Todos pela Saúde, iniciativa do Itaú Unibanco criada pela Weber Shandwick em abril do ano passado para ajudar a combater a Covid-19 e a reduzir os seus efeitos sobre a sociedade brasileira, foi eleita a Melhor Campanha da América Latina na área de comunicação e relações públicas. Iniciado com a doação de R$ 1 bilhão pelo Itaú, o Todos pela Saúde (TPS) é um movimento que atua em quatro áreas no enfrentamento da pandemia – Informar, Proteger, Cuidar e Retomar – e desde abril de 2020 veio investindo em campanhas de conscientização, na compra e distribuição de EPIs (equipamentos de segurança individual), aparelhos hospitalares, medicamentos e outros insumos para hospitais da rede pública, em programas de aprimoramento da gestão da saúde pública (em todos os Estados), em centros de testagem, pesquisas, desenvolvimento de vacinas e, mais recentemente, também no estudo e prevenção de novas pandemias.
Todo esse esforço, que contou com o aporte adicional de R$ 300 milhões doados por pessoas físicas e jurídicas, foi coordenado por uma equipe multidisciplinar de especialistas técnicos, sob liderança do Dr. Paulo Chapchap. Em poucos meses de vida ajudou a chamar a atenção da opinião pública para a necessidade das medidas de prevenção e do uso de máscaras (“Máscara Salva”), deu exemplo, inspirou outras pessoas e organizações a fazerem novas doações e, efetivamente, ajudou a salvar vidas.
Weber
A JeffreyGroup levou o prêmio de Melhor Campanha de Comunicação Interna com Fique Bem, que desenvolveu para Bayer, multinacional farmacêutica e química que tem mais de 6.500 funcionários em 35 localidades no Brasil. O impacto inicial da pandemia da Covid-19 significou que 4.000 desses funcionários tiveram que trabalhar em casa, com acesso muito reduzido aos canais de comunicação que os mantêm conectados.
A campanha Fique Bem teve dois principais objetivos: atender às necessidades de saúde imediatas dos empregados, disseminar informações precisas sobre saúde e segurança em um cenário de desinformação e manter o fluxo de comunicações internas; e chamar a atenção dos funcionários para um futuro de transformação e inovação na empresa. Ela incluiu um boletim informativo de WhatsApp, sessões de meditação guiada, melhores práticas para trabalho doméstico, shows transmitidos ao vivo e conteúdo do autor brasileiro de quadrinhos Marcelo Marrom e de influenciadores conhecidos, além de um webinar e workshops online. Mais de 90% leram seu boletim informativo diário, com 81% concordando que o conteúdo era “extremamente relevante”.
Jeffrey
Fundada há apenas seis anos, a Sherlock levou o título de Agência do Ano Latam por seu desempenho. Apesar da pandemia da Covid-19, afetou todos os setores, a agência conquistou quase 50 novos clientes e reteve 90% de seus negócios não relacionados a eventos, devido ao crescimento das ofertas digitais, de mídia e técnicas. Também aumentou sua equipe em 10%, passando a 55 colaboradores, e prosseguiu sua expansão, entrando em América do Norte, Europa e até mesmo na Austrália. Sua projeção deve-se igualmente ao fato de ter ganhado 22 prêmios internacionais em 2020.
O Canal Loading anunciou na quinta-feira (27/5) o encerramento das atividades depois de apenas seis meses no ar. A emissora ocupava a faixa da antiga MTV Brasil. A equipe foi demitida e funcionários lamentaram nas redes sociais o fim da empresa.
Segundo o site Na Telinha (UOL), a direção do canal reuniu-se com os profissionais para anunciar o término de programas inéditos e ao vivo. Cerca de 60 pessoas foram demitidas. A justificativa do executivo Anderson Abraços seria a saída da Kalunga, principal patrocinador da emissora, que havia desistido do investimento.
O Loading foi lançado em dezembro de 2020, ocupando a frequência da antiga MTV Brasil, com uma programação 24 horas, sete dias por semana, no canal 32 UHF em São Paulo, e também nas televisões por assinatura e streaming. O objetivo era ser a “nova MTV”, com foco em conteúdos de cultura pop, séries, games, e-sports e animes.
Na grade, havia programas ao vivo, como o Multiverso, que mostrava o que estava acontecendo na cultura pop, com apresentação de Fernanda Pineda, Fábio Gomes e Mariana Ayrez. Em outro programa, o Mais Geek abordava a cultura oriental, comandado por Takeshi Oyama, Anderson Abraços, Thais Matsufugi, Clayton Ferreira e Jefferson Kayo.
Por enquanto, o Loading exibe apenas reprises de programas.
Reinaldo Gottino assinou contrato com a Record Entretenimento, empresa do Grupo Record voltada a gerenciamento de carreira, publicidade, eventos, projetos especiais e licenciamentos. Ele é o primeiro jornalista a entrar para o time da empresa, que passará a ser responsável por sua carreira além da televisão.
A ideia é inserir Gottino no mercado editorial, com palestras e eventos, além de potencializar as redes sociais para reforçar a imagem que o apresentador do Balanço Geral SP construiu ao longo dos anos. O contrato foi assinado nesta semana, em que Gottino completa um ano de seu retorno à Record, depois de breve passagem pela CNN Brasil.
Está aberto até 30 de maio o primeiro turno da 18ª edição do Prêmio Comunique-se, que retorna após não ter sido realizado em 2020 em decorrência da pandemia. Para participar, basta usar uma conta de Facebook ou Gmail e registrar os votos nos comunicadores de interesse. No primeiro turno, o ambiente recebe indicações por parte dos jornalistas e da comunidade de leitores do Portal Comunique-se. A live de premiação está programada para 16 de novembro. Para participar do primeiro turno acesse o site da votação.
Rodrigo Azevedo
Rodrigo Azevedo, CEO do Comunique-se deu detalhes desta edição do Prêmio a Eduardo Ribeiro, diretor do Portal dos Jornalistas.
Portal dos Jornalistas − Após hiato de uma temporada, o Prêmio Comunique-se está de volta. Quais as principais novidades em relação às edições anteriores?
Rodrigo Azevedo − A primeira novidade é o formato. Será pela primeira vez um evento híbrido, com uma parte presencial restrita, com convidados vip, ancorada por uma megalive, para que possa ser visto em todo o Brasil e no exterior. Isso exigirá uma estrutura de produção sofisticada, com várias câmeras, gruas e tudo mais que um programa de TV de alto nível tem. Outra novidade é a criação da categoria Jornalista Podcaster, para profissionais criadores de conteúdo para podcast.
Portal − Pode dar detalhes do tema escolhido para esta edição?
Rodrigo − Este ano a novidade é não ter um tema, como nas edições presenciais até aqui. Entendemos que a própria realização do prêmio, que muitos consideram o Oscar do jornalismo brasileiro, é o tema. Uma noite do tapete vermelho para os nossos profissionais e veículos da imprensa.
Portal − Quantos profissionais já foram premiados desde o nascimento do certame? Olhando retrospectivamente, quais os TOP 10?
Rodrigo − O mais premiado foi Ricardo Boechat, em diferentes categorias, que foi Mestre do Jornalismo tantas as conquistas que teve na premiação: 18 no total (veja quadro)
Portal − Qual o tamanho do investimento? O Prêmio se paga? Vai se pagar este ano?
Rodrigo − Nosso objetivo, claro, é que ele se pague, mas nem sempre isso acontece, sobretudo em tempos de crise. E com isso temos buscado adequar os valores de participação à realidade do mercado, de modo a ter um equilíbrio. O que eu sempre digo é que a receita do prêmio é toda ela destinada à organização da premiação. E quando isso não acontece temos de bancar a diferença, pois não abrimos mão da qualidade e da excelência da premiação. Nesse sentido, o grande financiador do Prêmio Comunique-se é o próprio Comunique-se. Temos esperança de que este ano, com a reformulação e a diminuição do evento presencial, por causa da crise sanitária, ele possa se pagar. E vamos usar a experiência bem-sucedida na realização de nossa outra premiação, o Prêmio Influency-me, que já foi feito, em 2020, nesse novo formato. Com isso, nossa estimativa é de que teremos uma redução de 1/3 nos custos da premiação, em relação aos custos do formato anterior, fato que nos permitiu redimensionar as cotas de patrocínio, reduzindo-as para o valor de R$ 60 mil. Já temos a confirmação, para a edição deste ano, de Santander, Bayer, Twiter, Zendesk, Claro e Salesforce.
Portal − Como é lidar com as estrelas do jornalismo? Há muita vaidade em jogo?
Rodrigo – Felizmente, a maioria dos jornalistas tem espírito esportivo, compreende que, tanto quanto os próprios jornalistas, a premiação busca celebrar e incentivar o bom jornalismo. Participam com espírito esportivo. Claro que temos um ou outro caso mais complicado, mas nem é bom falar neles, pois são de fato exceção.
Portal − Como enfrenta as “pressões” dos jornalistas que, indo para a final, buscam saber antecipadamente o resultado, inclusive condicionando a isso estarem ou não presentes à premiação?
Rodrigo − Um exemplo que gosto de citar é o do narrador esportivo Silvio Luiz, finalista em quase todas as edições e que sempre compareceu à festa, a despeito de nunca ter levantado o troféu principal. E nunca mandou mensagem ou ligou para saber se tinha ou não chances de ser o vencedor. Claro que vez por outra tem alguma situação mais delicada, mas a gente sempre procura mostrar que uma premiação, para ser grande e ter credibilidade, precisa do apoio e da compreensão de quem dela participa, porque só desse modo ela se tornará permanente e longeva. E aí é que entra o espírito esportivo. Não fosse assim, o Comunique-se não teria a relevância que tem.
Portal − Cid Moreira é nome e voz sempre presente nas premiações. Ele vai participar este ano?
Rodrigo − Se depender apenas de nós, ele, claro, estará dentro, já que é uma marca registrada da premiação. Para nós é sempre uma grande honra ter o Cidão na premiação, e acho que o mesmo é para ele, que, mesmo já numa idade avançada, acima dos 90, tem no Comunique-se uma oportunidade de estar junto dos seus pares, numa festa sempre cheia de emoção. Vai depender apenas dele. Amigo pessoal que somos, inclusive de frequentar a casa um do outro, o convite vai ser feito.
Portal − Qual a expectativa em relação à votação?
Rodrigo − Estamos a caminho da 18ª edição do Prêmio Comunique-se, ou seja, chegando à maioridade. Em todos esses anos, pouco vi jornalistas pedindo voto. E isso é uma coisa que está mudando de uns três anos para cá. Muitos jornalistas entraram nas redes sociais, são influenciadores, e com isso estão entendendo que é do jogo engajar suas audiências, que essa é uma boa oportunidade para isso. Começam a se ver como comunicadores com luz própria, e não apenas como uma voz de um determinado veículo. Creio que sobretudo as novas gerações estão perdendo a timidez e indo atrás dos votos das respectivas audiências. E com isso, claro, a audiência do prêmio cresce substancialmente.
Portal − Quais os legados do Prêmio para o jornalismo brasileiro?
Rodrigo − Melhor do que eu dizer, são os próprios jornalistas e é deles que vem uma série de depoimentos sobre o que essa premiação tem representado para o mercado editorial brasileiro. O que posso afirmar é que o Prêmio virou uma espécie de ponto de encontro anual dos maiores nomes da imprensa brasileira. E o que isso significa? Quantas amizades não foram criadas, quantos reencontros não se deram, quantos empregos não foram trocados ao longo desses anos de premiação. Incontáveis, e na maioria das vezes nem ao menos ficamos sabendo. Outro legado é o estímulo, dito pelos próprios jornalistas, ao aprimoramento do próprio jornalismo, fazer sempre o melhor. Então, de alguma forma, ainda que seja difícil de mensurar, o Prêmio Comunique-se, nesse sentido e guardadas as devidas proporções, é muito parecido com o próprio Oscar, em que a competição para vencer acaba levando a uma melhoria na própria indústria.
Prêmio Comunique-se − Maiores vencedores da história
Natália Leal, diretora de conteúdo da Lupa, ganhou na manhã da quarta-feira (26/5) o Prêmio Knight Internacional de Jornalismo de 2021.
Natália Leal, diretora de conteúdo da agência de fact-checking Lupa, foi anunciada na manhã da quarta-feira (26/5) como uma das ganhadoras do Prêmio Knight Internacional de Jornalismo de 2021, concedido pelo Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) por sua atuação no combate à desinformação sobre a pandemia. Ela divide o prêmio com Pavla Holcová, jornalista da República Tcheca que conduziu uma investigação sobre o assassinato de um colega de profissão em seu país. A cerimônia de entrega será online, em 9/11, no evento Tribute to Journalists 2021.
A Lupa produziu mais de 700 checagens sobre o tema desde o início da crise sanitária. Reconhecida pelo trabalho à frente da equipe de jornalismo, Natália opera a partir da checagem de fatos e da educação midiática. “Lutar contra a desinformação é, hoje, meu principal propósito como jornalista e o que me move”, disse. “Acredito profundamente no jornalismo como forma de qualificar o debate público, melhorar a sociedade e proteger a democracia. É isso que eu quero continuar fazendo e ser reconhecida por essa luta é um orgulho indescritível”.
No anúncio, o ICFJ (sigla em inglês) destacou o trabalho da jornalista e sua equipe, que “expuseram a desinformação espalhada pelo próprio governo do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores” em 2020 e salientou também a atuação de Natália no desenvolvimento da ferramenta No epicentro, visualização de dados sobre Covid-19 criada pela Lupa em parceria com o Google News Initiative, que foi reproduzida nos Estados Unidos pelo The Washington Post.
Com cerca de 15 anos de atuação no mercado jornalístico, Natália é a terceira brasileira a ganhar a honraria: os outros dois foram a repórter, escritora e documentarista Daniela Arbex, e Marcelo Beraba, um dos fundadores da Abraji.
Joyce Barnathan, presidente do ICFJ, disse: “Essas mulheres nos mostram como o jornalismo está cumprindo duas de suas funções mais essenciais: fornecer informações que salvam vidas em face da desinformação maciça e responsabilizar funcionários do governo por meio de reportagens investigativas destemidas. Natália e Pavla enfrentaram ataques para dizer a verdade e nenhuma recuou”.
Um helicóptero da Record TV teve que fazer um pouso forçado no Rio de Janeiro após o piloto da aeronave ser atingido por um tiro na manhã desta sexta-feira (28/5). Segundo a repórter Luanna Bernardes, da BandNews FM Rio e do Bora Brasil, o piloto da aeronave, ainda não identificado, foi atingido na panturrilha e por isso foi obrigado a fazer um pouso forçado no campo anexo ao Estádio Nilton Santos.
Vale destacar que a imprensa acompanhava uma operação policial na comunidade da Mangueira, onde a Polícia Militar faz operação após agentes da UPP local serem atacados. A comunidade fica a nove quilômetros do local do pouso. Ainda não há detalhes sobre de onde partiu o disparo.
Após 15 dias de votação, encerrou-se em 20/5 o primeiro turno do Prêmio Os +Admirados da Imprensa do Agronegócio, que registrou centenas de indicações de todo o Brasil. Classificaram-se para a final, pelos votos recebidos, 56 profissionais, que agora concorrem aos TOP 25; e 84 veículos nas seguintes categorias: Agência de Notícias (6), Podcast (10), Programa de Rádio (6), Programa de TV Especializada (10), Programa de TV Geral (9), Site/Blog (9), Veículo Impresso Especializado (6), Veículo Impresso Geral (9) e Vídeo Internet (9).
Todos passaram para o segundo turno de votação, que se estenderá até o próximo dia 10 de junho, disputando presença entre os TOP 25 (profissionais) e os TOP 3 (veículos das nove categorias). Participam da votação jornalistas e colegas das assessorias de comunicação e de áreas afins, incluindo agências de comunicação, que se cadastrarem no site da premiação.
A cerimônia de premiação do +Admirados da Imprensa do Agronegócio está marcada para 29 de junho, às 19h, e terá como apresentadores os jornalistas Cid Barboza (ex-Rádio Capital) e Fernando Soares (Jornalistas&Cia), com coordenação de Vinícius Ribeiro (Jornalistas&Cia) e produção da Mega Brasil Comunicação, sob direção de Marco Rossi. Nela, além da homenagem a todos os vencedores, que receberão os certificados de vencedores, serão anunciados os profissionais TOP 5 (do 5º ao campeão) e os veículos campeões nas nove categorias, que receberão o Troféu +Admirado da Imprensa do Agronegócio.
O Prêmio Os +Admirados da Imprensa do Agronegócio conta com apoio institucional da CNA / Senar, patrocínio de Cargill, CNH Industrial/Case/New Holland, Syngenta e Yara, e apoio de Adama, BRF e I’Max.
Confira abaixo a relação completa dos classificados:
Lilian Tahan, diretora de Redação do Metrópoles, e Samuel Pancher, jornalista do veículo, denunciaram via Twitter um possível caso de censura do YouTube, que derrubou vídeos do portal que mostravam o envolvimento do ex-assessor da Presidência da República, Arthur Weintraub, com médicos que defendiam o uso de remédios considerados ineficazes para o tratamento da Covid-19.
Samuel escreveu nas redes que o material postado pelo Metrópoles causou a convocação de Weintraub à CPI da Covid. Explicou também que os vídeos foram criados a partir de trechos disponíveis no próprio YouTube, dos canais da TV Brasil e de Eduardo Bolsonaro, que permanecem no ar.
O Metrópoles enviou uma contestação ao YouTube, que manteve a remoção sob a justificativa de que o material fere as regras da plataforma por “afirmar que substâncias ou tratamentos nocivos podem ser benéficos à saúde”.
Samuel escreveu que os vídeos que serviram como base para o material de fato promovem o uso de medicamentos ineficazes contra o coronavírus, e mesmo assim, não foram derrubados, como o que aconteceu com os vídeos do Metrópoles, que são informativos.
Lilian Tahan escreveu que “estamos sendo vítimas de censura. A partir do vídeo que Samuel Pancher publicou nas plataformas do Metrópoles, a CPI aprovou a convocação de Arthur Weintraub. Mas o YouTube entendeu que fizemos apologia da cloroquina e retirou o vídeo do ar. Irracional e irresponsável”.
Um dos fatos que mais me marcaram, ao longo de mais de sete décadas de trabalho jornalístico, foi a morte de Senna. O acaso quis que eu fosse o primeiro a dar a notícia, aqui no Brasil, durante a transmissão radiofônica comandada por Nilson Cesar diretamente de Imola.
Ao ver o corpo de Senna, encoberto por um lençol, sendo levado para a ambulância, logo me lembrei de uma lei italiana pela qual, ocorrendo uma morte, a competição esportiva deve ser imediatamente encerrada.
Então ficou claro, para mim, que aquele era um disfarce, idealizado por Bernie Ecclestone, para driblar a lei e fazer prosseguir o Grande Prêmio, já que seu cancelamento teria trazido graves problemas econômicos, ligados a patrocínios e publicidade.
A partir daí, liguei para meu editor no jornal La Stampa, do qual era correspondente, para ter notícias, e tive uma sorte grande, pois ele estava iniciando uma conversa telefônica com a médica que recebera o corpo de Senna no hospital. Ele me falou: “Claudio, ouve”. A médica estava falando de Senna e a expressão que me ficou gravada foi “encefalogrammo piatto”, isto é, em português, “encefalograma plano”.
Não era necessário ser formado em medicina para entender que Senna tinha morrido, embora algumas de suas funções vitais pudessem continuar existindo por mais um tempo. E assim intervim na transmissão, chamando Nilson Cesar, e afirmando, com total convicção: “Senna morreu”. Nilson não aceitou minha informação e continuou falando em auxílio de Deus, e outras coisas do tipo, para que Senna fosse salvo.
E eu fiquei com um furo jornalístico que jamais desejaria ter dado…
Torcer para a Juventus?
Em 1951, a então Confederação Brasileira de Desportos (CBD) organizou, com a ajuda do vice-presidente da Fifa, o italiano Ottorino Barassi, a Copa Rio, competição que reuniu muitos dos melhores clubes em atividade no mundo e que deveria servir − como de fato aconteceu − para levantar o entusiasmo do torcedor brasileiro, um tanto quanto abatido pelo desastroso desfecho da Copa do Mundo. Um desfecho, em minha opinião, devido à incipiência tática de Flavio Costa, pois o Brasil tinha na época um esquadrão com ases do calibre de Zizinho, Jair, Ademir, Danilo e tantos outros. E quando, aos dois minutos do segundo tempo, Friaça abriu o escore, o certo teria sido “fechar” o time, deixar o Uruguai atacar e usar inteligentemente o contragolpe para matar aquele segundo gol que selaria a sorte da partida.
Mas Flavio Costa, talvez embevecido pelas sonoras goleadas anteriores (7×1 sobre a Suécia e 6×1 sobre a Espanha), não fez nada disso, deixou o time aberto e o Uruguai, tendo em Schiaffino o cérebro e no veloz ponta Ghiggia a arma, virou o jogo.
Assim, a Copa Rio era a chance de o torcedor brasileiro de voltar a se apaixonar pelo futebol. E nessa Copa Rio, após as recusas de Milan e Inter, coube à Juventus, terceira colocada no recém-findo campeonato italiano, representar as cores italianas.
Como correspondente do jornal Tuttosport, de Torino, me encontrei então na posição de escrever matérias sobre a Juventus, claramente destacando os pontos positivos de sua trajetória. Como na sonora goleada (4×0) imposta ao Palmeiras em pleno Pacaembu. E isto, para um fervoroso torcedor da Fiorentina, era como pedir para um corinthiano torcer pelo Palmeiras!
Claudio Carsughi é jornalista, comentarista e crítico de Fórmula 1, de futebol e da indústria automobilística. Atua nesses segmentos há mais de 70 anos. (Colaboração especial – Cláudia Carsughi)
O Portal dos Jornalistas traz neste espaço histórias de colegas da imprensa esportiva em preparação ao Prêmio Os +Admirados da Imprensa Esportiva, que será realizado em parceria com 2 Toques e Live Sports, no segundo semestre.
A Ambiental Media promoverá, em parceria com a Embaixada e os Consulados dos Estados Unidos no Brasil e a Missão Diplomática Britânica brasileira, o seminário internacional gratuito Desafios do Jornalismo Ambiental, em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente (5/6). O evento, nos dias 1° e 2/6, terá debates sobre os desafios relacionados ao trabalho de jornalismo ambiental, de forma a incentivar o desenvolvimento de uma rede de profissionais especializados no tema. As inscrições podem ser feitas no site.
Card do evento
O seminário, que conta com apoio da Abraji, é dividido em dois painéis. O primeiro, O Papel da Mídia na Cobertura de Meio Ambiente, terá Cristiane Fontes, da Trase.earth; Gustavo Faleiros, representando a InfoAmazonia / Pulitzer Center; e Sadie Babits, da Cronkite News; a mediação será de Vanessa Barbosa, do Um Só Planeta. O segundo painel, Como Combater Desinformação Ambiental?,terá Felipe Werneck, do Observatório do Clima / Fakebook.eco; Kátia Brasil, da Agência Amazônia Real; Laura Kurtzberg, da Florida International University; e mediação de Thiago Medaglia, da Ambiental Media.
A tradução será simultânea, permitindo uma comparação de iniciativas dos três países em relação às coberturas jornalísticas de meio ambiente e mudanças climáticas.