovido pela ONU Mulheres. Foi a primeira vez que o reconhecimento foi entregue a um veículo de comunicação.

Realizado desde 2013, o prêmio tem como objetivo incentivar e enaltecer os esforços das empresas que promovem a cultura da equidade de gênero e o empoderamento da mulher no Brasil. Ao todo, foram 138 companhias inscritas.

O reconhecimento destacou o pioneirismo da publicação em fomentar a equidade de gênero, o empoderamento feminino e a diversidade no setor automotivo, com destaque para o projeto AB Diversidade, lançado em 2017.

“Para nós, como uma empresa pequena, mas muito mobilizadora, é uma honra enorme receber o Prêmio WEPs, que coroa essa jornada de fomento à diversidade em um setor de enorme peso na economia e na sociedade brasileira, responsável por 25% do nosso PIB industrial”, comemora a CEO de Automotive Business, Paula Braga. “Como o principal veículo de comunicação dedicado aos profissionais do setor automotivo e da mobilidade, foi um passo importante e desafiador provocar o debate e o engajamento em diversidade em um momento em que essa indústria ainda não tinha grandes esforços no tema”.

Paula Braga, CEO do Automotive Business
Paula Braga, CEO do Automotive Business

A empresa recebeu o prêmio na categoria prata, com destaque para o engajamento nos princípios que preveem o apoio ao empreendedorismo de mulheres, a promoção de políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos, e o uso do marketing para promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.

Confira o vídeo da cerimônia:

Amigos despedem-se de Ricardo Carvalho

A ABI lamentou em nota a morte de Ricardo Carvalho, diretor licenciado da associação e conselheiro do Instituto Vladimir Herzog.
A ABI lamentou em nota a morte de Ricardo Carvalho, diretor licenciado da associação e conselheiro do Instituto Vladimir Herzog.

A ABI lamentou em nota a morte de Ricardo Carvalho, diretor licenciado da associação e conselheiro do Instituto Vladimir Herzog, que faleceu no último domingo (20/6), em São Paulo, por pancreatite. Segundo a ABI, o jornalista vinha enfrentando problemas de saúde há certo tempo.

“Estava almoçando quando o Cid me ligou: “O Ricardão morreu”. Entrei em estado de choque”, disse Paulo Jerônimo, o Pagê, presidente da entidade.

Ricardo começou a exercer o jornalismo em 1974 e, a partir daí, atuou como repórter em Folha de S.Paulo, Jornal da República e IstoÉ. Foi editor-chefe dos programas Globo Repórter e Bom Dia SP, da TV Globo, além de diretor de Jornalismo nas TVs Cultura e Gazeta.

Ao longo da carreira Ricardo dirigiu diversos documentários. Em 1985 fundou a produtora Argumento e a partir de 1990 especializou-se na área de meio ambiente e de direitos humanos.

Publicou vários livros, entre eles O Maestro, biografia de João Carlos Martins, O cardeal da resistência: as muitas vidas de Dom Paulo Evaristo Arns, publicado pela Editora Instituto Vladimir Herzog, e O cardeal e o repórter, relançado pela Editora Terra Redonda, ganhador do Prêmio Vladimir Herzog em 2010. Dom Paulo foi tema ainda do documentário Coragem, as muitas vidas do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, que acabara de disponibilizar na íntegra no YouTube. Estava finalizando a biografia do advogado e ex-ministro da Justiça José Carlos Dias. Deixa uma filha, Julia Blasi Rodrigues de Carvalho.

O Instituto Vladimir Herzog também lamentou a perda: “Ricardo sempre esteve ao nosso lado na luta pelos direitos humanos e pela preservação da memória, da liberdade e da justiça no Brasil. Temos um carinho muito especial por Ricardão que teve um papel fundamental na construção do Instituto, especialmente no nosso projeto Resistir é Preciso, para recuperar a história dos jornalistas perseguidos durante a ditadura civil-militar. Estamos consternados e desejamos conforto à família e aos amigos. Vá em paz, Ricardão!”.

Ivo Herzog, presidente do instituto, despediu-se em texto:

“ADEUS A RICARDÃO CARVALHO

Eram as eleições de 2008. Eu descobrindo os bastidores de uma campanha eleitoral. Com uma candidata, visitava um posto de votação quando fui apresentando àquele cara enorme, risonho, plugado no 220V. Ricardo Carvalho.

Menos de um 1 ano depois nascia o Instituto Vladimir Herzog, com o Ricardão operando a nossa apresentação na Cinemateca para mais de 2000 amigos do Vlado.

A trajetória do IVH cresceu muito graças a energia contagiante do Ricardão. A amizade era nova, a intimidade forte. Muita fricção resultou em um dos mais importantes projetos do Instituto Vladimir Herzog, um dos primeiros grandes trabalhos de recuperação da memória recente do Brasil: Resistir é Preciso. Livros, documentários, exposições.

Nesta esteira outro projeto, dom Paulo Evaristo Arns. Com a determinação do Ricardão, está história está eternizada.

Na continuidade desta jovial amizade, vieram o namoro dos nossos cachorros, passeios de bicicleta que sempre tinham parada obrigatória para um refresco na sua casa no Ibirapuera.

Palmeirense (chato), não perdia oportunidade de zoar comigo quando o Timão tropeçava.

Ricardão… Além da pauta da memória, um dos desbravadores pela luta em preservação do Meio Ambiente. Ou, como ele me disse na última quinta-feira, da Sustentabilidade.

Ricardão, você vai fazer falta. Muita falta para nós. O mundo fica bem mais triste sem o seu sorriso. Se cuida aí em cima.”.

 

(Veja+)

Apresentador acusa produção de programa de impedi-lo de opinar

Apresentador Nilvan Ferreira acusa produção de programa de impedi-lo de opinar

O apresentador Nilvan Ferreira, da TV Correio (João Pessoa), irritou-se com uma possível falha técnica ao vivo durante o telejornal Correio Verdade e acusou a produção do programa de cortá-lo para que ele não possa dar opiniões políticas.

“Fica parecendo para o povo lá fora que estão tentando me calar para eu não falar da história de fechar o comércio. Fica feio para a minha produção e se estiver fazendo isso eu vou para minha casa, que eu não sou palhaço”, declarou o apresentador, que é também presidente do PTB na Paraíba e já criticou durante o programa ações do Estado e da Prefeitura de João Pessoa.

Em nota publicada no site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Sindicato dos Jornalistas da Paraíba repudiou a atitude de Nilvan Ferreira: “O assédio moral cometido despropositada e gratuitamente pelo radialista/político demonstra arrogância, falta de ética e de senso de companheirismo. É lamentável que um apresentador, que é parte da equipe e não mais importante que ela, não tenha pudor de externar uma postura deplorável, desqualificando os esforços de quem atua nos bastidores para tornar possível a realização do programa”.

A entidade destacou as condições de trabalho da TV Correio que, segundo a nota, “têm promovido demissões em massa e obrigado aqueles que permanecem a exercer cargas horárias extensas e sem remuneração adicional. Entendemos as dificuldades impostas pela empresa e reconhecemos as frágeis condições de trabalho oferecidas aos jornalistas do Sistema Correio. Lutamos para que essa situação seja superada”.

 

Marcelo Queiroga defende inclusão de jornalistas nos grupos prioritários de vacinação

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga defendeu na semana passada a inclusão de jornalistas na lista dos grupos prioritários do Programa Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. Ele declarou que submeteu o pedido de inclusão dos jornalistas à coordenação do PNI, mas a decisão final dependerá da análise de critérios epidemiológicos.

A ação do ministro vem depois de uma mobilização da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e de sindicatos de jornalistas de todo o País, que apresentaram dados sobre o alto grau de mortalidade entre os profissionais de imprensa em decorrência da Covid-19.

Segundo relatório elaborado pela Departamento de Saúde e Segurança da Fenaj, em 2021, até 2 de junho, foram registradas 155 mortes de jornalistas por Covid num período de 153 dias, representando um aumento de 277% na média mensal de mortes no comparativo com 2020. O mês com o maior número de casos foi março deste ano, com 51 mortes. Os estados com os maiores números de vítimas (ao todo 37,8% das ocorrências) são São Paulo (27), Rio de Janeiro (24), Pará (19) e Amazonas (17).

Leia também:

Bolsonaro: “Quem tiver covid procure William Bonner e Miriam Leitão”

Os jornalistas William Bonner e Miriam Leitão foram alvos de provocação por parte do presidente Jair Bolsonaro na manhã desta segunda-feira (21/6). Em conversa com apoiadores, Bolsonaro comparou os profissionais a médicos, e afirmou que a população deveria procurá-los em caso de contaminação por Covid-19. “Quem estiver com Covid sabe quem procurar agora, o doutor William Bonner. A doutora Miriam Leitão também é muito boa”, disse o presidente.

O ataque acontece pouco depois do editorial divulgado no sábado pelo Jornal Nacional em relação a maca atingida dos 500 mil mortos pela pandemia, e que foi lido por Bonner. Apesar de não citar Bolsonaro, o texto afirmou que os equívocos da gestão da pandemia estão em “entrevistas, declarações e atitudes” do governo.

Já Miriam Leitão escreveu em sua coluna no jornal O Globo, também sobre os 500 mil mortos, que o presidente é culpado. “Sim, Bolsonaro é culpado, e essa não é uma frase política, é a simples constatação diante de abundantes fatos produzidos diariamente por ele mesmo, o mais irresponsável dos governantes que o Brasil já teve”, diz a coluna.

(Com informações do Poder 360)

Insper lança pós-graduação em Jornalismo de Dados, Automação e Data Storytelling

O Insper abriu inscrições para a primeira edição do Master em Jornalismo de Dados, Automação e Data Storytelling. O programa de pós-graduação lato sensu é composto por duas certificações independentes, com seis meses de duração cada e carga total de 420 horas: a Certificação em Jornalismo de Dados e Automação, que se concentra nas habilidades de estatística e programação, e a Certificação em Data Storytelling, com foco em design da informação, visualização de dados e narrativas multissensoriais. 

É possível cursá-las em momentos distintos e, juntas, conferem ao aluno um diploma de pós-graduação lato sensu. Não há pré-requisitos para inscrever-se no programa, que vai contar com uma imersão na primeira semana de aula para passar as bases iniciais do jornalismo de dados e nivelar os conhecimentos necessários para as disciplinas obrigatórias. As inscrições vão até 14/7, e o início das aulas está previsto para 19 de julho.

Natália Mazzote

Natália Mazotte, coordenadora do Programa de Jornalismo e Comunicação do Insper, falou o Portal dos Jornalistas sobre os cursos, jornalismo de dados, métricas no jornalismo, o uso da tecnologia no jornalismo, o jornalista do futuro e a formação de jornalistas para a transformação digital das redações.

Portal dos Jornalistas − Tradicional pelos cursos de excelência em Administração, Direito, Economia e Engenharia, o Insper vem buscando uma aproximação com o Jornalismo há algum tempo e a criação do Master parece enquadrar-se nesse objetivo. Quais os planos da instituição nesse campo? Pensa-se outros projetos, inclusive na graduação?

Natália Mazotte − Nossa missão é ajudar a elevar a qualidade do debate público, e para isso olhamos os principais desafios do nosso atual ecossistema informacional e definimos alguns temas de atuação para os próximos anos: dados e automação, empreendedorismo, diversidade e despolarização. Esses temas vão aparecer em cursos de pós-graduação e de educação executiva, e também em programas de pesquisa aplicada, eventos conectando especialistas nacionais e internacionais e fellowships.

Portal − Temos hoje no Brasil vários projetos independentes no campo do jornalismo, muitos deles praticando o chamado jornalismo investigativo. São projetos praticamente sem fins lucrativos e que lutam pela sobrevivência recorrendo a financiamentos coletivos e não convencionais. Certamente são um público-alvo para um curso dessa natureza. Vocês terão preços diferenciados?

Natália − Nosso objetivo não é fazer cursos só para quem pode pagar, e isso está em linha com muitas outras áreas da escola. O Insper tem um amplo programa de bolsas que se estende ao jornalismo. Para o Master em Jornalismo de Dados, por exemplo, temos muitas bolsas parciais e integrais disponíveis, e queremos formar uma turma diversa, porque isso enriquece a experiência de todo mundo.

Portal − A propósito, quanto custará o curso e de que forma poderá ser pago?

Natália − O Master é dividido em duas certificações de um semestre, que podem ser cursadas separadamente. Então temos um preço que inclui as duas certificações, e outro para cada certificação avulsa. As informações sobre investimento e condições de pagamento podem ser consultadas na brochura do curso, disponível na aba de investimento.

Portal − O Insper concederá bolsas de estudo e, em caso positivo, quais as condições para as pleitear?

Natália − As informações estão todas na página do curso, mas as reproduzo aqui:

O Insper analisa a aderência do perfil do candidato ao perfil desejado para concessão de bolsa, tendo como base os seguintes aspectos:

  • Qualificação: Ter sido aceito no curso dentro do critério específico de seleção de alunos.
  • Diversidade: Considera a importância de ter candidatos que emprestem à turma distintas correntes de pensamento e experiências profissionais.
  • Impacto Social: A experiência profissional do candidato deve estar alinhada aos objetivos do programa. Ele deve possuir características que sugiram motivação pessoal e potencial de geração de impacto social.
  • Necessidade: A concessão da bolsa é condição necessária para a participação do candidato que, por conta de afazeres diversos, precisa de um estímulo extra para fazer o curso.
  • Comprometimento: Contribuir para o sucesso do programa, incluindo a obrigação de restituir os recursos recebidos na hipótese de interrupção do estudo (salvo se motivada por força maior).

Esta análise tem como base, além dos dados preenchidos pelos candidatos, a avaliação dos dados adicionais enviados:

  • Carta de intenção: Base para avaliação do potencial de impacto pelo candidato e da necessidade alegada para a concessão da bolsa.
  • Avaliação de perfil: São analisados experiência profissional, tempo de formado, nível de responsabilidade e influência na organização, entre outros.

Portal − Quantos alunos são esperados para essa primeira turma e quais os professores já confirmados?

Natália − Essa primeira turma terá até 25 alunos. Os professores já confirmados estão listados na página do curso. Os professores e respectivos currículos estão também na brochura que citei anteriormente.

Portal− Haverá convidados internacionais?

Natália − Vamos oferecer alguns webinários com convidados e provavelmente alguns deles serão internacionais, mas ainda não temos nomes confirmados.

Portal − As aulas serão todas ao vivo ou se pensa também num sistema de horários flexíveis, com o conteúdo disponível on demand?

Natália − Sim, as aulas terão horários fixos e serão síncronas, mas os conteúdos vão ficar gravados para alunos que eventualmente não puderem participar em alguma data ou que queiram rever uma aula.

Portal − Houve algum entendimento ou negociação com as empresas de mídia, pensando em grupos e preços diferenciados para elas?

Natália − Fechamos parcerias com as principais associações de jornalismo e comunicação do País, como ANJ, Aner, Abracom, Ajor e Abraji, para oferecer 15% de desconto aos colaboradores das associadas.

Portal − O Insper trabalha com patrocínios, que possam eventualmente subsidiar os preços finais das inscrições?

Natália − Sim, trabalhamos com patrocínios para cobrir bolsas parciais e integrais e ampliar o acesso aos nossos cursos.

Guia orienta jornalistas contra ataques virtuais

O guia traz instruções para jornalistas e criadores de conteúdo sobre como lidar com ataques no ambiente digital.
O guia traz instruções para jornalistas e criadores de conteúdo sobre como lidar com ataques no ambiente digital.

O InternetLab e o Redes Cordiais lançaram um guia de instruções para jornalistas e criadores de conteúdo sobre como lidar com ataques na internet. Falando sobre ataques online e trolls – Um guia para jornalistas e criadores de conteúdo na internet traz informações sobre o que são e como agem os trolls, o que são ataques online e quais os impactos e riscos quando associados ao poder de amplificação de jornalistas, influenciadores e produtores de conteúdos em redes sociais.

Para ajudar a evitar o aumento de conteúdos danosos e auxiliar comunicadores a falar sobre trolls no ambiente digital, o guia de 30 páginas aponta algumas estratégias de abordagem de minimização de danos e dicas para avaliação de relevância, se a notícia é ou não um fato.

O documento instrui o leitor a como agir caso seja vítima de ataques, aconselhando a guardar provas do assédio para que possam ser usadas em denúncias formais, contar com uma rede de apoio e contatar agências de checagem em casos que envolvam desinformação.

E mais:

Rafael Colombo deixa quadro da CNN por conflito com Alexandre Garcia

O apresentador Rafael Colombo, da CNN Brasil, que estava à frente do quadro Liberdade de Opinião, pediu para deixar o programa. Segundo o site F5 (Folha de S.Paulo), ele teria se sentido incomodado com a citação de Alexandre Garcia, que também participa do quadro, em um relatório do Google enviado à CPI da Covid sobre propagação de fake news.

Segundo fontes próximas a Colombo ouvidas pelo F5, o apresentador já estava descontente em realizar o quadro com Garcia pela postura negacionista e pró-governo do comentarista. Apesar da saída, Colombo continua à frente do jornal Novo Dia.

Em 12 de junho, o jornal O Globo publicou que o canal de Garcia no YouTube está no topo da lista de canais que lucraram ao publicar vídeos com notícias falsas, inclusive de apoiadores ao presidente.

Os dados do Google, enviados à CPI da Covid, mostravam que o comentarista lucrou ao menos R$ 70 mil com audiência e publicidade de vídeos contendo fake news. A lista mostra que, ao todo, 385 vídeos foram deletados pelo YouTube após serem classificados como disseminadores de informações falsas sobre a pandemia.

Em maio, Rafael Colombo e Alexandre Garcia tiveram divergências de opinião ao vivo. Colombo comentou uma fala do presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de editar decreto para garantir o direito de ir e vir durante a pandemia. Bolsonaro criticou o isolamento social e as medidas restritivas impostas pelos governadores e prefeitos. Garcia ficou do lado do presidente, enquanto Colombo, dos governadores e prefeitos.

Leia também: Participantes de audiência pública criticam EBC por censura

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